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domingo, 18 de junho de 2017

Música na abertura da época balnear

Para assinalar o início da época balnear, ontem, sábado, as oito filarmónicas do concelho levaram música ao areal urbano, a partir das 18H00, entre a Ponte do Galante e a Praia do Relógio, sob o genérico “Unidos musicamos”
Mais pormenores, aqui.

quarta-feira, 14 de junho de 2017

Sábado há filarmónicas no areal urbano



As memórias da minha infância tem-me acompanhado  pela vida.
Fazem parte de mim e têm sido minhas eternas companheiras. 
Interiorizei-as de tal modo que cresci com elas, descobrindo-lhes a verdadeira importância à medida que me ia descobrindo a mim próprio. 
Fui um na infância e adolescência. Outro, bem diferente, nos dias de hoje...
Uma coisa, porém, permaneceu durante estes anos todos: o encanto pelas bandas filarmónicas. Que não se deve, apenas, à música que tocam. 
As bandas filarmónicas,  representam, a meu ver, a associação perfeita entre o som e uma coreografia muito própria que cria uma empatia enorme com aqueles que presenciam este espectáculo.
Fico completamente absorto... Absorvo e fico imerso em pensamentos,  alheio ao resto que me rodeia. Mais do que absorto, fico mesmo extasiado e enlevado.
Confesso que fiquei assim, por ter lido que para assinalar o início da época balnear, no sábado, as oito filarmónicas do concelho levam música ao areal urbano, a partir das 18H00, entre a Ponte do Galante e a Praia do Relógio, sob o genérico “Unidos musicamos”. Participam no espectáculo 400 músicos. 

quinta-feira, 20 de abril de 2017

O negócio do Horto Municipal, em números...

Como diria o outro: é só fazer as contas...
Cerca de 14 mil metros quadrados por 1.5 milhões de euros!..
Dá a módica quantia de 107 euros por metro quadrado!..
Vejam só que farturinha!

Nota de rodapé.
O balúrdio de 107 euros, metro quadrado, para quem, na altura, tanto criticou a venda de espaço para passeios, no Galante,  para depois voltarem  para o domínio publico (novamente passeios) a 400 euros metro quadrado, não deve estar mal!..
Muito menos, constituir qualquer incómodo.
Pois, pois: "negociata é todo o bom negócio para o qual não fomos convidados..."

A questão do Horto Municipal. Este, e o putativo prometido por Albino Ataíde...

Na última década, pelo menos, que se deixou de investir no Horto Municipal!
Neste período de tempo, pelo menos 10 jardineiros  reformaram-se.
Ao contrário do que aconteceu noutros departamentos e secções dos serviços municipais, onde se criaram inúmeros postos de trabalho, no essencial, para servir a clientela partidária, não foram contratados novos profissionais para tratar do Horto Municipal.
Ontem, no decorrer da reunião de câmara, tomei atenção ao discurso do António Tavares. Se bem lembro, ele, António Tavares, considera que a existência do Horto já não se justifica porque já nem são os serviços da Câmara que tratam dos jardins públicos figueirenses!..
Sendo assim, como entender a justificação do presidente Albino Ataíde, ao apresentar como desculpa para a venda do "enclave" (a venda do terreno é para arranjar mais estacionamento e instalar a Decatclon...) a necessidade de implantar um verdadeiro Horto na Várzea?
Passo a citar: o encaixe de, no mínimo, de 1,5 milhões de euros,  garantiu João Ataíde, "serão aplicados na várzea de Tavarede, para onde a autarquia quer transferir os serviços do horto e criar novas áreas de usufruto público".
Mais uma pergunta: a Câmara já solicitou algum parecer, por exemplo, à Escola Agrária para fazer um estudo sobre a nova localização do putativo novo Horto?
Para quem tem algum conhecimento sobre a Figueira e sobre a Várzea, sabe que aquilo é  zona húmida, ventosa e no inverno é normal formarem-se muitas geadas...
No início da década de 90, muitos figueirenses devem disso estar lembrados, toda aquela zona esteve alagada ...

António Tavares, apesar de toda a sua cultura, que é vasta e imensa, desconhece muita coisa sobre a Figueira (lembram-se da "estória do cais, que nunca foi cais, mas sim praia da sardinha...), o que é normal, pois não nasceu nem cresceu cá. Só nos últimos cerca de 25 anos é que assentou arraiais.
Albino Ataíde, nasceu na Figueira, mas não cresceu e nem morou cá. 
Apenas exerceu funções na Figueira. E, tal como os seus amigos de Coimbra, vinha passar férias na Figueira.

De  registar que é  na actual zona onde se situa o Horto Municipal, que começa e serve de alguma retenção à vala que vai desaguar junto ao Galante.
Por outro lado, o Horto Municipal, apesar de todos os atentados de que já foi alvo aquele que talvez seja o único parque campismo urbano da europa, também ainda consegue preservar alguma privacidade aos campistas.
Vender o Horto Municipal para expandir um Centro Comercial não será estar a matar o Parque de Campismo?
Ou o objectivo também não será também esse?..

quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

A gente sabe que trabalhar o esgoto é uma merda que não rende votos, mas fica esta postagem a "quem de direito"...


Zona Emanha- Galante: obras de fachada fazem-se...
E onde ficaram as obras estruturantes a encaminhar os esgotos pluviais?..


Já agora, porque o tema é actual, ficam algumas fotos da praia, da área onde estão as "famosas árvores"...

sexta-feira, 9 de setembro de 2016

Temos que nos consciencializar, de uma vez por todas, que a poluição deu cabo da qualidade de vida na nossa cidade...

Conforme pode ser lido hoje no jornal AS BEIRAS, com chamada de primeira página e tudo, dando voz à concessionária de água e saneamento do concelho, Águas da Figueira, os "odores de esgotos na Ponte do Galante vão ser eliminados"...
Tarefa muito difícil, digo eu...
A foto à direita, é dos anos sessenta do século passado. Recorda as casas que ocupavam o espaço onde foi construído o hotel, na foto da esquerda, e que tanta polémica provocou... Numa avenida junto ao mar, dos prédios de primeiro andar, passou-se para um  edifício com 16 pisos. Quem manda na Figueira, pôde. Ponto final.

A não esquecer a fita que continua em exibição no mesmo local: Galante – a Farsa – Retrato de incultura urbanística.
Há imagens que ficam para sempre.
E fica-nos na memória porque são de uma subtileza enorme. Tudo sugerem...
E é precisamente aí que reside o enorme poder de fixação que provocam em todos os que recordam esta fita.
Na verdade, para quem costuma estar atento ao pulsar da Figueira ao longo dos tempos, impossível esquecer esta imagem. 
Tornou-se numa imagem de marca da Figueira, pós 25 de Abril, a que não podemos fugir, pois ela impõe-se-nos de uma forma incontornável... 
Seria imperdoável não lhe prestarmos a atenção devida.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Lembram-se das Abadias antes das cabras?..

Num texto magnífico, publicado quinta-feira,13 de junho de 2013 no jornal AS Beiras, que eu li na edição papel e vou tentar trazer aqui um resumo tanto quanto possível fiel, fiando-me na minha memória, Rui Curado da Silva lembra “que nos anos 60 do século passado a Figueira teve o privilégio de ter o arquitecto Alberto Pessoa e o paisagista Ribeiro Telles a pensar a cidade”.
Imaginaram “2 corredores verdes a acompanhar 2 pequenos cursos de água com origem na Serra. Um,  atravessava as Abadias, terminando no rio; o outro, corria até ao mar, atravessando o Vale da Ponte do Galante”.
No mesmo texto que estou a tentar resumir de memória, Rui Curado da Silva ressaltava que“os espaços verdes, em que a natureza trabalha por sua conta,  são naturais e comuns em  cidades alemães e na Europa do norte”.
Aqui na Figueira, ao que parece, outro dia foi um escândalo, para  certas pessoas, ver cabras a pastar nas Abadias!..
Curiosamente – continuando a  citar de memória Rui Curado da Silva – houve quem se escandalizasse com as cabras, mas aprovou a urbanização e o hotel que assassinaram o corredor verde do Galante”.

Em tempo.
Antes de junho de 2013, a erva das Abadias era tão boa que nem se podia jogar futebol em cima dela.

sexta-feira, 24 de abril de 2015

A erosão a sul pode esperar?.. Depois não digam que foram apanhados de surpresa...

Aquilo que há muito temia está a confirmar-se: a situação, preocupante e perigosa, da orla costeira a sul do quinto molhe, na orla costeira da freguesia de S. Pedro continua a ser branqueada e mal avaliada pelos órgãos de informação e por quem de direito – poder local e central.  
Hoje, porém, já não se consegue esconder aquilo que está à frente dos olhos de toda a gente.  A  intervenção humana tem vindo a acelerar a erosão costeira da duna, a sul do 5º. Molhe entre o 5º. Molhe e a Costa de Lavos e a duna, naquele local, desapareceu. 
E isso era perfeitamente previsível: o Laboratório de Engenharia Civil previu isso mesmo nos anos 60 do século passado.
Numa sessão pública realizada em março, na Junta de Freguesia de S. Pedro, promovido pelo Bloco de Esquerda, o dr. Filipe Duarte Santos (Grupo de Trabalho da Orla Costeira) considerou que a melhor solução para a defesa da orla costeira é repor a praia. No caso da nossa freguesia passa por “transportar” a areia da praia da Figueira, retida pelo molhe norte – problema que os 400 metros construídos na última intervenção agravaram – para as praias de S. Pedro. 
Hoje, é notícia de primeira página no jornal AS BEIRAS, algo que  vai inviabilizar a defesa e protecção das praias a sul: a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) aprovou o projecto de requalificação do areal urbano, apresentado pela Câmara da Figueira da Foz. 
Numa primeira fase, a autarquia vai construir uma pista de atletismo, uma via mista para ciclistas e peões, um novo parque de skate, reformular o sistema de passadiços de madeira e reabilitar os espaços desportivos. As valas de Buarcos e da Ponte do Galante vão ser soterradas. As obras do projecto global de requalificação do extenso areal deverão arrancar até ao final do ano, prevendo-se que fiquem concluídas dentro de 12 meses. Têm um orçamento de dois milhões de euros, que a autarquia vai buscar ao Turismo de Portugal, que acumula verbas das contrapartidas da zona de jogo. A intervenção tem como eixo fundamental a via clicável e pedonal, que vai dividir o areal urbano em duas partes – a antepraia e a zona de banhos. O “Anel das artes”, um anfiteatro redondo, bem como outras propostas recentemente apresentadas pela autarquia, na sequência da reformulação do projecto vencedor do concurso de ideias que lançou no anterior mandato, ficam para uma fase posterior. 
É fácil de deduzir, portanto, que o problema da erosão a sul da barra do Mondego terá de esperar... 
Esperemos é que haja tempo. Depois, não digam que não foram avisados. Aproveito para recordar o que me tem dito ao longo dos anos o velho e experiente Manuel Luís Pata, nas inúmeras e enriquecedoras conversas que ao longo da vida com ele tenho tido:  “a Figueira nasceu numa paisagem ímpar. Porém, ao longo dos tempos, não soubemos tirar partido das belezas da Natureza, mas sim destruí-las com obras aberrantes. Na sua opinião, a única obra do homem  de que deveríamos ter orgulho e preservá-la, foi a reflorestação da Serra da Boa Viagem por Manuel Rei. Fez o que parecia impossível, essa obra foi reconhecida por grandes técnicos de renome mundial. E, hoje, o que dela resta? – Cinzas!..”

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Recordando a mania das grandezas da elite local...

primeira página do jornal 
barca nova de 26 de de Junho de 1981 
A meu ver, para a elite local que ascendeu ao poder depois da implantação da democracia, que continua a gostar de tudo converter em negócio, a edificação de grandes obras representou sempre uma manifestação de megalomania.
Como a memória é curta, recordo que o ódio contra as monarquias se construiu, também, com este tipo de argumentos...
Se conhecermos, minimamente, a tradição local edificadora dos que acreditam numa dimensão superior da governação, a edificação desses projectos megalómonos não tinha por objectivo servir os figueirenses.
Recordo os ainda pouco distantes e “saudosos tempos de Aguiar de Carvalho e de Santana Lopes, dos objectivos grandiosos de um magnífico aeroporto, de um moderníssimo comboio TGV em monocarril a ligar Figueira a Fátima ou de um grandioso estádio para o europeu de futebol de 2004...” 
Confesso que foi o que agora senti com a apresentação do projecto para o reordenamento do areal urbano da Figueira da Foz e Buarcos, apresentado pelo arquitecto Ricardo Vieira de Melo, vencedor do concurso de ideias para esta zona de praia, lançado pela autarquia em 2011, nas palavras do presidente João Ataíde, “um ponto de partida para a municipalização desta zona tutelada por várias entidades.” 
Quem é velho, e consegue manter a memória, sabe que isto não passa de conversa da treta, que, aliás, já vem de muito longe.

A talhe de foice, recordo uma célebre reunião de 18 de Junho de 1981 realizada no auditório do Museu Municipal, por iniciativa do executivo camarário de então, para debater o "Projecto da marginal oceânica".
Recordo que a noite estava bastante quente. Dentro das sala abafava-se. Mesmo assim, e a constatar o interesse que para os figueirenses sempre teve a urbanização daquele imenso areal (o areal tornou-se naquele monstro após a construção dos molhes que fixaram a barra), estiveram presentes mais de cem pessoas.
O Presidente da Câmara abriu a sessão. Depois de apresentar a mesa que ia dirigir os trabalhos (além dele, era formada pelo engº Muñoz de Oliveira, Director-Geral dos portos; eng. Nelson Gomes e arquitectos Alberto Pessoa e Mário Pereira da Silva), proferiu algumas palavras  introdutórias breves ao assunto que se ia debater.
O eng. Muñoz de Oliveira usou a seguir da palavra para fazer um resenha sobre a alteração das correntes marítimas na costa portuguesa e as respectivas transformações que daí advieram.
Os arquitectos Alberto Pessoa e Mário Pereira da Silva forneceram algumas informações sobre o projecto popularmente conhecido como de urbanização do areal da praia.
De forma sucinta recordo e realço os seguintes pontos.
Dos (então existentes) 680 metros do areal da praia, só poderiam ser aproveitados para este projecto 350; não se encontrava prevista a construção de nenhuma avenida no areal da praia, por não se verificarem condições de segurança para a sua protecção posterior à fúria do oceano. A única via a instalar no local ligaria a Ponte do Galante ao Forte de Santa Catarina, ficando paralela à Avenida 25 de Abril; no local seriam erguidas algumas construções: parque infantil, campos de jogos, zona comercial, piscinas, coreto, etc.. Ali, ficaria também instalado o Pavilhão de Congressos. Ainda segundo o que foi sublinhado na altura, o acesso  de peões a esta nova área urbanizada far-se-ia através de túneis subterrâneos, que seriam implantados na marginal.
A terminar, o dr. Joaquim de Sousa, presidente da Câmara na altura, referiu que este projecto poderia sofrer algumas alterações de pormenor.
Na ocasião foi dito pelo dr. Joaquim de Sousa que esta obra iria ser construída a longo do prazo.

Percebem agora o "Blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá... ou um caso clínico?.."
No fundo, na Figueira nada de novo acontece... 
A história, simplesmente, repete-se... 

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Ranking da Transparência das autarquias: Figueira da Foz cai do 1.° lugar para a 11ª. posição!.. Deixaram de ir aos treinos?... (II)

Na crónica acima, ficamos com a opinião  de Miguel Almeida, vereador da oposição, sobre os rankings de 2013 e 2014. 

Contudo, como a plebe merece mais, ficamos também  a saber “que a Figueira não desceu muito, em termos de pontuação. Os outros municípios  é que melhoraram bastante”.
Acabei de citar a vereadora Ana Carvalho em declarações ao DIÁRIO AS BEIRAS publicadas hoje. A autarca explicou ainda que a queda do município no ranking deve-se ao facto de não ser sido introduzida tanta informação no site como no ano passado, por se encontrar em construção a nova página da autarquia, que ficou disponível na semana passada.
Aliás, segundo a vereadora Ana Carvalho, “o novo site está bastante melhor”comparando-o com o anterior. E tem novos conteúdos que podem contribuir para o aumento da transparência na gestão da autarquia, como, por exemplo, o currículo e os salários dos membros do executivo camarário...
disponibilização do site em telemóveis e tablets e a tradução em vários idiomas serão os passos seguintes, adiantou ainda a vereadora.

É este o retrato da transparência democrática num dos concelhos deste país.
Quem conhece a Figueira e os figueirenses, percebe porque é que isto é assim, mas resigna-se - se calhar, como dizia o outro, não pode ser de outra maneira... 
Por mim, podem limpar as mãos à parede...dos rankings...

Na Figueira, há gente que continua a não se deslumbrar com as luzes do Paquete encalhado no GALANTE, apesar de a versão oficial do regime o considerar um "projecto sustentável"...

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Marginal figueirense

Nesta altura, presumo que anos 70 do século passado, embora a pressão imobiliária já se pressinta ao fundo na volumetria da construção, ainda não dava para imaginar o pesadelo urbanístico de que estas avenidas - 25 de Abril e Brasil -  viriam a ser vítima nos dias que passam. 
Estas avenidas figueirenses, hoje, são o espelho de um Portugal que abdicou do planeamento urbanístico. 
Tal como um pouco no resto do País, também na Figueira, tudo passou por "operações tipo uma bolsa de valores", com "os terrenos a valerem em função do seu proprietário"
O denominado caso Galante é um exemplo disso. 
E tudo poderia ter sido diferente e tudo poderia ter sido evitado. 
Na Figueira, tal como no resto do país, tinha bastado um "planeamento simples e claro", um "licenciamento simplificado, automático ou quase inexistente", que responsabilizasse construtores, urbanistas, arquitectos e autarcas... E uma "fiscalização aleatória"
Mas, para isso, era necessário que os os tribunais e a Inspecção-Geral da Administração Local funcionassem e outra postura dos políticos - os políticos passaram a ser "mandantes, caciques" do "poder económico"
E, entretanto, pelo caminho foi enriquecendo muita gente.
Mas, isso, é uma história que, talvez, quem sabe, ainda um dia venha a ser escrita...

terça-feira, 29 de julho de 2014

Uma história figueirense: o outro lado do oásis...

José Santos, via Figueira na Hora
 "Centena e meia de patos morreram no Oásis da praia da Figueira".
"Já ao final da tarde da passada segunda-feira eram visíveis muitos patos mortos no Oásis da Praia da Figueira da Foz, mas hoje de manha “era uma lástima, talvez mais de centena e meia estavam mortos no lado” dizia-nos um morador da Ponte Galante que assistia revoltado a toda aquela tragédia.
Hoje ao princípio da tarde, funcionários da autarquia ainda andava a retirar os últimos, enchiam sacos de plástico e levavam para uma camioneta e de vez em quando, ainda aparecia um ou outro com sinais de vida como pudemos documentar numa das fotografias juntas.
Fala-se em algumas causas, como por exemplo, descarga de água de uma piscina com cloro, mas de uma coisa há a certeza, a falta de cuidado, vigilância, higiene e limpeza com o oásis, que está cheio de lodo e infestado de lixo
O Oásis que foi uma mais-valia turística é hoje um ponto negro para a cidade pelo desleixo a que foi votado."


Actualização: 
Fonte da autarquia figueirense contactou o Figueira Na Hora para esclarecer que o número de patos mortos ronda os 25 e não os cerca de 150 conforme avançado no local por populares e residentes nas imediações que foram acompanhando os trabalhos.
Quanto à causa da mortandade, a mesma fonte adiantou que só se irá pronunciar após conhecimento do resultado das autópsias que deverão acontecer amanhã.

quinta-feira, 17 de julho de 2014

Vai cair o muro de silêncio?..

A propósito da investigação que, segundo foi noticiado recentemente, o Ministério Público vai fazer à Junta de São Pedro, tem-se falado muito, outra vez, aqui pela Aldeia, de justiça, da presunção de inocência e de julgamentos justos. 
Há por aí, até, quem seja da opinião que, no fundo, no fundo, em Portugal, na Figueira e na Aldeia, não se passou nada. 
É claro que, em Portugal, na Figueira e na Aldeia não se passa nada...
“Nas últimas duas décadas assistimos a uma série práticas gravíssimas que tiveram o seu pináculo durante os mandatos de Duarte Silva. O à-vontade de certas personagens em casos gravíssimos como o do Galante mostra que havia muita confiança na impunidade.
Se algo de positivo se passou nos últimos cinco anos, sobretudo depois da derrota de Duarte Silva, foi a rejeição clara de uma certa forma de fazer política. Apesar de tudo ainda estamos longe do aceitável, ainda temos grandes berbicachos no concelho. Lá iremos...”
A parte do texto acima, que está entre aspas e a negro, não é da minha lavra. Foi sacada de uma crónica do investigador Rui Curado da Silva, publicada hoje no jornal AS BEIRAS.
A mim resta-me esperar, sem grandes ilusões, que as equipas de investigação, em Portugal, na Figueira e na Aldeia, consigam ultrapassar o muro de silêncio e de interesses...
Eu, não esqueço que estamos num País de senadores. E temos o "arco do poder". E temos o bloco central de interesses...
Querem um exemplo: António Vitorino foi o mandatário do PS às últimas europeias. O seu principal adversário, Paulo Rangel, é seu sócio da sociedade de advogados...
Portugal é isto... VERGONHA?.. 
Não há. Sobra a farsa da falsa seriedade. 
Ser sério, não é ser sisudo. Ser sério, é ser honesto.

segunda-feira, 30 de junho de 2014

H, de “hipocrisia”...

foto Figueira na Hora
Santana Lopes fez um enorme esforço na promoção do concelho, captando mais turistas e tornando a Figueira numa referência no turismo nacional, para que se tornasse menos difícil convencer os grandes grupos hoteleiros a investir. Ainda assim, Duarte Silva, não teve tarefa fácil na captação desses investimentos.
Chegou a ser anunciado um hotel do Grupo Monte Belo, junto das Abadias, mas o investidor acabou por desistir. A única tentativa que deu frutos foi a do agora estreado Hotel da Ponte do Galante.
Duarte Silva, para alcançar este investimento, teve de permitir ao investidor a construção de cerca de trezentos apartamentos, o que causou um coro de críticas de vários sectores da sociedade civil e em especial dos vizinhos do empreendimento. O que é certo é que foi a única forma que o autarca encontrou para viabilizar uma grande unidade hoteleira. Discutível? Certamente, mas foi uma opção e a história o julgará por isso.
Na semana em que abriu portas, a comunicação social e a câmara foram convidadas a conhecer o Hotel. Não é que num enorme exercício de hipocrisia, à excepção de António Tavares, os membros do executivo camarário que no passado fizeram uma guerra sem quartel contra o empreendimento turístico, lá estavam todos?!
Quando foi para abrir o “champanhe”, lá foram deslumbrados cantar hossanas.”
Miguel Almeida, hoje no jornal AS BEIRAS.

Nota de rodapé.
Ao tempo que eu andava curioso por saber quem iria estar presente na inauguração do "babilónico edifício da Ponte Galante", como podem confirmar aqui, aqui e aqui...

quinta-feira, 26 de junho de 2014

Galante – a Farsa – Retrato de incultura urbanística

foto Figueira na Hora
Na Figueira, há gente que continua a não se deslumbrar com as luzes do Paquete encalhado no GALANTE, apesar de a versão oficial do regime o considerar um "projecto sustentável"...

Luís Ramos Pena, na Voz da Figueira:
"Corria o ano de 2004 quando o edil local, coadjuvado por alguns vereadores, defendia “com unhas e dentes” a implantação de um “hotel de referência” para o terreno sito na Ponte do Galante.
O terreno em causa era municipal e tinha sido vendido através de hasta pública nos finais de 2001 com uma finalidade bem precisa: a construção de um hotel com 4 andares e com a classificação mínima de 4 estrelas.
A escritura propriamente dita só viria a concretizar-se em 26 de Junho de 2003, altura em que a empresa Imofoz, única concorrente à hasta pública, comprou de manhã o terreno por 1.850.540,20€ para, algumas horas depois, no mesmo dia, o ir vender à Fozbeach por 2.992.787,38€.
Entre a data da hasta pública, realizada no Município em 18/12/2001, e Junho de 2003 foi preparado, nas costas dos cidadãos, um plano de pormenor para permitir o edificado que hoje pode ser constatado no local e arrepia qualquer ser humano que tenha o mínimo de gosto e sensibilidade.
A confecção desse “prato” foi digna de um verdadeiro “chef”, com avental a rigor, e secretamente cozinhado com os melhores conselhos e pareceres encomendados aos vários patamares da administração pública. Com efeito, a elaboração do Plano de Pormenor da Ponte do Galante processou-se no maior sigilo, à revelia dos princípios de participação democrática das populações na elaboração dos planos, e portanto sem dar oportunidade aos munícipes de nele intervirem com as suas sugestões. Na proposta do Plano, a unidade hoteleira do pré-anunciado hotel – fundamento da suspensão – transita para hotel de apartamentos e, mantendo a mesma área de implantação, dos iniciais 4 passa para 16 pisos, aumentando exponencialmente a densidade prevista para o local.
Entretanto, a Câmara Municipal procedeu à desafectação de terrenos que continuam no uso público (passeios) para os poder vender directamente à Fozbeach, SA já na vigência da suspensão do Plano de Urbanização. Os cidadãos, na altura, mostraram a sua indignação, não tanto pela torre, agora acabada de inaugurar com pompa e circunstância, mas sobretudo pela vergonhosa envolvente pouco condizente e apropriada para acompanhar o denominado “hotel de referência”.
Os figueirenses foram insultados com a plantação dessa selva de betão composta por sete blocos de apartamentos e 298 fogos – alheia ao interesse público – e visando apenas o enriquecimento de um promotor.
Já na altura, estávamos em 2004, muitas vozes afirmavam que a Figueira tinha milhares de apartamentos devolutos. Custa muito ter razão antes do tempo, sobretudo vários anos antes do rebentar da crise em 2008…
Mas o poderio económico foi mais forte do que a razão dos cidadãos e o fenómeno da Ponte Galante ficará na história como um exemplo de escola do bom funcionamento do bloco central de interesses (elementos do PSD e elementos do PS, de nível superior, colaboraram intimamente para que o projecto florescesse).  
Infelizmente, os enormes erros urbanísticos cometidos nesta cidade, durante os anos 80 e 90, não serviram de emenda…
O Galante é um mero caso particular de uma síndrome nacional que arrasou a economia e o território para beneficiar um grupo ínfimo de “promotores”. Constituiu um oásis para o “pato bravismo” – há quem lhe chame “chico espertismo” – que, ao não conseguir na íntegra os seus objectivos, não se coibiu de emparedar algumas habitações contíguas ao empreendimento imobiliário.
Agora, em 2014, façamos votos para que venham centenas de charters com turistas chineses, russos ou quiçá angolanos, para fazerem a devida ocupação do hotel de apartamentos, tanto mais que, em vez de uma envolvente verde condigna, consta que há por ali uma envolvente cor-de-rosa com striptease…"

Jorge Tocha Coelho, no Diário de Coimbra

terça-feira, 24 de junho de 2014

Finalmente abriu...

«Vai ser um projecto sustentado e que se irá justificar. Estamos todos empenhados neste projecto. Na Figueira cultiva-se o prazer da hospitalidade», disse João Ataíde na oportunidade...
O hotel, que se situa junto à Ponte Galante, em frente para a marginal oceânica, abriu no sábado passado e o feedback dos clientes tem sido “bastante positivo”. Ontem, em declarações aos jornalistas, Luís Cruz, que dirige o Grupo Hotusa em Portugal referiu que no primeiro dia foram “vendidos” 40 quartos. Relativamente aos preços, realçou que serão feitas promoções específicas para os figueirenses...

terça-feira, 29 de abril de 2014

"Precisamos de denunciar a captura de poderes autárquicos e serviços municipais ou estatais por interesse privados especulativos e opacos..."

A propósito das recentes notícias de abertura do TITANIC, talvez não
seja desapropriado lembrar o que pensa a arquitecta Helena Roseta acerca do monstro.

A história do Plano de Pormenor do Vale de Galante reúne tudo o que não deve ser feito no ordenamento do território. A espiral de trapalhadas e multiplicações de valor sucessivas, a partir de um terreno municipal destinado inicialmente a um equipamento desportivo – tanto quanto sei, uma piscina – para acabar, depois de sucessivas decisões precipitadas ou pouco claras, num aparthotel com 16 pisos e 6 torres com mais de 200 fogos, é um escândalo nacional que não pode passar impune.
Para continuar a ler, clicar aqui.

segunda-feira, 3 de março de 2014

O mau tempo e a chuva?..

Todos os anos é a mesma coisa. Portanto, será que só temos de nos habituar?  
Refiro-me ao carnaval brasileiro que se faz em Buarcos e em muitos outros lugares deste nosso Portugal.
Fui uma vez, uma única vez, ver  aquelas mulheres de biquíni, a sambar à chuva e ao frio para algumas dúzias de  gatos pingados agasalhados até às orelhas.  
Com o devido respeito pelas belíssimas curvas de algumas esforçadas e dedicadas bailarinas, aquilo é estúpido visto de qualquer  ângulo.
Sambar na Avenida entre o Galante e a Praia de Buarcos, em Fevereiro, é uma aberração tão grande como a de colocar uma pista para  esquiar no enorme areal da praia que fica mesmo ao lado, em Agosto...
Pura e simplesmente, não faz sentido.
Carnaval, disse há dois anos um deputado do PSD,   "será dia de trabalho como os outros”.
Ora, nem mais.
No Parlamento, é que pode ser  carnaval todos os dias.

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

A Morte dos últimos pinheiros do saudoso PINHAL SOTTO MAYOR



O blogue O Ambiente na Figueira da Foz, no passado dia 25, referiu-se ao assunto...
O que me fez recordar algumas “estórias” da Figueira, dum passado relativamente recente...
Depois do acto criminoso cometido com o aval de um executivo socialista do  final do século passado (em 1995), que permitiu a destruição maciça do verde arborizado da mata do Sotto Mayor, eis que,  já em pleno século XXI, permite-se a continuação dos erros do século passado, ao serem derrubados os últimos pinheiros ali existentes.
Isto tudo, ali bem perto de outro crime urbanístico - o do Galante -  que foi implementado pelo executivo "Social Democrata" a partir de 2003, cuja herança os cidadãos desta urbe terão de suportar por várias décadas.
Ficam  umas fotos, algumas delas com algum valor histórico...