terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Nem o Natal já é o que era...

Estava o Burro tranquilamente a tomar uma bica numa esplanada ao solzinho da tarde, quando entrou a Vaca com quem já tinha trabalhado várias épocas. Depois dos cumprimentos da praxe, o Burro lamentou-se.
Nunca me tinha acontecido tal, no desemprego nesta altura. Como sabes, já trabalhámos juntos, a questão habitual era escolher bem entre as muitas ofertas. A tradição já não é o que era. Ninguém liga a presépios. Para dar ainda mais cabo do negócio parece que o Papa disse qualquer coisa sobre haver animais nos presépios, do que havia de se lembrar. As poucas famílias que os fazem optam por produtos contrafeitos vindos lá da China. Onde é que já se viu? Burros em plástico? Dão cabo das tradições e a ASAE a isso não liga, tantos Burros portugueses com capacidade para aguentarem três árduas semanas de companhia ao Menino Jesus e vamos para o desemprego. O que vale é que algumas Câmaras ainda fazem uns presépios, mas também não adianta muito, empregam os Burros ligados ao partido que manda na Câmara, sem critérios transparentes de mérito na selecção. É Vaca, isto está mesmo mal. E tu, também não devias estar aqui nesta altura. Também te está a correr mal a vida?
Não me digas nada, Burro. Estou com os mesmos problemas que tu e, para piorar as coisas, desde que foi a crise das minhas primas loucas, nunca mais confiaram em nós como antigamente. Para os poucos empregos que ainda vão aparecendo exigem atestado veterinário de sanidade, que é caro e é uma burocracia para tratar e, na volta, não nos dão o emprego. E ainda vai ficar pior, ouvi dizer que iam proibir os presépios por causa do Menino Jesus. Dizem que obrigar o miúdo a ficar três semanas nas palhinhas, mal aquecido, é maus-tratos e exploração de mão-de-obra infantil. Então é que vai ficar mesmo mal para a gente, não sei mesmo o que fazer, só sei trabalhar em presépios. Na volta ainda vou ter que pedir a reforma antecipada ou um subsídio de desemprego de longa duração. E tu, Burro?
Se as coisas continuarem assim, vou inscrever-me no Centro de Emprego, espero que me chamem para formação profissional para me certificarem em qualquer coisa, recebo um computador, como fizeram a um primo meu quando havia  o Novas Oportunidades e assim, mais qualificado talvez consiga qualquer coisa. Quem sabe, com uma cunha do Menino Jesus até poderia entrar para um banco para brincar com os filhos dos administradores. Era um bom emprego. Vaca, achas que consigo?
Deixa-te de sonhos Burro, o Natal já não é o que era.

Via Atenta Inquietude

Bom Natal também para estes*


* Estes, que são verdadeiros vigaristas,  que mexem com os  bolsos de quem paga impostos em Portugal...

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Só me faltava mais esta!..

"Artur Batista da Silva foi, no final dos anos 80, Presidente do Conselho Fiscal do Sporting e seccionista de voleibol, tendo sido no seu consulado que, tanto quanto me lembro, fomos pela última vez campeões nacionais da modalidade.
Bem sei que, especialmente se comparado com outros, o Batista da Silva  se assemelha mais a um estudante irrequieto, ansioso por nos pregar umas partidas cuidadosamente elaboradas, mas ouve lá ó Nicolau, tu que também és dos nossos, não podias ter um bocado mais de cuidado com a escolha dos teus convidados? "...

Relvas, tem muito que aprender!..

Artur Baptista da Silva, um Mestre?..

"Lamento muito mas fui mesmo embarretado" -  Nicolau Santos...

Santa Claus is Coming to Town!

Natal em 2102 (VI)


O que ainda falta em Portugal e no Mundo para haver um Verdadeiro, Bom e Feliz  Natal...
 liberdade, igualdade, fraternidade, dignidade, verdade, honestidade, bondade, sinceridade, seriedade, generosidade, solidariedade, amizade, humanidade e vontade de mudar para melhor. 

Natal em 2012 (V)


Natal em 2012 (IV)


Depois  deste esclarecimento, será que a TSF pondera retirar todas as notícias e entrevistas sobre o  Eng. José Sócrates e o  Dr. Miguel Relvas?..

Natal em 2012 (III)

Artur Baptista da Silva pode ser quem não é. Isso não muda uma linha do que disse e não vejo desmentido em lado nenhum. É uma ironia suprema que para alguém ter tempo de antena  dizendo a verdade sobre a crise tem de se fazer passar por detentor de um cargo na ONU que não existe.

Natal em 2012 (II)

Quase todos os elementos do Coral David de Sousa, da Figueira da Foz, foram vítimas de furto na noite de sábado enquanto atuavam na Igreja Matriz, em São Julião, naquela cidade. Durante a hora em que durou a atuação, entre as 21H30 e as 22H30, os ladrões entraram no salão paroquial, onde estavam guardados os bens pessoais dos cerca de 45 cantores, e fizeram “uma limpeza geral” às carteiras e telemóveis. Só cerca de uma dezena de participantes não foram vítimas da ocorrência porque mantiveram em seu poder os objetos que poderiam despertar a cobiça dos gatunos.

Via AS BEIRAS

Natal em 2012

"O supérfluo dos ricos é propriedade dos pobres."
                     Santo Agostinho
Será o Natal a quadra da paz,  da felicidade e da alegria que nos querem fazer crer? 
Não será o Natal, sobretudo, uma altura de exacerbação das características dominantes de cada pessoa?..
O feliz não fica mais feliz? O guloso  não fica mais guloso? O bondoso  não fica mais bondoso? O enjoado   não fica mais enjoado?  O religioso  não fica mais religioso? O nostálgico  não fica mais nostálgico? O nervoso  não fica mais nervoso? O deprimido  não fica mais deprimido? O materialista  não fica mais materialista? O mãos-largas não fica mais mãos-largas? O hipócrita  não fica mais hipócrita? O gordo  não fica mais gordo? O rico  não fica mais rico? O pobre  não fica mais pobre? O simples  não fica mais simples? O parvo  não fica mais parvo? O palerma  não fica mais palerma? O soberbo  não fica mais soberbo? O excitado  não fica mais excitado? E,  sobretudo, o imbecil  não fica mais imbecil?..

Amanhã, dia 25, é o feriado do Natal em 2012 -  um dia estranho

O movimento na Aldeia vai reduzir-se ao indispensável. 
As criancinhas, para quem as tem, vão passar o dia a mostrar aos adultos da família os brinquedos da véspera. 
Os adultos, por sua vez, passarão o dia a comer e a beber de forma alarve... 
2012, a 8 dias de acabar, não teve nada de "espírito de Natal"
Para um ano absolutamente medíocre, eis um dia - o de amanhã - à sua altura

Por muita boa vontade que tenhamos, em 2012 acabou-se a época da boa vontade. Agora, até já é preciso pagar 43 cêntimos,  por hora,  a um desempregado para fingir que é o Pai Natal. Onde é que isto vai parar com tanto despesismo?..
No quentinho das nossas casas ou de visita às casas dos outros, para não estragar o espírito de Natal, interiorizemos que nada se passa à nossa volta e façamos apenas de conta.

Posto isto, que mais podemos dizer?
Apenas que a vida continuará...
Inexorável,  2013 está a caminho. E, pelo que se prevê,  deverá ser ainda pior...

domingo, 23 de dezembro de 2012

Eu sei que estamos em época de Natal, mas...


Oiçam uma vez e, quando acabarem, oiçam novamente...

Senhor primeiro ministro: boa ideia e natal em conformidade...

Senhor Primeiro-Ministro!
Mande recalcular todas as pensões com base em toda a carreira contributiva e reveja os montantes das pensões a partir desse momento de acordo com os cálculos feitos. Não se esqueça de actualizar as contribuições por aplicação dos índices de inflação observados e de aplicar uma retribuição justa acima das taxas de inflação consideradas nos cálculos. E, a partir dos resultados obtidos, mande pagar as pensões em conformidade. Procedendo deste modo, ninguém se poderá considerar prejudicado nem ninguém deverá ser considerado beneficiado.  

Mas, atente bem nisto, senhor Primeiro-Ministro: Não abra as excepções do costume. Se o recálculo não abranger todos, mas todos mesmo, sem excepções, os que recebem pensões  geridas pelo Estado, incluindo, para além dos contributivos do sistema geral de segurança social, a função pública, todos os institutos públicos, incluindo a Caixa Geral de Depósitos e o Banco de Portugal, e todos os demais regimes especiais, não haverá uma verdadeira e justa reforma mas a continuação de uma enorme injustiça social.

As declarações que o senhor tem vindo a fazer a propósito dos montantes das pensões pagas, são meias verdades, e, inevitavelmente, meias mentiras. São meias verdades porque os cálculos das pensões nunca obedeceram a um modelo equitativo e uniforme, sendo sistematicamente inferiorizados os contributivos do sistema geral de segurança social. Para prová-lo, basta um relance sobre os diversos modelos de cálculo.

Mas há mais. É público, e nestas coisas, normalmente, só é público uma pequena parte da realidade, que a passagem transitória, por vezes muito transitória mesmo, pelo exercício de determinadas funções atribuiu a uns quantos privilegiados pensões que, nem de longe nem de perto, correspondem aos valores das suas contribuições.

Mas ainda há mais. Muitos dos que beneficiam de pensões escandalosamente acima dos valores das suas contribuições, desfrutam dessas pensões desde muito antes de terem atingido a idade normal de reforma. Em alguns casos conhecidos passaram a receber pensões a partir do momento em que cessaram funções. Estou certo que o senhor Primeiro-Ministro sabe que é assim.

Se a sua intenção é pôr fim a uma enorme injustiça social, vá por onde passa o tratamento igual de todos os pensionistas por aplicação a todos, mas mesmo a todos, do mesmo modelo de cálculo baseado em toda a carreira contributiva e a idade normal de reforma. E deixe-se de acusações, que, por serem indiscriminadas, são ofensivas para quem não deve nada a ninguém.

Via  ALIÁS

Sonho de Natal…

Já percebemos que isto vai correr mal…
Mas, o Gaspar nunca se atrapalha. 
Depois do falhanço do plano A e do plano B, já tem um plano  plano C: finalmente, vai cortar no salário dos que que giram em torno da chamada classe política e no estado. 
Ah, desculpem, estava a sonhar!..

Bom domingo

sábado, 22 de dezembro de 2012

Piegas?..


Espanha e França vão ter mais tempo para equilibrarem as contas...

Por mim, tá-se bem...


Mensagem entendida, senhor primeiro.ministro.
Deduzo que as suas trincheiras estão prontas desde há muito...
Nós, teremos de fazer o mesmo...
A guerra é a guerra!..

Afinal como é?...


Não sei se é de propósito, ou por incompetência. O certo, é que Gaspar não acerta uma...
Para compensar a quebra de receita fiscal originada pelos cortes salariais na Administração Pública, o Governo prepara mais cortes salariais na Administração Pública, despedimentos na Administração Pública e aumento do horário semanal de trabalho na Administração Pública
A Constituição e a democracia estão suspensas até nova ordem.
Já há mais de 500 clientes com dívidas superiores a meio milhão de euros em incumprimento total. Ou seja, clientes que já deviam ter liquidado tudo o que devem e que, pelo contrário, deixaram pura e simplesmente de pagar qualquer prestação. Estão em causa três mil milhões de euros e os incumprimentos têm mais de seis meses, mas o Governo ainda não avançou para a sua cobrança judicial. 

O Homem Pensa, Deus Ri

Gosto muito de Santo Agostinho. Apesar disso, só posso dar razão a Jim Hankinson quando este escreve em “O Especialista Instantâneo em Filosofia”, a propósito da chamada Idade das Trevas: “a pouca filosofia que existia na Europa sofreu uma viragem depressivamente teológica, centrando-se em disputas tais como se Deus era Uma Pessoa em Três ou Três Pessoas Numa, a natureza exacta da Substância do Espírito Santo e quantos anjos podem dançar na cabeça de um alfinete (no caso improvável de desejarem realmente fazê-lo)”.
Séculos passados sobre a castração de Abelardo e a Querela dos Universais, deparamo-nos com a polémica sobre o burro e a vaca. Ao que parece, o Papa terá sido mal citado. Bento XVI, apesar de ter escrito que tais criaturas não constam no registo bíblico, nunca ordenou que fossem excomungadas do presépio.
Não deixa de ser curioso, contudo, o ruído à volta das declarações do chefe da Igreja católica. Jornais, televisões e redes sociais atiraram-se aos pobres animais como cães a osso, e os debates renhidos sobre a existência de Deus deram lugar a acesas discussões sobre a existência dos dois quadrúpedes.
Que nos seja permitido suspeitar que tal deriva teológica substancia um empobrecimento intelectual do mundo, a que acresce o facto de ninguém nos garantir que a veemência posta na defesa dos pobres bichos não possa igualar, em fanatismo, o vigor com que foi afirmado o Ser Supremo.
É dos livros que a fé move montanhas e tende a deixar um rasto de cadáveres. Chato mesmo, é que nada nos garante que sem fé a coisa tivesse corrido melhor, apesar de alguns estudos afiançarem que os países nórdicos (com maior % de ateus) são socialmente mais justos. E se a coisa for do clima?


Via Meditação na Pastelaria