António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
quarta-feira, 24 de março de 2010
No rescaldo do jogo de ontem em Chaves
terça-feira, 23 de março de 2010
Um postal com dois destinatários
1º. O Vereador da Cultura e meu Amigo, doutor António Tavares, sempre um autarca ocupado, acabou de me proporcionar um momento de rádio, único e intransmissível, ao falar em directo pela antena do 99,1 sobre o Naval-Chaves de mais logo.
Mas, o jogo é entre o Chaves e Naval...
Feliz, sou eu senhor Vereador, estou num mercado que é mais fácil que o dos políticos.
É mal remunerado, dá trabalho e exige capacidade de sofrimento, mas não me obriga a falar ao sabor da corrente, abdicando de dizer o que penso de uma realidade que nada tem a ver comigo: o futebol.
Os políticos, depois de lá chegarem, como lhe disse há uns tempos atrás, são todos iguais...
Já agora, se a Naval atingir o Jamor, creio que não será difícil ao Vereador da Cultura arranjar umas horitas para acompanhar a populaça e viver "esse momento histórico, para mais tarde contar aos seus netos"...
Buarcos, é que fica longe pra caraças!...
O debate a 4 de ontem à noite teve um momento alto
Esta é a hora de começar a concretizar o sonho...
segunda-feira, 22 de março de 2010
domingo, 21 de março de 2010
Oxalá esteja enganado
Há três dias, vi imagens televisivas da “batalha campal em Alvalade” que, confesso, me impressionaram.
Todavia, em boa verdade, não me surpreenderam por aí além.
Há muito que deixou de ser novidade a escumalha que se abriga por detrás da generalidade dos emblemas, por mais prestigiados que sejam.
O futebol, quer se queira quer não, continua a ser válvula de escape, para muitos, nesta sociedade doente e é, também, onde se acoitam energúmenos dos mais diversos níveis, sempre prontos a espalhar a desordem, o pânico e o caos, através de actos de puro vandalismo, colocando em causa a segurança de pessoas e bens.
Não sendo propriamente isto novidade, como qualificar então o comportamento dos responsáveis policiais na organização da segurança do Sporting-Atlético, que nada previram, nada preveniram e de nada cuidaram?
As imagens televisivas de alguns agentes, desorganizados e dispersos, a fugir da carga espanhola, foi confrangedora...
Daqui a pouco, no Algarve, 1.100 homens estão destacados para manter a segurança. Mas, se forem comandados como os agentes que estiveram em Alvalade, podemos vir a ter nova mostra do que o desporto não deve ser. Hoje de manhã, em Alcácer do Sal, já houve um cheirinho...
Oxalá esteja completamente enganado.
Qualquer semelhança será apenas pura coincidência?..
com o edifício do lado esquerdo.
Reparem, agora, para o lado direito, cuja imagem saquei daqui. Qualquer semelhança será apenas pura coincidência?...
Aqui está, em todo o seu esplendor, “como a especulação está a redesenhar a Figueira da Foz ".
sábado, 20 de março de 2010
Uma bofetada de luva branca
Agosto de 1999, Alberto João Jardim: “Nem um tostão para Timor”
Fevereiro de 2010, Conselho de Ministro de Timor Leste, um dos povos mais pobres do mundo: “Na sequência das inundações que atingiram a Região Autónoma da Madeira, provocando dezenas de mortos e avultados prejuízos, o Conselho de Ministros, em acto de solidariedade e apoio para com o povo e autoridades daquele arquipélago português, aprovou a atribuição de ajuda financeira no valor de 750 mil dólares norte-americanos, para ajudar a colmatar os estragos e perdas sofridas com as fortes chuvadas que assolaram a região", refere, em comunicado, a Secretaria de Estado do Conselho de Ministros.”
Nota: Em 2009, o orçamento de Timor Leste foi de 644 milhões de euros, duas vezes inferior ao orçamento da Madeira, que é de cerca de 1.500 milhões de euros.