segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Não estamos preparados para a chuva

Basta que chova bem uns minutos, para logo as ruas se encheram de água. As sarjetas não escoam, os passeios estão esburacados ou mal feitos, as ruas desniveladas com os veículos a lançarem nuvens de sujidade contra os transeuntes. 
Esse, porém, não é só um problema de Lisboa -  com bem sabem os figueirenses. 
Alguém das edilidades deveria estudar a fundo este quase "fenómeno" e tomar as devidas precauções. 
Para bem de todos os lisboetas - e não só, como bem sabem os figueirenses!..

Política e agências

"Tornaram-se incontornáveis para os partidos de poder e seus ‘sacos azuis’. Se a Justiça investigasse algumas delas, o regime abanava. E o jornalismo ficava ainda mais de rastos. É que tais empresas não fazem outra coisa que não seja verdadeiro tráfico de influências."

No seio do PSD este acontecimento deve ter apanhado tudo e todos de surpresa pelo que ainda não há reacções oficiais. Nos bastidores as movimentações devem ser vastas...

"PSD focado na recuperação do emprego e na natalidade"...

"Indefinição estratégica"

Miguel Almeida, vereador Somos Figueira, no jornal As Beiras

De escritor-promessa da geração de 1990 a persona non grata do meio literário português, eis Paulo José Miranda...

Paulo José Miranda foi o primeiro prémio Saramago. Depois desapareceu. Ao contrário dos tordos, dos peixotos, dos hugos-mães e de outros “accionistas da própria propaganda” - ícones de uma certa literatura de massas, “laite”, ou de supermercado- Paulo nunca teve promoção com turnê organizada, nem convite para escrever em jornais e revistas de referência (ele acha que sabe porquê – “tem a ver com a compreensão, muito correcta, do que é a minha escrita”). Foi-se embora. Mas, ao contrário de Camões, não voltou nem vive da tença. Está agora no Brasil, onde foi descoberto por João Paulo Cotrim, da editora Abysmo, que lhe está a editar a obra.
Graças ao Fernando Campos, a quem agradeço desde já, descobri este escritor no supermercado... 
Fiquei a saber que de dois em dois anos, no outono, quando Pilar del Río anuncia o Prémio Saramago, há sempre alguém que pergunta «o que é feito de Paulo José Miranda?», e há sempre alguém que responde: «Foi para a Turquia, gastou todo o dinheiro em vinhos caros e ficou por lá.» 
Como não há mais pormenores, a conversa morre aqui e a lenda compõe-se com os detalhes que a imaginação de cada um permite. Porém, a realidade é outra, e se Paulo José Miranda está mais perto do que se supunha, a sua história é mais fascinante do que qualquer ficção que sobre ele se tenha inventado.

"Bairrismos"!..

Li a preocupação da vereadora dona Ana Carvalho e surpreendeu-me...
Todos sabíamos na Figueira que era isto que ia acontecer ao nosso porto comercial, menos quem mandava em Dezembro de 2006, depois de termos sido "apresados" por Aveiro: "Não há lugar para bairrismos”, disse o presidente da câmara municipal da Figueira da Foz de então, o falecido eng. Duarte Silva. Recordam-se?..
Senhora vereadora: como certamente não desconhece, o mundo, muito menos Portugal,  não está propenso a grandes esperanças, quanto mais a nobres atitudes. O mundo, e igualmente Portugal, está cada vez mais entregue a profissionais da sobrevivência profissional e política no jogo dos favores e na dança dos tachos.
São eles a nova elite, boçal e corrupta, que tudo contagia. É capaz de tudo, quando está em causa a candidatura a lugares proeminentes. 
É assim que se garante a   paz no mundo, em Portugal, na Figueira e em Aveiro -  por desalento.
Por aqui, a democracia está viva e recomenda-se - mas pela indiferença. O poder manda - mas por apatia. 
É redutor?..
É que temos...
Em 2006, lembra-se senhora vereadora, o governo era PS... Portanto.

sábado, 20 de setembro de 2014

Já que é assim tão difícil de confirmar!..

Segundo o Económico, "Passos não se lembra se recebeu dinheiro"!..
"Não tenho presente todas as responsabilidades que desempenhei há 15 anos, 17 e 18. É-me difícil estar a detalhar circunstâncias que não me estão, nesta altura, claras, nem mesmo nas supostas denuncias que terão sido feitas", sublinha ainda o referido jornal.
Óh senhor primeiro-ministro, por quem sois: já que deve ser assim tão difícil, não gaste a memória, 
o bom povo português que tricota telenovela e apaparica futebol nem vai dar conta do possível descuidoperdido que anda com as tropelias do Mourinho e as andanças de um Jesus...

Figueira da Foz - 132 anos de cidade

Hoje, sábado, dia 20 de setembro de 2014, comemora-se o 132.º aniversário da elevação da Figueira da Foz à categoria de cidade.
O programa iniciou-se com o hastear da bandeira do município, no edifício dos Paços do Concelho, pelas 09h30, seguindo-se a colocação de uma coroa de flores na estátua do Centenário, junto às Abadias, pelas 10h00.
Na Biblioteca Municipal, pelas 15h00, decorrerá o workshop “História(s) da Figueira”, orientado pela técnica Maria Emília Calisto e com inscrição prévia, sobre património arquitetónico da cidade e as memórias construídas por quem aqui nasceu e viveu. Pelas 17h00 será lançamento o livro de poesia “Descobre-me entre as linhas”, da jovem Sara Carvalho, natural de S. Pedro.
No Museu Municipal, até final do mês, estará patente a exposição do cunho e da medalha do centenário, da autoria de Dorita de Castel Branco, bem como da medalha do Dia do Figueirense, da autoria de Francisco Simões, que tem, numa das faces, a alusão ao dia do centenário e, na outra, ao Dia do Figueirense.
Durante todo o mês estará em exposição o busto em gesso que representa Carlos Luís Albarino Maia, uma das personalidades do secretariado executivo das comemorações do centenário da elevação da Figueira da Foz a cidade, que ocorreram em 1982.

Algumas perguntas, que podem servir apenas para passar tempo no intervalo dos momentos de ócio...

Ontem, publiquei um texto sobre a «moda», que pode ser lido na íntegra aqui.
Recordo este naco.
“Em troca de uma mão cheia de nada a nossa imprensa (repito: isto não acontece apenas na Figueira) demite-se da sua função, ficando cada vez mais refém dos timings e agendas de protagonistas, quando não do próprio ridículo.
A “nossa” imprensa (sublinho mais uma vez, local e nacional) não é melhor nem pior que aqueles que a rodeiam e manipulam, pelo que se calhar, essa cobardia confortável, serve a todos.
No fundo, no fundo, isto é o espelho do país – uma Aldeia de acomodados.
O importante, o que interessa relevar é o espectáculo, o circo, o Big Brother...
O António Tavares, que me conhece há dezenas de anos, sabe que isto nada tem a ver com a qualidade literária deste seu livro “As palavras que me deverão guiar um dia”, pois sempre pensei assim.”
Hoje, li no jornal o que vem a seguir. 
Depois de ler o texto do jornalista, interroguei-me:
Quem foram - pois a notícia nada diz de concreto sobre isso -  «os mais conceituados críticos da literatura portuguesa que não pouparam elogios ao livro»?
Que raio de desenvolvimento se seguirá? 
Baseado em quê? 
Nas perguntas corretas que os media estão a fazer, certamente que não!..
Para já, pelo que vi, limitam-se a ser meros veículos das agências de comunicação e limitam-se a  expressar o "pensamento único"
O que nos aconteceu? 
Que é feito dos jornalistas da minha Aldeia?
Como escreve o jornalista, António Tavares é vice-presidente da Câmara da Figueira da Foz e (penso eu, que tenho mau feitio...) as "secas" que tem vindo a apanhar com as 5ªs. de Leitura, estão a servir para alguma coisa...

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Ainda existe quem saiba fazer grandes títulos nos jornais portugueses...


Afinal, continuamos mais ou menos piegas Pedro!..

Lembram-se do  primeiro-ministro querer que os portugueses fossem "mais exigentes", "menos complacentes" e "menos piegas, para o país conseguir superar a crise?..

Referendo na Escócia

Valeu tudo. Até um golpe baixo como este!..

A moda

Objectividade, na informação da Figueira, tal como no resto do país, salvo as excepções do costume, é coisa que não está muito presente. Aliás, nem convém que esteja. Ninguém é criticado, promovido ou louvado, por ser competente ou incompetente, mas, simplesmente, por ser “próximo”, ou “amigo”.
Um exemplo. 
Quantas críticas fundamentas já foram publicadas e tiveram oportunidade de ler sobre o livro "As palavras que me deverão guiar um dia" do vereador e escritor dr. António Tavares? 
Eu, confesso, ainda não consegui ler nenhuma. 
Portanto, como é natural, não tenho opinião sobre a obra, porque também ainda não a li, o que farei, talvez, um dia destes
Que fique claro, para que não haja equívocos, o óbvio: o que está em causa, neste texto, não é a qualidade literária do autor e da obra. 
Este exemplo, serve apenas para realçar como as coisas funcionam na Figueira e no País, entre a imprensa e a sociedade que nos rodeia - o mundo económico, do futebol, da política, da cultura. 
Fulano ou sicrano tem boa imprensa, na exacta medida em que tem uma relação “próxima” com esta, e vice-versa.
Se fulano ou sicrano  são ou não competentes no que fazem, se estão há demasiado tempo na berra sem mostrar resultados palpáveis, isso, para a “nossa” imprensa é irrelevante, desde que, no dia a dia tenham “dicas” sobre que escrever. 
É assim a Figueira jornalística, como é assim o resto do País jornalístico. A objectividade da análise dos factos que se desejaria, é substituída, pela mera citação do Soundbite da confidência dos protagonistas.
Em troca de uma mão cheia de nada a nossa imprensa (repito: isto não acontece apenas na Figueira) demite-se da sua função, ficando cada vez mais refém dos timings e agendas de protagonistas, quando não do próprio ridículo.
A “nossa” imprensa (sublinho mais uma vez, local e nacional) não é melhor nem pior que aqueles que a rodeiam e manipulam, pelo que se calhar, essa cobardia confortável, serve a todos. 
No fundo, no fundo, isto é o espelho do país – uma Aldeia de acomodados. 
O importante, o que interessa relevar é o espectáculo, o circo, o Big Brother...
O António Tavares, que me conhece há dezenas de anos, sabe que isto nada tem a ver com a qualidade literária deste seu livro “As palavras que me deverão guiar um dia”, pois sempre pensei assim. 
Houve, em tempos, na Figueira, um mestre do "fait-divers", que felizmente passou fugazmente por cá, mas deixou escola. 
Santana Lopes,  nunca escondeu o que desejava: um poleiro. Aliás, ainda não desistiu... 
Entretanto, tem tido de calcorrear vários pelouros - alguns do pior. O mais penoso, porém, deve ter sido o de Primeiro-Ministro - aquele que, entre todos, exigiu mais trabalho, seriedade, contenção, responsabilidade, conhecimento, concentração e firmeza no propósito.
Não se saiu bem, mas sobreviveu. Continuou a andar por aí e, como habitualmente, este talentoso candidato a tudo, já tem nova candidatura à vista. 
Apesar de não parecer, António Tavares aprendeu muito com Santana Lopes.
E a prova aí está: o homem sabe o que está a fazer. 
Tal como Santana, poderá também não saber governar, mas, para estas coisas, tem igualmente muito jeito.

Mau cheiro a sul da zona industrial


X&Q1218


quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Na Aldeia... (XIX)

foto António Agostinho
Não sei o que se passa a sul na Aldeia, mas, hoje, na minha habitual caminhada matinal pela orla costeira, dei conta de fumo (ou serão gases libertados por alguma fábrica?..), mesmo no limite sul da zona industrial. 
A actual falta de perspectivas na Aldeia, ultimamente, tem-me roubado alguma energia, o combustível que me alimenta e que me empurra para a frente quando quase me sinto extenuado. 
A Aldeia já me proporcionou desgostos e dores várias, algumas delas profundas, que me deixaram cicatrizes. 
Contudo, a mentira em que se vive neste momento na Aldeia, ultrapassa tudo. 
Há dores, que com o passar do tempo, ainda doem mais.  
Quem sabe da dor, sabe da vida. 
À medida que o tempo passa, tenho cada vez mais a sensação de estar a ver a Aldeia, que conheci, partir lentamente à minha frente. 
Resta-me a memória - a minha -, a que me empurra para o presente, a tal que me ajuda a reviver episódios e acontecimentos passados na Aldeia. 
A mesma memória – a minha – que me permite recordar a reminiscência do que a Aldeia foi.
Sobretudo, a memória do rio da minha Aldeia, visto da janela da casa que foi dos meus avós, agora é da minha mãe, onde nasci e vivi a maior parte da minha existência, parece estar imóvel, inerte e sem respirar.
O rio é o mesmo, mas a paisagem está diferente: a margem foi substituída pela variante à 109...
Eram raros, mas aconteciam, esses dias do “rio-chão"... 
Felizmente, pois gosto muito mais do rio da minha Aldeia quando tem ondulação e vida –, para mim, sempre o preferido “rio-cão”.

"Meio milhão... pelo ar"


Ontem, decidi tomar café à noite. 
Apanhei, por isso, a segunda parte do Sporting-Maribor. 
Não tenho tempo, nem interesse e, muito menos, pachorra, para dissertar pormenorizadamente sobre o assunto. 
Para mim, o que vi em cerca 45 minutos resume-se nisto.
O Sporting tem que mudar urgentemente de centrais se quer evitar a falência...