terça-feira, 15 de março de 2016

A cobertura amovível do Coliseu Figueirense (II)

O Coliseu Figueirense apresentou, recentemente, o anteprojeto da cobertura da praça de touros. 
Na altura, ficou claro que a obra só avançará se a autarquia apoiar a candidatura a fundos europeus.
“Posso tentar integrar, e apoiar, essa questão nos fundos europeus, mais do que isso não. É uma empresa privada, terá os seus recursos. Obviamente que é sempre interesse da cidade a valorização daquele espaço”, declarou João Ataíde, presidente da Câmara da Figueira da Foz, ao DIÁRIO AS BEIRAS
“Congratulo-me com esta posição”, reagiu, por sua vez, Miguel Amaral, presidente do conselho de administração da empresa.

Em tempo.
Esta gente sabe o que faz. 
Não desiste, insiste, vai atirando o barro à parede.
As coisas fazem-se assim, atirando o barro à parede...
Esta administração camarária, ao longo de 6 anos,  já mostrou ter falta de ideias... 
E, algumas das ideias que tem tido, era bem melhor que não as tivesse tido.
Poupem-nos: não lhes deem mais ideias, já está tudo a correr tão bem...
Nós temos um vereador da cultura culto, vereadores hábeis e um presidente politicamente competente. 
Abreviando, autarcas de esquerda, que mais parecem de direita... 
Agora a sério: este executivo camarário presidido por João Ataíde não foi, nem é, nem nunca virá a ser nada de especial...
Poupem-nos: não lhes deem mais ideias, já está tudo a correr tão bem...

Se fosse só uma andorinha...

Isabel Maranha Cardoso
Na edição de hoje do jornal AS Beiras, li a crónica que passo a transcrever: 
"Vivemos um momento em que a crença nos políticos é baixa.
Generaliza-se a ideia de que os políticos não cumprem o prometido e que se movem apenas pelos seus interesses próprios.
Acho que sempre que se generalizam comportamentos individuais, corre-se o risco de sermos injustos, sobretudo para com aqueles e que considero serem a maioria fazem do exercício da política uma verdadeira devoção à causa pública, sem que com outros fins o exerçam. Esses enobrecem-na!
Também não acho que pelo facto de se exercerem cargos políticos e de grande responsabilidade, os que deles foram titulares devam ser cerceados de novos desafios, em que lhes é valorizada a prática exercida na política e o acumular de experiências que os qualificam para novas funções. Antes pelo contrário! Há todavia algo que se impõe, o sentido do limite entre o legalmente permitido e o eticamente aceitável.
Assistimos recentemente a um exemplo polémico do exercício de um cargo público de alta responsabilidade, pela ex-ministra das Finanças, e a sua aceitação de um cargo de directora não executiva na Arrow Global, empresa internacional de gestão de crédito mal parado. Este trouxe à tona a frágil fronteira entre a legalidade na política e a ética.
Bem sei que uma andorinha não faz a Primavera mas ajuda a pensar que esta está a chegar…"

Em tempo.
Infelizmente, Maria Luís Albuquerque não é uma andorinha solitária. Na primavera dela existem muitas andorinhas e outros passarões iguais a ela.
E a Figueira, como a senhora Isabel Maranha Cardoso sabe muito melhor do que este pobre escriba, não é excepção...
Pois é: a "legalidade instalada", aquilo a que chamamos “legal”, isto é o que está dentro da lei, portanto permitido, quando aplicado, por exemplo, numa cidade como a Figueira também serve para travar o progresso...
Mais grave ainda: talvez estejamos apenas a contribuir para manter um privilégio que alguns, poucos, conseguem impor à maioria. 

O que é legal, não raras vezes, está em contradição com o que é ético. 
Há pouco mais de cem anos a escravatura era “legal”
Foram os padrões éticos que impuseram a mudança da lei.
Mais recentemente, na Alemanha nazista, há pouco mais de 60 anos, era “legal”, ficar com a propriedade, os direitos e a vida dos judeus e de outros indesejáveis ao nazismo. 
Se colocamos a lei acima da ética,  o nazismo é inquestionável, uma vez que, na Alemanha e nos países por ela conquistados, isso fazia parte da lei.

Num país pobre como Portugal, pode ser legal os políticos e os legisladores terem salários obscenos e grandes privilégios, mas de ético não tem nada.
A cobiça não é ilegal!..
Ética, é outra coisa:  é o nome dado ao ramo da filosofia dedicado aos assuntos morais. 
A palavra ética é derivada do grego, e significa aquilo que pertence ao carácter.
Portanto, para ter ética, no mínimo é necessário ter carácter...

"... é melhor ser absolutamente ridículo que absolutamente chato." (Marilyn Monroe)


"Chefe" Assunção Cristas, a nova "Boss AC"...
Adolfo Mesquita Nunes citou o rapper, cujo nome artístico coincide com as iniciais de Cristas, para lhe dizer que "tem o mundo a seus pés"...

As lágrimas de Paulo Portas

"À saída do congresso do CDS, Paulo Portas não conteve as lágrimas. Se a genuinidade do choro levanta algumas dúvidas, poucos acreditarão que a despedida  seja irrevogável.

Os últimos quatro anos deitaram por terra a credibilidade de um político que renegou todos os compromissos para repartir o pote com Passos Coelho, revelando quão cínicas eram as efabulações do "partido dos reformados" e do "partido dos contribuintes" com que enganou os portugueses.

Se fosse pessoa de bem, Paulo Portas deveria pedir desculpa e chorar baba e ranho, não por deixar de ser líder do CDS, mas por ter participado no pior governo do Portugal democrático, por ter cortado salários e pensões e por ser cúmplice do maior aumento de impostos de que há memória.

Se fosse pessoa de bem."

Via A FORMA E O CONTEÚDO

segunda-feira, 14 de março de 2016

Todos o sabemos: a morte não é surpresa nenhuma, mas surpreende sempre...

Mais do mesmo: em Portugal, só dão demasiada importância às pessoas na morte.
Quando estamos vivos e enquanto vamos pagando todas as contas, ninguém nos liga... 
Esta tarde, na televisão, em todos os canais, incluindo os  informativos, o tema é o mesmo.
O clima está pesado. 
Como pensaria, talvez, o Nicolau, está a ser "Um triste adeus ao Sr. Contente".
"Nicolau, o Sr. Contente, teve uma vida cheia, repleta de episódios que dariam para vários livros e muitos filmes. Partiu hoje sem avisar, como por vezes lhe sucedeu em vida quando decidia pôr fim a uma etapa e iniciar outra. Para ele o tédio era uma espécie de pecado mortal."

Somos um povo sem palavras, por tantos séculos de miséria e analfabetismo?

Rentes de Carvalho, escritor 
"Somos, e por isso queremos ter coisas. 
De preferência coisas caras que preencham esse vazio, que dêem um sentido aparente ao caos interior. 
Por exemplo, na Holanda não há carros de luxo. Quem tem carros de luxo são os traficantes de droga e as prostitutas e os parolos. As pessoas normais têm um utilitário. 
Aqui essa necessidade de mostrar, de exibir, esse parolismo começa logo nos políticos. 
Ser político à portuguesa implica logo ter um carro de luxo. 
É uma coisa triste mas que depois só me dá vontade de rir."

Oremos...

Parece que o Miguel anda sem inspiração para as crónicas...
Hoje, no jornal AS BEIRAS, repete um artigo que tem um ano...
O que não é mau de todo, sublinhe-se. 
As carreiras fazem-se ignorando certos assuntos... 

Já o Sócrates dizia que a sua sabedoria era limitada pela sua própria ignorância...

As discussões sobre moralidade pública na comunicação social abundam.
Existem notícias, contra-contra notícias, e fala-se da lentidão da justiça em Portugal. 
No entanto ignora-se o óbvio! 
Os nossos políticos, os dirigentes desportivos, os jornalistas, etc., são o espelho de uma cultura de pequena corrupção que abunda neste pais. 
Este jornal, em vez de me tentar manipular também a mim, com faz a milhares de portugueses todos os dias,  o que me preocupa, o que me ofende e choca, devia era cultivar  os mais altos valores morais que tanto defende para alguns. Apenas para alguns...
O ambiente está propício a aventuras noticiosas, ao boato sob a forma de «notícia». A bagunça tem-se vindo a agravar.
O CM abandonou definitivamente o território da discussão das ideias e da política, onde se sente pouco à vontade, porque obriga a  pensar. 
Como sempre fez, agora a par com a CMTV, age como o Hammas: atira bombas para cima dos portugueses indefesos. 
Mas, atenção, muita atenção, com uma diferença significativa: o CM atira as bombas ciente da impunidade que a lei, a Justiça e o povo lhes garante.
Lá na Palestina, quem transporta a bomba também morre...

Cristas...

Proposta de logo actualizado para o CDS... Foto sacada daqui.
Fazer do CDS-PP a "primeira escolha" do eleitorado, ao cabo de uma maratona, por oposição a "corridas de 100 metros", foi o propósito assumido por Assunção Cristas no discurso que culminou o XXVI Congresso do partido, em Gondomar.

sábado, 12 de março de 2016

"Portugueses defendem o Syriza porque protegem «os coitadinhos»"... *

"Além do seu irmão, existe ainda outra figura próxima de Pedro Santana Lopes que trabalha no Grupo Engimov. Trata-se de Miguel Almeida, assessor de Tomás Barbosa desde dezembro de 2013 na Engimov Universal — uma sociedade com sede na Zona Franca da Madeira que se dedica à compra e venda de produtos essenciais para a actividade das filiais da Engimov no Congo, França e Suíça. Além de assessor do líder do grupo na Engimov Universal, Miguel Almeida foi igualmente porta-voz do Grupo Engimov aquando de um acidente de trabalho que envolveu um pedreiro português numa obra da Engimov na República do Congo e que chegou às páginas do Diário de Notícias em agosto de 2014. Neste momento, encontra-se a explorar hipóteses de negócio na área energética no Congo."

 * Em tempo.
O título é da autoria de Santana Lopes.

Bem, não é de excluir que mais uma vez Marcelo ignore o protocole e comece a deslocar-se à TVI para comentar a sua actuação na semana que passou. O que diria Marcelo do próprio Marcelo amanhã à noite?...

Mania das Grandezas

“Sou natural de Alter do Chão,
 terra de cavalos,
que é um privilégio num país de burros”

 - costumava dizer Joaquim Namorado, quando
 o julgavam beirão radicado em Coimbra.
Pois bem, confesso:

fui eu quem destruiu as Babilônias
e descobriu a pólvora...
Acredite,
a estrela Sírius, de primeira grandeza,
(única no mercado)
deixou-me meu tio-avô em testamento.
No meu bolso esconde-se o segredo
das alquimias
e a metafísica das religiões
— tudo por inspiração!

Que querem?

Sou poeta
e tenho a mania das grandezas...

Talvez ainda venha a ser Presidente da República...

Parolices...

foto sacada daqui
Os parolos, como sabeis, somos nós todos?, vistos de Lisboa.
Mas entre nós?, entre parolos, portanto?, existem os parolos 100% e os parolos 99%...
Assim, por agora e por espírito de picardia, acho normal que um parolo 100% participe numa grande homenagem colectiva aos parolos 100%, os parolos parolos, os parolos de corpo e alma, os parolos felizardos deste país. 
Parolo 100% que se preze,  não podia faltar nesta festa...
Não havia era necessidade de divulgar a parolice...

sexta-feira, 11 de março de 2016

Porcos no Terreiro do Paço e caos no trânsito...

"Os suinicultores vieram a Lisboa protestar por causa da crise no sector e provocaram o caos nas principais artérias de acesso à cidade.
Centenas de camiões e ligeiros pertencentes a profissionais da indústria da suinicultura provocaram o caos nas principais vias de acesso a Lisboa, esta sexta-feira à tarde, numa acção de protesto contra a crise que se vive no sector.

Ao mesmo tempo, no Terreiro do Paço, um grupo de suinicultores ergueu tarjas diante do Ministério da Agricultura mostrando as suas reivindicações, numa manifestação que se fez acompanhar de leitões." 
(via RR)

"...em sociedades onde o maior número está privado daquilo que todo um sistema o incita a gozar, a violência torna-se a lei dos indivíduos como dos grupos..."   
- excerto de  "Apelo aos Vivos" - Roger Garaudy 

Há quem só perceba as coisas muito bem explicadinhas...

"Cem dias, cem diferenças".
"A direita e o primeiro-ministro degredado em Massamá tentam passar a opinião de que não há alternativa à austeridade e que mais tarde ou mais cedo o governo terá de ceder ao peso da realidade. Quando dá jeito justifica-se  o que se fez com o memorando, depois promove-se a imagem do Passos revolucionário. Umas vezes apresenta-se a austeridade como inevitabilidade, outras defende-se que esta é uma via revolucionária a pensar no futuro. Mas são muitas as diferenças entre este governo e o governo dos mafarricos..." 
Para continua a ler, clicar aqui.

Cantiga do Ódio

Carlos Oliveira
O amor de guardar ódios 
agrada ao meu coração, 
se o ódio guardar o amor 
de servir a servidão. 
Há-de sentir o meu ódio 
quem o meu ódio mereça: 
ó vida, cega-me os olhos 
se não cumprir a promessa. 
E venha a morte depois 
fria como a luz dos astros: 
que nos importa morrer 
se não morrermos de rastros? 

Foleiro

Em tempo de promoções foleiras, de ver e deitar fora, este trabalho não poderia ficar esquecido. 
A perfeição não existe, mas às vezes percebemos que está muito longe...