quinta-feira, 24 de setembro de 2020

Vamos ter um problema na Figueira chamado RFM SOMINI RÉVELLON 2020/2021?

Prolongada proibição de festivais e espectáculos análogos até 31 de dezembro 

«A proibição de festivais e espetáculos de natureza análoga tinha sido definida por lei em março passado e vigorava até 30 de setembro, mas o prazo foi prolongado até ao final do ano, como explicou pelo ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, em conferência de imprensa no final do Conselho de Ministros. 
A Inspeção-Geral das Atividades Culturais (IGAC), na página oficial, especifica que fica proibida “a realização de festivais até 31 de dezembro de 2020”.»

Da série, bem-vindos à campanha eleitoral de Carlos Monteiro, autárquicas 2021 (5)

Tal como previ aqui, o anúncio do sintético para o Grupo Desportivo Cova-Gala não iria demorar muito. Isto é: devia estar para "breve". O anúncio, claro. Ele aí está.

Isto é tudo tão previsível e tão óbvio, que basta conhecer os pássaros pelas cagadelas... 
Para o autor deste espaço, o problema, para os covagalenses, não é ainda não terem o ansiado sintético no Campo do Cabedelo. O problema foi terem perdido ao longo dos anos a oportunidade de poderem competir em igualdade de circunstâncias com outros clubes, pois as condições foram sempre desiguais.
Por isso, a questão do sintético, que espero se resolva o mais breve possível,  parece-me de relativa pouca importância, se compararmos com todo o resto que envolveu a vida do Grupo Desportivo Cova-Gala desde 1977.
A implantação de um relvado sintético, na Cova-Gala, é, cada vez mais, uma questão pertinente, e uma necessidade a curto prazo. Não acham que já está mais que na hora? Escusavam é de fazer campanha eleitoral partidária com o dinheiro de todos nós.
Aquilo a que temos assistido na Figueira da Foz constitui quase um case study de como é gerida uma autarquia de forma incompetente. 
Isto, é mais do mesmo.
Este método das promessas para as eleições, apesar de estar gasto, ainda funciona... Faz parte do "circo nosso de cada dia"
É a mediocridade que temos.

Espero, porém, que a Cova e Gala de 2020, não seja a Madeira pós 25 de Abril de 1974.
Na Madeira, Jardim era quase um mito. No exterior do arquipélago, contudo, não tinha (como não teve) horizontes de futuro: ninguém o quis como aliado. Aparentemente, era frontal, mas não tinha credibilidade. Dele brotava energia a rodos e não temia correr riscos, mas faltava-lhe contenção e equilíbrio. 
Navegou a cartilha populista. Apesar de muitas tribunas ao seu dispor para espalhar a propaganda, não era credível pois  carecia de densidade teórica e consistência política. 
Fez muita obra, mas assente num poder clientelar e num ambiente de défice democrático terceiro-mundista. Aprisionado pelas suas limitações, enredado nas suas contradições, Jardim apostou tudo no populismo. Restou-lhe a reforma, dourada é certo, mas que não era o que ambicionava...

Quem diz mal do dia a dia, é porque não consegue descobrir as alegrias que dele se podem colher...


É em dias como o de hoje, nesta altura do ano, começo de outono, que gosto de olhar a praia, quando a maré 
baixa faz recuar o mar e prolonga o areal.  
É em momentos como este, que dá para esquecer os problemas e mergulhar na felicidade. 
Quem não tem uma paisagem destas por perto, desconhece a sorte que é viver junto deste meu mar e desta imensa beleza. 

Sei que vivo numa cidade em que a maioria discorda que "a felicidade, que dura, se faz de pequenos nadas" e considera que “a felicidade faz-se de grandes tudos”
Quem já viveu muito, porém, sabe que esses "grandes tudos" duram sempre pouco... 

Há muito que percebi que a vida é feita de pequenos nadas e coisas insignificantes. Contudo, é nos seus interstícios que tenho encontrado a felicidade.
Se eu tivesse responsabilidades políticas na Figueira, punha rapidamente no terreno uma campanha publicitária, mais ou menos assim: “minhas senhoras e meus senhores, venham até Figueira, aproveitem para  passear à beira mar, banhar-se nas nossas águas, sentir a nossa areia no corpo, desfrutar do nosso sol, comer os nossos petiscos e beber do nosso vinho”!..
E não pensem que estou a partilhar pouco!
Estes  meus  pequenos nadas, que para vós seriam  luxos, são a minha única riqueza.


O céu está escuro. 
Estava a ver que o outono, este ano, que para mim é sempre fantástico, não havia meio de surgir.
Confesso: tinha saudades da paisagem tomada por tons de cinzento. 
O som monocordicamente ritmado da chuva a cair, torna a maioria de nós ainda mais amorfos e distanciados dos outros, como que pequenas ilhas isoladas formadas pelas águas que sulcam e amaciam os terrenos... 
Nos dias de chuva, parece-me que as as pessoas ficam mais iguais, mais cinzentas, mais sós...
A chuva tem esse triste sabor de uma igualdade imposta. E, isso, é incómodo para quem detesta coisas impostas.

No outono, em geral, os dias são ainda dias tristes e sem imaginação!
Mas gosto. Só um observador atento, protegido pela vidraça de sua casa, que gosta de passar despercebido, como eu, pois a condição de observador apenas joga bem com a discrição, consegue ver a importância da chuva para a igualdade.
Já agora, que estou num momento de confissão, ficam a saber que gosto desses dias, pois sou um ser atavicamente tímido... 
Eu sei que não pareço... Mas, acreditem, sou-o!

Desta esplanada (e já lá vão 31 + 24), faça chuva ou faça sol, vejo os surfistas a andarem neste mar ao longo de todo o ano!
Isto é o Cabedelo, a sua praia, o seu mar e a sua autenticidade.
Eles - os surfistas - são, com toda a certeza gente, que se diverte com o seu desporto favorito!
Para mim, é sempre um prazer estar sentado na melhor esplanada da Figueira da Foz, ver a praia, magnífica, e, ao mesmo tempo, vê-los a brincar e a sorrir às ondas.
Há pequenos nadas que nos proporcionam um prazer imenso.
São momentos que ninguém nos pode tirar.

A maioria dos ricos, que se julgam também poderosos, há muito perderam a capacidade de se maravilharem e de conseguirem ser felizes.
Não estou a fazer a apologia da pobreza.
Apenas a  constatar que não é preciso muito para fazer sorrir verdadeiramente uma pessoa!
As coisas mais importantes, e que nos fazem sentir bem, não é o dinheiro que as consegue comprar.
Sei que isto, para muitos, não é fácil de entender. 
Mas, alguém consegue explicar ou ensinar como se deve "tocar" numa mulher?
E a explicação é simples e óbvia: alguém conhece  duas mulheres iguais?

Telhado de vidro?..


Está a ser julgado por violência doméstica, em Lisboa, Francisco Aguilar, docente da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, que compara feminismo ao nazismo.

Entretanto, a Faculdade de Direito retirou programas, que está a analisar, de duas cadeiras do mestrado em Direito, em que professor de Direito fala de mulheres como pessoas “desonestas” e ataca feminismo...  

Via Jornal Público

Notícias de Lavos: da Assembleia de Freguesia e do parque das caravanas...


 Via Diário as Beiras

Vereador, encenador, autor, realizador e actor Miguel Babo estreia no peça de teatro

Via Diário as Beiras

Ser populista e demagogo é isto...

Dar sentenças sobre tudo menos sobre os conteúdos
Via Expresso

"Que os jornais se ocupem a dar opiniões sobre quem deve votar a favor do Orçamento de 2021 é coisa que se pode lamentar mas também admitir porque isso está no código genético dos órgãos de comunicação social. Mas isso não devia valer para quem é Presidente da República. Ao falar assim, Marcelo Rebelo de Sousa alinha-se pelo truque generalizado de discutir votos separadamente dos conteúdos concretos do dito Orçamento. E já que o Presidente é tão falador então eu preferia que ele antes tivesse dito que o Orçamento deve ter um conteúdo de esquerda.»

Novo Banco: a realidade das coisas...

«O requerimento do Bloco de Esquerda (BE) para divulgação pública imediata e integral do relatório de auditoria especial ao Novo Banco enviado pelo Governo ao Parlamento foi chumbado, esta quarta-feira, pelos deputados da Comissão de Orçamento e Finanças (COF), com os votos contra do PS e PSD
CDS-PP e Iniciativa Liberal abstiveram-se.
BE e PCP voltaram a favor.

"Se há matérias que dizem respeito a identificação de operações ou pessoas não estou à vontade para ser o parlamento a levantar o sigilo bancário", disse o deputado único da Iniciativa Liberal, Cotrim Figueiredo, defendendo que os clientes dos bancos têm direito à privacidade. 
O deputado disse ainda que se recusa a que uma pessoa que tem dívidas a um banco seja tida como criminosa. 
Duarte Alves, do PCP, criticou o Executivo de António Costa por não ter divulgado o documento, quando foi o próprio Governo a ordenar a auditoria. O deputado comunista aproveitou ainda o momento para lançar uma farpa ao PSD, lembrando que no passado os sociais-democratas foram favoráveis à divulgação da auditoria à Caixa Geral de Depósitos (CGD). 
A deputada bloquista Mariana Mortágua defendeu que no documento em votação não constam nomes de devedores, mas códigos. Apenas no documento que seguiu para os deputados, é que consta a relação entre os códigos dos devedores e os seus nomes.»

quarta-feira, 23 de setembro de 2020

Juliette Gréco: 7 de fevereiro de 1927/23 de setembro de 2020

Aeroporto do centro

«Turismo do Centro pede apoio de Ana Abrunhosa para "concretizar ambição" de aeroporto regional».

 

A maior crise de sempre na justiça portuguesa

"Todos os acusados têm direito à sua defesa e beneficiam da presunção de inocência. No entanto, tudo o que tem vindo a público sobre o funcionamento durante vários anos de um dos mais importantes tribunais superiores do nosso país é motivo de grande preocupação."

Derrapagens...

Imagem via Diário as Beiras
1
. "...Troço da ciclovia inaugurado ontem: a empreitada custou mais de 900 mil euros, tendo-se registado uma derrapagem orçamental e no prazo de execução que atingiu cerca de um terço do custo total e largos meses de atraso."

2. "... embarcações elétricas para transporte de passageiros e bicicletas entre as duas margens da foz do Mondego: o primeiro barco (poderão ser dois), com painéis fotovoltaicos e capacidade para 45 lugares, custa cerca de 500 mil euros."


Notas:
2. Se bem me lembro, o barco movido a electricidade estava previsto custar cerca de 120 mil euros...

Vil, miserável e desprezível: não deveria cair no saco roto das traquinices...


Foto via O PALHETAS 

Neste momento há 17 casos activos no concelho....

Via Diário as Beiras. Edição de 22.09.20

Não aceitar...


«Creio que, desde muito pequeno, a minha infelicidade e, ao mesmo tempo, a minha felicidade, foi não aceitar as coisas com facilidade. Não me bastava que explicassem ou afirmassem algo. Para mim, ao contrário, em cada palavra ou objecto começava um itinerário misterioso que às vezes me esclarecia e às vezes chegava a estilhaçar-me.

Em suma, desde pequeno, a minha relação com as palavras, com a escrita, não se diferencia de minha relação com o mundo no geral. Eu pareço ter nascido para não aceitar as coisas tal como me são dadas.»

Julio Cortázar