quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

A propósito de erosão costeira, recordo...

Engenheiro Baldaque da Silva, João Pereira Mano e Manuel Luís Pata.

Na Aldeia da subserviência...

Dizia Einstein que existiam duas coisas infinitas: o Universo e a estupidez humana.
Ainda não estamos seguros sobre se o Cosmos é ou não infinito mas, seguramente, a estupidez humana não conhece barreiras ou limites.
Quando a subserviência a interesses de terceiros, prejudica o interesse de quem o elegeu, a isso chama-se traição.
Vivemos numa Aldeia domesticada...
Domesticados já estamos há muito...
Até fomos elogiados por sermos bem comportados.
Não há movimentação social.
Nas próximas eleições ganharão os mesmos ou os «outros», os tais do arco...
É isto uma Aldeia democrática?..
Parece-me mais uma ditadura moderna onde em vez de partido único há, no máximo dos máximos, o bipartidarismo «do arco».
Mas, sobretudo, vivemos numa Aldeia onde o que não há é política, que o mesmo é dizer, não há ideias.
Neste momento, na Aldeia, o cargo de político começa a parecer desnecessário...
Domesticados, há muito, já fomos...
E isso nota-se...  

X&Q1234


O mar continua a “engolir” sistema dunar em S. Pedro

foto de António Agostinho
Estávamos em 11 de abril de 2008, uma sexta-feira.
O prolongamento em 400 metros do molhe norte do porto da Figueira da Foz foi adjudicado nesse dia, um ano depois do lançamento do concurso público que sofreu reclamações dos concorrentes e atrasos na análise das propostas.
A obra, considerada fundamental pela tutela e comunidade portuária, visava permitir a melhoria das condições de acessibilidade ao porto da Figueira da Foz.
Cerca de 7 anos depois de concluída a obra, a barra, para os barcos de pesca que a demandam está pior que nunca e a erosão, a sul, está descontrolada. 
Neste momento, pode dizer-se, sem ponta de demagogia, que é alarmante: o “mar continua a “engolir” sistema dunar em S. Pedro”.
Repito a pergunta que fiz neste Outra Margem, nesse dia 11 de abril de 2008, pois ainda não obtive resposta:
Será que alguém sabe, porque estudou, as REPERCUSSÕES QUE MAIS 400 METROS NO MOLHE NORTE terão na zona costeira na margem a sul do Mondego?

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Há cafés que morrem devagar...

Desta vez, o Nicola morreu mesmo...

Daqui a pouco na Foz do Mondego Rádio "Tem a palavra" Pedro Cruz



Hoje, das 21 às 22h00, o fotojornalista Pedro Cruz é o convidado do programa da Foz do Mondego Rádio "Tem a Palavra", para uma conversa sobre o seu percurso, as suas referências, os seus objectivos e, em especial, a exposição que inaugura, este sábado, no Mercado da Gala, "Alerta Costeiro 14/15", em que denuncia, através de dois anos de fotografias, a degradação da orla costeira na margem sul. 
Um programa a não perder, em 99.1 e em myradiostream.com/fozdomondego.

X&Q nº1235


O inverno ainda não acabou, cuidado com alguma inundação...

Uma Aldeia em agonia...

Vejam o que o mar comeu em 13 meses!..
Encontrei a foto acima no facebook do João Pita
Foi publicada em 23 de Janeiro de 2014.
Encontrei a foto acima no facebook do Pedro Agostinho Cruz
Foi publicada em 21 do presente mês Fevereiro. 

Entre uma e outra fotos, decorreram apenas cerca de 13 meses. 
Isto, que temos vindo a denunciar desde 11 de dezembro de 2006, é uma vergonha. Mais do que uma vergonha, é uma imoralidade.
Para além das pessoas, sem dúvida o mais importante, também está em risco, todo um património conquistado ao longo de vidas trabalho, por vezes, sabe-se lá com que sacrifícios...

Leituras

para ler a crónica, clicar na imagem
É uma característica bem figueirense. Nesta coisa do carnaval, “não somos gajos tesos” ainda que, no dia-a-dia, o sejamos.
Mas, isso, são outras contas.

Na Figueira não pode ser sempre carnaval. Todos sabemos que a maior razão da manutenção do Carnaval de Buarcos ao longo dos anos, pago com fundos públicos por executivos camarários PS e PSD, se deve ao facto de só assim ser possível manter as escolas de samba que, como sabemos, representam muitos votos.
As virgens ofendidas que têm permitido com a sua cobardia política a modalidade que praticam as escolas de samba, financiadas ao longo dos anos por dinheiros públicos, provendo deste modo - com o dinheiro dos outros – as suas actividades lúdicas, fariam um favor à sociedade se começassem a custear do seu bolso essas práticas. Seguramente que o seu orgulho, seria mais seu, e o seu esforço, mais admirável.
No fundo, resume-se ao princípio tão em moda, do utilizador-pagador.

Poderiam orgulhar-se, pessoal e individualmente, dos seus feitos ou, do apoio dado à escola do seu coração. As escolas de samba, enquanto auto-suficientes e propriedade dos seus indefectíveis, financiadas por eles próprios, merecem-me o respeito que qualquer pessoa colectiva ou particular é credora. As outras, as que se alimentam dos impostos e estratagemas diversos, merecem-me apenas, distanciamento.

É aceitável o argumento de que é preferível manter os jovens ocupados mesmo que seja a sambar do que deixá-los à deriva.
Creio, porém, que é para isso que os contribuintes figueirenses já pagam, por exemplo, o desporto escolar, o Museu e Biblioteca e o CAE.
No usufruto do direito de opinião e livre expressão constitucionalmente garantidos, contesto a prática de distribuição sistemática de subsídios para o carnaval - entenda-se em minha opinião, gasto injustificável de dinheiro público.
Na crise em que o nosso concelho continua mergulhado, é inaceitável que as autarquias continuem a exigir mais e mais impostos aos cidadãos para os delapidarem em propaganda eleitoral. É óbvio que a este executivo, como disso já deu muitas provas -  falta também a lucidez e a coragem para acabar com este e outros carnavais.

Já quanto ao combate à anterior “tesura” - que até deu para ficar a dever ao quiosque - referida na crónica do vereador Tavares, é pena que se não verifique o mesmo empenho quando se trata de defender o património que mexe com a qualidade de vida de todos – como é o caso do lastimável estado das estradas do concelho.
Veja-se, por exemplo, o que se passa na saída do Hospital Distrital da Figueira da Foz: no parque de estacionamento pago a Câmara “investiu” mais de 80 mil euros num piso que está um brinquinho. Logo que que se passa a cancela que controla a “bilheteira” é o caos que clicando aqui pode constatar...
A política e a culinária devem respeitar o mesmo princípio: precisam de ingredientes certos, mas é na sua correcta aplicação que está a arte. 

Uma ideia...

Uma imagem para um cartaz a exibir na campanha eleitoral de 2015...

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Harald Schumann, jornalista alemão que está a realizar um documentário sobre a troika, explica ao PÚBLICO por que acusou o Governo português de "censura"...


Em tempo.
O que mais o surpreendeu na situação portuguesa?
O facto de terem tido - em proporção - a maior manifestação de todos os países em crise, mas que não teve qualquer impacto… Se, na Alemanha, 10% da população saísse à rua para protestar, o que significaria uma manifestação de 8 milhões de pessoas, nenhum Governo sobreviveria a isso intacto.

O mar continua a invadir a freguesia de S. Pedro

mais fotos de António Agostinho aqui.

Ontem, foi noite de óscares...

Prémio para o melhor actor secundário
Pedro Passos Coelho em “O bom alemão a quem o medo consome a alma"... 

Na Figueira têm sido décadas de carnaval!..

notícia jornal AS BEIRAS

A “barrinha do sul”... (II)

para ler melhor clicar na imagem

Atenção ao mar de hoje até quarta-feira, pois são esperadas ondas que podem atingir os 10 metros.
Dez distritos do continente vão estar sob aviso laranja a partir das 00:00 desta terça-feira devido à previsão de agitação marítima, com ondas até 10 metros, informou o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA). 
De acordo com o IPMA, os distritos de Viana do Castelo, Braga, Porto, Aveiro, Coimbra, Leiria, Lisboa, Setúbal, Beja e Faro vão estar sob aviso laranja, o segundo mais grave de uma escala de quatro, entre as 00.00 de terça-feira e as 6.00 de quarta-feira devido à previsão de ondas com 5 a 7 metros, podendo atingir os 10 metros. 
Estes mesmos dez distritos vão estar sob aviso amarelo, o terceiro mais grave de uma escala de quatro, entre as 21.00 e as 23.59 desta segunda-feira, prevendo-se ondas com 4 a 5 metros. 

Tributo a José Afonso - 23/02/1987 - 23/02/2015

Onde quer que estejas...nós estaremos contigo!
Obrigado pelas tuas canções!


Aproxima-se Abril e a generosidade que tantas vezes salta fronteiras e se aproxima dos que combatem pela liberdade ou, apenas, por um futuro digno, começa a ser mais assiduamente evocada. 
Pode haver gente ignorante ou miserável que despreza a história ou os outros - mas, a esses devemos ter a sabedoria de desprezar...
Estamos quase em Abril, o mês do generoso laço da Fraternidade e da Liberdade que nunca deveremos calar no nosso peito.
A vida de um País é naturalmente cheia de períodos bons e de outros para esquecer. O período que estamos a atravessar é destes últimos: para esquecer.
Abril, para mim, todos os anos é um bom mês para renascer. 
José Manuel Cerqueira Afonso dos Santos, que nasceu em Aveiro, a 2 de Agosto de 1929, morreu em Setúbal, no dia 23 de Fevereiro de 1987.
Foi um cantor e compositor português, também conhecido pelo diminutivo familiar de Zeca Afonso, que para muitos continua a ser sinal de esperança no futuro. 
Portanto, neste dia que fica aqui superiormente assinalado com o texto inédito do meu Amigo Luís Pena, fica a esperança que a esperança renasça, que a vontade de lutar renasça, que a força renasça - até porque, nossos, são possíveis todos os caminhos.  

O texto de Luís Pena:
"Hoje, tal como defendia o Zeca, já em 1963, é preciso enfrentar os Vampiros que “comem tudo e não deixam nada”, opormo-nos a um modelo de sociedade que nos oprime e que “é imposta aos jovens de hoje, teleguiada de longe por qualquer FMI, por qualquer deus banqueiro” por uma Troika sem qualquer legitimidade democrática, cuja politica cega de austeridade empobreceu o país e que foi, pasme-se, recentemente criticada pelo presidente da Comissão Europeia, o senhor Junkers.
José Afonso defendeu dois ideais fundamentais: a liberdade e a justiça social.
O primeiro ele pôde realizá-lo ao cantar sem ter a Pide à espreita…
O segundo, infelizmente, está por alcançar e daí as suas canções continuarem actuais.   
- Que canção cantaria Ele hoje, se fosse vivo, sobre a corrupção e as gritantes desigualdades sociais que assolam este país?
- Que canção cantaria Ele hoje, se fosse vivo, sobre o patobravismo e chico-espertismo que destruiu a paisagem do litoral português?
-Que canção cantaria Ele hoje, se fosse vivo, sobre a emigração dos jovens?
-Que canção cantaria Ele, se fosse vivo, sobre a Troika e a servil submissão de Portugal à Alemanha?
- Tantos temas e canções que tinhas para nos cantar…
O Zeca está entre nós, com os seus sonhos e denúncias, com a sua imensa autenticidade e generosidade.
Obrigado, Zeca, pelas tuas canções, pelas tuas mensagens e, sobretudo, pela tua Dignidade! 
Um abraço,
Luís Pena"

domingo, 22 de fevereiro de 2015

Um calendário - já!..

Na sua habitual crónica dos sábados no jornal AS Beiras, o engº. João Vaz deu conta do óbvio.
"A maior parte das estradas do concelho está degradada. Sabemos todos que não há manutenção preventiva nem planeamento na sua conservação. Além disso, o excesso de vias asfaltadas (mais de 900 km), devido à dispersão urbanística, exige meios financeiros consideráveis. Principalmente os “rasgos” e remendos sucessivos estragaram as vias. As várias entidades que abrem buracos (águas, electricidade, comunicações, gás) não comunicam entre si. Logo, abrem buracos a mais. Muitas vezes, a rua é asfaltada e na semana seguinte já alguém decidiu meter “um tubo” e criar um “rasgão”, ou seja, um “buraco”. Esta ineficiência do abre e fecha buraco é agravada por um regime legal que não obriga a quem abre “buraco” a repor o piso por completo. A lei fomenta o remendo. Pouco se houve ou vê que demonstre empenho das entidades em coordenar esforços e evitar os agora “inevitáveis” buracos. A câmara, ao tapar buracos, não o faz de forma eficiente."
No sentido de dar ideias para a resolução de tão cadente problema, fica o seguinte.
Que tal, todos os membros do executivo camarário - incluindo a oposição - e da assembleia municipal despirem-se para um calendário a vender no concelho e além-concelho...
Neste momento, não vejo outra solução para a ajuda de que tanto necessitamos para colocar minimamente aceitável, por exemplo, a circulação nas estradas da Serra da Boa Viagem.
Além do mais, sempre seria um gesto solidário, visto que há muitos anos não sabem fazer-nos mais nada...