António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
domingo, 10 de agosto de 2014
Continuar a limpeza do oásis...
Com este fedor, tem mesmo de ser lixívia...
quinta-feira, 6 de setembro de 2012
Está um dia abrasador…
sábado, 12 de julho de 2008
Pragmatismo?...
“A cidade da Figueira da Foz exerce uma tremenda atracção a quem a visita e a quem é de fora, no entanto é curioso como os de cá, são os primeiros a criticar tudo e mais alguma coisa que se faça ou que se pense fazer. Para que conste, e porque gosto de tomar posições sobre os assuntos, deixo para memória futura alguns apontamentos:
a) Não tenho problema nenhum com a construção do Aparthotel do Galante e o seu número de pisos;
b) Já em relação ao processo que deu origem a tudo o que ali vai ser construido, tenho as minhas reservas, aliás enquanto deputado municipal votei contra o Plano de Pormenor daquela área:
c) Acho que a reabilitação que o Grupo Sabir está a fazer no Aparthotel Atlântico dá brilhantismo à cidade;
d) Penso que o espaço do Oasis, já que está construído, deve ser reabilitado e entregue para exploração a uma empresa dedicada;
e) Existem actualmente alguns projectos para investimento no concelho, que devem ser acarinhados e não hostilizados, nomeadamente na área do comércio, turismo e do desporto;
f) Um desses investimentos é o estádio da Naval 1ª de Maio e um potencial Centro Comercial associado;
g) Outro é algo extraordinário para o areal da Figueira da Foz, da iniciativa de um figueirense, o qual irão ouvir falar brevemente;
h) O Golfe da Figueira, de 18 ou 9 buracos, no Bom Sucesso ou em Buarcos, e cada vez mais uma miragem. Os concelhos que competem por este nicho do mercado turístico agradecem;
i) No pseudo "parque de caravanismo", junto ao edifício do IPTM, algo deveria ser feito. Ou se proíbe o que por ali se passa ou estão devemos criar condições dignas de uma cidade que se diz de Turismo;
j) Passaram já perto de 2 meses desde que o AKI anunciou vontade em investir na Figueira, nomeadamente em Tavarede, tendo sido reprovado pelo executivo camarário. Na minha opinião passou já demasiado tempo para ser anunciado ou indicado pela Câmara Municipal, um local alternativo onde se poderá instalar;
l) Em nenhum momento da história do concelho, ocorreram tantos investimentos, públicos e privados, em simultâneo. A saber, as Centrais de co-geração da EDP e a da Iberdrola, a expansão da Celbi, Ponte dos Arcos, Variante do Galo de Ouro e Porto Comercial. Igualmente nunca a cidade esteve tão parada, inerte e desinteressante, o que me parece contraditório;
m) Acho lamentável não termos uma feira de actividades, tipo a do concelho de Cantanhede, e totalmente obtuso não explorar esse filão de animação do concelho;
n) A habitação na Figueira da Foz continua caríssima, e urge criar uma bolsa de Habitação para Jovens Residentes, com regras a definir.
o) Umas das coisas prioritárias para a Figueira da Foz, como alguem já disse neste blogue, é a elaboração de um plano de saneamento financeiro da autarquia. Só assim se consegue recuperar a credibilidade perdida e dar uma nova energia à iniciativa da Câmara Municipal;
p) A perto de um ano de eleições autárquicas, acho totalmente errante o Partido Socialista não ter identificado ainda um potencial candidato à Câmara Municipal e não estar já a discutir com as chamadas forças vivas do concelho, opções para um futuro que se pretende risonho no concelho;”
Agora, passo a citar este comentário do mesmo Amicus Ficaria.
“1- O número de pisos do prédio do Galante é mau se for equacionado como um enxerto agressivo à harmonia paisagística, rompendo a escala dominante do edificado da orla marítima, cortando o sistema de vistas determinado pela linha da Serra.
2- A recuperação comercial do Oásis será uma miragem, já que o conceito inicial é desadequado ao clima dominante da Figueira, mesmo no Verão.
3- Foi bom o sr. Sabir requalificar o Atlântico, mas a simples existência daquele "piço" menoriza o urbanismo da nossa terra. Tinha razão o Dr. Lopes quando propôs a sua radical implosão.
4- O golfe de 9 buracos não é minimamente competitivo nem atractivo para players de outras regiões ou países. Há dezenas de greens alternativos com melhores condições.
5- Estranho que na visão de AJP não haja uma referência a um conceito emergente de turismo, adaptável à Figueira, e que passa por:
a)Segurança e tranquilidade para um público alvo de referência familiar.
b) promoção da paisagem litoral e menos de praia e mar.
c)património edificado urbano único e animação cultural de qualidade.
d)Ecologia com a associação de potencialidades do Baixo-Mondego.
e)gastronomia e a promoção de um produto local de qualidade inegável que é o gelado, fazendo, por exemplo, um festival internacional a ele dedicado. Era uma alternativa aos estafados festivais da sardinha, do peixe ou do marisco.
6- Anoto, com espanto, a referência carinhosa ao estádio com centro comercial acopolado.
Muito do que aqui afirmo é semelhante ao plano estratégico do Turismo do Oeste, com evidente sucesso.”
Sardinha Fresca
Comparando o que escreveu António Jorge Pedrosa e Sardinha Fresca, constato que o pragmatismo fez escola neste País. É a tal chamada esquerda moderna, não dogmática e democrática, que se diz preocupada com a igualdade, mas, que, de imediato, afirma que o valor da igualdade é subalterno do valor da liberdade...
Pois, pelos vistos esta postura também quer ser interveniente na nossa cidade.
Do meu ponto de vista, as propostas do Senhor António Jorge Pedrosa, apontam para que a função prioritária duma Câmara Municipal, como a da Figueira, é proporcionar oportunidades aos chamados empreendedores. Como se isso não tivessse acontecido desde sempre?..
Por exemplo, o cumprimento do clausulado no actual contrato de concessão do exclusivo da exploração de jogos de fortuna ou azar na zona de jogo da Figueira da Foz, celebrado em 2 de Julho de 1981, e prorrogado até 31 de Dezembro do ano 2020, é fiscalizado por quem?
Bom, adiante. Nos tempos que correm, a qualquer político que se preze, isto é, que tenha ambições políticas, não interessa nada discutir e debater ou, sequer, saber o que se está verdadeiramente a discutir e debater. O que interessa é avançar. São os novos tempos do pragmatismo anti-ideológico do realismo socialista a chegar à Figueira.
Como diria Baptista Bastos, “deixámos cair a cultura da revolta. Não falamos de nós. Enredamo-nos na futilidade das coisas inúteis, como se fossem o atordoamento ou o sedativo das nossas dores. E as nossas dores não são, apenas, d’alma: são, também, dores físicas.”
terça-feira, 8 de abril de 2014
A Praça Velha
domingo, 26 de outubro de 2014
O sonho lindo...
"É cada vez mais evidente que a “união europeia” foi um sonho lindo que acabou. Isto parece bastante óbvio, excepto talvez para alguma classe política e empresarial portuguesa (as do arco-do-poder); curiosamente as mesmas que em 1961 também “não se aperceberam” do fim inexorável da era colonial. Na realidade, para a classe dirigente nacional, a união europeia nunca passou de uma nova “árvore das patacas” que substituiria a colonial." Depois de ler, pensei em: chorar (mas, não há nada mais triste que chorar com razão...); rir (mas, não conheço nada mais alegre que rir ao ponto de chorar...); na morte (... mas, todos sabemos, que o mais apropriado para um cadáver é um caixão...).
Entretanto, aconteceu-me uma urgência e, por motivos mais que óbvios, tenho que abreviar (nada é mais urgente que a vontade que, neste momento, me está assolar - ir passear...).
Bom domingo e não esqueçam...
"O sonho lindo do oásis de paz, cooperação e livre circulação revelou-se um pesadelo: um novo triunfo dos porcos cuja narrativa da inevitabilidade repete ad nauseam (para consolo das almas cínicas ou resignadas) que haverá sempre uns mais iguais que outros e mainada."
sexta-feira, 27 de julho de 2012
quarta-feira, 11 de abril de 2012
E a polémica do momento na Figueira é...
Estas obras estão enguiçadas!...
De "trapalhada política, na opinião do PSD, ....
chegou, agora, na minha opinião, a "trapalhada colorida"!..
Para o vereador do PSD, Miguel Almeida, "a estrutura metálica que está a ser concluída no chamado “Parque das Gaivotas” para albergar provisoriamente o Mercado Municipal, tem um impacte visual muito carregado tendo em conta a cor que foi escolhida. Além disso, tendo em conta que o lugar precisa de ser o mais fresco possível, para que seja possível comprar sardinha sem estar assada e maçãs sem serem cozidas, exigia-se uma cor mais clara."
Por isso, apresentou ontem, em nome dos vereadores do PSD, uma proposta que pretende minimizar os aspectos negativos.
Em tempo.
Embora, talvez, fora do tempo fica a minha modesta sugestão: para mim, ficava bem era todo verde alface, com umas riscas brancas. Vendo bem, até estaria em sintonia com o verde da vedação do Parque das Gaivotas e, lá mais em fundo, com a verdura do Oásis!..
Pronto: aceito que já deveria ter apresentado a proposta mais cedo...
Mas, o que querem?..
Eu, sou um cidadão comum e o Miguel, que é vereador, só se antecipou um dia!..
segunda-feira, 30 de novembro de 2020
Requalificação do areal urbano...
Querem saber porque é que a minha expectativa é de tal maneira exuberante, viçosa, viigorosa, deslumbrante e avantajada sobre a reparação dos equipamentos que já estão degradados no areal urbano?
Porque tenho memória. É para isso que serve, no essencial, OUTRA MARGEM. Sei que isso incomoda quem pretende branquear o passado, mas esse problema não é do autor deste blogue. O autor deste espaço só tem um compromisso: com a verdade.
Recuemos, então a 6 de Janeiro de 2020.
"Na Obra de Requalificação do Areal/Valorização de Frente Mar e Praia - Figueira/Buarcos foram gastos 2 milhões de Euros na empreitada, com a obrigação do empreiteiro fazer a manutenção durante 5 anos.
Passaram quase 3 anos após a conclusão dos trabalhos.
quinta-feira, 26 de junho de 2014
Galante – a Farsa – Retrato de incultura urbanística
foto Figueira na Hora |
Luís Ramos Pena, na Voz da Figueira:
"Corria o ano de 2004 quando o edil local, coadjuvado por alguns vereadores, defendia “com unhas e dentes” a implantação de um “hotel de referência” para o terreno sito na Ponte do Galante.
O terreno em causa era municipal e tinha sido vendido através de hasta pública nos finais de 2001 com uma finalidade bem precisa: a construção de um hotel com 4 andares e com a classificação mínima de 4 estrelas.
A escritura propriamente dita só viria a concretizar-se em 26 de Junho de 2003, altura em que a empresa Imofoz, única concorrente à hasta pública, comprou de manhã o terreno por 1.850.540,20€ para, algumas horas depois, no mesmo dia, o ir vender à Fozbeach por 2.992.787,38€.
Entre a data da hasta pública, realizada no Município em 18/12/2001, e Junho de 2003 foi preparado, nas costas dos cidadãos, um plano de pormenor para permitir o edificado que hoje pode ser constatado no local e arrepia qualquer ser humano que tenha o mínimo de gosto e sensibilidade.
A confecção desse “prato” foi digna de um verdadeiro “chef”, com avental a rigor, e secretamente cozinhado com os melhores conselhos e pareceres encomendados aos vários patamares da administração pública. Com efeito, a elaboração do Plano de Pormenor da Ponte do Galante processou-se no maior sigilo, à revelia dos princípios de participação democrática das populações na elaboração dos planos, e portanto sem dar oportunidade aos munícipes de nele intervirem com as suas sugestões. Na proposta do Plano, a unidade hoteleira do pré-anunciado hotel – fundamento da suspensão – transita para hotel de apartamentos e, mantendo a mesma área de implantação, dos iniciais 4 passa para 16 pisos, aumentando exponencialmente a densidade prevista para o local.
Entretanto, a Câmara Municipal procedeu à desafectação de terrenos que continuam no uso público (passeios) para os poder vender directamente à Fozbeach, SA já na vigência da suspensão do Plano de Urbanização. Os cidadãos, na altura, mostraram a sua indignação, não tanto pela torre, agora acabada de inaugurar com pompa e circunstância, mas sobretudo pela vergonhosa envolvente pouco condizente e apropriada para acompanhar o denominado “hotel de referência”.
Os figueirenses foram insultados com a plantação dessa selva de betão composta por sete blocos de apartamentos e 298 fogos – alheia ao interesse público – e visando apenas o enriquecimento de um promotor.
Já na altura, estávamos em 2004, muitas vozes afirmavam que a Figueira tinha milhares de apartamentos devolutos. Custa muito ter razão antes do tempo, sobretudo vários anos antes do rebentar da crise em 2008…
Mas o poderio económico foi mais forte do que a razão dos cidadãos e o fenómeno da Ponte Galante ficará na história como um exemplo de escola do bom funcionamento do bloco central de interesses (elementos do PSD e elementos do PS, de nível superior, colaboraram intimamente para que o projecto florescesse).
Infelizmente, os enormes erros urbanísticos cometidos nesta cidade, durante os anos 80 e 90, não serviram de emenda…
O Galante é um mero caso particular de uma síndrome nacional que arrasou a economia e o território para beneficiar um grupo ínfimo de “promotores”. Constituiu um oásis para o “pato bravismo” – há quem lhe chame “chico espertismo” – que, ao não conseguir na íntegra os seus objectivos, não se coibiu de emparedar algumas habitações contíguas ao empreendimento imobiliário.
Agora, em 2014, façamos votos para que venham centenas de charters com turistas chineses, russos ou quiçá angolanos, para fazerem a devida ocupação do hotel de apartamentos, tanto mais que, em vez de uma envolvente verde condigna, consta que há por ali uma envolvente cor-de-rosa com striptease…"
Jorge Tocha Coelho, no Diário de Coimbra
terça-feira, 17 de junho de 2014
Com vento é que se iça a vela… (II)
Em tempo…
sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015
Uma coisa e outra...
Em vez disso, temos alguém no poder que está convencido de que está a cumprir uma «missão».
Espero sobreviver ao banho de cultura elitista que está a passar numa sala perto de mim.
Está a ser uma festa.
Por cá passaram - e vão continuar a passar - pessoas da cultura e outras figuras culturalmente menos relevantes.
Por vezes, dou comigo a colocar a hipótese de que, por aqui, o 25 de Abril não ficou completo e temos de o acabar – estou a referir-me à «falta de liberdade».
Isto, parecendo um completo absurdo, não assim é tão absurdo.
Recordemos que se há algum tipo de virtude que possamos encontrar no Estado Novo, essa teve a ver com a capacidade de disciplinar as contas públicas...
Para o português comum, não deverá haver pecado maior da democracia portuguesa, nos últimos 40 anos, do que a má gestão económica e financeira dos recursos nacionais, que nunca se preocupou em deixar como herança a dívida pública contraída para a construção de "oásis rodoviários e afins..."
Espero que compreendam, finalmente, a agitação em que ando desde que, em 1997, cá pela Figueira, uma cidade que sempre teve “os seus artistas políticos”, apareceu como candidato a alguma coisa Pedro Santana Lopes...
segunda-feira, 22 de abril de 2013
quinta-feira, 5 de setembro de 2013
Políticos, politiqueiros, a política do betão na minha Terra e a importância do próximo dia 29 de setembro...
segunda-feira, 10 de maio de 2021
Santana ficou sem margem para recuar?..
O OBSERVADOR noticiou ontem, via Bruno Pais Menezes, do movimento de cidadãos "Figueira A Primeira", "que Santana Lopes será candidato à Figueira da Foz", pois "respondeu de forma inequívoca e afirmativa ao desafio do movimento". Bruno Pais de Menezes, ex-líder da JSD/Figueira da Foz e líder do movimento, disse também que Santana Lopes falará sobre o assunto em tempo próprio.
O Observador tentou contactar Pedro Santana Lopes, que não respondeu em tempo útil. Como Santana ainda não falou, continuemos a citar Bruno Menezes, via Figueira na Hora.
Segundo o rosto do movimento independente «Figueira A Primeira», que alavanca esta intenção, “tudo começou com uma manifestação nesse sentido a 24 de fevereiro, junto ao oásis. Desde então que temos vindo a receber contributos de figueirenses dos mais diferentes quadrantes políticos, da direita à esquerda”.
“Neste período auscultámos diversas personalidades e figueirenses em geral de forma a perceber quais as soluções para retirar a Figueira da Foz do marasmo político em que se encontra o que resultou na aceitação do Dr. Santana Lopes para liderar uma lista capaz de conquistar, novamente, a Câmara e Assembleia municipais da Figueira da Foz”, revela Bruno Menezes, ex-líder da JSD figueirense.
Portanto, pela algazarra que por aí vai, parece que Santana Lopes vai mesmo a eleições nas autárquicas de 2021 na Figueira da Foz.
Eu, porém, continuo na minha: só vou acreditar quando em Agosto próximo futuro forem publicadas as listas de candidatos devidamente aprovadas pelo Tribunal da Figueira da Foz.
Como escreveu o Eng. Saraiva Santos no QUINTO PODER, EM 22 DE jULHO DE 2004, "o crédito a dar a uma promessa, ou a uma mera afirmação, depende, acima de tudo , da credibilidade do promitente.
Não há nisto nenhuma má vontade ou nenhum preconceito .
É assim que as coisas se passam, no quadro do mais elementar senso comum .
Quando avaliamos alguém, seja um vendedor imobiliário, seja um vendedor de um carro em segunda mão... olhamos para o que fez no passado.
Santana Lopes jura agora, a pés juntos, que vai governar seguindo o rumo da seriedade e do rigor .
Ora, no seu mandato como Presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz, não revelou nenhum rigor, como é público e notório.
domingo, 16 de agosto de 2020
"Figueira, a Rainha!"
quarta-feira, 15 de janeiro de 2020
Há Homens assim, diferentes e únicos: Martin Luther King
Faria hoje 91 anos.
Em 1964, foi criada a Lei dos Direitos Civis, que garantia a tão esperada igualdade entre negros e brancos. Nesse mesmo ano, Martin Luther King recebeu o Prémio Nobel da Paz. Segue um trecho do discurso:"Digo-lhes, hoje, meus amigos, que apesar das dificuldades e frustrações do momento, ainda tenho um sonho. É um sonho profundamente enraizado no sonho americano.
Tenho um sonho que um dia esta nação levantar-se-á e viverá o verdadeiro significado da sua crença: Consideramos estas verdades como evidentes por si mesmas, que todos os homens são criados iguais.
Tenho um sonho que um dia nas montanhas rubras da Geórgia os filhos de antigos escravos e os filhos de antigos proprietários de escravos poderão sentar-se à mesa da fraternidade.
Tenho um sonho que um dia o estado do Mississipi, um estado deserto, sufocado pelo calor da injustiça e da opressão, será transformado num oásis de liberdade e justiça.
Tenho um sonho que meus quatro pequenos filhos viverão um dia numa nação onde não serão julgados pela cor da sua pele, mas pela qualidade do seu carácter.
Tenho um sonho, hoje.
Esta é nossa esperança. Esta é a fé com a qual regresso ao Sul. Com esta fé seremos capazes de retirar da montanha do desespero uma pedra de esperança. Com esta fé poderemos transformar as dissonantes discórdias de nossa nação numa bonita e harmoniosa sinfonia de fraternidade. Com esta fé poderemos trabalhar juntos, rezar juntos, lutar juntos, ir para a prisão juntos, ficarmos juntos em posição de sentido pela liberdade, sabendo que um dia seremos livres.
Esse será o dia quando todos os filhos de Deus poderão cantar com um novo significado: "O meu país é teu, doce terra de liberdade, de ti eu canto. Terra onde morreram os meus pais, terra do orgulho dos peregrinos, que de cada localidade ressoe a liberdade."
Fica o célebre discurso de Martin Luther King na íntegra:
domingo, 27 de abril de 2014
Um rigoroso exclusivo Outra Margem sobre a inauguração do Óasis Plaza
Programa:
10.00
Concentração dos convidados nas antigas freirinhas.
11.00
Partida para o edifício o trabalho onde será servido um porto de honra.
12.00
Visita ao jardim municipal para inauguração do coreto e nova florestação e limpeza.
13.00 Inauguração do Titanica.
14.00 Almoço volante servido no lago do oásis.
sábado, 9 de junho de 2018
quarta-feira, 4 de maio de 2011
terça-feira, 20 de outubro de 2020
Pelo concelho das ironias trágicas: tuk-tuk eléctricos e teleféricos e uma lagoa artificial de água natural no areal da praia...
A realidade, no país e no nosso concelho, é a que sabemos: o desafio colocado pela pandemia é enorme.
Ninguém, no país e no concelho, está preparado para o enfrentar. Não se fez o que deveria ser feito ao longo dos últimos meses e que era essencial: reforçar com meios humanos e técnicos o SNS. No país do faz de conta o entretenimento é a intenção de obrigatoriedade de instalação de telemóveis, mais inútil que útil.
No país (e no concelho) real há pessoas a morrer por falta de assistência, não só ao covid-19, mas também por degradação do seu estado de saúde, sem os adequados diagnósticos. Há pessoas em dificuldade porque já o estava ou passou a estar com os impactos da crise pandémica. Há pessoas a precisar de respostas em vez de mais do mesmo ou de entretenimentos.
Ninguém está interessado em discutir a realidade. Ninguém se interessa pela insuficiência, a impreparação e o esgotamento das respostas de saúde no terreno.
Por exemplo: para tomar uma vacina os velhos como eu, têm de ir para uma fila, com o céu como teto, todos os dias, a partir das 8 e meia da manhã, sujeitos às condições de tempo como as que estão hoje, quando era simples e fácil os serviços calendarizarem os dias e as horas para evitar ajuntamentos e facilitar a vida dos utentes e dos profissionais de saúde.
Na Figueira, neste momento, dizem (enquanto esperamos pelo resultado do sistema de transposição de areias, da praia da Figueira para as praias da margem sul do Mondego, o famoso bypass) que podemos vir a ter tuk-tuk eléctricos e teleféricos e uma lagoa artificial de água natural no areal da praia.
Já agora: já tivemos palmeiras no oásis, porque não utilizar camelos no cada vez mais extenso areal?
Não consideram que tudo isto é demasiada demagogia e escassa capacidade de concretização no terreno?
Ao menos, cumpram uma ironia antiga, que já é trágica: acabem de uma vez por todas as obras da Rua dos Combatentes.
Imagem via Diário as Beiras |