O mundo que temos é este em que vivemos. Portanto: «não importa para onde tentamos fugir, as injustiças existem em todo o lado, o melhor é encarar essa realidade de frente e tentar mudar alguma coisa.» Por pouco que seja, sempre há-de contribuir para aliviar...
"Hoje viemos à Cova-Gala, ao Espaço de Convívio do Portinho da Gala, ao Festival das Feijoadas promovido pela Comissão de Festas de São Pedro. A pandemia não nos permitiu celebrar as nossas tradições e os Santos Populares como sempre fizemos, mas é certo que vamos voltar com mais força e com a mesma dedicação de sempre. Importa agradecer a todos os figueirenses, que trabalham voluntariamente e de forma abnegada para manter as nossas tradições e reforçar a nossa identidade cultural. Obrigado a todos os agentes culturais e comissões de Festas de norte a sul do Concelho.
José Elísio, candidato único, tinha acabado de ser reeleito para o terceiro mandato seguido de 2 anos, à frente dos destinos da concelhia do PSD/Figueira. Pois, foi precisamente nesse final do ano de 2005, que "insatisfeitos com a orientação da concelhia do PSD e preocupados com a estratégia do partido para futuras eleições", alguns militantes do PSD decidiram juntar-se num primeiro encontro para analisar a situação e acautelar o futuro do partido. Entre os presentes, destacavam-se Joaquim de Sousa, Lídio Lopes, Daniel santos, David Azenha, Gil Ferreira, Albano Lé, Azenha Gomes, entre outros "ilustres" militantes sociais democratas figueirenses. Nessa reunião, registou-se a ausência de Pereira da Costa, que também fazia parte do grupo... O porta voz foi Lídio Lopes, que na altura manifestou aos jornalistas "as preocupações associadas às dificuldades que o concelho atravessava" (recorde-se que em 2009, a Figueira estava na ressaca do ciclo PSD - mandato de Santana Lopes, a que se seguiu Duarte Silva...) e a "necessidade de inverter a situação"...
Ao olhar para o passado dos últimos 16 anos, é lícita a constatação.
Quem, ao longo dos anos, tem acompanhado os processos eleitorais na Figueira, sabe que o PSD tem uma capacidade, que mais ninguém possui, para lutar pela derrota nas eleições autárquicas.
Neste momento, (até porque há quem considere que foram as divisões internas vividas pelo PSD/Figueira, em 2009, mas que já vinham de trás, que permitiram a vitória a João Ataíde) a incógnita é: será que as feridas então abertas vão conseguir ser saradas em tempo útil? Se este ciclo estivesse fechado - a expressão"fim de ciclo" tem méritos... - isso significaria que o trauma dentro do PSD/Figueira, que vem desde 2009, estaria amansado.
Em 2021 - o Dr. Pedro Machado, se desconhece isto, não deveria desconhecer - sabemos o resto da história do PSD/Figueira.
Desde 2009, até aos dias de hoje, o PSD foi varrido do poder e as divisões e convulsões internas continuam a fazer caminho. Portanto, dado que em 2021 o PSD/Figueira não fechou este ciclo, Carlos Monteiro e Santana Lopes, podem dormir descansados. Entre muitas razões, aponto uma: os militantes do PSD Figueira. E, imaginem, apenas, pelo prazer de saborearem, num futuro próximo, pequenas vinganças internas.
Lembro 2009. Lembro 2013. Lembro 2017. E haveremos de lembrar, pelas mesmas razões, 2021. Os punhais, demoradamente preparados, continuam afiados e prontos a ser esgrimidos nos joguetes caseiros em exibição...
O totalitarismo do politicamente correto nos media condiciona a liberdade de pensamento e de expressão e tem efeitos na decisão no momento de votar. Ninguém se surpreende já. Tem sido sempre assim e está a acontecer mais uma vez nestas eleições, no concelho da Figueira da Foz.
Querem impor a unanimidade e voz única, neste caso a 3? Quem pensa diferente tem de ser silenciado, banido e justiciado?
Porventura sim. De outro modo, o povo descobre a realidade: os velhos reis continuam nus. Esta atitude totalitária, encontra espaço na carenciada classe do jornalismo, especialmente dos jornais impressos.
O mundo pula e avança, mas há quem nos queira amarrar.
"A candidatura do PS à da Figueira da Foz marcou presença no Festival das Feijoadas promovido pela Comissão de Festas de São Pedro, no espaço de convívio do Portinho da Gala, na Cova-Gala," e é notícia de jornal.
"Isabel Coimbra é a candidata que Pedro Machado lançou para a Assembleia Municipal da Figueira da Foz", acontecimento que já havia tido o merecido destaque em devido tempo, e é novamente notícia de jornal.
"Pedro Santana Lopes e Alda Marcelo, candidatos à câmara e à freguesia de Alhadas, respetivamente, visitaram o CRIA (Clube Recreativo de Instrução Alhadense), tendo sido recebidos pela direção, visitado as instalações e debatido sobre as necessidades do clube", e é notícia de jornal.
Na passada sexta-feira a CDU Figueira da Foz realiza uma reunião com a população de Brenha, que era para se ter realizado no edifício sede da antiga Junta de Freguesia, mas como compareceram cerca de 50 Brenhenses e para respeitar as normas da D.G.S., foi deslocada para o Clube União Brenhense, para debater a problemática da extinta freguesia de Brenha, e não é notícia de jornal.
É assim, ao reduzir a divulgação da campanha eleitoral a três candidatos, que o jornalismo impresso que se pratica na Figueira da Foz contribui para o debate democrático no concelho?
Quando éramos aldeões tínhamos 2 (duas) caixas de multibanco ao dispor: uma, primeiro na zona industrial, que depois foi transferida para o novo mercado de S. Pedro. Outra, nas instalações do Montepio Geral na Rua do Hospital. Agora, que somos vilões, não temos nenhuma...
Precisam de utilzar uma caixa multibanco?
Vão à Figueira. Ou a Lavos...
De preferência, nos excelente transportes públicos que temos ao dispor!
Cova e Gala, uma vila a perder qualidade de vida há mais de uma década...
Discordar, em democracia, não pode ser encarado como um obstáculo. Um democrata, encara a diferença de opinião, como algo que contribui para a riqueza da democracia. Pode ser, digamos assim, o fermento para depertar e fazer crescer a agudeza do espírito crítico.
Há muitas décadas que tenho relações de amizade com pessoas das mais variadas opções ideológicas. Gente civilizada, com quem convivo, tomo café e almoço, durante todo o tempo - mesmo em tempo de eleições.
Quem me conhece, sabe que sou de esquerda. Nunca o neguei. Posso destoar do registo dominante dos que têm posições extremadas, tanto à esquerda, como à direita, pois não tenho, penso eu, um estilo demasiado agressivo. Sempre preferi adoptar um discurso conciliador, mas enérgico; corajoso, mas positivo.
Sempre assumi, sem receios, a minha condição de homem de esquerda. Não sou como gente que conheço, que afirma não ser de esquerda nem direita, para não assumir que é de direita. É indesmentível, que o facto de ser naturalmente assim tem ajudado no meu convívio com pessoas das mais variadas tendências ideológias. Não faço isso por calculismo pessoal ou político. Sou naturalmente assim.
Por ironia do destino, sei que tenho críticas nos sectores que têm mais proximidade ideológica comigo. Semprei lidei bem com isso. Há quem me considere demasiado brando. Esse, admito, poderá ser um problema para outros, que não para mim, pois não vejo nisso nenhuma contradição. A tolerância democrática, faz parte do meu adn. Sou eu. Quem gosta, come. Quem não gosta, coloca à beira do prato.
Quem não gosta de mim, se me conhecer, respeita-me. Em democracia é assim: a divergência de opinião, não pode ser encarada como um obstáculo. Um democrata, encara a diferença de opinião, como algo que contribui para a riqueza da democracia. Quererá isto dizer que, como democrata, não estou cansado de perder? Claro que sim. Sobretudo, continuo empenhado em que a Figueira respire ar fresco.
O próximo dia 26 de Setembro promete – e de que maneira - ser mais do mesmo: vamos continuar a viver numa Figuiera e num concelho asfixiado no que à democracia diz respeito. Quem já era vivo nos primeiros anos da década de 70 do século passado, e ainda tem memória, sente, na Figueira de hoje, um paralelismo entre o fim de Salazar e o fim próximo de Carlos Monteiro. As semelhanças são gritantes.
A dúvida que sobra, é saber se Monteiro ainda está sentado na cadeira...
Das putativas alternâncias, lamento, mas pelo que jé tive oportunidade de ver, nem merece a pena falar...
O PSD tentou impugnar a candidatura de Santana Lopes na Figueira da Foz.
«Este PSD quis fazer como aconteceu com o Dr. Jorge Sampaio, que dissolveu. Este PSD quis impugnar, que ia dar ao mesmo, que era afastar-me. Só que desta vez o assunto foi a tribunal», disse Santana ao jornal Nascer do Sol.
Jogadas destas, não são originais. Desta vez, orém, a dimensão e a quantidade da demagogia impressiona.
Santana e Machado confrontam-se sem pudor, sem vergonha, sem noção nem medo do escândalo.
E o concelho vê. Pode parecer que não, mas o concelho vê.
Tempos assim, são tempos perigosos.
«O PS da Figueira da Foz e a sua candidatura, liderada por Carlos Monteiro, deseja, e tudo fará da sua parte nesse sentido, que até ao dia 26 de setembro o processo eleitoral decorra com elevação», revelou ao Nascer do SOL fonte da candidatura de Carlos Monteiro, que não demorou a atirar farpas aos concorrentes na corrida eleitoral.
«O PS aguarda que os ânimos do PSD e do MFP deixem de criar casos e de se vitimizar, na medida em que o que importa é a discussão política dos respetivos projetos de forma a esclarecerem-se os figueirenses», continuou a candidatura socialista, não querendo, no entanto, entrar em grandes detalhes sobre a polémica tentativa de impugnação da candidatura de Pedro Santana Lopes. «Compete aos tribunais apreciar os argumentos aduzidos na impugnação da lista do candidato do MFP. Aquilo que o PS quer é que todas as candidaturas preencham os requisitos legais e que se possam apresentar ao eleitorado sem qualquer vício», definiu unicamente a candidatura de Carlos Monteiro.
Carlos Monteiro, a fazer-se de morto ainda pode vir a ter uma alegria...
… a frase que alguns candidatos às autárquicas 2021, na Figueira, mais vão ouvir na noite de 26 de Setembro próximo, vai ser... “O número para o qual ligou, não tem voice mail activo“.
O Jornal direitolas NASCER DO SOL publica um Estudo de Opinião sobre as próximas autárquicas na Figueira da Foz, que dá Santana Lopes como vencedor e a CDU em último com 1,3%. Só para terem uma noção da credibilidade da coisa nem no candidato da CDU acertaram. Como é sabido e público desde 13 de Julho passado, o candidato CDU é outro: Bernardo Reis.
Existem dois grandes adversários - os verdadeiros - a vencer nestas eleições na Figueira: o triunfalismo e a abstenção.
O primeiro, induzido pelas "pseudas sondagens", "comentadores" e outros "estudos de opinião", combate-se dizendo às pessoas que os votos não estão nem nas "pseudo sondagens", nem nos "estudos de opinião" e, muito menos, são atribuidos pelos "comentadores". A segunda, a abstenção, significa resistir ao "canto da sereia" de que "já está tudo decidido" e que, por consequência, "não vale a pena".
Vale. Não nos resignemos perante evidências virtuais. Não está nada decidido para sempre. Tudo vai sendo decidido cada dia que passa. E ainda faltam muitos dias até ao próximo dia 26 de Setembro de 2021.
"A candidatura independente teve de recuar e repor o nome inicial. Por isso, naturalmente, a segunda parte do nosso requerimento fica sem efeito, pois foi reposta a legalidade e foi-o em tempo de reclamações e em tempo de correções. Tudo o resto é a vitimização do costume que não nos impressiona e que já não engana os figueirenses."
O Governo antecipou a divulgação do estudo sobre a transposição de areias na barra da Figueira da Foz, prevista para setembro. O documento foi apresentado ontem. Recorde-se que o estudo do by pass foi adiado durante anos. Um estudo no valor de cem mil euros contra os milhões constantes que se despendem em dragagens.
Em Setembro de 2018, a Vereadora Ana Carvalho não só não se mostrou muito preocupada com a situação como até afirmou: "não sou grande defensora dessa solução".
Mais vale tarde do que nunca, diz o Povo. A pouco mais de um mês da realização das eleições de 26 de Setembro de 2021, o ministro do Ambiente assumiu que a transferência de areias para combater a erosão costeira a sul da Figueira da Foz com recurso a um sistema fixo (bypass) é a mais indicada, e será realizada. “Avaliada esta solução [da transferência de areias] não há qualquer dúvida de que o bypass é a mais indicada e, por isso, vamos fazê-la”, disse à agência Lusa João Pedro Matos Fernandes. O “Estudo de Viabilidade de Transposição Aluvionar das Barras de Aveiro e da Figueira da Foz”, apresentado na manhã de ontem pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA), avalia quatro soluções distintas de transposição de areias e conclui, para a Figueira da Foz, que embora todas as soluções sejam “técnica e economicamente viáveis”, o sistema fixo é aquele “que apresenta melhores resultados num horizonte temporal a 30 anos”. O estudo situa o investimento inicial com a construção do bypass em cerca de 18 milhões de euros e um custo total, a 30 anos, onde se inclui o funcionamento e manutenção, de cerca de 59 milhões de euros. “Obviamente que o que temos, para já, é um estudo de viabilidade, económica e ambiental. Temos de o transformar num projecto, para que, depressa, a tempo do que vai ser o próximo Quadro Comunitário de Apoio, [a operação] possa ser financiada”, frisou o ministro, em declarações à margem da sessão. O sistema fixo de transposição mecânica de sedimentos, conhecido por bypass, cuja instalação o movimento cívico SOS Cabedelo defende, há uma década, que seja instalado junto ao molhe norte da praia da Figueira da Foz, será o primeiro em Portugal e idêntico a um outro instalado na Costa de Ouro (Gold Coast) australiana. É constituído por um pontão, com vários pontos de bombagem fixa que sugam areia e água a norte e as fazem passar para a margem sul por uma tubagem instalada por debaixo do leito do rio Mondego. A tubagem estende-se, depois, para sul, com vários pontos de saída dos sedimentos recolhidos, que serão depositados directamente nas praias afectadas pela erosão. A opção de avançar para a construção de um bypass é, para o presidente da Câmara, uma solução que permite “tranquilidade e esperança a quem usa o porto comercial, a quem usa o porto de pesca e à população da margem sul da Figueira da Foz”. Carlos Monteiro argumentou que uma proposta a longo prazo “não é frequente” em Portugal e agradeceu ao ministro do Ambiente, Matos Fernandes, por aquilo que considera ser um gesto com “visão”. Carlos Monteiro pediu que o estudo e apresentado seja “avaliado o mais depressa possível” e que o projecto “seja desenvolvido”. Mas disse esperar, “fundamentalmente, que tenha a maturidade necessária para ser inscrito no Quadro Comunitário [Portugal] 2030. Atendendo aos valores, acredito que possa e deva ser”, frisou o presidente da Câmara. Até lá, lembrou, o problema da erosão da costa a sul do porto da Figueira vai a ser mitigado, até 2023, com o abastecimento de três milhões de metros cúbicos de areia, retirados do mar a norte do molhe norte. Já o arquitecto Miguel Figueira, do movimento cívico SOS Cabedelo, manifestou-se agradado com a decisão de se optar pelo bypass. “Agora temos uma responsabilidade de contribuir para que seja bem feito. Há uma série de dúvidas, estamos a trabalhar em coisas que já deram provas de funcionamento, o sistema australiano funciona há mais de duas décadas, mas há sempre dúvidas sobre os impactes”, notou. O ministro do Ambiente recordou a primeira vez que ouviu falar “ao vivo” da hipótese do bypass na Figueira da Foz e lembrou o “ar zangado” do arquiteto “cheio de certezas absolutas”, quando o movimento protestava, em 2019, pela construção do sistema fixo. “Agradeço ao SOS Cabedelo, a forma, muito para além de reivindicativa, mas técnica, com que nos entusiasmou a chegar aqui”, frisou Matos Fernandes.
Espero, sinceramente, que tudo seja mais do que uma mera jogada de propaganda eleitoral. "A protecção da Orla Costeira Portuguesa é uma necessidade de primeira ordem... O processo de erosão costeira assume aspectos preocupantes numa percentagem significativa do litoral continental. Atente-se, no estado em que se encontra a duna logo a seguir ao chamado “Quinto Molhe”, a sul da Praia da Cova. Por vezes, ao centrar-se a atenção sobre o acessório, perde-se a oportunidade de resolver o essencial..." Escrevemos isto em aqui no OUTRA MARGEM em 11 de Dezembro de 2006. Infelizmente, continua cada vez actual.