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terça-feira, 8 de agosto de 2017

Na Figueira resta-nos morrer para, pelo menos, garantir o emprego ao coveiro...

DOMINGO, 06 AGOSTO 2017, via Diário de Coimbra.
 "Câmara Municipal de Oliveira do Hospital viu ser aprovado o financiamento do projecto de ampliação da zona industrial, num investimento de cerca de dois milhões de euros. Financiado pelo quadro comunitário 2020, o projecto prevê a ampliação da ZI de Oliveira do Hospital pelo “lado direito”, onde serão criados 50 novos lotes, uma zona de serviços «tipo retail park» e ainda uma área de estacionamento para pesados. Para o presidente da câmara, que assinou o contrato de financiamento, este é um projecto «fundamental» que vai permitir a Oliveira do Hospital apostar ainda mais no desenvolvimento económico e empresarial. «É um projecto que ainda vai demorar algum tem­po, mas vamos fazer uma zona industrial com algumas características diferentes», faz notar José Carlos Alexandrino, que destaca o facto da nova ZI contemplar a criação de um parque fechado para TIR, de modo a retirar estas viaturas de algumas zonas residenciais da cidade."
Conforme se pode ler na imagem acima, sacada do jornal AS BEIRAS, edição de hoje, Vila Nova de Poiares, foi o Município que mais recebeu para ampliação e conclusão da segunda zona industrial. 
E a Figueira, perguntarão os leitores? 
ZERO!..

domingo, 5 de fevereiro de 2017

E a crise aqui tão perto...

Durante 20 anos, vinte, na opinião dos políticos locais,  fomos os maiores da cantareira -  que o mesmo é dizer, do concelho!..
Não tivemos a crise, a recessão, não havia fome, nem desemprego! Muito menos, carências a nível de estruturas locais: é ver as piscinas e os campos sintéticos de futebol de 11 que por aí existem aos pontapés, não temos buracos nas estradas, nem nos parques de estacionamento gratuitos (onde se paga é outra loiça...). Muito menos, temos um problema chamado "erosão costeira"...
A Aldeia esteve na "vanguarda do desenvolvimento concelhio"...
Maravilha! 
Mas parece que, de repente, desabou o céu sobre as nossas cabeças. Chora meia Aldeia, enquanto eu me rio estridentemente: durante 20 anos, vinte, não se fez a unificação das Colectividades! 
Fome, crise, desemprego, tempo de espera na urgência do hospital, acidentes de viação em cruzamentos manhosos, erosão costeira, crise da política, fila e outros problemas no centro de saúde, ruas sujas e com buracos, falta de condições e recursos vários para promover a cultura e o desporto... 
Confesso-me com saudades de ouvir falar nisto! 
Obrigado Figueira, por devolveres à minha Aldeia o ego habitual...
Afinal, somos uma Aldeia de tradições!..

terça-feira, 20 de dezembro de 2016

A Figueira tem um presidente "inteligente"

Em declarações aos jornalistas à margem da reunião do executivo ontem realizada, João Ataíde recusou que a autarquia esteja, ela própria, a violar o regulamento municipal por si aprovado.
"Não é a Câmara que não cumpre o regulamento municipal, quem não cumpre é a Naval. O regulamento não é peremptório. Define que o pagamento é devido e, em caso de incumprimento, caberá a nós, executar [a dívida]. Posso executar, como posso deixar que eles não joguem lá. Obviamente, deixo-os jogar, porque o interesse relevante é a prática desportiva", argumentou João Ataíde. 
O n.º 2 do artigo 18.º do regulamento, relativo ao pagamento de taxas das utilizações regulares do complexo desportivo, refere que estes devem ser efetuados "até ao dia 10 do mês a que diz respeito, não sendo permitida a utilização das instalações após esta data".
"Se o objetivo for acabar com a Naval, então pego nas rendas - não cumpre as rendas, sai. Mas eu não quero acabar com a Naval, a Naval está em particular dificuldades", referiu João Ataíde. 
O presidente da Câmara não esclareceu se a autarquia vai manter a situação de incumprimento da Naval 1.º de Maio, clube que está sujeito a um Plano Especial de Revitalização (PER): "Depende, mantenho a dívida se porventura mantiverem um serviço de relevante interesse público. Não é nosso propósito resolver [o contrato], porque há centenas de miúdos que estão a jogar futebol. A relação é de incumprimento contratual, poderão ser executados apenas para o pagamento coercivo dos custos em falta", frisou. 
Questionado sobre se a situação é justa para outros clubes do concelho que cumprem os pagamentos da utilização do complexo desportivo, também no futebol de formação, João Ataíde argumentou que é "justo em termos de serviço público". 
"É justo em termos de preservar e respeitar todos os miúdos que ali jogam futebol. Se isto levar a uma situação de incumprimento que se torne absolutamente insolúvel, depois a Câmara terá de aferir as medidas que tem a tomar", alegou. 
Já a questão da deterioração do estádio municipal José Bento Pessoa - campo relvado que foi arrendado à Sociedade Anónima Desportiva (SAD) da Naval 1.º de Maio, para ser utilizado pela equipa de futebol sénior, que compete no Campeonato de Portugal de futebol - foi esta segunda-feira levantada pela oposição no executivo. 
A autarquia cedeu a utilização do estádio à SAD da Naval a troco do pagamento de 100 euros mensais, ficando o clube responsável pela manutenção do espaço, mas o acordo não foi cumprido e o relvado tem estado impraticável para a prática de futebol. 
Em resposta às questões levantadas por Miguel Almeida, vereador do movimento Somos Figueira, João Ataíde lembrou que foi feito um acordo para a manutenção das estruturas, "mas a evolução não é nada boa"
Aos jornalistas, o autarca disse que a questão "não é cobrar a dívida" e que não pretende "precipitar uma decisão", porque isso "poderá ser absolutamente inconveniente à Naval"
"Não queria causar-lhes dificuldades, gostaria que tivessem êxito. O que me interessava é que a Naval pudesse estar numa posição relevante no campeonato e que mantivesse as estruturas minimamente aceitáveis. Se nenhum destes objetivos está a ser atingido, teremos eventualmente de tomar uma decisão", frisou, não se comprometendo, no entanto, com eventuais prazos.

Nota de rodapé.
Como todos sabemos, nas touradas "o inteligente", é aquele que detém o poder, controla os tempos e manda substituir os artistas...
João Ataíde, revelou-se "o inteligente" deste segundo executivo de maioria absoluta PS: está sempre atento ao desenrolar da "corrida"...
E, em última análise, a última palavra é sempre a sua. 
Mesmo quando quando mandou outros falar por ele...
Reconheço a inteligência superior do actual presidente da câmara da Figueira da Foz.
Só um "inteligente" teria conseguido colocar alguém a
defender como "serviço público", a colocação de um hospital dentro de um parque de estacionamento...

terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Há que alienar a Figueira Parques, antes que seja tarde, mas com regras claras, não vão os figueirenses pensar que é uma negociata, que é todo o bom negócio para o qual não fomos convidados ...

foto sacada daqui
"População da Figueira da Foz recuará a número de 1950"!..
Esta é uma realidade conhecida.
Já em Março do ano passado, no decorrer da conferência “O futuro da Figueira da Foz – os negócios e o território”, o vereador António Tavares revelou que o concelho deverá perder 14 por cento da sua população até ao ano de 2030.
Em termos práticos, são 8.529 habitantes a menos do que actualmente tem o concelho figueirense.

Pelos vistos, o número de nascimentos, a diminuir, e o de óbitos, a aumentar, preocupa seriamente os responsáveis autárquicos figueirenses.
Eu, se fosse presidente ou vereador numa cidade que tivesse o melhor negócio do mundo a ser explorado pela própria câmara – o estacionamento pago na baixa e no parque do hospital – também estaria preocupado e a pensar tomar medidas...
Com a diminuição de população prevista para os próximos anos, qualquer dia já se consegue facilmente estacionar na baixa, sem se recorrer aos locais pagos, e o parque de estacionamento que serve a praia do hospital vai dar, mesmo no verão, para todos...
Portanto: estudem lá o assunto. Encontrem a solução. Mas, não esqueçam, que o que está em causa é o interesse público.

terça-feira, 19 de abril de 2016

Confirma-se o pior: Posto de Saúde da Cova e Gala encerra no fim do mês...Presidente da junta de freguesia de S. Pedro pondera demitir-se...

Ontem, em exclusivo, este blogue informou, em especial os covagalenses, do encerramento iminente do seu Posto Médico, que vinha do tempo da outra senhora.
Como era facilmente previsível, gerou-se uma onda de revolta na freguesia de S. Pedro.
Entretanto, a situação clarificou-se e evoluiu:
1. Conforme está exposto em comunicado, desde hoje para ler melhor clicar na imagem- , no ainda Posto Médico da Cova e Gala, confirma-se o pior: os doentes dos dois médicos que prestam serviço - o dr. Albino Coelho e o dr. Bento Cunha - a partir do dia 2 de Maio próximo mantém o mesmo médico de família, mas têm de se deslocar a Lavos.
2. Neste momento, o presidente da junta de freguesia, que ainda no passado dia 15 garantiu na Assembleia de Freguesia, realizada nessa data, que o Posto Médico se iria manter aberto, não descarta a hipótese de se demitir...
3. Neste momento, existe a possibilidade de se realizar uma Assembleia de Freguesia extraordinária amanhã para os autarcas locais e os covagalenses manifestarem o que têm a dizer sobre este assunto, verdadeiramente dramático para uma população envelhecida e carenciada de serviços médicos como são os habitantes covagalenses.

PS. - Se a reunião se realizar, espera-se que esteja presente alguém da Câmara Municipal da Figueira da Foz, de preferência o seu presidente.

Em tempo.
Fica uma sugestão.
Como a Maternidade da Figueira foi encerrada há anos, deverá haver um espaço, algures lá pelo Hospital, onde possa ser instalado o novo Posto Médico da Cova e Gala.
O problema do estacionamento pago do parque do Hospital estava resolvido por natureza, pois a grande maioria dos utentes do Posto Médico da Cova e Gala não tem viatura própria, e dada a proximidade, poderiam deslocar-se a pé.

quarta-feira, 6 de abril de 2016

Aquelas coisas que toda a gente sabe...

para ler melhor clicar na imagem
Os deputados municipais da oposição levaram a operacionalidade no acesso ao parque de estacionamento do Hospital à Assembleia Municipal.
Os órgãos de informação falaram do caso... Os figueirenses preocuparam-se. A operacionalidade do acesso ao hospital da Figueira, é um tema que diz respeito a todos nós...
Ficamos agora a saber, passados alguns meses, pelo douto parecer do Director Nacional do planeamento de Emergência, que "não é evidenciado haver qualquer incumprimento passível de enquadramento no artº. 4º. da Portaria 1532/2008 de 29 de dezembro (RI-SCIF)"!..
Contudo, ainda a propósito deste assunto, "após visita técnica ao local, foi recomendado ao Hospital Distrital da Figueira da Foz, que aquando da realização do simulacro, previsto nas Medidas de Auto Protecção, sejam testadas as acessibilidades  viaturas de socorro, particularmente a verificação de que sempre que ocorra um corte de energia eléctrica, todas as cancelas de todas as máquinas de saída são automaticamente levantadas e assim permanecem"...
E pronto, assunto arrumado, pelos vistos...
Tudo está bem, quando acaba em bem.
Assim vai a Figueira: os interesses bem e os figueirenses mal.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Pobre Aldeia

"Em Janeiro de 1975 chegou à Câmara uma carta de um pescador figueirense, residente nos Estados Unidos que, “em nome de todos os emigrantes que nasceram e pertencem à Cova e Gala” solicita ao Presidente que desencadeie “providências de protecção da nossa praia e da nossa terra”… ”para que se evite uma grande catástrofe”
A preocupação não se continha na necessidade de proteger a zona sul dos avanços do mar mas estendia-se “à nossa cidade da Figueira da Foz”. Visava sobretudo a segurança das suas “casinhas, que tanto custaram a ganhar” mas, tratando-se de homens do mar, conhecedores do seu comportamento, pode inferir-se o seu desassossego com a situação da barra, posto que, menos de vinte anos antes ali tinham ficado dezoito pescadores, além do histórico trágico. 
Não adivinhava que, quarenta anos depois, se poderiam contar mais alguns naufrágios, o último dos quais levou a vida de cinco pescadores em outubro passado e que a sua terra continuava a ser ameaçada pelo avanço do mar. Recentemente o ministro do ambiente, em dezembro, e a ministra do mar, a semana passada, anunciaram que vão ser estudadas medidas para resolver problemas do litoral e, principalmente da segurança na barra da Figueira, criando um grupo de trabalho que envolverá os serviços do ministério do mar e a autarquia local. 
Vale a pena criar as condições para que se evitem outros avisos convocando quem melhor conhece o mar: os pescadores."

Esta crónica, hoje publicada pelo eng. Daniel dos Santos, no jornal AS BEIRAS, é elucidativa: qualquer semelhança com a realidade não é pura coincidência
Pobre concelho, este,  que, quarenta anos depois, tem esta Aldeia à beira mar, com ar de Aldeia de um município de terceiro mundo.
Suja, desmazelada, abandonada, carenciada: numa palavra, pobre
A vida por aqui é uma miséria.
Por aqui, somos tão pobres, tão pobres, que, por vezes, tenho a sensação que quando perdemos a carteira, enriquecemos...
Vale pelo sítios onde se pode comer e pelas abandonadas praias...
Quanto ao resto, estamos conversados.
Até o hospital nos colocaram dentro de um parque de estacionamento pago e com problemas de operacionalidade à espera de serem avaliados pela Autoridade Nacional de Protecção Civil!..

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

A operacionalidade do acesso ao hospital da Figueira, um tema que diz respeito a todos nós e que ainda vai dar muito que noticiar...

A operacionalidade do aceso ao hospital da Figueira, é um tema que diz respeito a todos nós e que a todos deveria preocupar...
Recorde-se: o sistema pago entrou em vigor no início de Novembro de 2013 e colocou, na prática, o hospital dentro de um  parque de estacionamento.
A angústia do PS figueirense, na sua condição de anjinho culpado e pecador, no envolvimento da Câmara, via Figueira Parques, no processo do estacionamento pago no Parque de Estacionamento do Hospital Distrital da Figueira da Foz, sito na Gala, faz lembrar a limpeza das casas. 
Por mais merda que a gente limpe, mais merda aparece...

A 30 de Abril de 2014, na Assembleia Municipal, a coligação Somos Figueira (PSD/CDS-PP/PPM/MPT) apresentou um voto de protesto e revogação da decisão – chumbado pela maioria socialista – apoiando-se num parecer pedido ao serviço municipal de protecção civil que considerou não estarem reunidas “as mínimas condições de segurança” no acesso a viaturas de emergência.
Na oportunidade, Pereira da Costa, também do movimento Somos Figueira, já depois de João Ataíde ter assumido que a empresa municipal está “a perder dinheiro” com a intervenção, considerou que o Presidente da Câmara “já deve estar 50 vezes arrependido” de ter assinado a parceria com o HDFF.
“Foi um mau negócio, perdeu dinheiro, mas deu a entender que estava de acordo. O que a Câmara devia ter dito era que não queria, a posição da Câmara foi absolutamente desastrosa”, afirmou o presidente da bancada PSD na AM.

Na altura, a bancada do PS também avançou com uma moção – esta aprovada – onde, apesar de se manifestar “contra qualquer agravamento de taxas ou custas” associadas ao Serviço Nacional de Saúde, lembra que o parque de estacionamento hospitalar “carecia absolutamente de uma requalificação profunda” e ordenamento.
Luís Ribeiro, deputado municipal do PS, alegou que o Governo não avançou com a obra “por completa falta de capacidade financeira ou de vontade para tal” e que a empresa municipal, ao fazê-lo, defendeu “o bem e o interesse público”.

Em janeiro deste ano, perante as críticas, o presidente da Câmara já tinha defendido a aplicação de um tarifário “quase simbólico” no HDFF, que não onerasse as idas dos utentes à unidade de saúde, mas que deve ter agravado os prejuízos para a empresa municipal Figueira Parques.
Na mesma altura o tarifário foi alvo de alterações – embora mantendo o valor hora, superior ao praticado nos parques e vias públicas da cidade – passando a primeira hora a ser gratuita, assim como a maior parte do período nocturno.

Neste momento, partindo do pressuposto que o presidente da AM já deu cumprimento ao deliberado na última reunião daquele órgão autárquico, por iniciativa da deputada municipal Ana Oliveira, a operacionalidade no acesso ao parque de estacionamento do Hospital, já deverá estar a  ser avaliada pela Autoridade Nacional de Protecção Civil.

Balanço final de 4 páginas de jornal, baseado nas declarações do presidente da junta de freguesia de S. Pedro

Depois de nos últimos dias termos vindo a tentar focar, por temas, as declarações do senhor António Salgueiro, presidente da Junta de Freguesia de S. Pedro, concedidas ao jornal AS Beiras na passada quarta-feira, o saldo final resume-se assim: o senhor Presidente da Junta de S. Pedro perdeu uma excelente oportunidade de permanecer calado.
Resumindo: de novo, nada foi dito.
A única "vantagem" foi esta: para quem não o conhecia, ficou a conhecê-lo um pouco melhor. Isto é: constatou o vazio de conteúdo que patenteou, e não pelo que, em substância, foi dito efectivamente.
Dá vontade de deixar escrito. 
Ganda presidente! 
Não só pelo conteúdo das declarações, mas ainda mais pelo ar cândido e forma displicente, como se gastou em 4 páginas de jornal, sem dizer coisa nenhuma!...
Para quem mostrou ambição política (o que não é negativo), com menos de 2 anos anos já para cumprir deste mandato e, depois de uma já longa carreira política, algo maior e de relevância, haveria a esperar
Ficou por  conhecer o essencial: a visão e a estratégia do desenvolvimento global, sustentado e planeado que, presumo, deverá ter para a freguesia de S. Pedro
As suas respostas, porém, conseguiram o desiderato: deixaram a nu e ilustram, sem sofismas, a atenção (ou melhor: a falta dela...) que os executivos municipais presididos por João Ataíde têm dispensado à nossa freguesia - nenhuma!
As pequenas freguesias, para quem não tem qualquer visão de desenvolvimento global, são apenas uma chatice que é necessário contornar, de quatro em quatro anos.

Pena, foi ter-se perdido uma excelente oportunidade de esclarecer a população da freguesia da margem sul do Mondego e ter optado por divagações e linguagem truncada de conotação aparentemente jocosa, mas, efectivamente bélica, referindo-se a inimigos imaginários, coisa  pouco inteligente para um político que ambiciona ainda construir uma carreira – apesar de estar na política activa há 30 anos

Devo confessar a surpresa com que verifiquei os remoques deixados nas declarações do presidente da junta, a quem, apenas, com lealdade, de alma aberta e transparente e sentido de servir a sua Terra, a sua solicitação, se prontificou colaborar com ele.
Apesar do reconhecimento da boa razão do “alerta costeiro”, entendeu que a forma era mais importante do que o conteúdo, e acabou por espalhar-se ao comprido, deixando pelo caminho, em diversos sectores da vida local, concelhia, distrital e até nacional, um suave perfume a ridículo, que o vai perseguir pela vida política que ainda lhe resta.

Na questão da erosão costeira, não fora a acção de alguma gente, e S. Pedro estaria numa situação ainda mais complicada. V. Exa. está há cerca de 30 ano ligado a uma lista de poder e a sua acção, neste caso, como em outros, tem sido tão só de colaboracionismo com o poder político figueirense.
foto sacada daqui
Nunca ouvi uma só palavra da sua parte a confrontar, quem de direito, com o problema que acabou de se agravar e consumar com o prolongamento dos tais 400 metros no molhe norte: a erosão costeira a sul e o perigo nas entradas e saídas da barra de muitos filhos da nossa Terra que têm de arriscar a vida para conseguir o pão para a família. 
Penso que ainda todos temos presente a sua intervenção no recente drama do naufrágio do Olívia Ribau: limitou-se a acompanhar, mudo, quedo e calado, o presidente da câmara no papel de "emplastro".
Assim como nunca ouvi da sua parte -  a Assembleia Municipal, realizada na passada segunda-feira, constituiu uma excelente oportunidade que foi desperdiçada, naquele órgão autárquico: num assunto que tem a ver directamente com a freguesia de que é presidente, o seu silêncio foi ensurdecedor... uma palavra sobre o caso do estacionamento do parque do hospital e as graves questões de operacionlidade para os veículos prioritários e de emergência no acesso a este estabelecimento hospitalar, que foram levadas à discussão pública.

Tal, como acontece desde 1990, ao arrepio da necessidade e dos princípios que estiveram na origem da sua constituição, em 1985,  o grupo de que emana o poder que tem definido a linha de rumo de S. Pedro, limita-se a tentar ter as melhores relações com quem está conjunturalmente e exerce o poder na Figueira. Dessa subserviência, ditada por favores, pessoais ou familiares, obtidos ao longo dos anos por certos membros da lista de que faz parte, os resultados estão à vista. 
Para simplificar, basta verificar as condições em que a juventude da nossa freguesia pratica desporto. Neste momento, o Grupo Desportivo Cova -Gala é a única equipa distrital que participa na divisão de honra com um campo peladoAlém de uma vergonha, é uma ameaça à integridade física dos atletas que são obrigados a participar num jogo de futebol, a contar para a prova rainha da AFC nas condições vergonhosas em que o Clube que representa a nossa Terra, por falta de apoios ao longo dos últimos 15 anos, tem para o fazer.

Quanto ao problema de fundo que me move, é  apenas este: gostaria que muitos outros cidadãos desta nossa pequena Aldeia, aspirassem e exigissem a viver numa terra mais digna, desenvolvida, capaz de garantir habitabilidade e emprego aos seus filhos - coisa que, até ao presente, não foi conseguida. 
Salvaram-se algumas, poucas, excepções. Daí, termos ainda por cá, 41 anos depois de Abril de 1974, reminiscências de um caciquismo místico, seráfico e serôdio.

De resto, a constatação há muito feita, de que esta presidência da autarquia figueirense despreza as pequenas freguesias, não chega para justificar a situação a que se deixou chegar esta Aldeia – ver, por exemplo, o abandono a que deixaram chegar as nossas “excelentes” praias
Em certas zonas, mais parece que estamos no terceiro mundo...
Já sei que a responsabilidade será de todos, logo, de ninguém. Mas, seguramente que será necessário gente nova, outra gente, que saiba traçar metas de desenvolvimento, que determinem planos e prazos de execução.
No fundo, que se disponha a governar no interesse do colectivo - e não governar-se a si e aos seus - para que algo mude.

domingo, 20 de dezembro de 2015

Bom domingo, bom natal e um próspero ano novo...

Há 9 anos e muitos meses, que andamos por aqui a dar notícias da Aldeia.
Tanto tempo depois, para desgosto de alguns, ainda por cá andamos...
Olhando para trás, modestamente, penso que este espaço, contribuiu para trazer à colação muitos problemas desta Aldeia, esquecida de gentes e poderes, da qual, não se costumava  dizer muito...

Para preocupação de alguns, Outra Margem adquiriu estatuto intervencionista, ao denunciar questões importantes para a Aldeia, para a cidade e até para o concelho, como, por exemplo, o "caso da erosão costeira a sul do Mondego", o "caso da falta de segurança da nossa barra", o "caso Alberto Gaspar", o "caso do Hospital que foi colocado dentro de um parque de estacionamento", o "caso de uma câmara de maioria absoluta socialista, que decidiu fazer reuniões de câmaras à porta fechada", etc.

Este espaço, protestou e lutou em nome do autor e, certamente, veiculando e dando voz ao protesto de muitos que não sabem como o fazer, contra o descalabro e a má governação a que estamos sujeitos.
Sem falsa modéstia, este espaço acabou a contribuir por integrar a Aldeia  na propalada globalização, sendo, desde há anos, um elo de ligação e uma fonte diária de notícias para muitos daqueles que, para conseguir sobreviver, tiveram de emigrar e estão espalhados por vários cantos do mundo...

Enquanto português, pagador de impostos e eleitor, há muito que desacreditei dos  políticos que tenho conhecido. 
A esses, a meu ver, resta apelar a algum bom senso que ainda possam ter...
Nos últimos anos, reduziram o emprego, a instrução, a saúde, a competência, a capacidade de criar, a riqueza, a iniciativa privada, a vontade de viver e  investir num país falido, enquanto fomos vendo  aumentar impostos, reduzir apoios sociais, salários e pensões.

Dos políticos locais, apenas espero que na próxima campanha política, os candidatos nos falem de forma clara dos projectos que têm para o Concelho e  para cada uma das freguesias que o compõem. É, apenas, isto que espero. 
Por mim, estão dispensados de passar cá pela Aldeia, com discursos políticos e promessas que se vão repetindo, campanha eleitoral após campanha eleitoral.
É o que menos me interessa. Quero compromissos claros e exequíveis. Quero gente que esteja ao nosso lado e na primeira linha a dar a cara pelos interesses da Aldeia e que lute connosco pela defesa da nossa terra sem calculismos políticos. 
Uma sugestão aos presidentes da junta: podem começar por lutar para mudar a realidade que são os orçamentos ridículos atribuídos anualmente para as freguesias.

A minha visão da sociedade e a minha maneira de estar na vida, não concebe ou admite, que para enganar terceiros e colher benefícios eleitorais, se gastem milhares de euros em equipamentos culturais e, passados anos, por falta de planeamento sustentado, funcionem como "tascas".
É por isso, sem querer impor a ninguém esta minha visão e esta minha maneira de estar na vida,  que não me calarei e não deixarei de protestar contra hipocrisias e oportunismos políticos.
É a democracia que me permite ter opinião. Exactamente, a mesma democracia que, por ironia do destino,  permite ao Cavaco ser presidente da República, ao dr. Costa ser primeiro-ministro, ao dr. Ataíde ser presidente da CM, ao António Salgueiro ser presidente da junta, curiosamente num país, num concelho e numa Aldeia, onde essa mesma democracia possibilita aos cidadãos eleger quem melhor lhes poderia responder aos seus anseios e aspirações...

Quanto ao que faço da minha vida, se escrevo em blogues, como em tempos escrevi em jornais, como em tempos fiz parte dos corpos directivos das Colectividades, fui membro de um executivo da junta de S. Pedro, andei a dar banho à minhoca, isso, os críticos deveriam saber que são assuntos da esfera da minha vida privada. 
Ninguém obriga ninguém a candidatar-se ao exercício de cargos políticos.

O que faço do meu tempo é comigo. 
Assim como é comigo viver onde quero viver, pelo que dispenso imposições, sugestões ou conselhos para me mudar, se me não sentir bem na Aldeia.
Fruto do trabalho, dos meus progenitores e meu, consegui garantir, há muito, os meios para que tal fosse possível nos quase 62 anos da minha vida. Quando a Aldeia que é a minha terra natal, não reunir condições para que aqui habite, com a qualidade de vida mínima que qualquer cidadão deve exigir, saberei mudar-me, sem que seja empurrado. 

O problema de fundo, para alguns, é que cada vez mais cidadãos da Aldeia, aspiram igualmente a uma Aldeia mais digna, mais desenvolvida, mais capaz de garantir habitabilidade, qualidade de vida e emprego aos seus filhos, coisa que até ao presente, não foi conseguida. 
As reminiscências de um caciquismo serôdio, velho de quase 30 anos, não afugentam ninguém.
Bom domingo, bom natal e um próspero ano novo.
Amanhã, a luta continua...

sábado, 19 de dezembro de 2015

A operacionalidade do aceso ao hospital da Figueira, um tema que diz respeito a todos nós...

Na última reunião da Assembleia Municipal, realizada na passada segunda-feira, tive oportunidade de ouvir o presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz, dr. João Ataíde dizer que o parque  de estacionamento do Hospital da Figueira da Foz não era um assunto da sua responsabilidade.
Neste momento, com a operacionalidade no acesso a ter de ser ser avaliada pela Autoridade Nacional de Protecção Civil, pois, citando a deputada municipal Ana Oliveira, "o que está em causa é o socorro das pessoas! E para esclarecimento de todos nós enquanto utentes do HDFF é necessário que a Autoridade Nacional de Protecção Civil se prenuncie sobre a situação actual das vias de acesso", este é um tema que deve preocupar todos os figueirenses - presidente da câmara incluído.
Como este é um espaço de serviço público, depois de uma exaustiva pesquisa pelas actas da Câmara Municipal e Assembleia Municipal, nos 2 últimos anos, vou dar conta do que a esse nível consegui compilar.
Sem mais comentários ou conclusões, a informação fica ao vosso dispor. 
Leiam aqui e concluam.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

A operacionalidade do acesso para viaturas de socorro no parque de estacionamento do Hospital carece de avaliação superior

Na foto de António Agostinho, pode ver-se, em primeiro plano, o estado miserável em que se encontra o piso da via pública, em perfeito contraste com o excelente alcatroamento do piso do parque estacionamento pago do hospital realizado com dinheiros públicos (cerca de 80 mil €).
A operacionalidade no acesso ao parque de estacionamento do Hospital, vai ter de ser avaliada pela Autoridade Nacional de Protecção Civil. 
Isso, devido ao facto do Hospital Distrital da Figueira ter sido colocado dentro de um parque de estacionamento.
O novo sistema de acesso ao hospital distrital da Figueira da Foz criou um problema de Operacionalidade (aliás, detectado, em devido tempo, por um “Relatório da Protecção Civil municipal da Figueira") que deveria ter sido enviado para avaliação de quem de direito: a Autoridade Nacional de Protecção Civil. 
Como não foi, na última reunião da Assembleia Municipal, foi aprovada uma moção apresentada pela deputada municipal Ana Oliveira, do PSD, com 12 votos a favor e 29 abstenções.
Essa moção era perfeitamente explícita, sobre o que o presidente da Assembleia Municipal teria que fazer: enviar, de imediato, à Autoridade Nacional de Protecção Civil, toda a documentação entregue pela deputada municipal, a acompanhar a moção aprovada na passada segunda-feira... 
Não seria descabido, também, dado o melindre da situação detectada, ter sido dado seguimento à recomendação da deputada Ana Oliveira: entretanto, "as vias de acesso à urgência médico-cirúrgica serem desimpedidas, até a ANPC emitir Parecer sobre a proposta anterior, que sejam desobstruídas".

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Operacionalidade no acesso ao parque de estacionamento do Hospital vai ser avaliada pela Autoridade Nacional de Protecção Civil

Na imagem, sacada daqui, vê-se o início da entrada de emergência: curva difícil e apertada à direita, de imediato mais curva difícil e apertada à direita, curva à esquerda e, finalmente, curva à direita. Isto, num percurso de acesso à urgência de cerca de 200 metros.
A partir de 4 de novembro de 2013, com um investimento feito pela Empresa Municipal Figueira Parques, cujo accionista maioritário é a Câmara Municipal da Figueira da Foz, o Hospital Distrital da Figueira da Foz foi metido dentro de um parque de estacionamento (sublinhe-se: o Hospital Distrital da Figueira da Foz foi metido dentro de um parque de estacionamento , não foi criado um parque de estacionamento para servir os utentes do Hospital...). 
Resultado: A PARTIR DE 4 DE NOVEMBRO DE 2013, OS UTENTES PASSARAM A PAGAR ESTACIONAMENTO NO HOSPITAL DA FIGUEIRA DA FOZ... 
Consequentemente, o acesso à saúde, na nossa cidade, com a colaboração do executivo camarário de maioria absoluta do Partido Socialista, ficou de mais difícil acesso e mais caro.

Para além disto, que já não era nada pouco, o facto do Hospital Distrital da Figueira ter sido colocado dentro de um parque de estacionamento, o novo sistema de acesso ao hospital distrital da Figueira da Foz criou um problema de Operacionalidade (aliás, detectado, em devido tempo, por um “Relatório da Proteção Civil municipal da Figueira")  que deveria ter sido enviado para avaliação de quem de direito:  a Autoridade Nacional de Protecção Civil.

Tal não aconteceu, porém.
Mas, ontem, o assunto foi levantado pela deputada da bancada do PSD na Assembleia Municipal da Figueira da Foz,  Ana Oliveira, que apresentou uma moção, sobre a acessibilidade dos meios operacionais ao hospital distrital da Figueira da Foz (utilização-tipo) na qual foi colocada a dúvida quanto à operacionalidade deste acesso para viaturas de socorro à utilização-tipo (UT) em causa, que foi aprovada com 12 votos a favor e 29 abstenções.

Dado o interesse, transcrevo o texto da moção apresentada pela deputada Ana Oliveira, aprovada na sessão da Assembleia Municipal da Figueira da Foz realizada ontem:

"Tendo em conta,
O parecer efectuado a 3 Março de 2014 pelo Serviço Municipal de Protecção Civil (SMPC), parecer solicitado pelos vereadores do PSD;
A resposta ao mesmo parecer por parte da Administração do Hospital Distrital da Figueira da Foz (HDFF) a 24 de Março de 2014;
As medidas de Auto Protecção do Plano de Segurança Interno do HDFF;
As características (dimensões) das Viaturas de combate a Incêndios por parte dos BMFF e BVFF;
O parecer técnico solicitado por mim, enquanto deputada Municipal, a um consultor técnico de segurança e protecção civil;
Constatando que as medidas de Auto Protecção do Plano de Segurança Interno do HDFF, nada referem em relação à operacionalidade do sistema de acesso ao mesmo, uma vez que este plano foi submetido em 2011 à Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC);
Que o sistema actual de acesso ao HDFF, apenas foi implementado em Novembro de 2013, não tendo parecer da ANPC. 
Neste sentido, vem a Bancada do PSD, propor à votação, o seguinte:
Que se envie de imediato à Autoridade Nacional de Protecção Civil, toda a documentação em anexo. No nosso entender, as vias de acesso à urgência médico-cirúrgica devem ser desimpedidas, assim como devem ser avaliados os acessos às viaturas de combate a incêndios ao referido hospital."

Ana Oliveira, na sua intervenção final sobre este assunto discutido na Assembleia Municipal da Figueira da Foz, afirmou que "como consequência do que esta Assembleia acabou de votar, a bancada do PSD recomenda, que até a ANPC emitir Parecer sobre a proposta anterior, que sejam desobstruídos todos os acessos ao HDFF."

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

O meu balanço de dois anos de mandato autárquico deste executivo da Câmara da Figueira da Foz

Cito o jornal AS BEIRAS
de hoje.
"Em 2009, João Ataíde, que até àquele ano era juiz desembargador, conquistou a Câmara da Figueira da Foz para o PS, depois de 12 anos de gestão do PSD. Obteve, no entanto, maioria relativa, tendo na oposição os social-democratas e a Figueira 100%. Recandidatou-se em 2013, sem o movimento independente na corrida, e conquistou a maioria absoluta. A primeira medida que tomou foi fechar ao público e aos jornalistas a primeira das duas reuniões de câmara mensais ordinárias, pondo fim a uma tradição que se mantinha desde o 25 de Abril.
Foi uma decisão política controversa que mereceu forte contestação, por parte da oposição e da opinião pública. Quando já praticamente ninguém falava no assunto, volta a gerar celeuma, ao debater o plano estratégico do concelho à porta fechada. Desta vez, até autarcas e dirigentes do PS se juntaram às críticas. O autarca independente admitiu rever a decisão.
Porém, volvidos dois anos, tudo continua na mesma."

Esta tomada de posição política tomada por Ataíde no início de um mandato com maioria absoluta, marcou os 2 anos que se seguiram e há-de marcar os 2 anos que faltam por cumprir.
Ninguém que se julga com poder - como é o caso do ex- juiz desembargador e actual presidente da câmara da Figueira da Foz - gosta da democracia, porque sabe que só a democracia me dá a mim, vulgar cidadão, sem poder político ou económico, o direito e a possibilidade de derrubar alguém que se julga com poder...

O resto era o mínimo que tinha de ser feito. 
Volto a citar AS BEIRAS. "Os 40 milhões da dívida da câmara e das empresas municipais que encontrou em 2009, está a ser paga ao abrigo de um plano de saneamento financeiro, com maturidade de 12 anos (termina em 2021), que absorve cerca de seis milhões de euros por ano. 
Das obras realizadas nos dois últimos anos, João Ataíde destaca a construção do novo quartel dos Bombeiros Municipais e da Extensão de Saúde de Lavos; recuperação do Forte de Santa Catarina; instalação do Balcão de Atendimento Único da câmara; requalificação do largo da Feira Velha de Maiorca; beneficiação da rede viária, que continua (mas pouco, digo eu...);  as obras que acabaram com as inundações na rua da República. A segunda fase da reparação das muralhas de Buarcos também foi concluída neste lapso de tempo autárquico, bem como o centro de convívio e cultural do Portinho da Gala (vai servir para quê? - pergunto eu.  Mais de um ano depois do seu acabamento e meses depois depois da sua inauguração continua fechado...).
Estão aprovadas intervenções nas escolas Cristina Torres (secundária) e da Gala (1.º ciclo), relva sintética no campo de futebol da Leirosa e requalificação do areal urbano. 
Aplicou, por propostas da oposição (PSD), o primeiro Orçamento Participativo, processo em fase de votação." 

João Ataíde não gosta daquilo que considera ser um "misto de Conselho de Ministros e Parlamento, onde o órgão executivo se reúne para deliberar com a participação da oposição, que aproveita este figurino de governação para mediatizar as suas posições e propostas, e a presença de público e jornalistas." 
Por isso, depois da maioria absoluta, concluiu: “a oposição tem muito mais informação nas sessões fechadas ao público do que nas abertas. Nas abertas, temos a percepção que estamos escancarados a toda a comunicação. A democracia não é um ato de democracia directa”. 
Entretanto, continuamos com “o mesmo ar bafiento”...
Um dia, porém, os figueirenses, tal como os portugueses, vão acordar. Quando tal acontecer, não vão aceitar mais a multiplicação de discursos e proclamações de belos e grandes princípios democráticos que redundam, sempre, num profundo imobilismo político.
Os figueirenses e os portugueses, um dia, vão perceber que basta fazer o óbvio – pensar antes de votar.
Todo o mundo é composto de mudança.

Em tempo.
O caso do estacionamento pago no Hospital da Figueira da Foz, é talvez a maior obra de que o presidente Atáide se deve orgulhar, pois alcançou algo único e inédito, creio que em todo o mundo: conseguiu meter um Hospital dentro de um parque de estacionamento.
Ataíde e esta maioria absoluta do PS,  têm um lindo problema para resolver com esta história do estacionamento pago no Hospital Distrital da Figueira da Foz.
Como é que uma Câmara, que não tem dinheiro para fazer cantar um cego, avançou com 80 mil euros para resolver um problema que não é seu, que na melhor das hipóteses prevê recuperar em cinco anos, metendo-se num enorme imbróglio, isso, confesso, faz-me  uma enorme confusão!..

terça-feira, 5 de maio de 2015

"Um dákar de pacóvios", ou a cultura do deserto figueirense...

“A Figueira da Foz confronta-se há muitos anos com um dos efeitos mais visíveis do prolongamento dos molhes (obras projectadas pelo estado para beneficiar a navegabilidade fluvial e o acesso ao porto comercial). 
Sem responsabilidade na obra, o município ficou, desde então, com o ónus dos seus efeitos colaterais: o crescimento exponencial da sua praia urbana, a Praia da Claridade. 
Assim, todos os anos, em vésperas de época balnear, o município tratava de, como se diz por cá, alindar uma praia cada vez mais interminável - o que consistia em revolver, crivar  e terraplanar, por métodos mecânicos, aquelas finas areias de modo a impedir que aí medrasse a menor réstia de vegetação. 
Este deserto, esmeradamente cultivado ao longo de décadas, formatou no imaginário dos figueirinhas o postal da praia; tornou-se, com o tempo, numa espécie de imagem d’Epinal. Muitos deles não concebem uma praia com dunas e vegetação. O seu entusiasmo com o “oásis do Santana” só confirma aliás a concepção arraigada da praia como um deserto, um berço de sereias terraplanado até à rebentação.

Por isso, a atitude sem precedentes do actual executivo camarário de, contrariando uma longa tradição, decidir deixar pura e simplesmente de subvencionar o cultivo anual do deserto, foi uma pedrada no charco que me pareceu desde logo algo realmente “fora-da-caixa”. 
E, ao deixar de “lavrar a praia”, o município permitiu-se poupar, ao que me dizem, cerca de 150 mil euros por ano (seiscentos mil num mandato, para o lobi do tractor). 
Amplamente criticado pela oposição e por um certo beautiful people que pontifica nas redes sociais, o executivo de João Ataíde resistiu galhardamente às críticas e aos remoques com o argumento de que essa simples decisão de tesouraria lhe permitiria ainda deixar crescer espontâneo um coberto vegetal natural que fixaria as areias (protegendo a avenida do assoreamento sazonal pelos ventos) e potenciaria a prazo a consolidação de novas áreas aprazíveis, aproveitáveis para a fruição dos cidadãos. 

Parecia-me um “ovo de colombo”, tão simples e evidente que era um espanto que nunca ninguém se tivesse lembrado de tal – não só sensato e avisado, mas genial - o verdadeiro sonho molhado de qualquer autarca minimamente honesto e inteligente numa época de vacas magras: a possibilidade de “fazer obra” sem gastar um chavo do erário público.”

Este naco de prosa foi sacado daqui. Depois, a prosa da postagem do Fernando Campos, que aconselho a ler na integra,  azedou.
Entretanto, o vento passou pelos gabinetes camarários e arrastou a inércia para longe. A anarquia, como podem ver na foto, chegou e atropelou a tradição da praia. Por isso, a confortável tradição da praia, acabou por tropeçar em maus tratos inesperados.
O mar, ali tão perto, apesar do deserto, consegue estar ao alcance do cheiro do meu nariz e sobrevoa o sossego de um pensamento.
Estremeço por ver este atentado sórdido e não encontro motivo que leve a permitir tal coisa.
O deserto de ideias dos políticos figueirenses, sem nome, é o único pensamento mais coerente que me surge à rotina do cérebro.

Abro os olhos e o mar continua a mandar fúrias para os meus olhos.
E penso “nos milhares de labregos que se sentem vexados porque nascem tomateiros na praia mas não se sentem indignados pela “erecção” do busto de Aguiar de Carvalho à porta do município (não o acham obsceno); nem atingidos com o fecho da maternidade (não a acham necessária); nem ofendidos por o seu hospital público funcionar dentro de um parque de estacionamento privado (não acham ultrajante). A estes pacóvios nunca ocorreria assinar petições contra nada disto. Nem sequer a favor, por exemplo do cultivo da várzea (não o acham estruturante), ou da reflorestação da serra (não a acham imperativa). Porque nada disto os afecta.
O que realmente os tira do sério é o que vegeta na praia. A cultura do deserto.”

terça-feira, 28 de abril de 2015

Na comidinha, a Figueira é um destino de sucesso garantido...

A Figueira com Sabor a Mar vai realizar, de 8 a 10 de maio e de 4 a 6 de setembro, a Feira Sabores Terra e Mar, no pavilhão do parque das Gaivotas. 
O serviço de restauração é assegurado por cinco dos 15 restaurantes que participam nos festivais gastronómicos da associação. A animação do espaço, as diversas demonstrações, degustações e os “preços promocionais” das ementas justificam a entrada de um euro, com direito a um café ou uma água. No entanto, para Mário Esteves, presidente da Figueira com Sabor a Mar, a justificação é outra: “são cobradas entradas para fins estatísticos”. 
Uma espécie de estacionamento pago no parque do Hospital! 

Confrontado com a interrogação - "duas feiras sobre o mesmo tema no espaço de quatro meses não serão feiras a mais?" -  Mário Esteves respondeu que “é um ensaio, é um teste que estamos a fazer”. 
Pela notícia que li no jornal AS BEIRAS, fiquei a saber que a primeira serve jantar no dia inaugural, almoço no último e as duas refeições no segundo. 
Para sublinhar e destacar a qualidade e o sucesso dos certames realizados na Figueira da Foz, o presidente da Junta de Buarcos, José Esteves, arruma a questão com esta simplicidade: “não devemos nada a outras cidades que também fazem festivais”. 
Já para João Ataíde, presidente da Câmara da Figueira da Foz, “o sucesso garantido do evento” passa pelo modelo de “auto-organização”. 
“A Figueira da Foz tem características muito próprias, vai consolidando o seu espaço. Estas iniciativas vêm no momento certo. Estamos a apresentar o que de melhor temos”, sublinhou o autarca, depois de ter falado sobre o crescimento do turismo em Portugal. 

Sobre sucessos gastronómicos, por experiência própria, apenas posso garantir aos leitores deste espaço, que a parte boa de ter a roupa a cheirar a sardinhas é o sucesso que faço junto dos gatos aqui da minha avenida.

quinta-feira, 9 de abril de 2015

Negócio em risco na Figueira...

No fim do mês passado, no decorrer da conferência “O futuro da Figueira da Foz – os negócios e o território”, o vereador António Tavares revelou que o concelho deverá perder 14 por cento da sua população até ao ano de 2030.
Em termos práticos, são 8.529 habitantes a menos do que actualmente tem o concelho figueirense.
Pelos vistos, o número de nascimentos, a diminuir, e o de óbitos, a aumentar, preocupa seriamente os responsáveis autárquicos figueirenses.
Eu, se fosse presidente ou vereador numa cidade que tivesse o melhor negócio do mundo a ser explorado pela própria câmara – o estacionamento pago na baixa e no parque do hospital – também me preocupava...
Qualquer dia já se consegue facilmente estacionar na baixa, sem se recorrer aos locais pagos, e o parque de estacionamento que serve a praia do hospital vai dar, mesmo no verão, para todos...

terça-feira, 31 de março de 2015

Politiquice "simples!"

A crónica de hoje no jornal AS BEIRAS do vereador PS, António Tavares, mostra que já estamos noutro patamar da política figueirense. Agora, a conversa evoluiu: chegámos ao terreno puro e duro da politiquice "simples!"
Mas esta conversa já me cansou há muito tempo. Um concelho não anda para a frente, nem dá alegrias aos seus habitantes, com políticos como O Agarra um lugar na Vereação a todo do custo ou O Agarrem-me se não eu candidato-me novamente a Presidente - e tudo o que uma pessoa possa dizer mais é chover no molhado. 
O concelho precisa mesmo é de alternativas sérias à politiquice com que nos têm vindo a distrair desde 1997... 
A opinião de O Agarra um lugar na Vereação a todo do custo é intrigante: “o executivo, para além de reuniões parcelares, encontra-se mensalmente com todos os presidentes de junta e estabelece, de forma sistemática, contactos com outras entidades do concelho, está presente nas sessões solenes das colectividades e noutras cerimónias, e, em cada mês, presidente e vereadores recebem perto de uma centena de pessoas que vêm à câmara expor os seus problemas.” 
Reaproximar os eleitos dos eleitores, a nível concelhio, com uma reunião mensal com os presidentes das juntas de freguesia? 
Ou há politiquice rasteira nisto, ou a coisa é totalmente irreflectida. 
Que eu saiba, a maioria dos eleitos para as freguesias do nosso concelho é constituída pelo merceeiro do bairro, o dono do café da esquina, o dono da agência do totoloto, o administrativo do posto médico, o funcionário dos CTT, o enfermeiro, o contabilista que nos ajuda a preencher o IRS, e por aí adiante - que mais não são do que pessoas iguaizinhas a todos nós eleitores, vizinhos muitas vezes. 
Estaremos uns e outros assim tão separados? 
Sem politiquice, eu, confesso, gostava era de poder morar num concelho onde, se me apetecesse, pudesse ter acesso às reuniões camarárias – mas, para isso, era necessário, que as reuniões continuassem a ter lugar à porta aberta
Já agora: também gostava de ter livre acesso a um equipamento básico como é o Hospital da Figueira – mas, para isso, era necessário que não tivessem tido a brilhante ideia de colocar um Hospital dentro de um parque de estacionamento
E já agora para que tudo fique clarinho: a responsabilidade disto senhor O Agarra um lugar na Vereação a todo do custo é sua, pois o seu voto foi decisivo para que as duas coisas acontecessem. 
Por isso, O Agarrem-me se não eu candidato-me novamente a Presidente tem o dever de continuar a denunciar isto e muito mais. 
Deixe-se de politiquice "simples!" senhor O Agarra um lugar na Vereação a todo do custo: isto é, dentro da vereação assuma, proceda e cumpra de harmonia com o que diz cá fora.
É difícil, eu sei. Para mais para quem lá está porque teve de agarrar um lugar na Vereação a todo do custo. 

quinta-feira, 5 de março de 2015

Ainda bem que S. Pedro não é a Serra da Boa Viagem...

Em devido tempo, 21 de novembro de 2013, aqui neste espaço, alertámos para o problema: saída para poente do parque de estacionamento pago do Hospital Distrital da Figueira da Foz: dá para uma rua da freguesia de S. Pedro, com piso em estado miserável. No verão, são milhares os visitantes que todos os dias por aqui circulam, pois dá acesso às magníficas praias da Cova-Gala e ao Parque de Estacionamento que serve a praia limítrofe. Ironia das ironias: a Câmara não tem dinheiro para repor o piso de uma via pública, mas a poucos metros, via Figueira Parques, uma empresa municipal, gastaram-se e arranjaram-se 80 mil euros para investir num estacionamento privado!
Entretanto, passaram mais de 14 meses e a situação chegou ao ponto que a foto mostra.
Na passada sexta-feira,  a deputada municipal Ana Oliveira alertou para o que se continuava a passar no mesmo localno decorrer da reunião da Assembleia Municipal, realizada nesse dia, onde estive presente.
Passados alguns dias é com agrado que dou conta aos inúmeros leitores deste espaço que a situação melhorou, pois nesta semana brigadas de intervenção da Câmara Municipal da Figueira da Foz andaram a tapar buracos nas ruas da freguesia de S. Pedro.
Entre os locais beneficiados está o local que a foto acima mostra. 
Parabéns à deputada municipal Ana Oliveira, pela sua intervenção; e à Câmara Municipal, pela pronta actuação.