domingo, 3 de março de 2013

Por causa das tosses…


Não vou entrar na guerra dos números, mas aos engraçadinhos bem pagos  para tentar  salvar  a face  deste  governo, sempre dispostos a justificar toda a austeridade e toda a regressão política e social que nos estão a ser impostas, por serem genuinamente interesseiros,  retrógrados, reaccionários, ou saudosos do fascismo, faço uma proposta concrecta…
Convoquem uma manifestação de apoio ao governo e às suas políticas para o próximo Sábado, em Lisboa, exactamente com o mesmo percurso. 
Em tempo.
E que façam o mesmo nas outras 39 cidades.
Aceitam o desafio?..

Sara Moreira recebeu medalha de ouro...

Entretanto, «1548, 1549, 1550, 1551, 1552, 1553» - continua a contagem do número de manifestantes de ontem…


A manifestação que se lixe a Troika terminou já há muitas horas,  mas o ministro das Finanças continua no gabinete a contar os portugueses. 
O Imprensa Falsa sabe que Vítor Gaspar até já ia com a contagem muito adiantada, mas Carlos Moedas interrompeu-o para perguntar se podia ir à casa de banho e o ministro das Finanças baralhou-se…
«1548, 1549, 1550, 1551, 1552, 1553», contava Gaspar. «Senhor ministro, senhor ministro, posso ir fazer xixi?», interrompeu Moedas. «1554, mil quinhentos e, sim, pode ir, naturalmente, fazer um xixi, e cinquenta e dois... não o 52 já tinha dito. Gaita. 1556? Não. Mil quinhentos e... bom, terei de recomeçar a contagem. Não lhe devia ter tirado as fraldas. Bom, vamos lá outra vez, 1 português, 2, 3, 4, 5, 6...», continuou Gaspar.
«Senhor ministro, senhor ministro, voltei...», avisou Moedas, interrompendo novamente o ministro: «16, está bem, 18... não! Gaita ia no 17... ou no 16? Ó dr. Moedas, não se importa de ir jogar à bola para a garagem?»

Ontem, um Povo saiu à rua, um pouco por todo o País, cantou, chorou, emocionou-se, colocou em silêncio o poder e mostrou o que sente


Bom domingo

sábado, 2 de março de 2013

Coimbra, hoje à tarde...

Mais fotos,  aqui.

Hoje é um bom dia para ir a Coimbra (mais uma vez...)

para ver melhor clicar na imagem
Porque Passos Coelho + a troika já me lixaram, que se lixe o Passos Coelho + a troika.

"Desilusão e revolta" saem hoje à rua


É hoje. 
É o dia de colocar cá fora a Grândola que há em nós. 
É o dia de continuar a acreditar que, apesar de sermos um Povo anestesiado, um dia pode ser. 
E é por isso que, hoje, saio à rua. 
Porque, apesar das desilusões, quero continuar a acreditar que o meu País pode acordar do sono mais profundo e deixar de encolher os ombros em resignação. 
Outra vez. 
Porque quero continuar a acreditar e, pelo menos hoje, esquecer o desencanto. 
É por isso que, hoje, lá estarei. 
Para continuar a acreditar que um dia pode ser.

sexta-feira, 1 de março de 2013

Esta vida de marinheiro tá a dar cabo de mim...

Gaspar"Portugal é um povo de marinheiros capaz de superar as piores tormentas"...

Apesar da crise, da falta de dinheiro e etc. e tal, cá pela parvónia “continua a parolice de levar embaixadas a ... Lisboa”!..

Não há BTL parade sem um correspondente desfile das figuras de topo...
Ah, e sem a habitual multidão de basbaques.
Sim, porque presumo que uma espampanante festarola auto-promocional como esta terá sempre, como eles dizem, um “público alvo”.
Fotos daqui

Bom aluno


«Uma das exigências feita amiúde no contexto da crise do euro é a de uma maior solidariedade orçamental dos países europeus mais ricos para com os países mais pobres. Curioso observar como o que está a acontecer é exactamente o contrário.

O BCE anunciou na semana passada os seus lucros com a dívida pública dos países periféricos comprada no mercado secundário – no caso português o seu valor é de quase 23 mil milhões de euros. Em 2012, o Banco Central lucrou mil milhões de euros com os juros dos títulos gregos, portugueses, italianos, irlandeses e espanhóis. Não é muito. No entanto, segundo o Financial Times, se se tiver em conta o lucro não só do BCE, mas de todo o Eurosistema - que, no caso, diz sobretudo respeito aos bancos centrais dos países mais ricos -, o seu montante sobe para 14 mil milhões. Os juros pagos pelos países periféricos permitem lucros aos bancos centrais nacionais dos países mais ricos que, por sua vez, os transferirão para os seus orçamentos nacionais. Conclusão, através do negócio da dívida pública os estados periféricos subsidiam os estados do centro. Faz sentido.

Há uma excepção neste esquema, a Grécia. Neste caso, os lucros provenientes da dívida grega serão, em princípio, devolvidos a este país. “Bom aluno”, certo?»

– Nuno Teles, no Ladrões de Bicicletas.

Portugal, um país algures entre o circo e a creche...

foto de Rudolfo Rebelo
sacada daqui

Mais de 40 cidades vão aderir à manifestação...

Coimbra: 15:00 Pr. República -> Pr. da Canção –  Evento no Facebook

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Sem demagogia, isto faz-me lembrar o Portugal da minha infância - anos sessenta do século passado...


"Crianças faltam à escola para pedir esmola"...

Já se sabia, mas de qualquer maneira obrigado pela sinceridade... (II)


Completamente de acordo.
Em tempo.
Aliás, nem podemos nem devemos  responsabilizá-lo por nada…
Foi Primeiro-ministro português entre 2002 e 2004, mas  já estava em trânsito para Bruxelas!

Continua a destruição de Portugal...


Então porque é afundado  o presente?..
Lolllllllllllllll!..

Portugal continua a não ser a Grécia...

Um tribunal grego condenou o antigo presidente da Câmara de Salónica a uma pena de prisão perpétua, pelo crime de peculato. Vassilis Papageorgopoulos, que presidiu à segunda maior autarquia da Grécia entre 1999 e 2010, foi considerado culpado do desvio de 17 milhões de euros do erário público, sensivelmente metade do orçamento disponível para obras no município.

Via Público

Camilo Lourenço


No país que se deixa representar (em Veneza) por Joana Vasconcelos não admira que o relvas seja ministro, o cavaco presidente e José Luís Peixoto ganhe prémios de poesia.
É natural que em tal país Camilo Lourenço seja “líder de opinião”. Bate certo.
Muito melhor do que eu, já aqui há tempos Luís M. Jorge lhe fez um retrato.

Ai contam, contam...


“Passos Coelho tinha dito que anunciava as medidas para a reforma do Estado durante o mês de Fevereiro. Acaba amanhã (hoje).
Está a pensar na manifestação de 2 de Março, com medo de anunciar medidas antes dela.
E por isso quando dizem que as manifestações não contam para nada, é mentira. Contam e este é um exemplo.”

Pacheco Pereira, na noite passada, na TVI24