terça-feira, 22 de setembro de 2015

Até às eleições do próximo dia 4, em exibição neste blogue a série "os coristas" ... (II)

"Na inauguração do quartel dos bombeiros, Nuno Osório, o comandante do corpo dos municipais, dirigiu-se ao presidente da câmara tratando-o de forma directa e simples na segunda pessoa. 
Osório, percebemos, quis homenagear, não o presidente da câmara, não a figura institucional, mas o homem e cidadão João Ataíde. 
A abordagem teve tanto de surpreendente e ousadia como de sentimento e verdade. 
À parada foi atribuída o nome da pessoa e do homem, não o de sua excelência, o senhor presidente da câmara. Este figurava já na placa inaugurativa. Foi um reconhecimento singelo. Esquecemo-nos, às vezes, da singularidade de cada um e, sobretudo, dessa evidência simples de que somos, todos, gente igual; de carne e osso, com sentimentos e emoções, com fragilidades e nobreza, com determinação e valores, pais, irmãos, companheiros. Somos todos um “tu”, na alteridade que nos caracteriza. 
Demonstrar isto, sem imposturas e sem tolice, é comovedor. Fazê-lo como quem colhe flores, pode parecer ingénuo, mas é genuíno. João Ataíde teve, na simplicidade do gesto, o melhor e o mais humilde dos reconhecimentos que se pode fazer a alguém. 
E nós, uma lição."

António Tavares, hoje no jornal AS BEIRAS

aF251


Os valores dos vereadores figueirenses...

No passado mês de junho, a Câmara da Figueira aprovou a proposta da maioria socialista sobre a atribuição da medalha de altruísmo em prata dourada ao Grupo Lusiaves. 
A proposta passou apenas com uma abstenção.
Ontem, o grupo de vereadores eleito pelo PSD, na Coligação Somos Figueira, apresentou em reunião de Câmara, um voto de congratulação e reconhecimento à unidade industrial Ernesto Morgado, sediada no Alqueidão.

A Figueira que temos, em setembro de 2015, vale pouco ou perto de nada. 
As pessoas que a governam quase que apenas têm umbigo.
Esse é o seu mundo.  E, é em torno dele, que gira o horizonte individual de cada uma delas. 

Quem conheça a história de uma cidade ainda jovem - a Figueira tem apenas 133 anos - sabe que lembrar essa data, por si só, não constitui  "uma afirmação de esperança". Sabe, também, que por aqui a junção de esforços e a força do trabalho já moveu montanhas, que a dignidade dos valores já edificou obra, que a palavra já valeu por um papel.

À medida que os anos vão passando e nos aproximamos da  velhice, vamos sabendo mais da Figueira e da vida.
Valores, como a força do trabalho, a dignidade dos valores e a solidez da palavra que já valeu como um papel, estão cada vez mais desvalorizados. 
Nos intervalos destas " engraxadelas", disfarçadas de reconhecimento, os vereadores da "nossa" câmara poderiam lembra-se que na Figueira  há mais vida e mais valores para além dos empresários "amigos"...
Isto já começa a arrepiar...

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Até às eleições do próximo dia 4, em exibição neste blogue a série "os coristas" ... (I)

"Iniciou-se ontem, oficialmente, a campanha eleitoral para as legislativas do próximo dia 4 de outubro, apesar de, há muito, os candidatos andarem na “estrada”.
...estou seguro que os portugueses saberão descortinar a razão e os responsáveis da austeridade que nos foi imposta, ao mesmo tempo que compreenderão, ainda que a duras penas, quem resgatou o país da bancarrota e iniciou um processo de crescimento. 
Não quero experimentar receitas e aventuras que, infelizmente, sabemos bem ao que já nos conduziram, e renovarei a confiança na coligação que nos tem governado."

Miguel Almeida, hoje no jornal AS BEIRAS

Salários baixos na campanha eleitoral...

foto sacada daqui
Um dia destes, um grande empresário deste concelho e deste país, disse que se não fossem os salários baixos não tinha hipóteses de concorrer no mercado global.
Está na massa do sangue deles: nenhum empresário - especialmente os grandes ... - gosta de pagar salários. 
Portanto, pagam o mínimo que podem.

As palavras desse empresário sobre o desprazer que sente em pagar salários, teve a virtude e o condão de revelar a natureza da realidade em que vivemos neste Portugal PaF
A racionalidade de quem paga salários é pagar o mínimo possível. O ideal - aqui podemos extrapolar que o senhor empresário deste concelho e deste país ainda não pensou suficientemente bem sobre o assunto - seria mesmo que as coisas se fizessem de outra maneira. 

Não pense o leitor que eu vou aqui falar da escravatura. 
A escravatura é uma enorme chatice, pois os escravos têm de ser alimentados e, entre senhor e escravo, ainda se estabelece uma certa ligação de dependência que pode perturbar, para além da digestão, o sentido estético do senhor. 
Depois, há aquela dialéctica do senhor e do escravo, sobre a qual escreveu Hegel, um filósofo alemão. E se foi um alemão que escreveu aquilo alguma verdade lá há-de haver. O melhor é não haver lugar para dialécticas e os escravos tornarem-se senhores ou vice-versa.

O ideal mesmo seria que os trabalhadores por conta de outrem (esta expressão é toda uma visão do mundo), em vez de receberam salários, pagassem para ter o privilégio de trabalhar para os visionários e geniais empreendedores e observar, in loco, a sua criatividade, a sua capacidade de iniciativa, o seu elevado padrão estético. 

Assim, tudo seria muito mais rentável para as empresas. 
Na folha dos custos de produção deixaria de haver esse perturbador de digestões e sentimentos estéticos que dá pelo nome de salário. 
As empresas encontravam, agora que os bancos não gostam de financiar os empreendedores visionários  geniais que há por aí aos pontapés, uma nova fonte de receita. 
Além do mais, isso seria assaz benéfico para o trabalhador. 

Como sabemos, a palavra salário deriva do vocábulo latino salarĭu que significa soldo para comprar sal. 
Sem o soldo (antes, com um soldo negativo) para comprar sal, o trabalhador - vamos lá, actualizar a linguagem: o colaborador...  - não poderia salgar a comida, o que faz muito mal ao coração. 
Uma medida destas não só ajudaria as empresas a crescer como seria protectora  da saúde cardiovascular da população.
Logo seria benéfica para Serviço Nacional de Saúde. Que o mesmo é escrever: para a saúde financeira do país do PaF.

E se o Syriza tivesse perdido?..

Passos quer distância da Grécia e Costa diz que “não tem nada a ver”...

Portugal tem de girar assim?..

Esta coisa de esperar dos outros algo mais do que o que eles nos conseguem, ou nos querem dar, não é bom. 
Desculpem qualquer coisinha, mas não sou nenhum cordeirinho para ter de ir no rebanho...

Atenção ... (neste momento, é só o que tenho para dizer...)


Sondagens e cenários...

"Passos recusa comentar sondagens e cenários pós-eleitorais"...

EM TEMPO.
E faz muito bem: uns telefonemas feitos para a casa das pessoas não conseguem adivinhar tudo.

Pontapé aleatório de Portas acertou na bola errada?..

Depois de aturada e exaustiva investigação, Portas concluiu que «o PS foi tomado de assalto por um grupo ultraliberal»!

domingo, 20 de setembro de 2015

Durmam bem e descansados...

Mesmo com chantagem e manipulação, os gregos mostraram que estão fartos da corrupção, da má gestão e das habituais clientelas do bloco central lá do sítio e parecem continuar do lado de Tsipras.

Campanha eleitoral começou hoje - oficialmente

Arranca hoje, oficialmente, a campanha eleitoral para as eleições legislativas do próximo dia 04 de outubro. Vai decorrer até dia 02. 
Segundo dados divulgados no início deste mês, mais de 9,6 milhões de eleitores residentes em território nacional e no estrangeiro vão decidir a constituição da Assembleia da República para a próxima legislatura.
Concorrem este ano às legislativas 16 forças políticas, das quais três são coligações e as restantes 13 são partidos.

Está um tempo quente e límpido. O calor afaga-nos a alma. 
É natural, portanto, o meu receio de encontrar, um dia destes, uma carrinha de campanha eleitoral. 
Espero que não seja a do "nosso" actual Presidente do Concelho - muito menos, que ele também vá na molhada com o seu ar de sonso

Com grande esforço ainda tento acreditar que estas pessoas resolveram reunir-se numa candidatura em prol de Portugal, como elas dizem...
Ainda tento acreditar, mas estes ajuntamentos, quando são constituídos por gente do chamado "arco do poder", soam-me  a tentativas de evolução em prol do próprio bolso. 
Confesso que ando algo anti-política. 
Nestas Legislativas, porém, não estou absolutamente nada indeciso e sei que vou acabar por dar o meu voto, não por favoritismo do candidato, mas por falta de oportunidades de outras oportunidades.

A escolha é fácil.
De um lado, gente que já fez o que tinha a fazer -  e fez muita merda
Do outro, um candidato ambicioso,  rodeado de muita escumalha - salvo as devidas excepções
No meio, uns e outros...
Lá está ele - dirão vocês - o rebelde de sempre.
Permitam que discorde. Continuo descontente, mas não indeciso. 
Não sou tosco de todo a escolher - quando tenho por onde

Não sei se é da idade, mas a paciência para comícios com discursos plagiados, dos tais que se querem ouvir, e gente aos gritos a acenar bandeiras, já não me dá pica. 
Soa-me tudo a falso, a feira e a Paulo Portas. 
Ainda bem que as eleições são já daqui a duas semanas... 
Na prática, significa mais duas semanas, de "banha da cobra", de demagogia, de peixeirada, carrinhas de música pimba  e gente que se acha o máximo atrás dos "chefes" a distribuir cartazes, panfletos e outras coisas de interesse supremo - não sei é lá muito bem para quem

São só mais duas semanas.
Eu vou aguentar, eu vou aguentar... 
Eu espero aguentar...

Figueira, 133 anos de cidade

Hoje, domingo, dia 20 de setembro de 2015, passa o 133.º aniversário da elevação da Figueira da Foz a cidade, que será comemorado com um conjunto de iniciativas promovidas pela Câmara Municipal.
No edifício dos Paços do Concelho, pelas 09h30, será hasteada a bandeira do Município; pelas 10h00, será depositada uma coroa de flores na estátua do Centenário, junto às Abadias. Ainda de manhã, pelas 11h30, será inaugurado o novo quartel dos Bombeiros Municipais, situado na estrada de Mira (junto à Escola Secundária Cristina Torres), e à tarde, pelas 15h30, o Parque Urbano de Lares.

Afinal os debates sempre servem para alguma coisa...

"...para alguém que não é especialista em pagar as suas contribuições, o passos saiu-se muito bem a entalar o costa com a segurança social."

Da série, as palavras que hei-de recordar um dia....

Passos:
"Quero ser olhado com respeito no mundo e dizer que os portugueses se sabem governar"

Cuidado com a nova linguagem

                                            ...
Pedro Santos Guerreio, no Expresso de 19.09.2015.

As redes sociais são terríveis...

sábado, 19 de setembro de 2015

Não me lembro de um único momento de felicidade genuína na vida política figueirense

Parecendo que não, estamos em campanha eleitoral.
Na Figueira, porém, tudo continua na pasmaceira habitual.
Até na política local...
Em comunicado emitido recentemente o "PSD/Figueira atacou o executivo PS de Buarcos e São Julião".
No documento, a Concelhia da Figueira da Foz do PSD afirma que “os socialistas que governam o concelho” não param de “surpreender pela negativa”
Em causa a entrevista do presidente da Junta de Buarcos e São Julião ao DIÁRIO AS BEIRAS, em que José Esteves defendeu que, se forem criadas condições, “a Figueira enche-se novamente de turistas”
“O que é que andam a fazer a junta de freguesia e a câmara”, questionou a Concelhia PSD/Figueira liderada por Manuel Domingues. "Este Presidente já vai no segundo mandato… 
E a Câmara Municipal? Não são estas as entidades que têm que criar as condições para atrair turistas? Qual tem sido a divulgação da Figueira da Foz nos circuitos turísticos? Que investimentos foram feitos? É a praia suja! São os equipamentos degradados! É a falta de informação! A inexistência de um roteiro turístico e sinalização na nossa cidade."
Reacção de José Esteves. 
“Não tenho que dizer ao PSD o que reivindico na câmara. Já demos provas que nos interessamos pelos assuntos que dizem respeito à freguesia e ao concelho. Não alinhamos em jogos políticos”. 
Tirem-me deste filme: Figueira, je t’aime...

O desafio

Confesso a minha ignorância sobre a vida política dentro dos partidos do chamado "arco da governação".
Todavia, presumo que exista, pelo menos,  uma regra elementar dentro destes partidos: depois da luta pela liderança, ultrapassado o conflito interno da luta pelos lugares, segue-se a união de esforços para travar o conflito externo. 
Posso estar enganado, mas creio que o resultado das próximas eleições de 4 de outubro também vai depender disto.
Costa, para ser um sério candidato a primeiro-ministro,  no pouco tempo que resta até às eleições, vai ter de conseguir fazer acreditar os portugueses que conseguiu unir o PS depois do processo em que esteve envolvido para destronar Seguro.
Se isso não acontecer, poderá levar a que a corte neo liberal passista, se venha a manter, com a ajuda da muleta Portas, talvez com alguma troca de cadeiras, mais 4 anos no poder. 
Nestas eleições vai estar em causa muita coisa.
O eleitor, aquele que ainda se preocupa em participar, gostaria de votar sabendo que não se vai, mais uma vez, desiludir dentro de pouco tempo.
Passa por aqui muito do futuro da nossa democracia: conseguir que o cidadão português concilie o conflito entre manter a cidadania responsável que o leve a votar dentro de um sistema eleitoral em que já acredita muito pouco...

Para quem gosta de debates....