segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Carta aberta a um presidente de câmara que quer ser ministro – de preferência da justiça...

Exmo. Senhor: 
Antes de tudo, os meus mais respeitosos cumprimentos a V. Exª. 

1. Agora, que já está eleito o seu elevador, inscreva-se urgentemente no PS. Vá aparecendo na sede do partido, ma não fale muito nesta fase. 
2. Depois de estar inscrito, não demonstre a sua opinião pessoal nas reuniões do partido. A melhor receita para ir longe é deixar que os outros se queimem com as suas opiniões...Vá andando e vendo. Aprenda com o seu vice-presidente...
3. Quando se iniciar a próxima campanha eleitoral, dado que a sua âncora é o candidato, continue a colar-se a ele que nem uma lapa. 
4. Entretanto, o que não é difícil, vá continuando a aparecer, cá pela Figueira e no distrito, várias vezes na comunicação social. 
Sobretudo, não esqueça as fotografias.  
O seu status social irá aumentar. Não esqueça: quem não é visto, é esquecido! 
5. Se assim fizer não se preocupe: agora que está eleito o seu candidato, V. Exa. será recompensado, pois ele gosta de cuidar dos que cuidam dele. 
6. Assim que tenha poder dentro do partido tenha cuidado: fale, mas não saia do politicamente correcto dentro da organização. 
7. Não esqueça de candidatar-se a um órgão partidário de fantochada. 
Os partidos – todos os partidos - têm dezenas de órgãos de fantochada. 
8. Agora, é fundamental que o novo chefe do partido e os que o rodeiam achem que V. Exa. é uma mais valia.
Se assim conseguir que aconteça, tem o caminho aberto para subir na hierarquia partidária. 
9. Cada caso é um caso, mas não esqueça que o seu é caso especial.
Não precisa, portanto, de calcorrerar o percurso habitual: primeiro assessor, depois deputado – e por aí adiante até chegar a Ministro. 
Se seguir este meu desinteressado conselho, V. Exa. será certamente recompensado pelo trabalho em prol do partido. 
O seu ego poderá naturalmente subir e ser avistado lá por Lisboa. 

Desde já, parabéns.
De V. Exa.
Muito atentamente
António Agostinho

Na Aldeia... (XXIII)

Nada é igual à vida real na Cova-Gala...

X&Q1221


domingo, 28 de setembro de 2014

Não deixa de haver alguma ironia no facto...

Pinto da Costa: "Senti-me vigarizado" por Passos Coelho e Cavaco Silva no caso BES...

No país do futebol...

Será que a partir daqui a história vai deixar de ser parcialmente ficcionada?..

O mal menor?..

Hoje, durante o dia, falei com vários militantes e simpatizantes do PS que foram votar...
Conhecidos os resultados (Seguro acaba de se demitir em directo na RTP1), penso que, neste momento, a maioria deles, é "gente feliz com lágrimas"...

Futebol na Aldeia

Cova-Gala não começou da melhor maneira...

Na Aldeia... (XXII)

Faltam 20 e poucos dias. 
Será que a estratégia vencedora, vai acabar por ser, baralhar e dar de novo... o velho
Sem baralho novo! 
Já deu para ver que o jogo está viciado e as cartas marcadas. 
Há jogo por debaixo da mesa e as regras foram alteradas. 
Já os espectadores interessados, e putativos participantes, parece-me que uns estão frustrados, outros desmotivados - mas todos zangados
No fundo, é mais do mesmo:  tudo se repete, até os maus comportamentos vão estar em crescendo. 
Com sabemos, os jogadores que ganharam na última jornada, acabaram destronados do pódio. A Aldeia, sem sólidas regras de conduta, ficou aparentemente num beco sem saída. 
Porém, em democracia há sempre alternativa e as pessoas ouvidas. 
Então foi assim: para evitar a continuação da agonia da Aldeia, e das suas gentes, estas intercalares, mais de uma inevitabilidade, foram mesmo uma urgência. 
Por conseguinte, a última palavra vai ser nossa. 
Segundo a opinião da generalidade dos analistas locais, se os houver, os debates sobre a Aldeia vão ser vazios de conteúdo político e a coisa vai piorar lá para o final, quando a conversa endurecer e, da troca de ideias, se passar para a troca de galhardetes pessoais e, depois, para os boatos e os quase insultos. 
Nestas eleições intercalares para escolher o “regedor”, no que falta cumprir ainda desta legislatura na Aldeia, a aparente ausência de estratégias é, no mínimo, estranha e confrangedora.
Vamos acreditar nos eleitores e pensar positivo...

Agostinho da Silva, um pensamento a descobrir

“São meus discípulos, se alguns tenho, os que estão contra mim; porque esses guardaram no fundo da alma a força que verdadeiramente me anima e que mais desejaria transmitir-lhes: a de se não conformarem”.

Hoje, pelas 15 horas no Campo do Cabedelo: Cova-Gala/Pampilhosense na jornada inaugural da divisão de honra da AFC

sábado, 27 de setembro de 2014

Santa Barbara bendita...

(... neste momento, está mesmo sobre a vila.)

ATENÇÃO

Quase todo o país sob aviso laranja

E Montemor aqui tão perto...

Li isto, há tempos já não sei onde: “a uma democracia, não basta que os seus cidadãos seja honestos: é também necessário que o possam parecer”.
Li isto hoje no jornal AS BEIRAS: "Emílio Torrão (PS), eleito nas autárquicas de setembro do ano passado, classificou de danosa a gestão do seu antecessor, Luís Leal (PSD), depois de terem sido apresentados os resultados da auditoria externa realizada pela Delloite, que aponta para uma dívida de 34,4 milhões de euros, à data de 31 de outubro de 2013.
Neste contexto, a sessão acabou por ser bastante conturbada, revelando a existência de 29,4 milhões de euros de dívida registada, mais cerca de cinco milhões em compromissos assumidos mas não facturados e outras dívidas não contabilizadas ainda na contabilidade."
Foi já durante a discussão política dos resultados apresentados que o anterior presidente da câmara, Luís Leal, actual deputado municipal, disse que não discutia assuntos com um “impreparado, incompetente e imbecil”, referindo-se ao actual líder do executivo, que saiu imediatamente da sala como forma de protesto. O presidente da Assembleia Municipal, Fernando Ramos, acabou por cortar a palavra a Luís Leal e repreender a sua atitude.
Em declarações à agência Lusa, o auditor Luís Barbosa disse que o município de Montemor-o-Velho não consegue libertar meios para amortizar a dívida e deve “partir para um processo de renegociação”.” 
Perante isto, um cidadão não enfeudado na política partidária, pergunta-se: uma democracia é isto?
Não, não é. 
Em Portugal, porém, actualmente, é. E basta ver exemplos como este.
Basta ver, com olhos de ver, para verificarmos em que grau de democracia nos encontramos: no grau zero, de facto, e, talvez de direito.

Ontem na Zona Industrial da Gala

«É uma honra recebê-lo», disse ontem Avelino Gaspar, o empresário responsável pela criação do grupo Lusiaves, no discurso com que recebeu Cavaco Silva.
Ontem, como faço em muitos outros dias, nas minhas caminhadas diárias, passei junto às instalações dos novos pavilhões do centro de incubação da Lusiaves, que ontem à tarde foram inaugurados na Zona Industrial da Figueira da Foz. 
E, ontem, também fiquei agradecido ao professor Cavaco Silva. 
É que ontem, ao contrário dos outros dias, cerca das 15 horas, que foi a hora em que por lá passei de bicicleta, respirava-se perfeitamente, quando o normal, ao contrário de ontem, era haver um cheiro pestilento e nauseabundo, que era o que respirava normalmente, até ontem, no topo sul da zona industrial da Gala. 
Espero, por isso, que dias como o de ontem se repitam a partir de agora todos os dias, e que o dia de ontem não seja, apenas,  um sinal triste de que a reforma de que Portugal precisa não passa só pela política, mas também pelas mentalidades, inclusive da dos "alegados" sectores mais dinâmicos da sociedade...

Na Aldeia... (XXI)

Actualização:
ATENÇÃO ALTERAÇÃO DE LOCAL DEVIDO AO MAU TEMPO: a apresentação vai ser no Clube Mocidade Covense.

Daqui

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

«Striptease bancário» é coisa de pobre


«Trata-se de um direito de reserva da minha vida pessoal. (...) Se cada vez que alguém fizer insinuações tiver de fazer o striptease da minha conta bancária para deleite de leitores de jornais, isso não faço». (Passos Coelho).

«O Governo decidiu que os beneficiários do rendimento social de inserção [ficam sujeitos a] (...) novas regras, de "maior controlo, maior combate à fraude, maior combate ao excesso", (...) apesar de o RSI ser a prestação social objeto de controlo mais rigoroso em Portugal, incluindo a admissão de violação do sigilo bancário dos seus beneficiários. Ser beneficiário do RSI dá direito, por definição, a ser-se suspeito de fraude e de preguiça. Até prova em contrário que cabe ao próprio evidenciar.» (José Manuel Pureza).

Via Ladrões de Bicicleta