António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
sábado, 16 de junho de 2007
A ÉPOCA BALNEAR ABRIU NO PASSADO DIA 1!...
(Foto de Mário Cardozo, sacada ao PROSAS VADIAS)
Temos de estar preparados para o TURISMO BALNEAR do dia de hoje. Esta chuva torna-nos mais sexuais...
Certos dias...
Certos dias, apesar da beleza paisagística que nos rodeia, isto por aqui, faz lembrar um doente terminal.
Olha-se em redor, com uma mistura de simpatia e pena. Também, claro, com solidariedade. E, uma certeza: a de que não se pode fazer nada.
O dinheiro anda à frente. E, como sabemos, o dinheiro abre portas.
Nestes dias, nada como recorrer a Camões, esse mesmo, o Luís Vaz, o enorme, o maior Poeta Português. Mas, também, e sobretudo, o Homem de mudança:
“Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança;
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.
Continuamente vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança;
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem, se algum houve, as saudades"
Isto, por um lado. Por outro, tento evitar ambientes doentes. Um ambiente doente, meus Amigos, acaba por matar os que nele andam a respirar...
Há pessoas que estão erradas, porque, simplesmente estão erradas. Mas, há pessoas que pensam que têm razão, que estão mesmo erradas.
Confesso que, por vezes, já me farto disto.
Entretanto, vão-se contando histórias, que é uma coisa interessante...
Bom dia.
Olha-se em redor, com uma mistura de simpatia e pena. Também, claro, com solidariedade. E, uma certeza: a de que não se pode fazer nada.
O dinheiro anda à frente. E, como sabemos, o dinheiro abre portas.
Nestes dias, nada como recorrer a Camões, esse mesmo, o Luís Vaz, o enorme, o maior Poeta Português. Mas, também, e sobretudo, o Homem de mudança:
“Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança;
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.
Continuamente vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança;
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem, se algum houve, as saudades"
Isto, por um lado. Por outro, tento evitar ambientes doentes. Um ambiente doente, meus Amigos, acaba por matar os que nele andam a respirar...
Há pessoas que estão erradas, porque, simplesmente estão erradas. Mas, há pessoas que pensam que têm razão, que estão mesmo erradas.
Confesso que, por vezes, já me farto disto.
Entretanto, vão-se contando histórias, que é uma coisa interessante...
Bom dia.
sexta-feira, 15 de junho de 2007
Ia-me passando...
A personagem mais famosa, “que anda por aí”, passou pela Figueira no dia de Santo António.
Ia-me passando, o que seria “insólito”.
Para além do “mundo cão”, que também é o futebol...
Os olhos do Outra Margem nunca foram indiferentes ao espectáculo do futebol.
Para nós, falar de futebol é divulgar a nossa Terra e, ao mesmo tempo, promover o Grupo Desportivo Cova-Gala.
Mas, hoje, a lengalenga é outra.
Desde cedo me apercebi que ali havia mais do que um mero atleta, alguém que deseja praticar desporto.
Naquele “puto”, os olhos brilham de mais quando faz o que mais gosta - jogar á bola.
Naquele “puto”, a serenidade, assim como a calma com que ele aborda os lances, são contagiantes e dão cor ao futebol.
Naquele “ puto”, a técnica, aliada á vontade, ao querer, com toda a determinação com que aborda o jogo, fazem as delicias de todos aqueles que se deslocam ao pelado do cabedelo.
Naquele “ puto”, vi magia, lances de encher olho, golos magníficos, arrancadas estupendas, a fazer lembrar o Thierry Henry.
Naquele “puto” vejo e faço votos de um futuro risonho, cheio de golos.
Este “puto” é o Carlos Daniel, que irá em Setembro para o Benfica.
Boa sorte “puto”, pois bem vais precisar dela, neste “mundo cão” que também é o futebol!...
Para nós, falar de futebol é divulgar a nossa Terra e, ao mesmo tempo, promover o Grupo Desportivo Cova-Gala.
Mas, hoje, a lengalenga é outra.
Desde cedo me apercebi que ali havia mais do que um mero atleta, alguém que deseja praticar desporto.
Naquele “puto”, os olhos brilham de mais quando faz o que mais gosta - jogar á bola.
Naquele “puto”, a serenidade, assim como a calma com que ele aborda os lances, são contagiantes e dão cor ao futebol.
Naquele “ puto”, a técnica, aliada á vontade, ao querer, com toda a determinação com que aborda o jogo, fazem as delicias de todos aqueles que se deslocam ao pelado do cabedelo.
Naquele “ puto”, vi magia, lances de encher olho, golos magníficos, arrancadas estupendas, a fazer lembrar o Thierry Henry.
Naquele “puto” vejo e faço votos de um futuro risonho, cheio de golos.
Este “puto” é o Carlos Daniel, que irá em Setembro para o Benfica.
Boa sorte “puto”, pois bem vais precisar dela, neste “mundo cão” que também é o futebol!...
Promessa cumprida
OUTRA MARGEM tinha abordado o assunto em 7 de Setembro e em 1 de Dezembro.
Em reunião da Assembleia de Freguesia realizada no passado dia 19 de Abril, o Presidente da Junta de São Pedro, respondendo a uma questão levantada por um membro da Assembleia, prometeu que a reposição das placas na Rua Pastor João Neto iria ser uma realidade dentro de pouco tempo.
Prometeu e cumpriu: as placas lá estão no sítio de onde nunca deveriam ter sido vandalizadas.
quinta-feira, 14 de junho de 2007
É isso que queremos? Na nossa Terra, perder turistas, pode ser o futuro próximo...
O Algarve não se safou!... Construção a mais, desorganizada e sem regras nem limites, deram cabo daquilo quase tudo. Gente a mais, betão por todo o lado e as árvores e o verde a deixar de ter sítio, completou o quadro...
Por aqui, quem nos visita no Verão, prefere este cantinho da costa portuguesa, por ainda ser tão naturalmente bonito e “desabitado”.
No entanto, se se cumprir o previsto, vêm aí casas, muitas casas. Condomínios fechados, ou coisa parecida, que nem vão ter quem os habite!... Ou, não é verdade, que a população portuguesa está a diminuir?
O momento, este momento que vivemos, é decisivo para o que ainda resta da Cova-Gala. A prosseguir este caminho, um dia destes, ninguém vai reconhecer o monte de betão em que estão a transformar uma aldeia piscatória numa aldeia/cidade/dormitório, virada para o imobiliário...
Num Portugal mergulhado no maior caos urbanístico de sempre, com um ordenamento do território há muito mandado ás urtigas, será isso que nós queremos para a nossa Terra?
No futuro, quem é que irá querer passar férias num local sobrelotado e com a linha costeira destruída por prédios a chegar quase à beira mar?
Daqui a pouco, se não se arrepiar caminho, vai ser tarde. Iremos verificar que a Terra (a nossa Terra) vai ser a única coisa impossível de reconstruir.
È ainda possível impedir que a especulação imobiliária e os interesses económicos se sobreponham aos verdadeiros interesses da Terra (a nossa Terra).
Mas, é isso que verdadeiramente queremos?
Por aqui, quem nos visita no Verão, prefere este cantinho da costa portuguesa, por ainda ser tão naturalmente bonito e “desabitado”.
No entanto, se se cumprir o previsto, vêm aí casas, muitas casas. Condomínios fechados, ou coisa parecida, que nem vão ter quem os habite!... Ou, não é verdade, que a população portuguesa está a diminuir?
O momento, este momento que vivemos, é decisivo para o que ainda resta da Cova-Gala. A prosseguir este caminho, um dia destes, ninguém vai reconhecer o monte de betão em que estão a transformar uma aldeia piscatória numa aldeia/cidade/dormitório, virada para o imobiliário...
Num Portugal mergulhado no maior caos urbanístico de sempre, com um ordenamento do território há muito mandado ás urtigas, será isso que nós queremos para a nossa Terra?
No futuro, quem é que irá querer passar férias num local sobrelotado e com a linha costeira destruída por prédios a chegar quase à beira mar?
Daqui a pouco, se não se arrepiar caminho, vai ser tarde. Iremos verificar que a Terra (a nossa Terra) vai ser a única coisa impossível de reconstruir.
È ainda possível impedir que a especulação imobiliária e os interesses económicos se sobreponham aos verdadeiros interesses da Terra (a nossa Terra).
Mas, é isso que verdadeiramente queremos?
quarta-feira, 13 de junho de 2007
No ano do centenário do nascimento de Agostinho da Silva
PR nos EUA
Haja momentos de alegria....
Momentos simples
Usando o OUTRA MARGEM como montra, aqui deixo um pedido: não estraguem as dunas.
Uma duna pode demorar 50 anos a recuperar de uma só passagem de uma moto 4 ou jipe.
Não estraguem as dunas. Até porque há “erosão em São Pedro”.
terça-feira, 12 de junho de 2007
Momentos simples
Usando o OUTRA MARGEM como montra, aqui deixo uma visão dos campos do Baixo Mondego, com Verride em fundo, obtida no dia 10 de Junho de 2007, a partir do alto do Castelo de Montemor, um local mítico e onde tanta gente já foi tão feliz....
Embora já haja referências à sua existência na Alta Idade Média, o que hoje resta deste monumento data do finais do séc. XIV .
O castelo poderá ter sido edificado durante o século X, ainda antes do nascimento da nacionalidade. Supõe-se que o pai de D. Teresa, D. Afonso VI de Castela, o terá restaurado, modificado e ampliado. No século XIV o edifício sofreu uma grande reforma que o transformou no monumento que chegou aos nossos dias.
Embora já haja referências à sua existência na Alta Idade Média, o que hoje resta deste monumento data do finais do séc. XIV .
O castelo poderá ter sido edificado durante o século X, ainda antes do nascimento da nacionalidade. Supõe-se que o pai de D. Teresa, D. Afonso VI de Castela, o terá restaurado, modificado e ampliado. No século XIV o edifício sofreu uma grande reforma que o transformou no monumento que chegou aos nossos dias.
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