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domingo, 10 de agosto de 2014

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Está um dia abrasador…


“Portugal continental mantém-se com 57 por cento de seca extrema e 42 por cento severa”, segundo o Instituto de Meteorologia, que já classificou a seca deste ano mais grave e preocupante do que a de 2005.
O  um por cento do território nacional ainda não afectado,  presumo que devem ser os terrenos ocupados pelos  campos de golfe disseminados pelo País e o oásis da Rainha das praias de Portugal -  recorde-se, em tão boa hora mandado implantar pelo dr. Santana Lopes,  na sua meteórica, mas inesquecível, passagem pela câmara Municipal da nossa cidade.

sábado, 12 de julho de 2008

Pragmatismo?...

Cito António Jorge Pedrosa no Amicus Ficaria.
“A cidade da Figueira da Foz exerce uma tremenda atracção a quem a visita e a quem é de fora, no entanto é curioso como os de cá, são os primeiros a criticar tudo e mais alguma coisa que se faça ou que se pense fazer. Para que conste, e porque gosto de tomar posições sobre os assuntos, deixo para memória futura alguns apontamentos:
a) Não tenho problema nenhum com a construção do Aparthotel do Galante e o seu número de pisos;
b) Já em relação ao processo que deu origem a tudo o que ali vai ser construido, tenho as minhas reservas, aliás enquanto deputado municipal votei contra o Plano de Pormenor daquela área:
c) Acho que a reabilitação que o Grupo Sabir está a fazer no Aparthotel Atlântico dá brilhantismo à cidade;
d) Penso que o espaço do Oasis, já que está construído, deve ser reabilitado e entregue para exploração a uma empresa dedicada;
e) Existem actualmente alguns projectos para investimento no concelho, que devem ser acarinhados e não hostilizados, nomeadamente na área do comércio, turismo e do desporto;
f) Um desses investimentos é o estádio da Naval 1ª de Maio e um potencial Centro Comercial associado;
g) Outro é algo extraordinário para o areal da Figueira da Foz, da iniciativa de um figueirense, o qual irão ouvir falar brevemente;
h) O Golfe da Figueira, de 18 ou 9 buracos, no Bom Sucesso ou em Buarcos, e cada vez mais uma miragem. Os concelhos que competem por este nicho do mercado turístico agradecem;
i) No pseudo "parque de caravanismo", junto ao edifício do IPTM, algo deveria ser feito. Ou se proíbe o que por ali se passa ou estão devemos criar condições dignas de uma cidade que se diz de Turismo;
j) Passaram já perto de 2 meses desde que o AKI anunciou vontade em investir na Figueira, nomeadamente em Tavarede, tendo sido reprovado pelo executivo camarário. Na minha opinião passou já demasiado tempo para ser anunciado ou indicado pela Câmara Municipal, um local alternativo onde se poderá instalar;
l) Em nenhum momento da história do concelho, ocorreram tantos investimentos, públicos e privados, em simultâneo. A saber, as Centrais de co-geração da EDP e a da Iberdrola, a expansão da Celbi, Ponte dos Arcos, Variante do Galo de Ouro e Porto Comercial. Igualmente nunca a cidade esteve tão parada, inerte e desinteressante, o que me parece contraditório;
m) Acho lamentável não termos uma feira de actividades, tipo a do concelho de Cantanhede, e totalmente obtuso não explorar esse filão de animação do concelho;
n) A habitação na Figueira da Foz continua caríssima, e urge criar uma bolsa de Habitação para Jovens Residentes, com regras a definir.
o) Umas das coisas prioritárias para a Figueira da Foz, como alguem já disse neste blogue, é a elaboração de um plano de saneamento financeiro da autarquia. Só assim se consegue recuperar a credibilidade perdida e dar uma nova energia à iniciativa da Câmara Municipal;
p) A perto de um ano de eleições autárquicas, acho totalmente errante o Partido Socialista não ter identificado ainda um potencial candidato à Câmara Municipal e não estar já a discutir com as chamadas forças vivas do concelho, opções para um futuro que se pretende risonho no concelho;”


Agora, passo a citar este comentário do mesmo Amicus Ficaria.
“1- O número de pisos do prédio do Galante é mau se for equacionado como um enxerto agressivo à harmonia paisagística, rompendo a escala dominante do edificado da orla marítima, cortando o sistema de vistas determinado pela linha da Serra.
2- A recuperação comercial do Oásis será uma miragem, já que o conceito inicial é desadequado ao clima dominante da Figueira, mesmo no Verão.
3- Foi bom o sr. Sabir requalificar o Atlântico, mas a simples existência daquele "piço" menoriza o urbanismo da nossa terra. Tinha razão o Dr. Lopes quando propôs a sua radical implosão.
4- O golfe de 9 buracos não é minimamente competitivo nem atractivo para players de outras regiões ou países. Há dezenas de greens alternativos com melhores condições.
5- Estranho que na visão de AJP não haja uma referência a um conceito emergente de turismo, adaptável à Figueira, e que passa por:
a)Segurança e tranquilidade para um público alvo de referência familiar.
b) promoção da paisagem litoral e menos de praia e mar.
c)património edificado urbano único e animação cultural de qualidade.
d)Ecologia com a associação de potencialidades do Baixo-Mondego.
e)gastronomia e a promoção de um produto local de qualidade inegável que é o gelado, fazendo, por exemplo, um festival internacional a ele dedicado. Era uma alternativa aos estafados festivais da sardinha, do peixe ou do marisco.
6- Anoto, com espanto, a referência carinhosa ao estádio com centro comercial acopolado.
Muito do que aqui afirmo é semelhante ao plano estratégico do Turismo do Oeste, com evidente sucesso.”
Sardinha Fresca

Comparando o que escreveu António Jorge Pedrosa e Sardinha Fresca, constato que o pragmatismo fez escola neste País. É a tal chamada esquerda moderna, não dogmática e democrática, que se diz preocupada com a igualdade, mas, que, de imediato, afirma que o valor da igualdade é subalterno do valor da liberdade...
Pois, pelos vistos esta postura também quer ser interveniente na nossa cidade.
Do meu ponto de vista, as propostas do Senhor António Jorge Pedrosa, apontam para que a função prioritária duma Câmara Municipal, como a da Figueira, é proporcionar oportunidades aos chamados empreendedores. Como se isso não tivessse acontecido desde sempre?..
Por exemplo, o cumprimento do clausulado no actual contrato de concessão do exclusivo da exploração de jogos de fortuna ou azar na zona de jogo da Figueira da Foz, celebrado em 2 de Julho de 1981, e prorrogado até 31 de Dezembro do ano 2020, é fiscalizado por quem?
Bom, adiante. Nos tempos que correm, a qualquer político que se preze, isto é, que tenha ambições políticas, não interessa nada discutir e debater ou, sequer, saber o que se está verdadeiramente a discutir e debater. O que interessa é avançar. São os novos tempos do pragmatismo anti-ideológico do realismo socialista a chegar à Figueira.
Como diria Baptista Bastos, “deixámos cair a cultura da revolta. Não falamos de nós. Enredamo-nos na futilidade das coisas inúteis, como se fossem o atordoamento ou o sedativo das nossas dores. E as nossas dores não são, apenas, d’alma: são, também, dores físicas.”

terça-feira, 8 de abril de 2014

A Praça Velha

Durante anos,  tal como no País, aqui pela Figueira, vivemos uma ilusão: governos de várias cores políticas e executivos camarários  locais laranja, fizeram-nos crer que vivíamos num país rico e numa cidade «na moda».
A Figueira, tal como o país, vivia para o consumo, para o despesismo para a ostentação.
A construção  de imóveis disparou. Agimos como ricos. Convencidos, de facto, que éramos ricos, havia piscinas, oásis, CAE, para construir, só por construir, Olaias, Palácio de Maiorca e Mosteiro de Seiça, para comprar, só por comprar, complexo desportivo de Buarcos e campo de golf para implementar, só por implementar, carnaval e festival de bikini para promover e financiar, só por financiar...
E havia novas habitações prontas a erguer numa cidade com milhares de fogos vazios, indiferente à necessidade da reabilitação urbana.
Tudo isto, numa cidade em que se fechavam fábricas e estaleiros, o comércio tradicional definhava, se desmantelava a frota pesqueira e a agricultura era abandonada...
Deixámos, como é óbvio, de produzir. Fomos, aliás, incentivados para isso, na Figueira e no País. Importávamos 80% do que comíamos, com recurso a dinheiro emprestado, vivíamos na ilusão de que éramos ricos.
E assim fomos vivendo, na Figueira e no País! 
Até um dia...
Um dia, primeiro na Figueira, depois no País, lá tivemos de abrir os olhos para a realidade.
O rei ia nu:  somos uma cidade e um país pobre e a era das ilusões tinha chegado ao fim.
Gostei imenso, por isso, de ler a crónica realista e assertiva do vereador e militante PS, António Tavares, publicada no jornal AS BEIRAS, de que destaco esta parte:
“Foi com satisfação que verifiquei a abertura de um novo estabelecimento de restauração situado na Praça Velha e instalado num edifício recentemente reabilitado. A praça afirmou-se durante muito tempo como um espaço público de excelência.
Relatos de há 100 anos descrevem-na como um ponto de encontro dos figueirenses, de atracção do comércio e de vivências várias – foi terminal de autocarros e ali funcionou, por exemplo, a biblioteca municipal.
Depois, a praça, no seguimento do abate quase completo da baixa histórica, viu encerrarem-se os estabelecimentos e desaparecerem os residentes. Hoje, com a recuperação dos edifícios e a sua subsequente ocupação, a praça poderá ser, de novo, encarada como um interessante conjunto patrimonial.”

Declaração de interesses.
A Praça Velha é o local de que mais gosto na Figueira.
Sempre que lá vou, praticamente todos  os dias, não dispenso  uma visita ao local onde se toma a melhor bica na nossa cidade – o café Brasil. 

domingo, 26 de outubro de 2014

O sonho lindo...

"A união ouropeia", constituiu uma agradável surpresa ao abrir o computador nesta magnífica manhã domingueira de verão de S. Martinho um pouco antecipado. Espero que cliquem aqui, para ler a postagem de Fernando Campos na integra. Entretanto fica um cheirinho, para abrir o apetite. 
"É cada vez mais evidente que a “união europeia” foi um sonho lindo que acabou. Isto parece bastante óbvio, excepto talvez para alguma classe política e empresarial portuguesa (as do arco-do-poder); curiosamente as mesmas que em 1961 também “não se aperceberam” do fim inexorável da era colonial. Na realidade, para a classe dirigente nacional, a união europeia nunca passou de uma nova “árvore das patacas” que substituiria a colonial." Depois de ler, pensei em: chorar (mas, não há nada mais triste que chorar com razão...); rir (mas, não conheço nada mais alegre que rir ao ponto de chorar...); na morte (... mas, todos sabemos, que o mais apropriado para um cadáver é um caixão...). 
Entretanto, aconteceu-me uma urgência e, por motivos mais que óbvios, tenho que abreviar (nada é mais urgente que a vontade que, neste momento, me está assolar - ir passear...). 
Bom domingo e não esqueçam...
"O sonho lindo do oásis de paz, cooperação e livre circulação revelou-se um pesadelo: um novo triunfo dos porcos cuja narrativa da inevitabilidade repete ad nauseam (para consolo das almas cínicas ou resignadas) que haverá sempre uns mais iguais que outros e mainada."

quarta-feira, 11 de abril de 2012

E a polémica do momento na Figueira é...

Mercado Municipal provisório do Parque das Gaivotas vai ser "pardo" ou branco às riscas azuis?...
Estas obras estão enguiçadas!...
De "trapalhada política, na opinião do PSD, ....
chegou, agora, na minha opinião,   a  "trapalhada colorida"!..
Para o vereador do PSD, Miguel Almeida, "a estrutura metálica que está a ser concluída no chamado “Parque das Gaivotas” para albergar provisoriamente o Mercado Municipal, tem um impacte visual muito carregado tendo em conta a cor que foi escolhida. Além disso, tendo em conta que o lugar precisa de ser o mais fresco possível, para que seja possível comprar sardinha sem estar assada e maçãs sem serem cozidas, exigia-se uma cor mais clara."  
Por isso, apresentou ontem, em nome dos vereadores do PSD, uma proposta que pretende minimizar os aspectos negativos.
Em tempo.
Embora, talvez, fora do tempo fica a minha modesta sugestão: para mim, ficava bem era todo verde alface, com umas riscas brancas. Vendo bem, até estaria em sintonia com o verde da vedação do Parque das Gaivotas e, lá mais em fundo, com a verdura do Oásis!..
Pronto: aceito que já deveria ter apresentado a proposta mais cedo...
Mas, o que querem?..
Eu, sou um cidadão comum e o Miguel, que é vereador, só se antecipou um dia!..

segunda-feira, 30 de novembro de 2020

Requalificação do areal urbano...


Querem saber porque é que a minha expectativa é de tal maneira exuberante, viçosa, viigorosa, deslumbrante e avantajada sobre a reparação dos equipamentos que já estão degradados no areal urbano? 

Porque tenho memória. É para isso que serve, no essencial, OUTRA MARGEM. Sei que isso incomoda quem pretende branquear o passado, mas esse problema não é do autor deste blogue. O autor deste espaço só tem um compromisso: com a verdade.

Recuemos, então a  6 de Janeiro de 2020.

"Na Obra de Requalificação do Areal/Valorização de Frente Mar e Praia - Figueira/Buarcos foram gastos 2 milhões de Euros na empreitada, com a obrigação do empreiteiro fazer a manutenção durante 5 anos.

Passaram quase 3 anos após a conclusão dos trabalhos.

Verificamos uma ciclovia a degradar-se de dia para dia, paliçadas caídas, postes delimitadores em madeira tombados, quase 50 % da vegetação e árvores estão mortas, foi reconstruido o lago do oásis, sem arejadores de água, para ficar pior que o anterior.

Foram tapadas as valas de Buarcos e Galante, com manilhas perfuradas, bastou chover mais que o normal e o resultado está à vista, mas o então vereador Dr. Carlos Monteiro em declarações à comunicação social, Novembro 2017, sobre as tampas terem saltado, considerou normal acontecer aquela situação, sendo que estávamos perante as primeiras chuvadas.

Venho requerer,

Seja solicitado ao autor do Projeto da Requalificação Valorização de Frente Mar e Praia - Figueira/ Buarcos, um relatório relativo sobre o estado atual que se encontra a praia se está de acordo com o projeto elaborado.?"

Sabem quem é apresentou, há quase um ano, este requerimento.

O vereador Ricardo Silva
Claro que o vereador da oposição ficou sem resposta. E para mal dele não esperou sentado.
Verdades são verdades. Factos são factos. Realidades são realidades. "Desconstruções na areia", são "desconstruções na areia". Em 2016. E hoje.
«Num contexto de incerteza sobre os impactos resultantes do desassoreamento da praia da Figueira da Foz, nomeadamente sobre o litoral de Buarcos, e do seu potencial como mancha de empréstimo, recomenda-se que o areal daquela praia não seja objecto de ocupações com carácter fixo e permanente»

quinta-feira, 26 de junho de 2014

Galante – a Farsa – Retrato de incultura urbanística

foto Figueira na Hora
Na Figueira, há gente que continua a não se deslumbrar com as luzes do Paquete encalhado no GALANTE, apesar de a versão oficial do regime o considerar um "projecto sustentável"...

Luís Ramos Pena, na Voz da Figueira:
"Corria o ano de 2004 quando o edil local, coadjuvado por alguns vereadores, defendia “com unhas e dentes” a implantação de um “hotel de referência” para o terreno sito na Ponte do Galante.
O terreno em causa era municipal e tinha sido vendido através de hasta pública nos finais de 2001 com uma finalidade bem precisa: a construção de um hotel com 4 andares e com a classificação mínima de 4 estrelas.
A escritura propriamente dita só viria a concretizar-se em 26 de Junho de 2003, altura em que a empresa Imofoz, única concorrente à hasta pública, comprou de manhã o terreno por 1.850.540,20€ para, algumas horas depois, no mesmo dia, o ir vender à Fozbeach por 2.992.787,38€.
Entre a data da hasta pública, realizada no Município em 18/12/2001, e Junho de 2003 foi preparado, nas costas dos cidadãos, um plano de pormenor para permitir o edificado que hoje pode ser constatado no local e arrepia qualquer ser humano que tenha o mínimo de gosto e sensibilidade.
A confecção desse “prato” foi digna de um verdadeiro “chef”, com avental a rigor, e secretamente cozinhado com os melhores conselhos e pareceres encomendados aos vários patamares da administração pública. Com efeito, a elaboração do Plano de Pormenor da Ponte do Galante processou-se no maior sigilo, à revelia dos princípios de participação democrática das populações na elaboração dos planos, e portanto sem dar oportunidade aos munícipes de nele intervirem com as suas sugestões. Na proposta do Plano, a unidade hoteleira do pré-anunciado hotel – fundamento da suspensão – transita para hotel de apartamentos e, mantendo a mesma área de implantação, dos iniciais 4 passa para 16 pisos, aumentando exponencialmente a densidade prevista para o local.
Entretanto, a Câmara Municipal procedeu à desafectação de terrenos que continuam no uso público (passeios) para os poder vender directamente à Fozbeach, SA já na vigência da suspensão do Plano de Urbanização. Os cidadãos, na altura, mostraram a sua indignação, não tanto pela torre, agora acabada de inaugurar com pompa e circunstância, mas sobretudo pela vergonhosa envolvente pouco condizente e apropriada para acompanhar o denominado “hotel de referência”.
Os figueirenses foram insultados com a plantação dessa selva de betão composta por sete blocos de apartamentos e 298 fogos – alheia ao interesse público – e visando apenas o enriquecimento de um promotor.
Já na altura, estávamos em 2004, muitas vozes afirmavam que a Figueira tinha milhares de apartamentos devolutos. Custa muito ter razão antes do tempo, sobretudo vários anos antes do rebentar da crise em 2008…
Mas o poderio económico foi mais forte do que a razão dos cidadãos e o fenómeno da Ponte Galante ficará na história como um exemplo de escola do bom funcionamento do bloco central de interesses (elementos do PSD e elementos do PS, de nível superior, colaboraram intimamente para que o projecto florescesse).  
Infelizmente, os enormes erros urbanísticos cometidos nesta cidade, durante os anos 80 e 90, não serviram de emenda…
O Galante é um mero caso particular de uma síndrome nacional que arrasou a economia e o território para beneficiar um grupo ínfimo de “promotores”. Constituiu um oásis para o “pato bravismo” – há quem lhe chame “chico espertismo” – que, ao não conseguir na íntegra os seus objectivos, não se coibiu de emparedar algumas habitações contíguas ao empreendimento imobiliário.
Agora, em 2014, façamos votos para que venham centenas de charters com turistas chineses, russos ou quiçá angolanos, para fazerem a devida ocupação do hotel de apartamentos, tanto mais que, em vez de uma envolvente verde condigna, consta que há por ali uma envolvente cor-de-rosa com striptease…"

Jorge Tocha Coelho, no Diário de Coimbra

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Uma coisa e outra...

Sem que nos apercebamos lá muito bem, na Figueira, tal como no País, estamos a viver uma tragédia.
No País, a maior tragédia política do Portugal contemporâneo é a fraca presença de espírito do primeiro-ministro.
Não me refiro às políticas que têm sido seguidas, porque a política está reduzida à economia e finanças (vão perceber, mais uma vez, que PSD e PS são praticamente a mesma coisa,  quando o António Costa for primeiro-ministro, lá para o final deste ano....)
Refiro-me à personagem, por vezes grosseira, mas, sobretudo, cinzenta de Pedro Passos Coelho, da sua crónica falta de jeito para a retórica e da sua conhecida e reconhecida inclinação para a banalidade.
Na Figueira, refiro a falta de jeito para a retórica e para o exercício da política e da inclinação para a banalidade de quase todo o executivo camarário - e em especial do presidente.
Tanto na Figueira como no País, gostava de ter alguém no poder (e na oposição) que gostasse das pessoas, de falar para as pessoas (fora dos períodos em que decorrem as campanhas eleitorais) e tivesse coisas para dizer - mas sobretudo que gostasse das pessoas e de falar para as pessoas.
Na Figueira e no País, a meu ver, essa é a nossa tragédia colectiva.
Em vez disso, temos alguém no poder que está convencido de que está a cumprir uma «missão».
Espero sobreviver ao banho de cultura elitista que está a passar numa sala perto de mim. 
Está a ser uma festa. 
Por cá passaram - e vão continuar a passar - pessoas da cultura e outras figuras culturalmente menos relevantes. 
Por vezes, dou comigo a colocar a hipótese de que, por aqui, o 25 de Abril não ficou completo e temos de o acabar – estou a referir-me à «falta de liberdade». 
Isto, parecendo um completo absurdo, não assim é tão absurdo. 
Recordemos que se há algum tipo de virtude que possamos encontrar no Estado Novo, essa teve a ver com a capacidade de disciplinar as contas públicas...
Para o português comum, não deverá haver pecado maior da democracia portuguesa, nos últimos 40 anos, do que a má gestão económica e financeira dos recursos nacionais, que nunca se preocupou em deixar como herança a dívida pública contraída para a construção de "oásis rodoviários e afins..." 
Espero que compreendam, finalmente, a agitação em que ando desde que, em 1997, cá pela Figueira, uma cidade que sempre teve “os seus artistas políticos”, apareceu como candidato a alguma coisa Pedro Santana Lopes... 

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Políticos, politiqueiros, a política do betão na minha Terra e a importância do próximo dia 29 de setembro...

Também na Figueira, a política do betão  já  conheceu melhores dias...
Pena que, em 2013,  muitos – candidatos, eleitores e  eleitos  - ainda pensem apenas em espalhar alcatrão e fazer paredes.
Incrível e dramático, é verificar como o betão ainda serve para medir o trabalho de uma autarquia -  mesmo com esta  crise; e com o país e com os municípios  falidos...
Nisto de política,  como sabemos, o que na prática interessa são os resultados. Mais  que as boas intenções, promessas e tudo o resto.
Se  olharmos para a Figueira, depois de Santana Lopes e Duarte Silva,  os resultados estão bem à vista de todos:  uma economia parada, anquilosada e arcaica -  e betão, muito betão; e dívidas, muitas dívidas...
Se o desenvolvimento se medisse pelas quantidades de cimento e asfalto e pelas ruínas compradas,  a Figueira, em 2009  depois de 12 anos de gestão PSD, era o paraíso na terra.
Mas,  infelizmente,  a quantidade de rotundas, campos da bola sintéticos, nos locais mais inconvenientes e sem medidas oficias, as piscinas cobertas e descobertas, o alcatrão nas estradas, a ciclovia,  o CAE, o Oásis, a discoteca na Morraceira, as compras de ruínas, criaram uma dívida camarária descomunal, mas não criaram postos de trabalho nem desenvolvimento planeado e sustentado.
E nem podemos dizer - pobrezinhos mas honrados -  o Município figueirense continua fortemente endividado,  apesar do bom trabalho de João Ataíde e da sua equipa nestes últimos 4 anos - no que a este aspecto da gestão camarária diz respeito.
Resta-nos esperar que o voto dos figueirenses,  no próximo dia 29,  não nos faça deixar de acreditar em melhores dias.

segunda-feira, 10 de maio de 2021

Santana ficou sem margem para recuar?..

O OBSERVADOR noticiou ontem, via Bruno Pais Menezes, do movimento de cidadãos "Figueira A Primeira", "que Santana Lopes será candidato à Figueira da Foz", pois "respondeu de forma inequívoca e afirmativa ao desafio do movimento"Bruno Pais de Menezes, ex-líder da JSD/Figueira da Foz e líder do movimento, disse também que Santana Lopes falará sobre o assunto em tempo próprio

O Observador tentou contactar Pedro Santana Lopes, que não respondeu em tempo útil. Como Santana ainda não falou, continuemos a citar Bruno Menezes, via Figueira na Hora.

Segundo o rosto do movimento independente «Figueira A Primeira», que alavanca esta intenção, “tudo começou com uma manifestação nesse sentido a 24 de fevereiro, junto ao oásis. Desde então que temos vindo a receber contributos de figueirenses dos mais diferentes quadrantes políticos, da direita à esquerda”.

“Neste período auscultámos diversas personalidades e figueirenses em geral de forma a perceber quais as soluções para retirar a Figueira da Foz do marasmo político em que se encontra o que resultou na aceitação do Dr. Santana Lopes para liderar uma lista capaz de conquistar, novamente, a Câmara e Assembleia municipais da Figueira da Foz”, revela Bruno Menezes, ex-líder da JSD figueirense.

Portanto, pela algazarra que por aí vai, parece que Santana Lopes vai mesmo a eleições nas autárquicas de 2021 na Figueira da Foz.

Eu, porém, continuo na minha: só vou acreditar quando em Agosto próximo futuro forem publicadas as listas de candidatos devidamente aprovadas pelo Tribunal da Figueira da Foz.

Como escreveu o Eng. Saraiva Santos no QUINTO PODER, EM 22 DE jULHO DE 2004, "o crédito a dar a uma promessa, ou a uma mera afirmação, depende, acima de tudo , da credibilidade do promitente.

A avaliação desta última tem de ser necessariamente baseada na análise do seu currículo e do seu desempenho passado .
Não há nisto nenhuma má vontade ou nenhum preconceito .
É assim que as coisas se passam, no quadro do mais elementar senso comum .
Quando avaliamos alguém, seja um vendedor imobiliário, seja um vendedor de um carro em segunda mão... olhamos para o que fez no passado.
 
Santana Lopes jura agora, a pés juntos, que vai governar seguindo o rumo da seriedade e do rigor .
Ora, no seu mandato como Presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz, não revelou nenhum rigor, como é público e notório.
Assim , a título de meros  exemplos , não revelou rigor:"
Para ler melhor, clicar na imagem


domingo, 16 de agosto de 2020

"Figueira, a Rainha!"

A situação é tão visível que o que sobra deste executivo camário está com medo. Muito medo. Aqui, pelo OUTRA MARGEM, já se tinha percebido... Esta crónica publicada ontem no Diário as Beiras, escrita por alguém que tem experência autárquica, vale a pena ser lida, digerida e analisada.

"Este 2020 entrou estranho e mantém-se particular, mesmo apesar do Verão. O Verão de 2020, por causa da pandemia, deixou por opção a grande maioria dos portugueses por cá. Mesmo no meio de uma pequena pausa de férias, escrevo estas linhas a olhar o mar da Figueira da Foz. Durante a semana, visitámos no Paço da Figueira, uma exposição que evoca o Turismo nestas terras, desde os finais do século XIX, entrando muitas décadas pelo século XX. A exposição é promovida pelo Município e recorda uma cidade já com iniciativa hoteleira e turística, há mais de um século atrás. Num dos panfletos, lia-se “Figueira da Foz, a Rainha das praias portuguesas”. Inevitavelmente, aquela exposição recorda-nos a infância numa cidade que sempre se distinguiu pelo seu charme, pela enorme quantidade de visitantes espanhóis e pela praia da claridade que divide o mar azul, da cidade e do casario mais pitoresco de Buarcos. A arte xávega e a venda de peixe fresco na Praia de Lavos, o surf no mar da Cova da Gala e do Cabedelo, a praia da Murtinheira, a Serra da Boa viagem e Quiaios, complementam uma identidade que deve orgulhar todos e, ainda mais, os Figueirenses. É por esta identidade que deverão puxar orgulhosamente porque é isso, juntamente com a capacidade empreendedora de quem aposta no território, que os distingue. Aqui, encontra-se urbanidade, ruralidade e ainda a vida ligada ao mar. Esta distinção é muito mais importante do que qualquer comparação com países de outros quadrantes geográficos, pelo que talvez tivesse feito falta à agência autora daquele vídeo manhoso, ter ido ver ao Paço da Figueira, logo ali à frente da Marina, aquela exposição municipal. Vagueando por aqui, estes dias, vale a pena sugerir a melhoria da apresentação e limpeza dos espaços públicos. Vale a pena puxar pela identidade da Rainha das Praias Portuguesas, ao mesmo tempo que se deverá cuidar melhor da relva dos jardins que , nalguns locais, passou a amarela, cuidar com mais carinho dos canteiros de flores nas avenidas que já são tão poucos, mas ainda assim estão cheios de ervas. Vale a pena olhar para a entrada principal da cidade e dar as Boas Vindas com algum orgulho, com canteiros centrais e rotundas devidamente cuidados , como aliás, em qualquer um daqueles lugares mais afamados do dito vídeo promocional. Esta “filosofia” de ruas e jardins orgulhosamente cuidados casa bem com o potencial da cidade e são detalhes que fazem a diferença. Não sei o que se passa com a estrutura em madeira do “Oásis”, mas o que era outrora um “spot” de moda , hoje é um local abandonado, com materiais a degradarem-se com um aspeto pouco digno. Por falar nisso, ou cuidam das madeiras dos passadiços que colocaram na praia há um par de anos, ou dentro de pouco tempo, terão de gastar mais dinheiro a emendar estruturas de madeira. Cuidando estes detalhes, a cidade ficará mais bonita ainda e os turistas que cá vêm, com certeza, apreciarão e valorizarão. Indo para a praia, faz falta a passagem de veículos de limpeza, de quando em vez. A praia, mesmo aquela que fica fora de área de concessões, também é da cidade. Por isso lhe chamam Rainha. Para os lados do cabo Mondego é que já não há praia. Aliás, se não intervêm , os muros de pedra, que foram colocados há alguns anos, acabarão por ruir. Várias pedras de menor dimensão já caíram para o que era a Praia, movimentadas pela força do mar. Há escadas cujo último degrau fica a um metro da areia, quando a maré está vazia. Já agora, não compreendo porque é que a iluminação da avenida que conduz ao cabo mondego não está totalmente ligada. As pessoas gostam de caminhar em segurança e os que moram cá para baixo também pagam impostos. Como estamos de férias, ficamos por aqui, com a certeza de que a Câmara Municipal fará o seu papel e não deixará de cultivar esta ideia de orgulho de estar tudo arranjado e limpo. A auto-estima começa aqui, mais do que nos compararmos com Malibu ou com a Riviera Francesa. Para terminar, uma declaração. Esta é uma crítica construtiva, alheia a qualquer onda partidária. É apenas um pequeno contributo de cidadania de quem não sendo de cá, gosta disto como os de cá e tem cá casa há quase 20 anos, vindo sempre que pode porque este mar e esta claridade enchem qualquer Alma."

quarta-feira, 15 de janeiro de 2020

Há Homens assim, diferentes e únicos: Martin Luther King

Faria hoje 91 anos.

Em 1964, foi criada a Lei dos Direitos Civis, que garantia a tão esperada igualdade entre negros e brancos. Nesse mesmo ano, Martin Luther King recebeu o Prémio Nobel da Paz. Segue um trecho do discurso:

"Digo-lhes, hoje, meus amigos, que apesar das dificuldades e frustrações do momento, ainda tenho um sonho. É um sonho profundamente enraizado no sonho americano.
Tenho um sonho que um dia esta nação levantar-se-á e viverá o verdadeiro significado da sua crença: Consideramos estas verdades como evidentes por si mesmas, que todos os homens são criados iguais.
Tenho um sonho que um dia nas montanhas rubras da Geórgia os filhos de antigos escravos e os filhos de antigos proprietários de escravos poderão sentar-se à mesa da fraternidade.
Tenho um sonho que um dia o estado do Mississipi, um estado deserto, sufocado pelo calor da injustiça e da opressão, será transformado num oásis de liberdade e justiça.
Tenho um sonho que meus quatro pequenos filhos viverão um dia numa nação onde não serão julgados pela cor da sua pele, mas pela qualidade do seu carácter.
Tenho um sonho, hoje.
Esta é nossa esperança. Esta é a fé com a qual regresso ao Sul. Com esta fé seremos capazes de retirar da montanha do desespero uma pedra de esperança. Com esta fé poderemos transformar as dissonantes discórdias de nossa nação numa bonita e harmoniosa sinfonia de fraternidade. Com esta fé poderemos trabalhar juntos, rezar juntos, lutar juntos, ir para a prisão juntos, ficarmos juntos em posição de sentido pela liberdade, sabendo que um dia seremos livres.
Esse será o dia quando todos os filhos de Deus poderão cantar com um novo significado: "O meu país é teu, doce terra de liberdade, de ti eu canto. Terra onde morreram os meus pais, terra do orgulho dos peregrinos, que de cada localidade ressoe a liberdade."

Fica o célebre discurso de Martin Luther King na íntegra:

domingo, 27 de abril de 2014

Um rigoroso exclusivo Outra Margem sobre a inauguração do Óasis Plaza

Em rigoroso exclusivo, Outra Margem conseguiu obter de fonte que prefere permanecer anónima, o programa das festas para a inauguração em 24 de junho próximo, dia feriado municipal na Figueira da Foz.

Programa:

10.00
Concentração dos convidados nas antigas freirinhas.
11.00 

Partida para o edifício o trabalho onde será servido um porto de honra.
12.00 

Visita ao jardim municipal para inauguração do coreto e nova florestação e limpeza.
13.00 Inauguração do Titanica.
14.00 Almoço volante servido no lago do oásis.

terça-feira, 20 de outubro de 2020

Pelo concelho das ironias trágicas: tuk-tuk eléctricos e teleféricos e uma lagoa artificial de água natural no areal da praia...

A realidade, no país e no nosso concelho, é a que sabemos: o desafio colocado pela pandemia é enorme.

Ninguém, no país e no concelho, está preparado para o enfrentar. Não se fez o que deveria ser feito ao longo dos últimos meses e que era essencial: reforçar com meios humanos e técnicos o SNS. No país do faz de conta o entretenimento é a intenção de obrigatoriedade de instalação de telemóveis, mais inútil que útil. 

No país (e no concelho) real há pessoas a morrer por falta de assistência, não só ao covid-19, mas também por degradação do seu estado de saúde, sem os adequados diagnósticos. Há pessoas em dificuldade porque já o estava ou passou a estar com os impactos da crise pandémica. Há pessoas a precisar de respostas em vez de mais do mesmo ou de entretenimentos.

Ninguém está interessado em discutir a realidade. Ninguém se interessa pela insuficiência, a impreparação e o esgotamento das respostas de saúde no terreno. 

Por exemplo: para tomar uma vacina os velhos como eu, têm de ir para uma fila, com o céu como teto, todos os dias, a partir das 8 e meia da manhã, sujeitos às condições de tempo como as que estão hoje, quando era simples e fácil os serviços calendarizarem os dias e as horas para evitar ajuntamentos e facilitar a vida dos utentes e dos profissionais de saúde.

Na Figueira, neste momento, dizem (enquanto esperamos pelo resultado do sistema de transposição de areias, da praia da Figueira para as praias da margem sul do Mondego, o famoso bypass) que podemos vir a ter tuk-tuk eléctricos e teleféricos e uma lagoa artificial de água natural no areal da praia. 

Já agora: já tivemos palmeiras no oásis, porque não utilizar camelos no cada vez mais extenso areal?

Não consideram que tudo isto é demasiada demagogia e escassa  capacidade de concretização no terreno?

Ao menos, cumpram uma ironia antiga, que já é trágica: acabem de uma vez por todas as obras da Rua dos Combatentes.

Imagem via Diário as Beiras