terça-feira, 23 de novembro de 2021

Fim-de-ano de “arromba”...

 Via Diário de Coimbra

Já está iniciada a partida...

 Via O Sítio dos Desenhos

Este País não é para poderosos fracos: "poderoso é Salgado", disse Rendeiro...

Rendeiro à CNN Portugal: “Sou um poderoso fraco. Só volto a Portugal se for ilibado ou com indulto do Presidente”.
João Rendeiro, recorde-se para quem esqueceu, foi condenado por três vezes: em 2018, a uma pena de cinco anos e oito meses de prisão efectiva, pelos crimes de falsidade informática e falsificação de documentos; em maio de 2021, a uma pena de dez anos de prisão efectiva, pelos crimes de fraude fiscal qualificada, de abuso de confiança qualificado e de branqueamento; em setembro de 2021, a uma pena de três anos e seis meses de prisão efetiva por crimes de burla. 
O primeiro já transitou em julgado, depois de esgotados os recursos.
Rendeiro, que segundo Marques Mendes, "se  portou como um verdadeiro patife", pede indulto. Ou está a gozar ou não tem a menor noção. “Se há pessoa que não merece indulto presidencial nenhum é ele”. É o  próprio que continua a fazer arrastar o processo judicial.

O antigo banqueiro João Rendeiro, que segundo disse na mesma entrevista, faz uma vida normal no local onde se encontra e que vive do seu trabalho, assumiu ter fugido de Portugal em finais de Setembro.
Nessa entrevista, afirmou ainda que pretende processar o Estado português num tribunal internacional, por atrasos na justiça. “Um dos meus processos tem mais de 14 anos”, queixa-se Rendeiro. 
Sublinhe-se, que a sua  defesa apresentou inúmeros recursos que adiaram o desfecho de vários casos em que está envolvido
O ex-banqueiro diz que está iminente a entrada da acção que se presume será interposta no Tribunal Europeu dos Direitos Humanos e adianta que pedirá uma indemnização na ordem dos 30 milhões de euros, um valor muito distante das habituais compensações decretadas neste tipo de processo que não costumam ultrapassar os milhares de euros. 
“Se [a indemnização] for concedida será doada”, garantiu Rendeiro que também se queixou da falta de equidade da justiça portuguesa. 
O antigo presidente do Banco Privado Português (BPP) reafirmou que o que motivou a decisão de não regressar a Portugal, onde acabaria por ser preso para cumprir a primeira das três condenações a que já foi sujeito, foi “o direito de resistência perante uma justiça injusta”
E comparando-se com o antigo presidente do BES, Ricardo Salgado, protestou: “É uma pessoa protegida pelo sistema.” 
Questionado sobre um eventual regresso a Portugal, disse não ver “nenhum cenário” onde tal pudesse acontecer, para logo precisar: “Ou não havia uma condenação ou havendo teria que existir um indulto presidencial”
Portugal é uma comédia. O Presidente da República já respondeu com ironia, dizendo que “nesta altura, em Novembro, já é tarde” para o ex-banqueiro solicitar indulto.

Como membro de uma classe privilegiada - os reformados, que se reformaram depois de 43 anos de descontos para a Segurança Social, com uma penalização de 33 e picos por cento, por ter passado à reforma com 62 anos... - devo dizer que estou bastante incomodado com esta situação miserável e aflitiva de João Rendeiro.
Depois, contra mim me expresso: preocupa-me a falta de patriotismo dos reformados.
Os reformados deviam praticar passivamente aquela ginástica no estômago a que alguns (mal formados) chamam fome.
Para  quê e porquê precisa Portugal de reformados?
O Governo devia demitir essa  corja de mandraços que só servem para fazer despesa pública e desequilibrar as contas do Estado.
Era assim, fácil e de uma  uma penada, que se resolviam os problemas financeiros todos do país.
Não é com a justiça a perseguir empreendedores da estirpe de João Rendeiro que um País pode avançar.
Deixem-se de eufemismos,  cenários virtuais de grandes negociatas prós amigalhaços.
Vejam a realidade. Reparem, mas reparem bem neste exemplo de João Rendeiro.
Nega estar no Belize e diz que faz uma vida normal como tinha em Lisboa ou Cascais e vive do seu trabalho. 
“Esta semana fui convidado para fazer a montagem financeira de um projecto de 500 milhões de dólares.
Já viram o que o País está a perder em criação de riqueza, com esta fuga à justiça?
Tirem o "cavalinho da chuva". Ao menos, mandem-lhe, um dia, uma cadeira de rodas ou um caixão: João Rendeiro, nem por amor, volta a Portugal pelos próprios pés...

João Rendeiro recusa regressar para enfrentar a Justiça, mas admitiu que volta a Portugal se for ilibado pelos tribunais dos crimes de que está acusado ou se o presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, lhe conceder um indulto que o liberte dos problemas....

Via Jornal de Notícias

segunda-feira, 22 de novembro de 2021

Morreu José Manuel Leite, primeiro Presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz eleito após o 25 de abril de 1974 e Cidadão Honorário desta cidade

Eleito em 1976 Presidente da Câmara Municipal da Figueira, ocupou o cargo até Janeiro de 1980

Imagem via MUNICÍPIO DA FIGUEIRA DA FOZ

Finalmente, algo verdadeiramente inovador no dia a dia de um vereador figueirense...

«Vias cicláveis "passadas em revista"» (de bicicleta)

"O vereador Manuel Domingues efectuou na passada sexta-feira, acompanhado dos técnicos municiais António Paredes e Francisco Moreira, uma visita aos percursos cicláveis, tendo em vista a verificação e análise da existência, ou não, de anomalias.»"

PSD Figueira, à espera de Godot?..

 Via Diário as Beiras

Sobre o que está em causa (tornar-se "proprietário" de uma pequena "quinta", como é o PSD na Figueira), cito um pequeno excerto da minha crónica na Revista Óbvia de Novembro, esta segunda-feira nas bancas à sua espera.
"Na Figueira, em 2021 e anos seguintes, concorde-se ou não, a vida política vai passar por políticos como Santana Lopes - aqueles que sabem aproveitar as oportunidades pessoais.
Santana sempre foi mestre a aproveitar as falhas dos chamados "notáveis", que desprezam num partido enraizado no povo, os  militantes. Os "baronetes" das concelhias e das distritais, têm de si próprios e da sua importância uma ideia desproporcionada do peso real que lhes é dado pela máquina partidária dum partido com Povo, como é o PSD.
Sem esquecer que na "elite" local há quem se oponha, não me admirará que o verdadeiro "proprietário" do PSD Figueira, nos próximos tempos, venha a ser, não alguém que defenda a aproximação a Santana, mas, ainda que por interposta pessoa, o próprio Santana Lopes.
E Santana Lopes, se assim o quiser, nem vai precisar de tornar a ser militante do PSD..."

A meu ver, o PSD Figueira está à espera de Godot. Godot, neste momento, de certa forma, seria a retoma. Mas, entretanto, que se espera que aconteça enquanto se está à espera?
No palco, como certamente no PSD Figueira, enquanto os actores desempenham o seu papel, há um público que espera - para não dizer, desespera... - pela chegada de Godot. Que o mesmo é dizer, esperar por  alguém que parece ser o único e último alento?
Haverá vantagens resultantes de uma espera que ainda pode ser longa?
Na  peça de Beckett, convém não esquecer, há um grande problema: Godot nunca chega.

A grande questão, porém, é que esta crise no PSD Figueira  tem vindo a ser tratada como conjuntural, quando na realidade ela é estrutural. E já de longa duração.
O texto original da peça, escrito em 1948 no final da II Guerra Mundial, detalha as preocupações do Beckett, naturalmente diferentes das nossas, das que temos hoje.
O PSD Figueira, vive uma situação semelhante a um pós-guerra. Contudo, não foram as paredes da casa que ficaram destruídas. Foram as relações entre muitas pessoas que foram dizimadas. 
Este grau de destruição é mais grave, porque não é visível a olho nu. Para quem conhece como funcianam as distritrais dos prtidos do chamado "arco do poder".
Neste momento, debilitada pelos resultados das Eleições Autárquicas, "a indicação, pela Concelhia, do nome do militante figueirense para a lista de candidatos a deputados, tendo em vista as Eleições Legislativas de 30 de janeiro próximo", é irrelevante.

Está fechado: o director da campanha do PS para as legislativas vai ser Duarte Cordeiro. E Francisco Assis regressa à AR.

"Faltam pouco mais de dois meses para as eleições legislativas de 30 de janeiro e duas palavras estão na mente dos socialistas: maioria absoluta.  
Porém, a agitação nas hostes socialistas concentra-se agora na hipótese de, saindo vencedor das eleições legislativas, o PS não conseguir uma maioria tão reforçada como deseja António Costa e se coloque a questão de saber com quem pode negociar condições de governabilidade. 
Com Pedro Nuno Santos a insistir publicamente na solução de entendimentos com BE e PCP, Manuel Alegre saiu a terreiro a defender que o PS não pode ficar refém dos partidos à sua esquerda e trancar a porta ao PSD à sua direita. 
Uma tese, aliás, também defendida por Francisco Assis, que se manifestou novamente disponível para voltar a concorrer nas listas de candidatos a deputados pelo PS. 
António Costa deu o primeiro sinal evidente de não fechar a porta a negociações com o PSD para garantir condições de governabilidade pós-eleições de 30 de janeiro de 2022 na entrevista da semana passada à RTP.
Isto quando nos bastidores do PS cresciam as conspirações sobre a eventualidade de António Costa, saindo vencedor das eleições, ter de passar a responsabilidade da formação de um Governo de esquerda a Pedro Nuno Santos – único protagonista socialista com capacidade para garantir o apoio de comunistas e bloquistas. 
Daí, por um lado, a entrevista à RTP na semana passada, em que pela primeira vez manifestou abertura a entendimentos com o PSD; e, por outro lado, o convite a Francisco Assis para voltar à Assembleia da República e a Duarte Cordeiro para ser o diretor de campanha do PS – como confirmou o Nascer do SOL junto de fontes socialistas."

domingo, 21 de novembro de 2021

Rio diz que não nomeará 'boys' ou 'girls' para a administração pública

A notícia até parece boa, mas...
Via Diário de Notícias, o presidente do PSD e recandidato ao cargo assegurou ontem, sábado, que não vai nomear "'boys' ou girls' para a administração pública, por considerar errado e porque depois poderem voltar-se contra ele. 
"Não vou nomear 'boys' ou 'girls' ou o que lhes queiram chamar para a administração pública. Não vou não. Não vou porque acho que está errado, não vou porque depois sobra para mim. Se nomeio um incompetente, depois sobra para mim".

Recordando o aeródromo da Morraceira...

 Via Diário de Coimbra

"Terra Nossa", é mais ou menos isto...

Na Figueira, 
"tudo está no seu lugar. 
Graças a Deus.
Graças a Deus, graças a Deus, éh
Não devemos esquecer de dizer
Graças a Deus, graças a Deus, diz, diz
Tudo está no seu lugar
Graças a Deus, graças a Deus
Não devemos esquecer de dizer
Graças a Deus, graças a Deus
(Vou nessa! Vou nessa!)
Quero ver o sorriso estampado
Bem na cara dessa gente
Quero ver quem vai, quem fica
Ou quem chega de repente
Quando chego do trabalho
Digo a Deus, muito obrigado
Canto samba a noite inteira
No domingo e feriado
Tudo está no seu lugar, diz
Graças a Deus, graças a Deus
Não devemos esquecer de dizer
Graças a Deus, graças a Deus."

"Terra Nossa"
é um programa apresentado por César Mourão e transmitido desde 27 de maio de 2018.
O programa é mais ou menos isto. 
"O humorista e apresentador tem  48 horas para recolher o maior número de informações e histórias sobre a personalidade e a localidade em destaque. No final desse período, prepara um espectáculo de stand-up exclusivo que será apresentado perante uma plateia muito especial: os protagonistas das histórias que fomos ouvindo e os habitantes da terra. 
Da primeira à terceira temporada o programa percorria as localidades de grandes personalidades para lhes prestar homenagem. A partir da quarta temporada, cada episódio homenageia uma cidade portuguesa, destacando os locais mais emblemáticos e as "personagens" mais carismáticas da região."
César Mourão, certamente ajudado por alguém, veio à Figueira descobrir as personalidades que se destacam nas mais variadas áreas. 
O resultado passou no serão de ontem na SIC.
César Mourão mostrou em palco o orgulho das gentes desta "TERRA NOSSA".
"César Mourão foi recebido em festa, na Figueira da Foz.
As grandes figuras da terra juntam-se para um serão imperdível."
A Figueira não é só isto. Mas, também é isto.
Tudo está no seu lugar. Graças a Deus, graças a Deus.
Não devemos esquecer de dizer: Graças a Deus, graças a Deus.

sábado, 20 de novembro de 2021

Leitura recomendada aos sabichões que vieram logo garantir que "nunca mais votariam no PCP"...

A coisa é tão evidente que até o Expresso a relata. 
Um texto que deveria ser lido por todos aqueles que se apressaram a responsabilizar o PCP, culpando-o por ter votado contra o OE 2022. 
Se mesmo assim mantiverem essa falácia, fica a perceber-se em que quadrante político se situam ou para onde derivaram.
Se continuarem a dizer que, no dia 30 de Janeiro, vão votar o PS com o argumento do voto útil contra a direita, fica a saber-se que optaram por votar nas políticas de direita do PS...

Orçamento camarário para 2022: a procissão ainda vai no adro, mas...

Quase há um ano - a 2 de Dezembro de 2020 - foi aprovado o Orçamento da Câmara Municipal da Figueira da Foz que vigorou em 2021: (o maior de  sempre), de 75,4 milhões de euros.
Recorde-se: com o voto contra de Ricardo Silva, do PSD, e a abstenção dos eleitos pelo mesmo partido Carlos Tenreiro e Miguel Babo (aos quais tinha sido retirada a confiança política).
Via Diário as Beiras, fica o que até ao momento é conhecido publicamente sobre a ideia do que vai ser o orçamento camarário figueirense para 2022.
Um orçamento camarário serve para  consubstanciar as propostas que um executivo pensa ser possível executar dentro do limite temporal em que ele vai vigorar.
Deve privilegiar e colocar sempre em primeiro plano as necessidades e os interesses da população, na firme certeza de que dentro dos possíveis, são apresentadas soluções para debelar os problemas imediatos, apontando caminhos para o seu desenvolvimento integrado e sustentável.
 
Políticas sérias de defesa da qualidade de vida dos cidadãos deste concelho, é o meu desejo de sempre. Vale também para 2022. 
Há muitíssimo a concretizar. Desde logo, definir o que é “qualidade de vida”, para nós e para as gerações futuras. Esse, mais do que um desafio, é nossa responsabilidade geracional - passa por balizar o que estamos dispostos a fazer para melhorar a qualidade do ar que respiramos, a água que bebemos, a comida que ingerimos e a paisagem que queremos preservar. 
Um concelho moderno, democrático e gerido com responsabilidade, discute-se, interroga-se, renova-se e define objetivos que visem abranger a população. Só assim será possível progredir rumo a patamares mais elevados de bem estar, felicidade e justiça social e ambiental. Isto, no fundo, resume-se numa palavra: “desenvolvimento”

O orçamento municipal para 2022 vai ter isso em conta?
Ainda não o sabemos. "A versão final será apresentada em dezembro, para ser votada". Porém, pelo andar da carruagem (embora “ainda seja prematuro avançar o valor do orçamento”),  parece ser mais do mesmo.
Oxalá que, como o de 2021, não seja um orçamento camarário desfasado da realidade que é o concelho da Figueira da Foz. “Este é um orçamento de continuidade que tem de acomodar os compromissos assumidos (pelo anterior executivo, do PS), no valor de vários milhões de euros”, no plano do investimento e de parte significativa da despesa corrente, diz hoje a vereadora Anabela Tabaçó ao DIÁRIO AS BEIRAS.
Estamos perante um executivo paralisado, do ponto de vista político, operacional e governativo, pela herança deixada por Carlos Monteiro? 
E a paralisia promete prolongar-se nos próximos tempos? 
A paralisia do poder executivo, mais do que uma ameaça, é uma possibilidade e pode tornar-se numa imagem de marca dos próximos tempos.
Fica um desejo, fácil de concretizar, para 2022, o que já seria um avanço em relação aos últimos anos: que haja honestidade intelectual na governança da Figueira. 
O pior que nos podia acontecer, face aos desafios fáceis de adivinhar que temos pela frente, era continuar a  ter políticos que dizem uma coisa e depois fazem outra.

Junta tem novas instalações

 Via Diário as Beiras

sexta-feira, 19 de novembro de 2021

Será que o autor da ideia de geringonça, António Costa, se converte agora à tese de bloco central?..

Rui Rio
“Se não conseguir uma maioria à direita, era bom o PS estar aberto a negociar comigo”.

"Política para quebrar a sazonalidade da procura desta terra"...

Vamos ter bólides a andar a 250 kms/hora, adrenalina, "pura adrenalina, mesmo adrenalina", muito trabalho, pista homologada para a fórmula 1, dinamização da economia local, quebra da sazonalidade, um grande espectáculo e  uma honra...
O que é a Figueira podia exigir mais pela bagatela de 150 mil euros?
A oposição é mesmo assim: "criticou o executivo do independente Santana Lopes pela realização desta prova com tão pouco tempo de antecedência e a atribuição de um apoio que estimam poder atingir os 150 mil euros"...

José da Silva Ribeiro, um Homem do Teatro e do Jornalismo, que quis fazer sempre mais e melhor pela Cultura da sua Terra

José da Silva Ribeiro, Homem de Cultura, repartiu a vida entre o Jornalismo e o Teatro, actividade em se notabilizou. O seu nome confunde-se com a Sociedade de Instrução Tavaredense, fundada tinha ele 10 anos. Começou logo aí a sua ligação com a Arte de Talma. 
Não a praticou noutro sítio: “Eu sou apenas Tavarede e mais nada”.
Quase que por acidente, descobri no espólio da RTP, três videos sobre José da Silva Ribeiro, "um Homem que dedicou a vida a cultivar o Povo".
Não resisti. Para os ver basta clicar.

Encontro com José Ribeiro

O Homem de Tavarede – Parte I

Se fosse vivo, José da Silva Ribeiro teria completado ontem 127 anos. No face, a recordar a data, li uma postagem que também não resisti a citar.

Para além da Vida, uma Obra, uma Lição...

Por Paula Simões

"A 18 de novembro de 1894, nasceu em Tavarede, num humilde,mas feliz lar, onde reinava a fraternidade, o respeito, a compreensão e a tolerância, José da Silva Ribeiro.
Pequeno ainda, lidou no campo, partilhou a vida dura dos trabalhadores rurais, o que o levou, mais tarde, a lutar pela melhoria das suas condições de vida.
Aos dez anos, estreou-se no teatro como amador. O teatro haveria de ser sempre uma constante de toda a sua vida.
Aos doze anos, entrou como aprendiz na Tipografia Popular. À noite, frequentava as aulas na Escola Dr Bernardino Machado. Deslocava-se a pé da Figueira para Tavarede, o que aliás, sempre fez até a doença lho permitir.
 Em 1908, com 14 anos, dirigiu o jornal O Poeta.
Mais tarde, ingressou nos escritórios dos Caminhos de Ferro da Beira Alta.
Entretanto, começa a Primeira Guerra Mundial.  Embarca para Moçambique em 1916. Aí, recebe a triste notícia da norte de seu pai.
Regressa a Portugal  em setembro de 1919.
Volta para a Voz da Justiça, mas agora, como secretário da Redação. Ingressa como amanuense na Escola Dr Bernardino Machado, cargo que exerceu com maior zelo, até 1923.
Em 1933, é preso. Foi deportado para Angra do Heroísmo, onde permaneceu, durante um ano, em regime de extrema incomunicabilidade.
Regressando do exílio, volta ao jornalismo.
O seu jornal, era um incômodo para o governo da época. Em julho de 1937, o Voz da Justiça é silenciado... em junho de 1938, Jose Ribeiro é de novo preso. Detido pela PIDE...
A sua vida não foi fácil !
Nunca desistiu de lutar pelos seus ideais, mesmo sabendo o quanto isso lhe custava...
Sempre disponível para os outros, familiares ou não, defensor constante dos humildes e desprotegidos, do civismo e da educação, autor de livros infantis , era um Homem verdadeiramente excepcional na vida da nossa cidade.
Depois do 25 de abril de 1974, com um simples requerimento, poderia ter solicitado, como muitos outros, uma indemnização ao Estado. Negou-se a fazê-lo.... Era assim, José Ribeiro!
Um Homem Bom, consciente, humilde...
Foi um enorme orgulho ter privado com Ele. Ora na Escola dos Quatros Caminhos, onde ensaiava a nossa Festa de Natal, ora na SIT, onde era o meu MESTRE.
Lembro-me tão bem de um dia, vinha eu da catequese com o meu avô, quando ao longe avistei o “ mestre”... Disse ao meu avô:
- Avô, vem ali o meu ensaiador! É ele que me anda a ensinar a ser Nossa Senhora na Festa de Natal da escola!
Entretanto, vamo-nos aproximando e paramos para cumprimentar o Sr. José, como lhe chamava o meu avô...Ao reconhecer-me, diz ao meu avó:
- Ó João, não me digas que esta menina é tua neta. Ela tem muito jeito para o Teatro! 
Olha, leva lá a menina à Sociedade que tenho um papel para ela...
E o meu avô levou-me...
Foi o início de uma grande paixão, o início de um Amor para a vida toda!
Parabéns, Mestre!
Obrigada, por me ter ensinado a amar e a viver o Teatro!
Se ainda pertencesse ao “ nosso mundo”, faria hoje 127 anos!
Este foi, sem a menor dúvida, o “ maior” filho da minha Terra!"

Que tal, por exemplo, olhar para a questão salarial?..