domingo, 28 de fevereiro de 2010

Para meditar...

Os desastres naturais em sítios com uma população (ou parte dela) pobre, são sempre um maná para os fotógrafos de ocasião - e para os outros. Há sempre algures uma criança orfã ou desalojada com olhos tristes e cara suja cujo desalento sobressai por entre os escombros. Sob a capa do "fotojornalismo" dito sério, na onda World Press Photo, o sofrimento humano extremo transforma-se, através da câmara, num evento triste mas delicodoce - tristezinho, vá -, que suscita por um lado a piedade alheia, mas, por outro lado, a admiração pela sensibilidade e sentido de oportunidade do fotógrafo em questão. Que, com um bocado de sorte, ganhará um prémio qualquer e o concomitantereconhecimento público. E, embora qualquer imagem comovente que se preste a metáforas lamechas seja de todo preferível à brutalidade frontal da última capa da Visão - Madeira (que mostra em grande plano um corpo enlameado em posição fetal - um pai, uma mãe, um filho de alguém - a ser retirado dos escombros), ambos os modos de "olhar" a tragédia debitam um exibicionismo pornográfico e um pressuposto venal que me repugnam. Ao invés de prazer, falamos de sofrimento, mas o princípio é o mesmo: descontextualizar, mostrar... e vender."



aF109


Ao que chegámos!...



Podíamos viver sem sol?..


Logo mais, pelas 15 horas há futebol

“Pare, Escute e Olhe”

Jorge Pelicano, nascido na Fontela, freguesia de Vila Verde, em 1977, licenciado em Comunicação e Relações Públicas pelo Instituto Politécnico da Guarda, repórter de imagem da SIC, desde 2001, realizou o documentário “Pare, Escute e Olhe”, “uma viagem por um Portugal profundo e esquecido, conduzida pela voz de um povo vítima de promessas incumpridas”, onde retrata as consequências do encerramento da linha do Tua, entre Bragança e Mirandela.
Um testemunho impressionante de um homem que sentiu e viu aquilo que os políticos e o país se recusam a ver.

sábado, 27 de fevereiro de 2010

"O País precisa de se inspirar nos bons exemplos..."





Sem título!...

Figueira da Foz: Câmara estima dívidas do município em 90 ME

Por unanimidade, Assembleia Municipal contra eventual encerramento da Oncologia


Em sessão ontem realizada, a Assembleia Municipal da Figueira da Foz aprovou, por unanimidade, uma moção contra o eventual encerramento do Serviço de Oncologia do Hospital da nossa cidade.

X&Q838

O líder

Quando fazemos uma pergunta a uma pessoa normal o que é que acontece?
Tentem lembrar-se.
Ela costuma reflectir um pouco antes de falar.
Depois, a resposta vai-se organizando com pausas, hesitações...
Experimentem fazer a mesma pergunta ao líder...
A resposta é imediata, como se já existisse!... Mas ela surge sempre, completa, ao gosto das claques, das jotas , dos jornalistas, do povo...
Se acreditarmos que temos os políticos que merecemos, que o povo de votantes segregou eleitos à sua imagem e semelhança, somos responsáveis por este.
Não nego as minhas responsabilidades. Este é o meu país. O país que deixo quando partir.
Mas confesso que gostava que o líder fosse diferente.
Um homem ou uma mulher sábios por terem pensado muito, cultos por terem estudado, modestos por haver certamente homens e mulheres mais sábios e mais cultos, viajados, cosmopolitas, com humor.
Capaz de dizer não sei, não faço ideia, não tenho solução para isso, não estou preparado para responder, não quero responder a essa pergunta.
Um líder raro como a gente comum. Capaz de se indignar, mas não em estado de permanente crispação.
No fundo, uma pessoa normal, capaz de emoção, riso, espanto, surpresa, alegria, esquecimento, fragilidade.
Humana.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Finalmente, algo de novo!...

foto sacada daqui

Sem título




No Politicazinha, li esta pergunta meramente retórica, que me deixou a pensar:

"No dia 24 de Junho, o Procurador-geral da Republica foi informado pessoalmente das escutas. A partir desse dia, as conversas mudam de tom e há troca de telemóveis. Quem avisou os visados?"

E o PDM figueirense!..

foto sacada daqui
Portugal, no que concerne ao ordenamento do território, visando a segurança dos seus cidadãos, não é exemplo para ninguém. Todos sabemos, que as cidades portuguesas evidenciam ainda uma vulnerabilidade excessiva aos fenómenos climáticos extremos, como o demonstram os importantes prejuízos materiais e humanos que resultam sempre que ocorrem situações de pluviosidade intensa.
Daí, a importância dos Planos Municipais de Ordenamento do Território - Plano Director Municipal (PDM), Planos de Urbanização (PU) e Planos de Pormenor (PP) - como instrumentos da política de ordenamento do território.
O PDM abrange todo o território municipal, enquanto os PU abrangem áreas urbanas e urbanizáveis e, também, áreas não urbanizáveis intermédias ou envolventes daquelas. Os PP têm como área de intervenção, em princípio, subáreas do PDM e dos PU.
O PDM é, pois, um instrumento de planeamento de ocupação, uso e transformação do território municipal, pelas diferentes componentes sectoriais da actividade nele desenvolvidas e de programação das realizações e investimentos municipais.
Recorde-se, que o PDM da Figueira da Foz foi ratificado pela Resolução do Conselho de Ministros nº 42/94, e publicado em 18/6, no D. R. nº 139/94. De harmonia com o seu Artigo 4º, o período de vigência máximo do Regulamento é de 10 anos após a sua publicação no Diário da República!..
Recorde-se, que houve tempo, em que o Partido Socialista da Figueira da Foz "se mostrou contra o facto da autarquia figueirense avançar com uma revisão do Plano de Urbanização (PU) antes do Plano Director Municipal (PDM)". Na altura, a estrutura liderada por António Paredes defendia que “se estava a colocar o carro à frente dos bois”, sinónimo de que “quem detinha os destinos da autarquia não tinha uma visão estratégica global para o concelho da Figueira da Foz”.
Pois... Mas isso já foi há uma eternidade: aconteceu em Setembro de 2008.

X&Q837

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Joana Amaral Dias na Figueira








Hoje, 25 de Fevereiro, pelas 18h30, Joana Amaral Dias apresenta o seu novo livro Maníacos de Qualidade (Esfera dos Livros) no Casino da Figueira da Foz.

Para quando a transição?..

foto Pedro Cruz
Um dia destes, o actual poder autárquico figueirense, constatou “que a saúde financeira da autarquia é mais grave do que havia diagnosticado”.
Não é que hoje acordei extremamente preocupado e pessimista: poderá ter algum futuro, uma pobre cidade dirigida por uma classe política distraída e incompetente?
Quando é que esta cidade entra em transição?..

Simão, o Perspicaz










Personagens:

• Simão, 9 anos
• Eu


Cenário:

Passamos em frente de uma joalharia. Eu paro para namorar, na montra, os meus relógios predilectos: os
Cartier. O Simão, ao meu lado, espreita-os, e, sarcástico, desdenha, continuando a andar.


Acção:

– Tão chiques, tão chiques, e tão ignorantes. O quatro em numeração romana não é assim que se escreve.


Sacado daqui

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Mais um: Henrique Monteiro , “mentiroso” ou “doente”?..

O director do "Expresso" contou, hoje, na Comissão de Ética, que na véspera da publicação das notícias sobre a polémica licenciatura de José Sócrates, o primeiro-ministro lhe "telefonou a pedir por tudo que não publicasse" o artigo.
"O primeiro-ministro telefonou-me uma noite e esteve mais de hora e meia a pedir-me para não publicarmos uma notícia sobre a sua licenciatura".
"Se isto é uma pressão legítima, não há pressões ilegítimas", acrescentou Henrique Monteiro, explicando que a decisão foi então de avançar com as notícias em causa, tendo "pago um preço por isso", passando "a ter maior dificuldade de acesso à informação institucional".
"Antes disso", contou ainda Henrique Monteiro, "já várias pessoas, políticos e não políticos me tinham manifestado incomodidade ou estranheza por notícias que tinham saído, mas por notícias que ainda não tinham saído foi a primeira vez".”

O problema do PSD

“Há 25 anos que o PSD vive dominado pela figura tutelar de Aníbal Cavaco Silva. É um ciclo que já devia ter terminado. Se tem ambições de futuro, o partido laranja devia iniciar um novo ciclo, sem qualquer resquício de tutela cavaquista. É algo que já se percebeu que não sucederá nesta campanha interna, onde o cavaquismo surge em força. Alexandre Relvas, o director da campanha presidencial de Cavaco Silva, é um dos principais apoiantes de José Pedro Aguiar Branco. Carlos Blanco de Morais, consultor do Presidente da República para os assuntos constitucionais, contribui para a elaboração da moção de estratégia de Passos Coelho. E Eduardo Catroga, que foi o ministro das Finanças preferido de Cavaco Silva, inclui-se entre os apoiantes de primeira linha de Paulo Rangel. Estes - e vários outros - garantem a perpetuação do cavaquismo um quarto de século depois na Rua de São Caetano à Lapa, ganhe quem ganhar. E ou muito me engano ou isso constitui uma péssima notícia para o PSD.”

Pedro Correia no Delito de Opinião