António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
quarta-feira, 3 de julho de 2013
Coligação desfeita para a câmara de Coimbra. E na Figueira, "fomos" ou (ainda) "somos"?...
A demissão de Paulo Portas e dos ministros populares abriu caminho ao rompimento da coligação de direita, a nível governamental. Uma rutura que pode vir a desencadear uma crise alargada aos entendimentos PSD-CDS/PP para as próximas eleições autárquicas. Isso mesmo é admitido por todos os dirigentes de um e outro partido, em Coimbra, ontem ouvidos pelo DIÁRIO AS BEIRAS.
Mais sinais ...
Governo suspende “briefings” diários com os jornalistas...
Em tempo.
Ora cá está uma coisa que lamento.
A ideia, parecia-me, até iria ter alguma piada...
Em tempo.
Ora cá está uma coisa que lamento.
A ideia, parecia-me, até iria ter alguma piada...
A bem da nação
António Albuquerque, jornalista da área económica dispensado pelo Diário Económico há cerca de dois meses, começou recentemente a prestar serviços de consultoria nos projetos fora de Portugal do grupo EDP, segundo apurou a VISÃO. Albuquerque é casado com Maria Luís, a nova ministra das Finanças que, no último dia de 2011, enquanto secretária de Estado do Tesouro, concluiu a venda de uma participação de 21,35% na elétrica aos chineses da Three Gorges, por 2 700 milhões de euros. A EDP, presidida por António Mexia, é hoje uma empresa 100% privada, maioritariamente detida por aquele grupo estatal chinês.
Essa operação de venda aos chineses está a ser investigada pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), onde Maria Luís Albuquerque já foi prestar explicações sobre eventuais pressões a que poderá ter sido sujeita durante a privatização. A investigação destina-se a esclarecer suspeitas de tráfico de influências, depois de, no âmbito da operação Monte Branco, José Maria Ricciardi, presidente do BESI, ter sido escutado em conversas com o ministro dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, e com o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho. Nesse âmbito, foram já realizadas buscas ao Caixa BI, BESI e Parpública, entidades que, a par da consultora Perella, estiveram envolvidas na privatização da EDP e da REN.
Via Visão
Actualização às 15 horas:
Acabei de ter conhecimento que o "Marido de Maria Luís Albuquerque rescinde com EDP"
Actualização às 15 horas:
Acabei de ter conhecimento que o "Marido de Maria Luís Albuquerque rescinde com EDP"
Nada de novo...
Cavaco Silva não vai dar qualquer passo para resolver a crise política, transferindo a responsabilidade da resolução do problema para o Parlamento. Ou seja, como diz o povo, sacode a água do capote.
Nunca uma frase foi tão verdadeira
"Este governo não cai, porque não é um edifício. Há-de sair com benzina, porque é uma nódoa!"
(Eça de Queirós, 1885)
(Eça de Queirós, 1885)
Em tempo.
A frase acima é uma citação do “Conde d’Abranhos”, proferida pelo protagonista em plena sessão
parlamentar.
Os portugueses, na República do séc. XXI, continuam a
confrontar-se com os mesmos sintomas de primitivismo político que existiam na Monarquia do séc. XIX...
terça-feira, 2 de julho de 2013
Uma maioria, um governo, um presidente...
O sonho de Sá Carneiro demorou 32 anos a cumprir-se. Em 1979, com a criação da Aliança Democrática (PSD+CDS+PPM), pretendia resolver um dos grandes problemas do nosso sistema político: o bloqueio do Governo gerado ora pelo Parlamento ora pelo presidente da República. Sá Carneiro esteve perto. Conseguiu a maioria absoluta que daria estabilidade ao Executivo, mas dias depois da sua fatídica morte os portugueses elegeram Ramalho Eanes e não Soares Carneiro, e o sonho ficou em suspenso.
E assim vivemos até 2011. Quando havia maioria de Direita, o presidente era de Esquerda (Cavaco, com Soares em Belém, Barroso e Santana, com Jorge Sampaio). Quando houve maioria socialista (Sócrates), o presidente era Cavaco. Só a vitória desta "AD" Passos/Portas, de 2011, com Cavaco em Belém, quebrou a tendência dos portugueses em privilegiar equilíbrios no sistema.
Durou dois anos... Pelos vistos, não podia acabar assim. Passos é um cadáver adiado, mas para já não se demite.
Provavelmente, Passos não será tão pouco esperto como dá a entender...
Mas Portas, número dois do Governo... O CDS nunca foi totalmente leal ao Governo de que faz parte, mas a demissão de Portas foi um momento de puro calculismo.
Pobres de nós. Pobre direita. Pobre país.
Provavelmente, Passos não será tão pouco esperto como dá a entender...
Mas Portas, número dois do Governo... O CDS nunca foi totalmente leal ao Governo de que faz parte, mas a demissão de Portas foi um momento de puro calculismo.
Pobres de nós. Pobre direita. Pobre país.
A outra margem (II)
Foto de antónio agostinho, tirada cerca das 17 horas e 20 minutos de hoje. Ontem, cerca das 8 horas da manhã, no mesmo local, tinha tirado esta. É só olhar atentamente e ver a diferença. O nosso obrigado, a quem de direito.
Até dá pena!.. Mais dez anos dentro?..
Em
tempo.
"Há
épocas de tal corrupção, que, durante elas, talvez só o excesso do fanatismo
possa, no meio da imoralidade triunfante, servir de escudo à nobreza e à
dignidade das almas rijamente temperadas."
E o prof. Gaspar já se demitiu há um dia...
O Prof. Gaspar, andou praticamente dois anos a dizer por aí, que cumprir metas assumidas era essencial para garantir solidariedade dos parceiros europeus.
Só que, e já lá vai um dia, ninguém me conseguiu ainda explicar bem é o que é que andámos a cumprir e o que é que deixaremos de cumprir por ele se ir embora.
Só que, e já lá vai um dia, ninguém me conseguiu ainda explicar bem é o que é que andámos a cumprir e o que é que deixaremos de cumprir por ele se ir embora.
segunda-feira, 1 de julho de 2013
António Rama
Nos dias 28 e 29 de Janeiro
de 1983, por iniciativa do jornal Barca Nova, de que era redactor, a Figueira prestou uma significativa Homenagem ao doutor Joaquim Namorado, que constituiu um acontecimento nacional de relevante envergadura.
Participaram vultos
eminentes da cultura e da democracia portuguesa.
Antonio Rama, hoje falecido com 69 anos de idade, esteve presente.
Já estava atento ao seu percurso no teatro português, mas foi aí que o conheci pessoalmente.
Morreu hoje. Que descanse em paz.
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