segunda-feira, 30 de setembro de 2024

Desde quando é que eleições foram um problema para os democratas?..

Via Público
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Assembleia Municipal de 27 do corrente...

As tomadas deposição da CDU Figueira da Foz na Assembleia Municipal de 27 de Setembro de 2024.

A verdadeira importância das autárquias de 2025 na Figueira

Citando o analista político que a Figueira ainda não consagrou, mas ainda vai ter de consagrar: Rui Duque.
"PSL já é um Figueirense, sem ter de pedir licença ou espaço na mesa de honra.
PSL vai a eleições em setembro de 2025 e vai escolher a equipa que o acompanhará sem aceder a quaisquer pressões de quem quer que seja. É esse o seu perfil, é assim que tem sido no passado e bem recorda as dificuldades que tem tido na atual gestão, por não ter escolhido, por não conhecer convenientemente quem o acompanhava.
As clientelas aí estão e prontas aos maiores 'sacrificios' para se colocarem nos favoritos...mas desenganem-se, o vosso tempo já passou ou nunca chegará!
PSL é, e está, determinado, em fazer História na Figueira da Foz e na Região Centro, e para isso precisa de ter uma equipa de elite à acompanhá-lo - de máxima competência e confiança - com provas dadas!
Se te consideras com esses predicados começa a trabalhar duro, senão esquece, és mais feliz, mais bem sucedido a fazer o que fazes - e olha que agradece aos teus que só por ti a vida teria sido mais complicada!"
Fim de citação.
Portanto,  para contextualizar, e porque os excessos de realismo, e o culto da realpolitik, a que se costumam chamar cinismo ou calculismo, costumam não dar bons resultados (a história está repleta de exemplos a começar  na tolerância e complacência para com Hitler nos tempos iniciais do seu consulado...), citemos alguns acontecimentos políticos, digamos assim, inesperados, que quem já viveu umas décadas, esteve atento e ainda tem memória recorda, que acabaram por marcar a governação de Portugal no final do século passado até aos dias de hoje.
1. Em 5 de Maio de 1985, Aníbal Cavaco Silva, o tal que Soares não sabia quem era,  é eleito na Figueira da Foz presidente do PSD no 12º Congresso Nacional do partido, depois de vencer as eleições internas contra o adversário João Salgueiro.  
Depois, quando força a queda do Governo de que fazia parte o PSD (o célebre bloco central), recusa uma coligação com o CDS de Lucas Pires (que queria um terço dos lugares) e vai a votos... Ganha!  
Os analistas à época  não davam um tostão furado pelo homem, o PS até só queria mais oito por cento para ter uma maioria. Em dez anos mudou Portugal.
2. A 12 de Julho de 2002, realiza-se o Congresso do Coliseu.
Foi o epitáfio do cavaquismo. Barroso, o desejado das élites, da imprensa e do povo, é esmagado por um Nogueira que tinha o aparelho a seus pés.
Barroso, contra o calculismo e cinismo de muitos que achavam que era cedo para se reformar, chegou a primeiro-ministro. 
E foi muito mais além.
Porém, para Portugal o desastre ficou à vista...

Recordo o que escrevi em Novembro de 2021 na Revista Óbvia, que se mantém mais actutal do que nunca
"Na Figueira, em 2021 e anos seguintes, concorde-se ou não, a vida política vai passar por políticos como Santana Lopes - aqueles que sabem aproveitar as oportunidades pessoais.
Santana sempre foi mestre a aproveitar as falhas dos chamados "notáveis", que desprezam num partido enraizado no povo, os  militantes. Os "baronetes" das concelhias e das distritais, têm de si próprios e da sua importância uma ideia desproporcionada do peso real que lhes é dado pela máquina partidária dum partido com Povo, como é o PSD.
Sem esquecer que na "elite" local há quem se oponha, não me admirará que o verdadeiro "proprietário" do PSD Figueira, nos próximos tempos, venha a ser, não alguém que defenda a aproximação a Santana, mas, ainda que por interposta pessoa, o próprio Santana Lopes.
E Santana Lopes, se assim o quiser,  nem vai precisar de tornar a ser militante do PSD...
Acham estranho? Lembram-se o que aconteceu ao PS depois de 2009? O PS Figueira passou a partido municipalista liderado por João Ataíde, que nunca foi militante socialista.
Para o PSD Figueira, o comboio de amanhã já passou há semanas. Ventos e marés podem contrariar-se, mas há muito pouco a fazer contra acontecimentos como o que aconteceu ao PSD Figueira nas autárquicas 2021.
Em 2021, que saída tem um PSD Figueira confrontado com uma escolha entre a morte por asfixia ou por estrangulamento?
Resta Santana Lopes, um político que, como ficou provado na anterior passagem pela Figueira,  continua em campanha eleitoral, mesmo depois de ter ganho as eleições?"

Na Figueira, o que sempre esteve  em causa no PS e no PSD, é a luta por se tornar "proprietário" de uma pequena "quinta".
Cito Pacheco Pereira. 
"Possuir um grande partido, significa ter um grande património para distribuir pelos “seus”, lugares, empregos, oportunidades, estilos de vida acima das qualificações, possibilidade de mandar e corromper, poderes macros e micros, pose e pompa.
É parecido na sua acrimónia e violência com um conflito sobre marcos ou sobre o uso da água duma nascente, daqueles que historicamente são a fonte de assassinatos nos campos, animosidade de famílias por gerações, onde vinganças e ameaças são comuns.  O que se passa é que o conflito é por um bem, e um bem escasso: a posse e o controlo sobre um partido político, numa democracia que deu muitos poderes aos partidos.
Significa ter um grande património para distribuir pelos "seus", lugares, empregos, oportunidades, estilos de vida acima das qualificações, possibilidade de mandar e corromper, poderes macros e micros, pose e pompa. Infelizmente, quanto maior é a degradação política e ideológica de um partido, maior é a competição por estes bens."

As eleições autárquicas de 2025, na Figueira, se Santana Lopes for candidato, vão ser um passeio para a lista que liderar.
O problema vai ser depois: tal como aconteceu em 2002, em Portugal, 2025 pode ser o ano da Figueira começar a avistar mais um desastre...

João Portugal reeleito presidente da Federação Distrital de Coimbra do PS


O PS elegeu sexta e sábado os presidentes das 19 Federações do PS, oito deles estreantes, num processo em que puderam votar mais de 58 mil militantes, “o maior número de sempre com quotas pagas”. 
João Portugal foi reeleito, sem oposição interna, presidente da Federação de Coimbra do Partido Socialista. 
Nesta votação foram eleitos 4.460 delegados aos Congressos Federativos, aos quais se juntam 2972 delegados inerentes. 
O processo eleitoral interno irá prosseguir com a realização dos Congressos Federativos nos dias 12 e 13 de outubro.

domingo, 29 de setembro de 2024

O saber que não se presta

O sempre subtil, fino, penetrante, delicado e agudo Miguel Esteves Cardoso

«Os coros das claques do futebol são particularmente interessantes porque juntam a musicalidade à irreverência, ao prazer de ser do contra e à necessidade absoluta de exprimir uma opinião. Comparadas com as claques de outros países, tendem a dirigir-se mais ao treinador do que à equipa. 

O treinador é tido como responsável mas não é só isso: o treinador é mais vaidoso e tem a mania que a culpa é dos jogadores, pelo que é muito mais engraçado deitá-lo abaixo. 

É uma espécie de bullying antiautoritário, uma tomada da Bastilha à inglesa, em que o único alvo é o reizinho irritante que chegou cheio de promessas e, por ser nhurro, foi incapaz de fazer milagres. 

Um dos melhores cânticos é o do Arsenal e reza assim: “You’re shit and you know you are.” Ou seja: “És uma merda e sabes que és uma merda.” 

Para apreciar a acusação, é preciso imaginar o treinador (ou qualquer profissional) que não presta para nada, mas está convencido de que é uma maravilha. Acontece muito, não acontece? Trata-se de um indivíduo iludido, tragicamente vaidosão, que tem dificuldade em perceber o que se passa à volta dele.

Mas pronto, coitado, não é capaz de ver que não presta — e isso constitui, apesar de tudo, uma espécie de desculpa. Agora o sacana que não presta e, ainda por cima, sabe que não presta é imperdoável. É mesmo um ladrão. Está ali a enganar toda a gente. Quanto mais gesticula, mais fácil é odiá-lo. 

Claro que o esforço musical da claque que canta “You’re shit and you know you are” esconde uma réstia de afecto.»

Fechar portas à imigração? Patrões avisam: seria “devastador” para a economia...

“Amanhã, todos os imigrantes que trabalham em Portugal fazem greve. Você chega ao escritório e percebe que ninguém o limpou. Entra no hospital e está uma nojeira, não há nenhum auxiliar de acção médica para ajudar. Na escola não aparecem pessoas para limpar, nem para cuidar das crianças, não há gente no refeitório, ninguém para servir. Os cafés estão fechados. Nos hotéis era preciso alguém servir o pequeno-almoço, para fazer as camas, para limpar. Nos campos, ninguém apanhou tomate, nem cerejas. Ninguém se lembrou de que era preciso alguém para os ir colocar na mesa, era preciso alguém para os ter colhido. E espante-se: se calhar até podia não encontrar o seu médico de família. Espante-se: se calhar aquele engenheiro hoje não veio trabalhar porque ele é imigrante. Espante-se: se calhar nas fronteiras não havia ninguém para controlar as malas e ninguém nos autocarros para transportar as pessoas até ao avião. A escola — imagine — não tem alunos, há até escolas que vão fechar...” - Anabela Rodrigues

"Em 2023, as contribuições dos cidadãos imigrantes para o sistema de Segurança Social foram as mais elevadas de sempre e representaram uma subida de 44% em relação a 2022: totalizaram 2,677 mil milhões de euros (no ano anterior, tinham sido 1,861 mil milhões). Este valor é mais do dobro do registado em 2021, quando a Segurança Social recebeu 1,2 mil milhões de euros destes cidadãos. Em termos percentuais, o peso destas contribuições para o total do país também subiu de 8,4 para 10,5%". - in Público

Faz amanhã 50 anos que Spínola se demitiu do cargo de presidente da República

Hoje, as coisas estão difíceis para quem sempre lutou pela Democracia e pelo bem estar das camadas mais desfavorecidas da polpulação.
Quem não tem memória curta, porém, sabe que sempre foi asssim. 
Por exemplo há 50 anos, "o país esteve agitado. Esperava-se a realização da chamada «Manifestação da Maioria Silenciosa» – uma iniciativa de apoio ao apelo do general Spínola, convocada alguns dias antes por cartazes que invadiram Lisboa.
 
Acabou por ser proibida pela Comissão Coordenadora do Programa do MFA. Antes disso, Spínola que tinha tentado, sem sucesso, reforçar os poderes da Junta de Salvação Nacional, emitiu um comunicado, pouco antes do meio-dia, a agradecer a intenção dos manifestantes, mas declarando que, naquele momento, a manifestação não seria «conveniente»
Os partidos políticos de esquerda (CARP M-L, CCRM-L, GAPS, LCI, LUAR, MDP/CDE, MES, PCP m-l, PCP, PRP-BR, URML), sindicatos e outras organizações tinham desencadeado, no próprio dia, uma gigantesca operação de «vigilância popular»: desde as primeiras horas da manhã, dezenas de grupos de militantes distribuíram panfletos e pararam e revistaram carros em todas as entradas de Lisboa. 
Em 30 de Setembro, Spínola demitiu-se do cargo de presidente da República, sendo substituído pelo general Costa Gomes. 
Fechou-se assim o primeiro ciclo político do pós 25 de Abril."

A violência das palavras e dos actos

«Lamentavelmente, a extrema sensibilidade e susceptibilidade demonstradas pelo presidente da Câmara de Lisboa quanto às palavras parecem já não existir quanto aos actos, ao defender o alargamento dos poderes da Polícia Municipal quanto à possibilidade de detenção de cidadãos. Ora, independentemente de os polícias municipais de Lisboa e do Porto serem, hoje em dia, agentes da PSP, parece evidente que não há necessidade de termos mais um corpo repressivo do Estado, com poderes de investigação criminal, sediado agora nas autarquias, correndo-se o risco de se estar a avançar, como disse o presidente da Câmara do Porto, para “o modelo americano dos xerifes”. Isto está pretty wild, mas, ainda, não chegámos ao wild, wild West…»

Francisco Teixeira da Mota

Os altos valores do Estado


«Uma das mudanças mais visíveis desde o 25 de Abril até hoje tem sido a altura dos portugueses e das portuguesas. E a beleza também — mas isso fica para outra altura. A verdade é que os portugueses estão menos baixos e menos feios do que eram. Será dos cuidados de saúde? Ou da educação? Ou da selecção reprodutiva? Ou será do iogurte? É que foi mais ou menos quando os portugueses começaram a comer mais iogurte que começaram a ficar mais altos, e mais sadios — e menos feios.»

Miguel Esteves Cardoso

sábado, 28 de setembro de 2024

Orçamento camarário para 2025: acordo não vai ser difícil...

 Via Diário as Beiras

show off

Citando o Diário as Beiras, edição de hoje: «Indagada pelos jornalistas sobre queixas de utentes a quem foi dito nos centros de saúde que só em outubro receberiam as vacinas, a secretária de Estado da Saúde, Ana Povo, reagiu assim: “Muito obrigada pela pergunta, que aguardo há vário tempo que ma fizessem”. E explicou porquê: “Este Governo recebeu uma dívida com dois anos relativa às vacinas covid […], e teve de pagar 108 milhões de euros; se o não tivesse feito, hoje não haveria vacinas em Portugal”
Fim de citação.
Como expliquei ontem aqui, a realidade é a realidade. O resto, que é quase tudo, é show off.
A comunicação social precisa disto para alimentar o espírito voyeurista do povo e sobreviver. É o dois em um: ao mesmo tempo que dá voz à propaganda governamental, também se alimenta do barulho e do show off.
A realidade, como sabe quem anda minimamente atento, é outra.
Propaganda, demagogia, show off e fogo de artifício, é a especialidade amplamente mostrada pelo PS e PSD ao longo de quase 50 anos: governar é que "vai lá vai".... 
Entretanto, vamos ver se Montenegro começa a governar. Para já precisa de ministros competentes, capazes e dedicados à arte da governação.

sexta-feira, 27 de setembro de 2024

Luísa Costa Gomes, escritora e voz essencial da literatura portuguesa

“O mundo em que nasci, cresci e fui adulta está a morrer. Não me causa nostalgia: o que aí vem tem coisas muito interessantes”.

 «... e como se sente aos 70 anos? 

- Tenho ainda sentimentos ambivalentes em relação à coisa. Os 50, os 60, nunca liguei, mas os 70 fizeram diferença porque fiquei muito doente. Foi uma espécie de átrio da velhice, aquela coisa que o meu pai costumava dizer: “Isto nunca me aconteceu”. Há uma certa fragilidade, com a qual temos de aprender a lidar. É só isso e é muito. Há uma gestão da energia que tem de se aprender. Mas com a experiência de vida aprendemos que nós e o tempo não andamos sempre numa mesma direcção; que muitas vezes estamos com 70 anos e no dia seguinte temos 15 e depois temos 100, e há momentos na vida que são erupções de juventude e de uma certa juventude contranatura, da recuperação de uma energia vital.»

É todo um programa esta passagem da entrevista com Luísa Costa Gomes  publicada esta sexta-feira no Ípsilon.

Sem SNS não há democracia

O Posto Médico da Cova e Gala tem funcionado nos últimos meses de forma irregular. 
Se precisarmos de marcar uma consulta, uma data para a vacinação covid e gripe, ou fazerr um penso, nunca sabemos se o serviço está aberto aos utentes. Isto não é ficção: é experiência própria.

No passado dia 20 do corrente, aconteceu-me isso mais uma vez. Depois de ter sido avisado por SMS, que deveria marcar a vacinação covid-19 e gripe no Centro de Saúde ou numa farmácia, escolhi o SNS e bati com o nariz na porta.
Dois dias depois telefonei para fazer a marcação. Não atenderam, mas devolveram a chamada. Informei a funciária ao que ía. Resposta dela: "vá telefonando, pois não sabemos quando temos as vacinas disponíveis".
Com toda a calma, tentei explicar à funcionária que optei pelo SNS por razões muito concretas: o serviço foi criado, existe e tem capacidade para servir os utentes e enquanto ele estiver em funcionamento é um direito que tenho a opção que pretendia tomar. Expliquei, ainda e com toda a calma deste mundo, que seria fácil criar uma lista dos utentes que manifestarassem vontade de serem vacinados no SNS no Posto Médico da Cova e Gala e quando existissem vacinas bastava avisá-los por ordem de inscrição.

Digo pretendia, pois a resposta da funcionária deixou-me sem chão: "era o que faltava..." Contei até dez e desliguei, sem deixar de agradecer a disponibilidade e a eficiência.
No dia seguinte, dirigi-me à "minha" farmácia. Aquilo que quem trabalha no SNS e é pago com o dinheiro de todos nós não conseguiu fazer, foi fácil: no dia seguinte, recebi uma chamada a marcar a data da vacinação.

Voltando atrás, ainda estive para explicar à senhora funcionária que me atendeu (que eu não sei de todo quem é) que os ataques ao SNS são golpes na democracia e na qualidade de vida dos portugueses. Poderia dizer-lhe mais: que este governo, que é um governo de direita, não consegue esconder o desejo de liquidar o Serviço Nacional de Saúde, uma das maiores - se não mesmo a maior - conquistas do 25 de Abril. 
Podia dizer-lhe mais: que o PSD e CDS votaram contra a criação do  SNS em 1976. 
E que decorridos quase 50 anos ainda não desitiram...
O caos está nas urgências, marcar uma simples data para uma vacinação é uma dificuldade gigante, fecham serviços de obstetrícia, as mulheres grávidas andam aflitas e não sabem onde vão ter os filhos. 
Porém, os hospitais privados continuam abertos às mães em estado de gravidez e as cesarianas funcionam bem.
Só que existe um peqeno problema: os partos custam os olhos da cara.
 
As debilidades crónicas do SNS (o PS tem nisso imensas culpas) foram bem aproveitadas pelos "vampiros": os seguros de saúde cresceram em espiral e a privatização do sistema de saúde em Portugal já esteve mais longe. 
As políticas que tentam há dezenas de anos liquidar um dos baluartes do 25 de Abril e da democracia são um ataque frontal à saúde - um direito inquestionável e constitucional -, que não pode nem deve ser um negócio. 
O que está em causa é a vida humana e o recuo civilizacional do nosso País.
É assim tão difícil adivinhar a quem interessa o caos em que vegeta o nosso SNS?

A eficácia dos privados: de uma maneira ou outra quem acaba por pagar é sempre o mesmo...

O problema já vem de longe. A Figueira mostra uma imagem de terra sem higiene e limpeza, muito difícil de compreender e aceitar num concelho que dizem ser turístico. 

Segundo um comunicado da Câmara Municipal da Figueira da Foz, datado de Janeiro de 2019, o contrato de Recolha e Transporte de Resíduos Sólidos Urbanos, Lavagem e Manutenção de Contentores representa um investimento de 7,8 milhões de euros accrescidos de IVA e foi adjudicado à empresa Suma, na sequência de um concurso público internacional.
Nas exigências técnicas do contrato, "estava previsto na proposta vencedora a incorporação de uma frota de viaturas amigas do ambiente, com recurso a combustíveis menos poluentes, como gás natural comprimido (GNC), gás petróleo liquefeito (GPL), híbridas e eléctricas, de forma a diminuir as emissões de gases nocivos para a atmosfera, aliado à diminuição do ruído".
O novo contrato previa ainda a utilização de tecnologia ligada à gestão da frota de resíduos "que, em tempo real, comunica com uma plataforma electrónica toda a informação de análise de execução do serviço e fiscalização das actividades desenvolvidas pelo contratante"
Imagem via Diário as Beiras

Deputados Municipais do PS vão acompanhar o sentido de voto dos vereadores do mesmo partido

Na imagem: João Portugal, lider distrital e da bancada do PS na AMFF
Hoje, pelas 15 horas, realiza-se no Salão Nobre dos Paços do Concelho uma sessão ordinária da Assembleia Municipal da Figueira da Foz
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A agenda inclui a votação dos pacotes fiscais. Segundo o Diário as Beiras, edição de hoje, os deputados municipais do PS estão em sintomia com os vereadores do partido na câmara, em relação aos pacotes fiscais aprovados na reunião de câmara de quarta-feira
 “Acompanhamos a posição dos vereadores do PS no sentido de voto e nas declarações políticas que foram feitas [na reunião de câmara]”, disse o líder da bancada socialista na AMFF.
Sublinhe-se que neste órgão autárquico, os socialistas estão em maioria. 
Sendo assim, «os deputados municipais do PS também votam a favor da derrama, dos direitos de passagem e do IMI (com a ressalva de poder vir a ser atribuída uma majoração aos proprietários que arrendem habitações pelo período de um ano ou mais, após a receção dos dados solicitados pelo executivo camarário FAP/PSD à Autoridade Tributária) e abstêm-se no IRS, como já fizeram os vereadores Diana Rodrigues, Daniel Azenha e João Gentil. A vereadora do PS Glória Pinto votou a favor de todos os pacotes fiscais. “O PS propôs uma redução no IRS [de 0,25%], mas o executivo camarário argumentou que isso iria gerar perda de receitas de 350 mil euros. O PS [enquanto governou na Câmara da Figueira da Foz] desceu sempre o IRS, exceto um ano, por razões orçamentais”, afirmou João Portugal. Não obstante, ressalvou, os deputados do partido vão abster-se. 

Estabilidade fiscal em 2025 

Na Figueira da Foz, os impostos e taxas municipais mantêm as tabelas em vigor, isto é, não haverá alterações em 2025 – podendo, contudo, ser criada uma dedução para contratos de arrendamento, como acima referido, em sede de IMI. Assim, o IMI continuará a ser taxado a 0,40%, o IRS a 3,25%, a derrama a 1,5% e os direitos de passagem a 0,25%. Na reunião de câmara, o PS, que ali é oposição propôs uma redução de 35% no IMI para habitação própria e permanente, a referida proposta para contratos de arrendamento e uma redução de 0,25% no IRS.»