quinta-feira, 18 de julho de 2013
Um livro revelador..
O jornalista Gustavo Sampaio, depois de uma exaustiva e rigorosa pesquisa, apresenta-nos as zonas cinzentas entre o interesse público e privado, e faz as ligações que nos permitem perceber como políticas e ex-políticos gerem interesses, movem influências e beneficiam de direitos adquiridos.
Toda a gente devia ler este “Os privilegiados”, do jornalista Gustavo Sampaio, em especial todos aqueles que têm alinhado no discurso do “os políticos são todos iguais”. O livro ajuda precisamente a verificar que não são. Por exemplo, nenhum dos 117 deputados em part-time ou dos 16 que saltaram do poder para as administrações de grandes empresas fornecedoras do Estado pertencem a Bloco de Esquerda, PCP ou Verdes. Até agora, o discurso anti-partidos tem favorecido a abstenção que perpetua os prevaricadores no poder em vez de puni-los. Num futuro não muito distante, poderá ser ainda pior. São cada vez mais visíveis as movimentações das auroras douradas que trabalham afincadamente para capitalizar esta desconfiança instintiva e ignorante para dar força a movimentos de extrema-direita. Está na hora de cerrar fileiras contra inimigos reais e não contra fantasmas imaginários. Este livro permite identificar quem é quem, quem está na política para servir o país e quem usa a política para se servir e a interesses que minam a nossa democracia por dentro.
Toda a gente devia ler este “Os privilegiados”, do jornalista Gustavo Sampaio, em especial todos aqueles que têm alinhado no discurso do “os políticos são todos iguais”. O livro ajuda precisamente a verificar que não são. Por exemplo, nenhum dos 117 deputados em part-time ou dos 16 que saltaram do poder para as administrações de grandes empresas fornecedoras do Estado pertencem a Bloco de Esquerda, PCP ou Verdes. Até agora, o discurso anti-partidos tem favorecido a abstenção que perpetua os prevaricadores no poder em vez de puni-los. Num futuro não muito distante, poderá ser ainda pior. São cada vez mais visíveis as movimentações das auroras douradas que trabalham afincadamente para capitalizar esta desconfiança instintiva e ignorante para dar força a movimentos de extrema-direita. Está na hora de cerrar fileiras contra inimigos reais e não contra fantasmas imaginários. Este livro permite identificar quem é quem, quem está na política para servir o país e quem usa a política para se servir e a interesses que minam a nossa democracia por dentro.
Acordo para quê, porquê e com quem?..
Devia dizer qualquer coisa sobre a pressão que comentadores, jornais e patrões (a que entretanto se juntou a UGT) têm feito desde que Paulo Portas se demitiu para impedir a queda do Governo. Em tempos, Judite de Sousa foi surpreendida com o desfile de banqueiros que se ofereceram para que ela os entrevistasse. Só percebeu depois que se tratava de uma campanha para pressionar o derrube Sócrates. De uma ponta à outra, comentadores e jornais falam de "Salvação Nacional", mas sem aspas. Não é preciso ser particularmente desconfiado, nem muito inteligente para não o perceber. Mas é o que temos na comunicação social. Alinhamento e mercado. A informação risca quase nada. A dissidência e a divergência de pontos de vista pagam-se caras.
A expressão "Salvação Nacional" é usada como se o termo fosse neutro e não uma invenção para convencer os eleitores que o plano da tróica, do Executivo e de Cavaco tem virtudes. Como se realmente fosse a Salvação Nacional aquilo que perseguem PSD, CDS-PP e PS, supervisionados por Belém e visitados pela ministra dos SWAPS, Poiares Maduro e Carlos Moedas. Como se a Salvação Nacional passasse por amarrar o país durante mais de uma década aos ditames da tróica e dos modelos neo-liberais, esvaziando o valor de qualquer eleição futura e impedindo os eleitores de votarem em programas alternativos. Como se a Salvação Nacional passasse por dar dinheiro aos bancos (aqui e aqui, por exemplo) e aos credores e não em assegurar a vida digna dos portugueses.
Não tenho a mínima dúvida de que o Executivo deveria cair. Nos termos em que está a dívida é impagável e não é com austeridade, nem com desemprego e recessão que alguma vez teremos dinheiro para a pagar. Nem todo o IRS e IRC cobrados chegam para isso. Quem diz o contrário mente.
O corte de 4,7 mil milhões de euros (tirado do chapéu por Vítor Gaspar) caso ainda não se tenha percebido, é o fim de qualquer veleidade de estado social digno de um país civilizado. É o fim dos serviços públicos de qualidade. Muitos do costume, que se queixam dos custos dos serviços públicos ainda se vão queixar mais quando deixarem de ter acesso a eles - que é o plano que está em cima da mesa.
O ideal é que não haja acordo. Que o PS salte fora do comboio e assuma o que muitos dos seus têm sugerido. E que saiba apontar à inversão do rumo que aqui nos trouxe. Infelizmente, o comportamento do partido de António José Seguro não é de molde a sossegar. O mesmo PS que aceitou dialogar com os partidos da coligação governamental depois de andar durante meses a exigir a sua demissão, acusa BE e PCP de andarem em "jogos partidários".
O problema...
A classe política, aos olhos do zé povinho, está de rastos.
Nos últimos anos a situação agravou-se.
Os “jotinhas”
acederam aos mais altos cargos.
Personagens, sem a
mínima noção do que é a vida real no mundo empresarial e do trabalho, que passaram a vida entretidos
nos jogos político partidários, tomaram
conta da nação.
Primeiro, tomaram o poder nos partidos, através das máquinas
partidárias geradoras de interesses vários
– esse foi o código postal para a tomada do poder.
Neste momento, estão muito treinados no jogo partidário...
Como é que vão ser abatidos para esta merda poder realmente mudar?..
Esse é o nosso verdadeiro problema…
PS - ponto da situação
O PS está metido num grande sarilho.
Nada acontece por acaso: está a colher o fruto da ambiguidade
com que tem pautado o seu comportamento político desde que a Troika chegou a
Portugal.
Neste momento, mais do que o seu futuro – pode estar em
causa a sua própria existência como grande partido nacional.
quarta-feira, 17 de julho de 2013
Ou é da minha vista, ou o PS está cada vez mais enterrado no esquema congeminado por Cavaco Silva…
Seguro, a esta hora, pode já estar feito...
Mas, ainda falta a emissão da “carta verde”…
Entretanto, oxalá que estas declarações, com apenas duas semanas, não
tenham de ser recordadas amanhã…
Regresso de Portugal aos mercados em 2014 mais difícil *
"Portugal é um país que todos dizem que é rico, povoado
por gente que todos sabem que é pobre". - Eça de Queiroz
P.S. - *
P.S. - *
Ataíde vai apresentar candidatura
foto daqui |
Entre outros, estará presente o líder nacional do PS, António José Seguro.
Via Figueira na Hora
Mais uma vez o BPN, o tal banco, dos tais partidos, do tal arco do poder...
Há apenas dois dias eram 100 milhões, hoje já se fala em 816 milhões...
Os tais partidos do arco, a tal Justiça que controlam facilmente por terem o poder de legislar, os tais negócios manhosos, as tais clientelas, a tal auto-denominada "salvação nacional" e os tais portugueses sem coragem para darem um safanão aos seus destinos que os livre de toda esta quadrilha. "Os políticos são todos iguais" para que as eleições não sirvam para nada. E que venha a próxima notícia cabeluda, que a malta já não sabe viver sem elas.
Via O país do Burro
santos silva
Mais do mesmo.
Senhores como este, só se
interessam pelo poder para poderem sentar-se à mesa…
Quanto a coligações, sempre preferiram coligar-se com a direita…
Em tempo.
Poderia escrever
várias linhas bem humoradas utilizando as palavras santos silva.
Confesso, porém, que
de cada vez que deparo com santos silva,
desato a rir desalmadamente.
Por isso, nada que eu pudesse escrever
superaria o cru humor da realidade...
Manuel Alegre não é parvo
Ele sabe que "todas as escolhas têm consequências".
Se o PS assinar o "compromisso de salvação pessoal" de Passos Coelho, deixará de estar, a partir desse dia, na oposição. E terá de ser responsabilizado por tudo o que aconteça no próximo ano.
terça-feira, 16 de julho de 2013
Tirando o caso particular e pontual da coligação autárquica de 1989 em Lisboa, alguém tem memória de se ter podido contar com o PS, para o que quer que fosse, em termos de unidades à esquerda?
O Bloco de Esquerda considerou hoje, após uma reunião com o
PS, que os socialistas estarão mais inclinados a um entendimento com as forças
do Governo do que para uma solução governativa de esquerda.
Esta posição foi transmitida aos jornalistas pelo dirigente
do Bloco de Esquerda Fernando Rosas, depois de ter estado reunido com membros
da direção dos socialistas, encontro que decorreu na sede nacional do PS e que
durou pouco mais de uma hora.
Bloquistas: esqueçam o PS...
Deixem lá o Seguro “suicidar-se em paz”…
Não pode perder
Uma crónica de Pedro Tadeu, que diz tudo o que precisa de ser dito sobre o tal "compromisso de salvação nacional"...
Ainda não é tarde...
Em 30 de Abril passado, sem ter falado com ninguém, obedecendo apenas ao que considerava e considero o caminho para dar resposta aos reais problemas
da Figueira, sugeri o seguinte…
Vamos ao que interessa: uma verdadeira alternativa
autárquica para a Figueira...
O que é que impede a esquerda de apresentar uma verdadeira
alternativa à gestão da Câmara Municipal da Figueira da Foz nos próximos 4
anos?..
Sim, estou a falar da apresentação de uma lista conjunta PCP/VERDES/BE
mais independentes de esquerda, à Câmara Municipal, Assembleia Municipal e
Juntas de Freguesia...
O resultado foi o esperado: nenhum…
Em 22 de maio voltei à carga…
Face aos cenários previsíveis - uma coligação de direita, camuflada de Somos
Figueira!.., e uma direita conservadora do PS -
os figueirenses não terão direito a uma verdadeira alternativa?..
Como alvitrei há tempo, neste espaço, é inadiável,
necessário, útil, imprescindível e urgente uma coligação de esquerda: CDU + BE
+ Cidadãos Independentes.
Eleger um vereador, pelo menos, depende de nós...
Em 11 de junho, dei conta da minha desilusão.
Na Figueira, não vivemos tempos nada optimistas.
Os tempos estão difíceis
para gente que queira teimar em confiar no futuro.
A Figueira é pior que
“merda de cão”, que é coisa que,
aliás, abunda nos passeios…
Só quando a Figueira está claramente a cheirar mal é que,
então, o figueirense olha para as cartas que tem e, mesmo assim, pensa que pode ser que o baralho lhe traga
qualquer coisita...
Sempre foi assim: nunca mexemos uma palha para modificar o
rumo do jogo.
Mais uma vez, uma
verdadeira alternativa autárquica para a Figueira ficou adiada...
Face aos cenários previsíveis - uma coligação de direita, camuflada de Somos
Figueira!.., e uma direita conservadora do PS -
os figueirenses não terão direito a uma verdadeira alternativa...
A meu ver, era inadiável, necessário, útil, imprescindível e
urgente uma coligação de esquerda: CDU + BE + Cidadãos Independentes.
Eleger um vereador, pelo menos, dependia de nós...
Não quiseram…
Isso, vai
continuar a pagar-se caro…
Mas, um dia isso vai acontecer…
Hoje, em Portugal, a meu ver, a responsabilidade está na esquerda.
A meu ver, na Figueira também...
O "compromisso", a moção de censura e o PS…
Está a negociar “o compromisso” com o PSD e o CDS e, ao mesmo tempo, vai votar a favor a moção de censura.
Carlos Zorrinho, armado em bombeiro, ainda veio tentar atirar areia para os nossos olhos.
Disse ele: “o PS estava a censurar o governo e a negociar
com os partidos do governo. Que o governo é uma coisa, os partidos que o
suportam, outra!”
Os partidos da coligação não gostaram. O PSD acusou mesmo o
PS de estar a fazer de conta.
As coisas podiam ter ficado assim. Mas, tal não aconteceu.
Trataram logo de mandar para a reunião apenas gente do governo: Mota Soares, Carlos Moedas, Poiares Maduro e Moreira da Silva. (Jorge Moreira da Silva , também é do governo, mas daquele que está à
espera que Cavaco lhe dê posse. Todos os outros são membros do governo que
Cavaco deixou ficar. Com o pormenor, importante, de Carlos Moedas e Poiares Maduro serem apenas da área política do PSD, gente da
confiança de Passos Coelho, que nem sequer está filiada no PSD.)
António José Seguro, perdeu a oportunidade de dizer o que
tinha de ser dito: “senhor presidente, lamentamos muito, mas não estamos disponíveis para nos sentarmos à mesa à procura de um "compromisso"impossível de alcançar com estes senhores. Se o senhor presidente não convoca eleições antecipadas, então, entenda-se com eles."
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