segunda-feira, 18 de outubro de 2021

Para quem eventualmente possa ter ficado baralhado depois da troca de galhardetes de ontem entre Santana e Monteiro...

Santana Lopes em 18 de Julho de 2021, na apresentação da sua candidatura à Câmara Municipal da Figueira da Foz, autarquia que liderou de 1997 a 2001, foi claro.

"Não há autoridade pública neste concelho. E ainda perguntam porque voltei? Voltei para pôr isto na ordem. E para fazer aquilo que tem de ser feito neste concelho. E para resolver os problemas que têm de ser resolvidos, num concelho que está parado há mais de vinte anos". 

Quase cem mil já pediram este ano para pagar IRS a prestações


Em 2020 e 2021, houve mais contribuintes a recorrerem à regularização faseada. 
Mas são cobrados juros.

O futuro pode ser melhor na Figueira? Pode ser...

Depois do bom povo ter opinado no passado dia 26 de Setembro, temos aí o futuro.
Não me repugna que tudo seja equacionado e discutido, nomeadamente o futuro.
Porém, o melhor mesmo, para já, é pensarmos que o futuro acabará por ser o que for.
Goste-se ou não. 
A peça de teatro actualmente em cena na Figueira, teve ontem o primeiro acto.
As paixões, como viu quem esteve presente no Grande Auditório do CAE ontem à tarde, estão à solta. 
Os próximos meses serão decisivos.
Um conservador nunca é um absolutista. 
Um céptico, sim. 
Todavia, às vezes, também consegue ser um pouco cínico.
Se o presente, na Figueira, depois de 12 anos de gestão socialista, é o marasmo e a desgraça que conhecemos, podemos acreditar que o futuro vai ser melhor?
Pode ser...
O novo desafio de Santana Lopes em 2021 na Figueira começou ontem.
Vamos ver o impacto que vai ter no futuro do dia a dia dos figueirenses.
 

domingo, 17 de outubro de 2021

Na tomada de posse, Santana Lopes prometeu polo da Universidade de Coimbra na Figueira

No grande auditório do CAE, cheio que nem ovo, para assistir à tomada de posse dos órgão autárquicos, Pedro Santana Lopes, o novo presidente do município, afirmou esta tarde que “as pessoas têm de saber que quando quiserem estudar, investigar e tratar de assuntos do mar o melhor sítio em Portugal é a Figueira da Foz”.
O agora independente Pedro Santana Lopes tomou neste domingo posse como presidente da Câmara da Figueira da Foz, eleito pelo movimento “Figueira a Primeira”, e assumiu como prioridades o mar, o regresso do ensino superior e as respostas sociais.
No final da tomada de posse, o autarca disse aos jornalistas que a segurança de quem trabalha e vai ao mar “é um aspecto chave” em que vai começar a trabalhar nos primeiros dias de mandato.
“Acabar as obras em curso, algumas que demoram há muito tempo, independentemente da vontade das pessoas, e tomar as medidas necessárias para que isso aconteça” é outra das medidas iniciais de Santana Lopes, que regressa ao cargo que já exerceu entre 1997 e 2001.
O património - em particular o Mosteiro de Seiça e o Paço de Maiorca, “realidades que estão muito complicadas” - e a “resposta social, com os centros de saúde e o sistema de transporte das pessoas que vivem mais longe do centro do concelho”, são as áreas em que o autarca prometeu “trabalhar mais depressa”.
O novo presidente do município anunciou que a Universidade de Coimbra vai abrir uma extensão na cidade, que deverá entrar em funcionamento no início do próximo ano lectivo, embora ainda não estejam definidos os cursos e a sua graduação, nem o local onde vai ser instalada.
“Eventualmente pós-graduação, formação ou licenciatura, que será o reitor a decidir, mas será nestas áreas mais ligadas ao mar, podendo incluir outras, nomeadamente a floresta”, adiantou.
Na cerimónia de tomada de posse, que encheu o Centro de Artes e Espectáculos, Santana Lopes apontou também a erosão da costa, o centralismo e a desertificação como “grandes preocupações” do seu mandato.
O autarca manifestou o “sonho” de tornar a Figueira da Foz numa cidade “modelar daquilo que [se gostaria] de ver em todo o país”, bem como a ambição de puxar pela sua identidade como “capital do mar”.
“A Figueira da Foz tem de ser conhecida pela importância que dá à investigação e à ciência e pela ligação que faz entre a investigação e as empresas, fundamental para o desenvolvimento”, disse, frisando que os concelhos que o conseguem “atingem os patamares maiores de desenvolvimento e até crescem em população”.
Para Santana Lopes, “as pessoas têm de saber que quando quiserem estudar, investigar e tratar de assuntos do mar o melhor sítio em Portugal é a Figueira da Foz”.
O município anunciou, vai assumir a sua própria promoção turística, apostando em mercados-alvo, embora sem sair da Turismo do Centro, liderada por Pedro Machado, que foi o cabeça de lista do PSD à Câmara e renunciou ao mandato de vereador, depois de os sociais-democratas terem sido a terceira força política mais votada e terem obtido um mandato.
Apesar de não ter maioria absoluta no executivo e na Assembleia Municipal, Santana Lopes falou na “obrigação de convergência e procura de entendimentos”, considerando que as respostas que precisam de ser dadas são “o imperativo que se coloca a todos”.
O independente sublinhou que não esquece “factos anómalos” da campanha como as queixas apresentadas pelo PSD em tribunal sobre a sua candidatura, pelo que apresentou queixa ao Conselho Superior de Magistratura e à Comissão Nacional de Eleições.

A partir de hoje a comparação é inevitável

Hoje, a Figueira é uma cidade que respira política. Para o bem e para o mal. Embora à nossa dimensão, a pose, o estilo e a escala definem um ambiente político urbano - quase de capital. 
O novo Poder começa a fazer-se sentir. Em política, como em tudo na vida, "não há bem que sempre dure, nem mal que nunca se acabe..." 
Os figueirenses ficaram divididos entre os que preferem Lisboa e a província. 
Em 2021, Lisboa é turismo. Na música, é fado. 
A escolha não foi fácil, mas aconteceu. A música pimba ajudou. Lisboa venceu.
Espero que a Figueira não deixe de ser uma cidade agradável e convidativa.
 
A Figueira vai optar pelo fado, ou continua no pimba? 
Ainda não sei dizer nada sobre o futuro. Provavelmente, vou necessitar de uns meses - 6, 7, 8, 9? - para poder chegar a alguma conclusão válida. 
Para já uma constatação: Lisboa é muito mais leve e descontraída. 
O que eu não queria que este post fosse aconteceu mesmo: uma comparação...
Mas, isso é inevitável.

Com tanta coisa boa a acontecer na Figueira como é que o PS conseguiu perder as eleições autárquicas?..

 Via Diário de Coimbra

Pacheco Pereira, via Jornal Público

"O PSD e o PS tornaram-se máquinas de acesso ao poder, clientelares, onde gente corrupta consegue fazer carreiras políticas até ao topo e onde as estruturas estão atentas apenas ao seu poder e cargos. São completamente ineficazes contra o populismo actual."

sábado, 16 de outubro de 2021

CDS-Partido Popular da FIGUEIRA da FOZ tem novo presidente

O NOVO PRESIDENTE do CDS-Partido Popular da FIGUEIRA da FOZ é o Engº Rui Morais.


O Engº Rui Morais, até agora Vice-Presidente da CPC no mandato de Miguel Mattos Chaves, tem exercido a sua actividade profissional como Técnico Superior em Câmaras Municipais.

É Figueirense e estudou na Figueira até ao final do seu curso do Ensino Secundário, antes de se Licenciar em Engenharia.

Amanhã começa o passeio autárquico de Santana Lopes, nesta segunda passagem pela câmara da Figueira da Foz

Esta, foi a lista com que o Partido Socialista concorreu às autárquicas de 2021 na Figueira:

Carlos Monteiro, toma posse no domingo e vai para a Escola na segunda-feira.
Penso que ninguém acredita que será por muito tempo. 
Portanto, creio não ser surpresa nenhuma, se vier a abdicar do cargo de vereador.
Ana Carvalho, vai regressar à Empresa privada onde trabalhava antes de ser autarca. 
Portanto, creio não ser surpresa nenhuma, se vier a abdicar do cargo de vereadora.
Mafalda Azenha, vai regressar ao escritório e exercer advocacia.
Portanto, creio não ser surpresa nenhuma, se vier a continuar no cargo de vereadora.
Nuno Gonçalves, fala-se que vai para Montemor-o-Velho para chefe de gabinete de Emílio Torrão.
Portanto, creio não ser surpresa nenhuma, se vier a abdicar do cargo de vereador.

Sendo assim teremos na bancada PS no executivo camarário, como vereadores:
Mafalda Azenha, Diana Rodrigues, Glória Costa Pinto e Daniel Azenha.
E à "bica" António Durão
Na Figueira temos um PSD em "cacos" e um PS à beira de "partir a loiça"...

É preciso esclarecer mais alguma coisa sobre as "dificuldades" que Santana Lopes vai enfrentar como presidente de câmara da Figueira da Foz nos próximos 4 anos?

Monteiro para Santana: uma passagem de testemunho inesperada

Na Figueira inova-se pouco: também na política. Quando apareceu a lei a limitar ao máximo 3 mandatos autárquicos aos presidentes de câmara, os autarcas passaram a sair a meio do último mandato, deixando a presidência da autarquia para um seu delfim. 

Foi o que aconteceu no mandato de 2017/2021. O Dr. João Ataíde, em Abril de 2019, foi para Lisboa para ocupar a secretaria de estado do ambiente e Carlos Monteiro, que o acompanhava desde 2009, subiu a presidente de câmara. Nada de novo. O poder é dificílimo de atingir e a passagem de testemunho sem ir a eleições afigura-se o caminho mais curto para assegurar a presidência de uma Câmara.  A população, pouco habituada e pouco atenta à transparência dos métodos e pouco exigente no escrutínio, tem dado a vitória a quem assim se comporta. Em Lisboa, António Costa, eleito em 2013, e desejando o governo, trespassou a câmara em 2015, a meio do mandato, a Fernando Medina. Este, em 2017, venceu as eleições, mas perdeu a maioria absoluta governando a partir de então com um acordo de coligação com o Bloco de Esquerda.

Em 2021, sabemos o que aconteceu.

Em Lisboa: Moedas apareceu e ganhou a Câmara a Medina.

Na Figueira, Santana Lopes retirou Carlos Monteiro da presidência. Tanto em Lisboa como na Figueira, os socialistas, até ao último momento, pensaram que governariam nos próximos anos. 

A propaganda  ajuda a explicar muito do que se passou. Apesar de haver muita gente, muito comentador "independente" a dizer que estava tudo bem, viu-se o resultado no final do dia 26.

Para vencer as eleições autárquicas de 2021 Carlos Monteiro,  prometeu tudo e mais um par de galochas. Só que apareceu Santana. E à medida que foi aparecendo Santana, os outros candidatos - em especial Pedro Machado e Carlos Monteiro - foram desaparecendo.

Santana, habituado a ser considerado um cadáver político há muito tempo, fez o seu percurso. No fim do dia 26 aconteceu o que se estava a prever: na Figueira, Pedro Machado e Carlos Monteiro estavam politicamente mortos e só eles é que não sabiam.

Via Diário as Beiras sabemos que, ontem, Santana Lopes e Carlos Monteiro estiveram reunidos cordialmente a preparar a sucessão. 

No próximo domingo, os vereadores do executivo camarário eleitos na lista do PS tomam posse como autarcas da oposição. O presidente em exercício regressa ao ensino (é professor na Escola Secundária Joaquim de Carvalho). Por seu lado, a vice-presidente, Ana Carvalho, retoma o seu posto de trabalho no Centro Tecnológico da Cerâmica e do Vidro (em Coimbra), Nuno Gonçalves poderá vir a ser chefe de gabinete do presidente da Câmara de Montemor-o-Velho (Emílio Torrão) ou trabalhar no sector privado e Mafalda Azenha retoma a sua atividade na área jurídica.

Recordação de Zé Penicheiro, um Artista formada na Universidade da Rua, na passagem dos 100 anos do seu nascimento


O pintor Zé Penicheiro, com uma importante ligação à Cova e Gala, pois é o autor dos painéis das paredes exteriores da Junta de Freguesia de S. Pedro, faleceu no dia 15 de Março de 2014, como 92 anos de idade.
Se fosse vivo teria completado ontem 100 anos.
Zé Penicheiro nasceu na aldeia beirã de Candosa, Tábua, mas a partir dos 2 anos passa a viver na Figueira da Foz.
Em 30 de Junho de 1978, em entrevista que na altura deu ao semanário “barca nova” dizia o artista: “ter nascido em Candosa foi um mero acidente. Considero-me figueirense de raiz, tão novo para aqui vim”.
Filho de um carpinteiro, de ascendência humilde, as dificuldades económicas impossibilitam-no de seguir qualquer curso de Artes Plásticas ou Belas Artes.
Como habilitações literárias “tenho apenas um diploma oficial: o da instrução primária. Frequentei é certo a Escola Comercial e a Academia Figueirense, mas quedei-me por aí, pela curta frequência. Tenho é uma larga experiência da Universidade da Rua, onde aprendi tudo quanto sei e onde conheci as figuras que têm inspirado toda a minha obra”, disse ainda Zé Penicheiro em discurso directo, em 1978, ao extinto semanário figueirense citado acima.
Inicia a sua carreira artística como caricaturista e ilustrador.
Colabora em diversas publicações: jornais do Porto, Lisboa e província, "Primeiro de Janeiro", "A Bola", "Os Ridículos", "O Sempre Fixe", "A Bomba" “barca nova” e outros, publicam os seus "cartoons" de humor. Criador duma expressão plástica original, que denomina de "Caricatura em Volume", inicia o seu ciclo de exposições, nesta modalidade, a partir de 1948.
António Augusto Menano, Poeta e Escritor Figueirense, em artigo publicado em 18 de Outubro de 2001, no jornal Linha do Oeste traça um esboço escrito sobre o Zé:
“A arte é indivisível de quem a produz, da acção do artista, da sua invenção criadora. A obra de Zé Penicheiro, a sua forma, o modo como se desenvolve artisticamente, traduz o seu diálogo com a matéria”.
E mais adiante: “Zé Penicheiro é memoralista, um moralista, um comprometido. Faz-nos recordar tipos arquétipos de actividades quase desaparecidas numa escrita sobre a pureza estética, que estará patente em toda a sua obra. Compromete-se, está ao lado dos mais fracos, do povo, retrata-os, mostra-os como se de uma “missão” se tratasse, obrigação profunda de retorno às raízes, outra forma de pintar a saudade”.
E a terminar o artigo, escreve António Augusto Menano:
“Mas a arte de Zé Penicheiro não esquece o lugar. Os lugares: a infância, as praias, as planícies, as serras, e as cidades da sua vida, “diálogo” de que têm surgido algumas das sua melhores obras.
Nesta sociedade pós industrial, da informática e do virtual, Zé Penicheiro mantém-se fiel aos seus “calos”, que está na base de um percurso tão “sui generis”.
Zé Penicheiro, a Universidade da Rua na origem de um Artista.
Os bonecos, o nanquim, o guache, o óleo – uma vida inteira a retratar as alegrias e tristezas de um povo admirável.
Que é o nosso!
Zé Penicheiro faleceu em 15 de Março de 2014. Mas a sua obra continua...

sexta-feira, 15 de outubro de 2021

A Figueira, a partir de hoje, tem mais encanto...

"Deixo de ser presidente da Câmara, mas continuarei a ser um cidadão figueirense solidário e disponível, para quem considere a minha colaboração útil. 
Obrigado a todos."

Carlos Monteiro

Parque Verde pede cidade sustentável: fica o meu contributo

 Via Diário de Coimbra

Uma cidade saudável, tem de dar prioridade às pessoas, secundarizando os interesses económicos privados.
Depois de alguns anos de poder absoluto, a Figueira tem agora a oportunidade de desenvolvimento e de democracia.
As políticas executadas pelos sucessivos executivos camarários do PS desde 2009 não foram nesse sentido. Pelo contrário, estiveram muito longe de permitir um envolvimento democrático, afastando a política da cidadania. Os órgãos de poder na Figueira, nos últimos 12 anos,  desligaram-se da cidadania participativa.
Só que a democracia não existe apenas em dias de eleições.
O novo executivo que vai tomar posse amanhã tem de entender que é necessário  mudar de rumo. 
Uma mudança que tenha em conta a construção de futuro - para a Figueira e para os figueirenses.
Todos temos uma palavra a dizer para a construção de um concelho mais ecológico, mais solidário, mais democrático.
Como não tenho possibilidade de estar presente no encontro de amanhã do Movimento Parque Verde, deixo humildemente esta reflexão sobre aquilo que eu penso que seria uma cidade sustentável.
1) Ruptura com a Águas da Figueira  e criação de uma empresa municipal de águas e saneamento;
2) Requalificação da política urbana, combatendo a urbanização desenfreada e o abate de árvores que se verificou nos últimos anos;
3) Requalificação de casas degradadas, garantindo o acompanhamento dos processos de realojamento;
4)  Recuperação das casas devolutas, com o seu sucessivo lançamento no mercado de arrendamento a custos controlados;
5) Aumento da carga fiscal sobre as casas que permaneçam devolutas;
6) Garantia de acessibilidades para pessoas portadoras de deficiências físicas, garantindo a existência de rampas, elevadores e passeios onde necessário;
7) Instalação de corrimões nas escadas das ruas, de forma a ajudar pessoas com dificuldades de movimento;
8) Instalação de sinais sonoros para invisuais em todas as passadeiras;
9) Instalação de painéis fotovoltaicos em todos os edifícios públicos para que se garanta uma política ambientalmente sustentável e economicamente rentável a médio e longo prazo;
9) Recolha de óleos alimentares dos restaurantes do concelho para tratamento e utilização em veículos camarários como o biodiesel;
10) Criação de um plano municipal de hortas urbanas que possam ser utilizadas pelas/os munícipes, sendo a atribuição de talhões feita através um concurso acessível e transparente;
11) Implementação de um programa de hortas pedagógicas nas escolas;
12) Plantação de árvores de fruto em vez de árvores de folha onde for possível, começando pelas escolas e pelos jardins públicos;
13) Substituição da iluminação pública por tecnologia LED, o que poderá representar uma diminuição em 60% do consumo energético do município a longo prazo;
14) Recuperação, reutilização e optimização da água de rega e recolha das águas pluviais;
15) Implementação de sistemas de armazenamento das águas pluviais e de banho nas novas construções;
16) Incentivo de técnicas de compostagem, através da gestão correta dos resíduos orgânicos recolhidos;
17) Recusa do financiamento autárquico de espectáculos que envolvam o sofrimento ou a tortura de animais.
18) Limpeza das florestas do concelho, prevenindo a existência de fogos.

Fica esta contribuição. Se acharem que vale a pena reflectir, façam favor...

A grande lição das autárquicas 2021 na Figueira da Foz

As eleições Autárquicas já lá vão. Já são conhecidos os protagonistas para os próximos quatro anos, no que respeita à política local.
Passada que está a excitação da campanha eleitoral e a exaltação do acto eleitoral de 26 de Setembro próximo passado, agora há que esperar para ver se as promessas feitas ao longo da campanha, não desaparecem na espuma dos dias, que é como quem diz, não caem, como as folhas das árvores neste início de outono.
Ficou provado, e essa é uma lição que se retira dos resultados autárquicas, que "em política a arrogância pode matar". 
Pelo menos em alguns casos, esta lição parece óbvia. 
O caso de Lisboa é esclarecedor. O PS e Medina mostraram alguma sobranceria relativamente à candidatura de Carlos Moedas. E os lisboetas parecem não ter gostado disso. Também Rui Moreira mostrou alguma arrogância na sua recandidatura no Porto. Os portuenses não lhe retiraram a vitória, mas retiraram-lhe a maioria absoluta. Na Figueira foi o que sabemos. Não adianta "bater mais no ceguinho", pois esse é um capítulo ultrapassado.
Resta agora aguardar pela tomada de posse dos diferentes órgãos autárquicos e ver as promessas que serão cumpridas e o que nunca irá passar de promessa eleitoral.
A política é uma causa que vale a pena. Na sua origem, na Grécia antiga, era uma arte nobre, que tinha como principal objectivo servir o interesse público. Há que ter esperança, mas também lutar, para que assim volte a ser, de modo a que a população, em geral, e não apenas alguns sejam beneficiados.
 

Paulo Rangel anunciou que é candidato à liderança do PSD no conselho nacional realizado na noite passada

Cerimónia de Tomada de Posse da Assembleia Municipal e da Câmara Municipal da Figueira da Foz

Domingo, 17 de outubro, pelas 15h00. Centro de Artes e Espectáculos.

Notas:
- Limitada à lotação do Grande Auditório.
- Transmissão em direto no Facebook da Autarquia.

quinta-feira, 14 de outubro de 2021

Salgado figueirense, enfrenta problemas graves

As marinhas de sal fazem parte da história, da cultura e da paisagem da Figueira da Foz. Desde os primórdios da nacionalidade,  a exploração do sal no Estuário do Mondego constituiu uma das principais actividades económicas do nosso concelho.
Nos dias de hoje, porém, a exploração das salinas está em declínio: poucas restam em funcionamento.
Embora não haja falta de sal, existem graves problemas de escoamento. Há muitas toneladas do produto armazenadas nos barracões. Há mesmo quem acredite, que a concorrência estrangeira acabe por, mais cedo ou mais tarde, liquidar o salgado da Figueira. Uma indústria, recorde-se, que ainda não há muitos anos atrás, deu trabalho a mais de 2000 pessoas e onde se chegou a obter bom dinheiro.
No presente, porém, o panorama é desolador: trabalham no sector poucas dezenas de pessoas. Entristecidos com a "morte lenta" da secular actividade, os poucos marnotos que ainda resistem, criticam a ausência de apoios do Estado.
A agravar, conforme se pode ver na edição de hoje do Diário de Coimbra, a safra deste ano deixou muito a desejar.

Vira o disco e toca a mesma...

Carlos Monteiro, via Diário as Beiras, na hora da despedida: “Há um trabalho grande que tem de continuar a ser feito nas freguesias, fundamentalmente, pavimentações, passeios e intervenção nas zonas centrais (das localidades), que nós não pudemos fazer porque tínhamos uns milhões de dívidas que tiveram de ser amortizados”.