Nota de rodapé, via Jornal de Notícias
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
terça-feira, 22 de fevereiro de 2022
segunda-feira, 21 de fevereiro de 2022
Como não apetece falar de carnaval...
... recorda-se o último bacalhoeiro da Figueira da Foz.
Navio "JOSÉ CAÇÃO", o último bacalhoeiro da Figueira da Foz, numa foto tirada a 14 de Maio de 2002 |
Construído na Holanda, em 1949-50, com o nome "SOTO MAIOR", passou a chamar-se JOSÉ CAÇÃO em 1974.
Com o declínio das pescas portuguesas, após adesão à União Europeia, houve uma tentativa de transformar este navio em museu, mas sem o apoio da Câmara da Figueira presidida então por Santana Lopes, acabou na sucata por volta de 2002-2003.Recordo, abaixo, uma crónica de Manuel Luís Pata, publicada no jornal O Figueirense, em 2.11.207.
domingo, 20 de fevereiro de 2022
Uma peça jornalística importantíssima, com um título infeliz...
O título, porém, não é feliz. “O drama dos sem-abrigo nas ruas do Porto está a chocar os turistas”.
A chocar os turistas? Penso que nos choca a todos. A começar, naturalmente, pelos responsáveis pela gestão da cidade e os poderes públicos.
sábado, 19 de fevereiro de 2022
Liberalismo
sexta-feira, 18 de fevereiro de 2022
A vantagem de ter passado a viver num concelho liberto de "patrões" autárquicos socialistas, prepotentes e arrogantes...
Via Diário as Beiras
O teor da resposta, conforme se pode ler clicando aqui, é claro.
O gabinete do ministro da Saúde na resposta que deu aos deputados do PSD eleitos por Coimbra sobre a reorganização das unidades de cuidados primários de saúde do concelho da Figueira da Foz, explícita "que foi decidido instalar nas Alhadas a sede da Unidade de Saúde Familiar e extensões em Santana e Bom Sucesso, no norte do concelho."
foto sacada daqui |
A cor partidária, nem sempre retira o colorido a quem encara a vida e a politica com sentido de responsabilidade democrática e cultura humanística.
É assim que se promove uma maior aproximação entre eleitos e eleitores e entre estes e as instituições, porque o órgão autárquico a que continua a presidir, a Assembleia Municipal da Figueira da Foz, terá de ser sempre a casa da Democracia do Concelho da Figueira da Foz.
Senhor Presidente: como covagalente que continua preocupado - como continuamos todos... - com um problema fundamental para o nosso futuro, que passará sempre pela qualidade e acessibilidade aos cuidados de saúde primários, fica o meu agradecimento por ter percebido e compreendido a importância do assunto que há quse 6 anos levei ao órgão autárquico que preside.
Posso ser muita coisa, mas acéfalo - não.
Obrigado senhor Presidente José Duarte Pereira.
2021 já passou. Importante é planear o próximo tempo da Figueira...
A crónica de António Agostinho publicada na Revista Óbvia em Janeiro de 2022
Quando termina um ano ano e começa outro, é normal fazer o balanço do que passou e planear, tanto quanto possível, o que desejava concretizar nos próximos meses.
A começar uma breve nota pessoal. 2021 foi um ano inesquecível para mim: fui avô.
Visto em termos colectivos, aliás, à semelhança de 2020, foi um enorme desafio. Tivemos covid-19, quarentenas, novas vagas, estirpes, restrições e as crises.
A climática a gritar-nos aos ouvidos e a sobressaltar os corações dos que vivem a sul do estuário do Mondego devido à erosão costeira . A política, que já se adivinhava a nível nacional, a bater-nos à porta com gentis lembretes, tais como a subida dos impostos, dos preços dos serviços e dos bens e produtos essenciais. A humanitária que asfixia povos do mundo inteiro e que todos camuflam para fingir que não existe…
A nível local, tivemos mudança política na presidência da câmara municipal da Figueira da Foz. Na assembleia municipal e nas freguesias, tirando Buarcos e São Julião e Paião, houve evolução na continuidade.
Enquanto cidadão atento, tenho tido ao longo dos anos a incrível e grata oportunidade de conhecer inúmeros pormenores das mais diversas realidades que têm condicionado o desenvolvimento e o progresso planeado e sustentado do concelho da Figueira da Foz. Por culpa, também de quem vota, temos tido a nível local políticos oportunistas, demagogos, populistas, arrogantes e, regra geral, incompetentes.
Com uma experiência de vida já longa, chego à conclusão de que nos contentamos com muito pouco. Não me interpretem mal, porém: não é que estejamos mal servidos com o território com que a natureza nos brindou. Pelo contrário. Este paraíso à beira mar plantado merecia é muito mais de quem o tem governado. É uma cidade com tanto potencial que só falta alguém para o potenciar e desenvolver.
Santana Lopes e a sua equipa, apesar da herança do passado recente, tem tentado ser fiel às propostas com que se apresentou a sufrágio. Até ao momento, continua a seguir o guião por si próprio anunciado no acto da tomada de posse. O regresso do ensino superior à Figueira é a prioridade. O património - em particular o Mosteiro de Seiça e o Paço de Maiorca - “realidades muito complicadas” -, a “resposta social, com os centros de saúde e o sistema de transporte das pessoas que vivem mais longe do centro do concelho”, são áreas em que o autarca prometeu no dia da tomada de posse “trabalhar mais depressa”. Nesse dia 17 de Outubro p.p. Pedro Santana Lopes assumiu também como prioridades o mar, a erosão costeira e as respostas sociais. Sem esquecer, contudo, "as obras herdadas e em curso". Vivemos tempos duros e difíceis. Espero a chegada do “devido tempo, para conhecer os resultados da prometida auditoria às contas da câmara”.
Para 2022, mesmo tendo em conta a instabilidade política em que vivemos, coloco nos meus desejos que este novo executivo presididio por Santana Lopes se esmere e consiga fazer muito mais e melhor do que o seu antecessor - felizmente "breve".
Mais e melhor pelos velhos. Mais e melhor pelos jovens. Mais pelos transportes públicos, pelo comércio local, pela integração e diversidade cultural, pelo turismo, pela pesca, pelo ambiente, pela empregabilidade e combate ao desemprego. Mais e melhor pelos animais. Mais e melhor pelo bem estar dos que aqui querem continuar a morar, teimando em viver na Figueira, apesar de quem tem governado a cidade e o concelho não ter criado as condições para cá permanecermos.
Mais do que eu, mero cidadão atento, espero que os nossos políticos tenham mais contacto com a realidade e tenham atenção às necessidades reais dos que aqui vivem. Para o que resta de 2022, desejo que se faça política a sério, isenta e com competência. Sem beneficiar clientelas.
O paraíso à beira mar plantado que é a Figueira merece mais e melhor. E nós, cidadãos, também. Mas também temos de fazer mais por isso.
2021 gerou mudança política na Figueira. Santana ocupou o cargo de Carlos Monteiro, que esteve no poder 12 anos seguidos.
Em Setembro passado os figueirense mostraram um cartão vermelho ao candidato do PS.
Definitivo?..