sábado, 22 de agosto de 2015

Lista CDU por Coimbra

A reconquista de um deputado por Coimbra é aposta firme da candidatura da CDU, cuja lista distrital foi ontem entregue no Tribunal. Na ocasião, quer o mandatário, António Moreira, quer o cabeça de lista, Manuel Pires da Rocha, enfatizaram o trabalho “de provas dadas”, nomeadamente, através da deputada Rita Rato – que “fez mais pelo distrito” do que muitos dos que foram eleitos por Coimbra. 
Nos cinco primeiros lugares, a lista da CDU por Coimbra inclui, a seguir a Manuel Rocha, os nomes de Jorge Seabra, Adelaide Gonçalves, Paulo Coelho (Os Verdes) e Sérgio Dias Branco.

A ingratidão dos povo português é imensa: não se esqueçam de Dias Loureiro...

"A meritocracia já viveu melhores dias neste país onde boys abanadores de bandeiras, mal preparados e incompetentes infestam a Administração Pública enquanto milhares de jovens altamente qualificados se vêm todos os dias obrigados a abandonar o país para conseguirem um emprego. Felizmente existem aqueles que resistem, gente exigente e metódica como Dias Loureiro, esse empresário bem sucedido a quem aparentemente apenas Pedro Passos Coelho reconhece valor."

Em tempo.
Se Sócrates, que não vai a votos é tema, ele também merece a nossa atenção. Alguém lhe faça um hino por favor!

Resta conseguir rir no meio da desgraça?...

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

"A Cova-Gala, como notável exemplo de Solidariedade" e a minha expectativa inicial...

Ao iniciar a leitura deste livro, publicado em 2 volumes, ocorreu-me que também a escrita de um blogue ajuda a ganhar apreço pelo trabalho de quem empreende o caminho duma escrita com substância, como me parece ser o caso desta obra.
Quem escreve um blogue sabe que, a certa altura, do outro lado, haverá um leitor, pelo menos um leitor, que sentirá algo pelo que escrevemos: sentirá, no mínimo, indiferença. 

A escrita de um blogue torna-nos leitores mais atentos e mais exigentes. 
Gosto de ler desde que tenho memória. 
Gosto de livros. 
Sinto-me disponível para  ler, sobretudo, aqueles que acho que preenchem uma falta que eu nem sequer sabia que existia.
Há muitos mais livros, que passei a procurar, a que deixei de ser indiferente. 
Não terei, porventura, provas do que vou escrever, mas,  a minha intuição diz-me que este blogue, que já leva quase 10 anos de existência, fez de mim um melhor leitor. 
O que, não tendo sido o objectivo inicial é, talvez, o resultado que mais me agrada nesta aventura.
É essa a expectativa que tenho ao iniciar a leitura desta obra publicada em 2 volumes pelo dr. Jorge Mendes.

"De facto, uma das marcas das povoações marítimas é o luto que nelas esvoaça e fica sobre todas as famílias.
Aqui, porque também na margem da foz, a Cova-Gala foi mártir maior.
Apagar essas marcas seria negar a sua história.
Cimentar as marcas é honrar os nossos mortos.
Os painéis (na fachada da Junta de Freguesia) recordam e honram o trabalho do mar e as suas tragédias familiares".

A vacuidade total...

Em momentos de desespero só se dizem disparates: "Costa diz que se identifica com Ferreira Leite".
Se não fosse tão triste, neste momento,  estaria como o Seguro: a rir perdidamente...

Em tempo.
Qual é que é mesmo o argumento do PS de Costa por estes dias contra a coligação? 
É esse mesmo...
O de que quer privatizar a segurança social!.. 

Lançamento do livro " A Cova-Gala, como notável exemplo de solidariedade" da autoria do Dr. Jorge Mendes, no Clube Mocidade Covense.

José Vidal: "Apesar de ter filmado todas as intervenções, infelizmente só fiquei com o vídeo, pois o meu telemóvel pregou-me uma partida no som, desactivando-o sem que eu me apercebesse disso." 

Em tempo. 
Jose Vidal: "Peço imensa desculpa, mas sem som não há video por agora."

Cartazes

Mais cartazes aqui.

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Vivemos em alienação?..

Estamos a 45 dias de eleições legislativas. Penso que é tempo de se discutir política - que o mesmo é dizer, discutir o futuro de nós todos. É mais do que tempo do debate político, sem demagogias, se centrar nos temas que interessam aos portugueses. Deixo, para reflexão de quem disso se queira dar ao trabalho, 5 questões. A meu ver, é na resposta sincera à solução para estes problemas, que se encontram algumas das principais diferenças entre um governo de direita e um governo de esquerda.

1. Como combater níveis de desemprego real historicamente altos, sobretudo entre os mais jovens?
2. Como contrariar o agravamento das desigualdades sociais entre pobres e ricos?
3. Como equilibrar as contas públicas mantendo no Estado os serviços públicos de saúde, educação e segurança interna?
4. Como preservar a Segurança Social, garantindo que todos receberão uma reforma quando se aposentarem?
5. Como garantir a igualdade entre todos os cidadãos independentemente do seu género, origem, cor de pele, religião, orientação sexual, profissão ou ideologia? 

Belém e Costa. Sócrates e Costa...

Na segunda-feira, Costa  faz-se à vida e tenta marcar a agenda mediática: Maria de Belém caiu-lhe em cima...
Ontem, Costa tenta fazer novamente pela vida e tenta novamente marcar a agenda mediática: Sócrates caiu-lhe em cima...  
Ai Costa, Costa, a vida Costa, a vida Costa... custa!..
Quando avançou para a liderança do PS, Costa dificilmente poderia prever que, nesta altura do campeonato, iria estar tão encalacrado dentro do partido.
Cá se fazem, cá se pagam...
Ai Costa, Costa!..

Isto é muito a sério, mas é só um começo

"Ao longo de vinte anos, a doutrina da terceira via, segundo a qual as eleições se ganham ao centro com uma política de centro, conduziu à vitória monumental da direita. Por isso, muitos militantes trabalhistas querem romper com este passado e Corbyn aparece como o homem certo para o fazer.
Os cínicos argumentam que Blair tem mesmo razão e que, se o partido virar à esquerda, a direita se eternizará no poder. Vai ser refrão em Portugal e em toda a Europa, assustada com esta surpresa. Portanto, a ideia é que tudo deve continuar na mesma, com o centro a aceitar que a direita determine a única política admissível. Esta solução é a da eternidade da ordem liberal.
De facto, os partidos socialistas submeteram-se a tal razão cínica. Não é essa a história de Hollande? Eleito com promessas gloriosas (fazer frente a Merkel! em poucas semanas renegoceio o Tratado Orçamental e acrescento um plano para o emprego!), alinhou-se no consenso europeu e assim ficou. O mesmo se dirá de Renzi (que já enfrentou uma greve geral contra a mudança da lei laboral), o mesmo se dirá de Seguro e de Costa (para quem não há vida para além do Tratado Orçamental e dos comunicados do Eurogrupo), de Sanchez (que quer um ministro das finanças europeu, como Schauble e à imagem de Schauble) e de todos os outros. 
A Inglaterra tem no entanto duas diferenças assinaláveis em relação a França, ou Itália, ou Portugal. A primeira é que o partido trabalhista tem uma história organicamente ligada ao movimento operário e sindical, o que explica que neste caso ainda tenha havido gente e convicção para esta aspiração a uma viragem anti-blairista e anti-liberal. 
A segunda é que o país não está submetido nem ao euro nem às regras do BCE e tem assim margem de manobra para políticas próprias, o que permite um debate mais aberto sobre alternativas realizáveis. A Corbymania que tanto incomoda o establishment resulta dessas duas potencialidades."

Em tempo.
O texto de Francisco Louçã pode ser lido na integra aqui.

Ena pá: tantos?..

Bem sei que não é uma promessa
É um compromisso

Jerónimo de Sousa na Figueira


quarta-feira, 19 de agosto de 2015

terça-feira, 18 de agosto de 2015

PS: espectáculo!..

Ascenso Simões, cabeça-de-lista do PS em Vila Real, declarou esta noite que não vai apoiar ninguém nas eleições presidenciais de 2016. 
“Não apoio nem apoiarei qualquer candidato presidencial”, escreveu na sua página no Facebook.
E defende uma revisão da Constituição, para fazer com que o Presidente seja eleito por sufrágio indirecto....
"Há muito que defendo uma revisão constitucional que faça encerrar o anacronismo que é a eleição directa do PR."

Em tempo.
1. Já havia socialistas a apoiar Sampaio da Nóvoa (como Mário Soares ou Jorge Sampaio), outros a apoiar Maria de Belém (como Manuel Alegre), mas agora há uma terceira via no PS: Ascenso Simões, até há uma semana director de campanha de António Costa e agora cabeça-de-lista do PS em Vila Real. 

2. Américo Thomaz, o "corta-fitas", foi o candidato escolhido pela União Nacional, em 1958, para suceder a Craveiro Lopes, com o beneplácito de António de Oliveira Salazar, não só por ser afecto ao regime mas também por ser pouco interventivo. 
Teve como adversário o General Humberto Delgado. A maciça fraude eleitoral permitiu a sua vitória por 75%, contra apenas 25% atribuídos a Delgado. O próprio Thomaz não votaria na sua eleição. 
Na sequência das eleições presidenciais, cujos resultados oficiais nunca seriam publicados oficialmente no Diário do Governo, conforme estipulava a legislação vigente, o regime determinaria, na revisão constitucional de 1959, que estas deixariam de ser directas, passando a ser da responsabilidade de um colégio eleitoral, constituído exclusivamente por membros da União Nacional. Desta forma, o regime punha de parte qualquer tipo de mudança democrática encetada pelo voto da população portuguesa. Foi dessa forma reeleito em 1965 e 1972. 
O 25 de Abril encontrou-o a poucos meses de cessar funções, uma vez que determinara deixar o cargo quando completasse 80 anos. Foi então demitido do cargo e expulso compulsivamente da Marinha, tendo sido enviado para a Madeira, donde partiu para o exílio no Brasil. 

Crónica triste

"Preocupa-me a forma como os portugueses lêem sociologicamente o país. É uma leitura que mistura a narrativa da TV - as patéticas novelas, os péssimos noticiários, a papalvice dos comentadores - com a versão romanesca de um tabloide popularucho e a estranha forma como a justiça age. Basta escutar uma hora de conversas de café para perceber a esquizofrenia maniqueísta e simplória que arrasta a descrição que se faz do absurdo do quotidiano. 
Há os “nós”, sofredores, trabalhadores e pagadores de promessas, e os “eles”, essa corja malvada que deveria melhorar a vida dos “eles”
Os primeiros são impotentes; sabem tudo, mas limitam-se a desabafar que “ao menos o Salazar morreu pobre”
Os segundos aparecem nas revistas cor-de-rosa e nas TVs a falar genuinamente mal a língua materna, mas apiedados dos primeiros. Discorrem sobre a pobreza dos outros como quem fala de estranhos. 
Rui Cardoso Martins, nas suas crónicas que intitulou “Levante-se o Réu”, já nos tinha relatado como uma boa parte desta portuguesinha sociedade se desenrola nas salas de audiências. A justiça é o teatrinho dos pobres – do pilha-galinhas, do burlão de esquina, do traficante de erva, do contrafator de marcas.
Das conversas ouvidas, destaco a da D. Olga, ex-telefonista, que tem dores na bacia, veio há pouco da hidroginástica e vai almoçar um chambão assado com batatinhas salteadas que a empregada está a fazer. Bonito. 
“Ó Portugal, se fosses só três sílabas/de plástico, que era mais barato!” (O’Neill dixit)" - António Tavares, hoje no jornal AS BEIRAS.

Em tempo.
"É normal no ser humano ser um pouco neurótico, sendo apenas o excesso chamado de patológico", Sigmund Freud.
Fala-se pouco disso, mas Portugal tem uma incidência brutal de doenças Pisquiátricas.
Brutal, porque um em cada cinco, é deveras significativo. 
O leque é elevado, e dentro, cabem doenças mais e menos graves. 
O preocupante, para além de outras questões, é que a abordagem, é muitas das vezes feita pelo Médico de Família, que por boa vontade que tenha, não domina o assunto. 
É mais ou menos o mesmo, que pormos um Médico de Clínica Geral a realizar intervenções cirúrgicas. 
O resultado, não escandaliza tanto, é um facto. 
O desgraçado até já era maluco.