(O poder parecia chocado. Agora já se recompôs.)
"Há um mês, ninguém na Europa marchou pelos milhares de vítimas de bombistas no Paquistão. Agora milhões desfilam contra o terrorismo islâmico."
terça-feira, 13 de janeiro de 2015
Atenção munícipes
A Reunião de Câmara da próxima segunda-feira, dia 19, às 15 horas, é aberta à participação do público. Se tem algum assunto que queira expor à vereação, pode inscrever-se através de uma das seguintes formas:
- No Gabinete de Atendimento ao Munícipe;
- Através do número 233 403 333;
- Enviando um mail para municipe@cm-figfoz.pt com o preenchimento do formulário que pode encontrar encontrar em http://www.cm-figfoz.pt/…/ca…/reunioes_de_camara/form_rc.pdf.
- Através do número 233 403 333;
- Enviando um mail para municipe@cm-figfoz.pt com o preenchimento do formulário que pode encontrar encontrar em http://www.cm-figfoz.pt/…/ca…/reunioes_de_camara/form_rc.pdf.
Via Somos Figueira
Passos Coelho levou o assessor?..
Ao que constou o primeiro ministro de Portugal esteve em Paris...
Será que Zeca Mendonça acompanhou Passos Coelho?..
O que aprendi, pelo que vi, ontem...
Há
por aí muita confusão relativamente ao conceito de "liberdade de expressão".
segunda-feira, 12 de janeiro de 2015
Porque é necessário relembrar
Como sabem, os comentários são aprovados antes de serem publicados.
Os conteúdos que comportem insultos ou calúnias ao autor do Outra Margem, ou a terceiros, feitos por anónimos, são naturalmente excluídos.
Os conteúdos que comportem insultos ou calúnias ao autor do Outra Margem, ou a terceiros, feitos por anónimos, são naturalmente excluídos.
O poder mediático
Desde que me conheço e disso tenho memória, que a meu ver, na Figueira, em Portugal e no Mundo, o que está verdadeiramente em causa é a liberdade de expressão e não a liberdade de informação.
Sobre a liberdade de informação, nomeadamente por aquilo que conheço em Portugal, na Figueira e no Mundo, há muito que deixei de ter quaisquer ilusões.
Confundir estas duas liberdades é um erro grave e básico.
Claro que concordei com a manifestação de Paris.
Todavia, isso não me impediu de ver o óbvio: algumas das figuras que por lá estiveram não passam de uns grandessíssimos hipócritas.
Se discordam, digam como apelidar personagens que disseram defender em Paris aquilo que abominam e esmagam dentro dos seus Países?
Estiveram milhões de pessoas a manifestar-se, ontem, em Paris, em defesa da liberdade e da democracia.
Ontem, porém, a contradição foi ainda mais visível e mais profunda.
Políticos da família de Merkel ou Juncker a desfilar permitiu registar a forma oportunista como o poder vigente apanhou a onda da resposta dos cidadãos que têm sido vítimas das políticas europeias.
A fila da frente tinha ainda personagens com uma história recente de arrepiar. Foi uma encenação organizada com o poder mediático.
Hoje já é a normalidade.
Os profissionais do Charlie Hebdo considerariam isto uma nova morte e era tremendamente injusto.
Embora presente - por breves minutos, é certo - a fila da frente podia integrar, mesmo que como convidada especial, uma manifestação da ausente Frente Popular ou empunhar um cartaz do Goldman Sachs ou do grupo de Bildeberg.
Poucos estranhariam.
Esta liderança europeia, fraca com os fortes (e com os comprovadamente corruptos) e impiedosa com os fracos, parece capaz das mais sofisticadas coreografias.
Seguem-se, para análise, duas fotos obtidas de ângulos diferentes da fila da frente.
Sobre a liberdade de informação, nomeadamente por aquilo que conheço em Portugal, na Figueira e no Mundo, há muito que deixei de ter quaisquer ilusões.
Confundir estas duas liberdades é um erro grave e básico.
Claro que concordei com a manifestação de Paris.
Todavia, isso não me impediu de ver o óbvio: algumas das figuras que por lá estiveram não passam de uns grandessíssimos hipócritas.
Se discordam, digam como apelidar personagens que disseram defender em Paris aquilo que abominam e esmagam dentro dos seus Países?
Estiveram milhões de pessoas a manifestar-se, ontem, em Paris, em defesa da liberdade e da democracia.
Ontem, porém, a contradição foi ainda mais visível e mais profunda.
Políticos da família de Merkel ou Juncker a desfilar permitiu registar a forma oportunista como o poder vigente apanhou a onda da resposta dos cidadãos que têm sido vítimas das políticas europeias.
A fila da frente tinha ainda personagens com uma história recente de arrepiar. Foi uma encenação organizada com o poder mediático.
Hoje já é a normalidade.
Os profissionais do Charlie Hebdo considerariam isto uma nova morte e era tremendamente injusto.
Embora presente - por breves minutos, é certo - a fila da frente podia integrar, mesmo que como convidada especial, uma manifestação da ausente Frente Popular ou empunhar um cartaz do Goldman Sachs ou do grupo de Bildeberg.
Poucos estranhariam.
Esta liderança europeia, fraca com os fortes (e com os comprovadamente corruptos) e impiedosa com os fracos, parece capaz das mais sofisticadas coreografias.
Seguem-se, para análise, duas fotos obtidas de ângulos diferentes da fila da frente.
Olhando o Mar e o Joaquim Gil*
«Conheci o Joaquim Gil
quando ele colaborou
com a FGT, durante
o período que presidi ao
Conselho de Administração
daquela Empresa Municipal.
Ficámos amigos e eu sou-lhe
grato pelas críticas que me
fez, pelos conselhos que me
deu e pelos bons momentos
que passámos juntos.
Apesar de não ser natural da
Figueira, adoptou esta terra
como sua e emprestou-lhe
as suas distintas capacidades
humanas e intelectuais.
Foi um livre pensador, dotado
de uma inteligência notável,
que partilhava, de forma
natural e espontânea, com
todos aqueles com quem
convivia e com todos os que
seguiam os seus espaços de
comentário e opinião, escritos
e falados. Inteligência que
lhe permitia ser dono de um
sentido de humor notável,
muitas vezes desconcertante,
mas pleno de cabimento.
Era o exemplo de como uma
pessoa pode facilmente
adaptar-se a uma comunidade
e intervir assiduamente na
mesma. Encarnou sempre de
forma assertiva e esclarecida
a liberdade de expressão,
com envolvimento na comunicação
social e assertividade
na forma de transmitir
informação e opinião aos
figueirenses.
Certamente não terá agradado
a todos, mas também
nunca foi essa a sua preocupação.
Preocupou-se apenas
em respeitar a sua consciência e ser fiel a si mesmo,
o que aliás alcançou. Onde
quer que seja, continuará
“Olhando o Mar”.»
* Uma crónica de Miguel Almeida, hoje publicada no jornal AS BEIRAS.
* Uma crónica de Miguel Almeida, hoje publicada no jornal AS BEIRAS.
domingo, 11 de janeiro de 2015
A luta é constituída por pequenos nadas...
Algumas figurinhas estiveram na fila da
frente da manifestação de hoje em Paris.
Imaginem quanto lhes não terá
custado...
Esta manifestação defendeu valores
que alguns destes personagens despreziveis abominam.
Mas tiveram de ir...
Sejamos optimistas: no tempo que passa,
os valores da liberdade tomaram conta da maioria das consciências.
De tal modo isso acontece que, até
estes – para defesa da sua sobrevivência política – vergaram a
espinha!...
Vale o que vale...
As pequenas vitórias valem pouco, mas
quem as despreza não vai longe...
sábado, 10 de janeiro de 2015
Há blogues que são bons na oposição...
Um exemplo:
Câmara Corporativa.
Pena que, daqui a alguns meses, quando estiverem no poder percam qualidade.
O dirigente socialista António Costa alertou hoje que se o PS pensar como a direita, acabará por governar como esta, enaltecendo os governos de Guterres e Sócrates e considerando que os socialistas são europeístas mas não podem ser "euro ingénuos".
Câmara Corporativa.
Pena que, daqui a alguns meses, quando estiverem no poder percam qualidade.
O dirigente socialista António Costa alertou hoje que se o PS pensar como a direita, acabará por governar como esta, enaltecendo os governos de Guterres e Sócrates e considerando que os socialistas são europeístas mas não podem ser "euro ingénuos".
À atenção do novel presidente da Aldeia
Mesmo
na Aldeia, a História também está na rua e está bem visível na fachada
destas Alminhas.
Quem
transformou a imaginação em realidade, estava longe de adivinhar que
estaríamos – desde há longos anos, como mostra a foto.
As
ruas da Aldeia têm várias cicatrizes e mazelas, que se manterão
até que os poderes públicos e privados assim o permitam e
autorizem.
Dada
a inércia, até parece que nos esquecemos que estas Alminhas são
uma edição de um só exemplar, irrepetível – que, portanto, a
meu deveria ser preservada no seu estado original.
Quem
consentiu ou legitimou a entidade que colocou aquelas caixas nas
Alminhas,
uma
pequena edificação de 1917
e um raro vestígio do nosso passado, ainda praticamente intacto na
Aldeia?
Isto
é o progresso? O progresso não trouxe conhecimento técnico, e
científico, e histórico, e tecnológico? O progresso não aumentou
a visão de conjunto?
Insurgimo-nos
contra a devastação do património no Iraque por causa da guerra,
mas na Aldeia de que nos serve a paz se não existe bom senso?
Reponha-se
urgentemente a dignidade ao raro vestígio ainda existente do passado
da Aldeia – se possível, já!..
Todos Charlie?..
«Ligo a televisão e vejo a Assembleia da República que não deixou falar os "capitães de Abril" e que está tão chocada com esta falta de respeito pelo direito de expressão. Julgava que, para a presidente da Assembleia da República, "os carrascos" eram os que faziam barulho nas bancadas para o povo.»
"Não me levem a mal, ou levem, mas vou ser Charlie: por favor, jornalistas portugueses a dizer que são o Charlie quando nem coisos (tomates) têm para não fazer favores ao Governo etc., tenham dó. Não, não são todos Charlie. Pelo contrário, há meia dúzia que são e ainda bem que há. Agora não se façam passar por eles. Hoje somos todos Charlie Hebdo, mas amanhã voltamos ao que éramos. Aos jornais, televisões, etc., que aparecem a dizer-se Charlie, pergunto: quantas semanas durava o Charlie Hebdo em Portugal antes de ser cancelado por causa de chatices com a Igreja, Angola ou o Governo? Força, Charlie. Quantos jornais portugueses teriam coragem ou vontade de publicar os "cartoons" do Charlie? Espero que estes jornais que se dizem Charlie, durante a semana toda publiquem os "cartoons" na capa."
"Vivemos num país em que o Presidente da República, como representante de todos os portugueses, não vai ao enterro de um escritor (Nobel) porque não gosta dele, ou que não dá os parabéns a outro que canta fado porque não canta o que ele gosta, e que deve estar a deitar cá para fora um comunicado sobre a importância de aceitar a liberdade de expressão e a diferença."
João Quadros, «Não somos todos Charlie»
"Não me levem a mal, ou levem, mas vou ser Charlie: por favor, jornalistas portugueses a dizer que são o Charlie quando nem coisos (tomates) têm para não fazer favores ao Governo etc., tenham dó. Não, não são todos Charlie. Pelo contrário, há meia dúzia que são e ainda bem que há. Agora não se façam passar por eles. Hoje somos todos Charlie Hebdo, mas amanhã voltamos ao que éramos. Aos jornais, televisões, etc., que aparecem a dizer-se Charlie, pergunto: quantas semanas durava o Charlie Hebdo em Portugal antes de ser cancelado por causa de chatices com a Igreja, Angola ou o Governo? Força, Charlie. Quantos jornais portugueses teriam coragem ou vontade de publicar os "cartoons" do Charlie? Espero que estes jornais que se dizem Charlie, durante a semana toda publiquem os "cartoons" na capa."
"Vivemos num país em que o Presidente da República, como representante de todos os portugueses, não vai ao enterro de um escritor (Nobel) porque não gosta dele, ou que não dá os parabéns a outro que canta fado porque não canta o que ele gosta, e que deve estar a deitar cá para fora um comunicado sobre a importância de aceitar a liberdade de expressão e a diferença."
João Quadros, «Não somos todos Charlie»
sexta-feira, 9 de janeiro de 2015
Morreu Joaquim Gil, advogado e colaborador da comunicação social local e distrital
O advogado Joaquim Gil, 60 anos, foi encontrado sem vida pela mulher, na noite de quinta-feira, junto à entrada da casa de banho, na sua habitação da Figueira da Foz.
Foi vítima de morte súbita.
Joaquim Gil, o último Director do extinto jornal o Figueirense, exercia advocacia em Coimbra e na Figueira da Foz.
Era conhecido também pela sua participação em órgãos de informação figueirense e distrital.
Via Figueira na Hora.
Foi vítima de morte súbita.
Joaquim Gil, o último Director do extinto jornal o Figueirense, exercia advocacia em Coimbra e na Figueira da Foz.
Era conhecido também pela sua participação em órgãos de informação figueirense e distrital.
Via Figueira na Hora.
A passarinha da Cátia Palhinha...
"Agora um assunto que pode parecer cozinha caseira. Mas não é. Embora seja um tema nacional é bem o exemplo do que é a desregulação real em que vivemos. O BES foi sujeito a toda a espécie de testes por parte da troika (e a troika é composta pelo FMI, BCE e UE, entidades que deveriam estar munidas de ferramentaria sofisticada para detectar tramóias, números camuflados, manipulação de indicadores, etc) e a conclusão foi que era um banco sólido, resistente a qualquer crise. Para além disso, estando cotado, o banco estava sujeito ao escrutínio da Bolsa, era acompanhado pelo Banco de Portugal e, como qualquer empresa, era sujeito a auditorias.
E, no entanto, tal a qualidade de todos esses mecanismos, foi o que se viu: o total descalabro. O que significa que os actuais mecanismos de regulação e vigilância são tretas, poeira para os olhos da populaça, uma coisa para fazer de conta que sim.
Mas ouvimos alguém a vir para a rua a exigir que poucas vergonhas destas não voltem a acontecer? É o ouves.
E o desfiar a evidências continua.
Esta semana ouvimos o revisor de contas do GES dizer que era bem pago mas que não queria prejudicar a amizade pessoal de um administrador pelo que preferiu não olhar para as contas. Mas alguém, nas redes sociais e arredores, pergunta: então para que servem os revisores de contas? É o perguntas.
E o contabilista da ESI disse que sim, manipulou as contas (embora sob instruções de Ricardo Salgado) e com o conhecimento de José Castella, controller do GES. E, no entanto, nunca ninguém deu por nada nem os próprios administradores e membros da família.
E, pelo clandestino relatório da auditoria forense, fica a saber-se que
"Reunião entre no BES, entre o CFO da PT SGPS, Eng. Luís Pacheco de Melo, Dr. Carlos Cruz, diretor financeiro da PT SGPS, e o CFO do BES, Dr. Amílcar Morais Pires sobre a continuação das aplicações existentes em papel comercial emitido pela Rio Forte. O Eng. Luís Pacheco de Melo refere que a reunião ocorreu a pedido do Dr. Henrique Granadeiro. O Dr. Amílcar Morais Pires refere que a reunião ocorreu a pedido do Dr. Ricardo Salgado e ainda que este teria afirmado que, no essencial, já estaria tudo acordado sobre o tema entre o Dr. Ricardo Salgado, o Dr. Henrique Granadeiro e o Eng. Zeinal Bava"
Ou seja, meio mundo sabia a bandalheira que por ali havia de encobrimento de prejuízos, transvases de dinheiro entre partes relacionadas, GES e BES, PT e BES, PT e Rioforte, ESI e não sei quê, uma confusão.
Mas sabia mais ou menos - e, como já muitas vezes referi, até nem me choca acreditar que sabiam ao de leve, pela rama. Quem é que dali trabalhou alguma vez a sério? Quais daqueles que enchem a boca para dizer que só nas empresas privadas é que se trabalha a sério e que os portugueses gostam de viver acima das suas possibilidades, é que alguma vez se deteve a trabalhar a sério, a analisar números, a pedir comprovantes, a pedir explicações, a fazer contas? Não errarei muito se disser que, se calhar, nenhum deles. Muitos daqueles que temos ouvido a falar e dão pontapés na gramática como se não houvesse amanhã, provavelmente nem a tabuada sabem. Ganham ordenados monstruosos, prémios obscenos, são condecorados por Cavaco Silva, são honrados com a distinção de doutores honoris causa pelas Universidades (que ajudam a financiar), animam seminários, participam em conferências, participam em roadshows entre a alta finança, almoçam e jantam convidando-se uns aos outros, fazem viagens, participam em torneios de golf, patrocinam causas beneméritas, sponsorizam trinta por uma linha, e são todos a favor da sustentabilidade, da responsabilidade social, têm detalhados códigos de ética, coisas assim, mas, trabalhar, trabalhar, para isso não têm tempo.
Nada disto seria grave por aí além se, quando as coisas se descontrolaram, tudo não tivesse sido vertiginosamente arrastado para um buraco negro. As maiores empresas do País viram-se reduzidas a cinzas. O GES é um grupo fantasma, o banco foi espoliado e os accionistas viram-se roubados, e vamos ver a que mãos vai parar. A PT, que era uma das empresas bandeira de Portugal, está quase destruída, exposta aos abutres. Milhares de empregos se perdem nesta voragem, muita da autonomia autonómica desaparece, e a honradez do tão propalado empresariado português está na lama.
E tudo, uma vez mais, se passou à vista desarmada, perante os olhos cegos dos portugueses. Mas os portugueses nunca vêem nada, nunca desconfiam de nada, aceitam todas as mentiras, acatam todas as ordens, vergam-se a todas as humilhações. No dia em que acontece alguma desgraça agitam-se, as redes sociais animam-se, repetem-se uns aos outros, espantam-se, revoltam-se, solidarizam-se mas, dois dias depois já se esqueceram de tudo e já estão prontos para se inflamarem com a próxima causa e, quando não é isso, é RIPs por todo o lado de cada vez que alguém morre, seja escritor de que nunca ouviram falar, cantor estrangeiro, qualquer um.
E isto são os portugueses mais evoluídos porque a larga maioria quer é saber da passarinha da Cátia Palhinha, do ódio entre o Carrilho e a Bárbara Guimarães..."
(daqui)
quinta-feira, 8 de janeiro de 2015
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