segunda-feira, 30 de julho de 2018

Água mole em pedra dura: gasta a água e molha a pedra...

Já vamos com mais de 6 horas a partir pedra na reunião camarária de hoje, que começou às 15 hora, e ainda dura...

Nota de rodapé.
Mas, pronto, um blogger não é um jornalista. E cá continua...
Mas o que será um blogger?
Um activista, um planfetário, um cronista, um treinador de bancada?
Pode ser aquilo que esta maioria absoluta quiser...
Ou nada disso. Essa é a parte engraçada da coisa.
Pessoalmente, sempre olhei para as redes sociais como um magnífico instrumento de entretenimento.
E, às vezes, de activismo.
Mas, sobretudo, de divertimento...

A propósito da reunião de Câmara da Figueira da Foz a que estou a assistir em directo constato que, nesta cidade, existem verdades que só se podem dizer depois de termos conquistado o direito e ter estatuto para as dizer...

Esta imagem, foi sacada do jornal de campanha do Partido Socialista -  Figueira O NOSSO COMPROMISSO - e está publicada na página 6.
Os senhores políticos da maioria absoluta têm de ser mais humildes e não podem ficar na convicção de que a Figueira é uma cidade superior a todas as outras, apenas pelo facto de serem eles que estão na sua governação...
Estou farto dos discursos redondos, do género treinador de futebol...
"Estamos a trabalhar com dignidade, com humildade e de forma séria...
Somos muito dignos e muito humildes, trabalhamos com muita honra e profissionalismo e dignidade... ah, e humildade também...e os bons resultados apareceram...
E quem não concorda e denuncia não é figueirense"...

Continuar a ouvir isto todas as reuniões, ano após ano,  não há  paciência que resista!

E, entretanto, o muro do Cabedelo, que não vai ser construído, já caiu!.. 
Essa é que é essa, como diria o Eça!

Ponto final dos sarinlhos para o BE?.. Não me parece. Aguardemos os novos capítulos...

"O vereador bloquista, Ricardo Robles, renunciou ao cargo, revelou o BE em comunicado."
Eis o comunicado na íntegra:
"Informei ontem, domingo, a coordenadora da Comissão Política do Bloco de Esquerda da minha intenção de renunciar aos cargos de vereador na Câmara Municipal de Lisboa e de membro da comissão coordenadora concelhia de Lisboa do Bloco de Esquerda.

Uma opção privada, forçada por constrangimentos familiares que expliquei e no respeito pelas regras legais, revelou-se um problema político real e criou um enorme constrangimento à minha intervenção como vereador.

Esta é uma decisão pessoal que tomo com o objectivo de criar as melhores condições para o prosseguimento da luta do Bloco pelo direito à cidade."

Meu caro Teo Cavaco: os políticos da maioria absoluta mentiriam muito menos se lhes colocássemos menos questões...

"Não há cidade sem pessoas, não há pessoas na cidade sem um centro atractivo, não há cidade nem centro nem periferia nem pessoas sem actividades económicas que sustentem a vida das pessoas na cidade e na sua periferia.

Nos últimos anos, a Figueira perdeu população, perdeu os seus centros (o Picadeiro/Bairro Novo no verão e a Rua da República/Praças Nova e Velha no inverno são hoje uma pálida amostra do que já foram), perdeu jovens (quer porque não há Ensino Superior, apesar de estarmos circundados por três Universidades – Coimbra, Leiria e Aveiro -, mas também porque os novos licenciados aqui não encontram oportunidades válidas de emprego), e tem perdido oportunidades de investimento industrial.

Ora, quando seria vital definir um desígnio e uma estratégia para nos reposicionar na vanguarda, eis que o que se pretende é “uma Figueira com menos carros”…, sem que se faça o mínimo para dotar as entradas da cidade com parques de estacionamento, para providenciar transportes colectivos e/ou individuais mais amigos do ambiente, para tornar mais limpo e asseado o espaço público, para atrair comerciantes ao centro da cidade e industriais às zonas industriais através de políticas fiscais verdadeiramente eficientes.

Para quando a nova Zona industrial do Pincho? Para quando o alargamento da Zona Industrial da Gala? Há quantos anos os possíveis investidores estão a optar por concelhos limítrofes porque aqui não encontram terreno ou apoio? Menos carros? Talvez. Mas eu prefiro, primeiro, menos inércia."
Menos, uma crónica de Teotónio Cavaco. Via AS BEIRAS

Tudo como dantes: entre a espada e a parede!...

"Os timorenses e os sindicatos coincidem na preferência por um Plano Especial de Revitalização (PER) para os estaleiros navais Atlantic Eagle, desativados no início do ano. Entretanto, foi pedida a insolvência da empresa, primeiro por um fornecedor e, depois, pelos trabalhadores. No primeiro caso, contudo, foi indeferida e o credor desistiu da acção. Por sua vez, os operários aguardam decisão do tribunal. “A melhor forma de resolver o problema dos estaleiros seria um PER, mas essa é uma competência da administração da empresa ou do gestor de insolvência que possa vir a ser nomeado, mas o administrador da Atlantic Eagle recusa aquela solução”, defendeu o sindicalista José Paixão, em declarações ao DIÁRIO AS BEIRAS

A Atlantic Eagle depara-se com um problema financeiro. Só de rendas em atraso, a dívida à Administração do Porto da Figueira da Foz ultrapassa o meio milhão de euros - a renda mensal do espaço utilizado pelos estaleiros ronda os 30 mil euros. Há, ainda, vários meses de salários em atraso e facturas por pagar a fornecedores."

Nota de rodapé.
Isto, aqui pela Figueira, não vos faz lembrar aquele período morto antes do final?..
Em Portugal, qualquer empreendedor,
quer estar em harmonia com o mercado.
Portanto: o seu desiderato
é vir a ser nomeado comendador.

Ricardo Robles, Rui Moreira e sinais dos manhosos

"A evolução de um coreto"...



Esta publicação, inspirada numa postagem da Isabel Maria Coimbra, comprova, sem margem para dúvidas, a "evolução" intelectual dos políticos que, ao longo dos últimos 30 anos, têm estado ao leme dos destinos da cidade da Figueira da Foz, por escolha dos figueirenses.
É claro que a Figueira continua um sítio lindo...
É um concelho, sem dúvida, a merecer uma evolução que já tarda...
Assim os figueirenses quisessem... Desconfio, porém, que não querem...

domingo, 29 de julho de 2018

E pronto... Vou dormir melhor... Até amanhã.

Os melhores são os que conseguem colocar uma lança no campo do "adversário"?.. (2)

"Robles ao fundo e Bloco a esbracejar"
"Ainda não se sabe tudo sobre o negócio da aquisição e renovação do imóvel de Alfama por Ricardo Robles e a irmã. Mas, do que se sabe, tenho a dizer o seguinte:

Ricardo Robles, a não haver qualquer favorecimento na aquisição do prédio, fez tudo bem, de um ponto de vista suprapartidário, até se ter apercebido de que a sua militância no Bloco de Esquerda era incompatível com um lucro de milhões proveniente da prática da especulação imobiliária, que o Bloco tanto critica. A partir do momento em que suspendeu a venda com receio das críticas, fez tudo mal. Por outro lado, “fazendo tudo bem” e mantendo a intenção de venda, ainda por cima com promoção da Christie’s, só lhe restaria abandonar o Bloco e, livre, continuar a renovar a cidade e perder o preconceito contra o lucro.

Vejamos: lê-se hoje que, segundo a descrição da agência promotora, o edifício renovado é composto por 11 apartamentos pequenos, tão pequenos que a sua maioria tem a área de quartos, o que não tem nada de mal em si, mas indica que o destino do imóvel era mesmo o aluguer para alojamento local (outra prática que o Bloco considera já ter ido longe demais). Dizer que a irmã tinha planeado vir morar para o edifício não é, por isso, muito credível. Vinha habitar um T0 com 41 m2, o maior dos 11 anunciados? Sei não. Enfim, e o empréstimo pedido à Caixa, como será pago tendo em conta a nova intenção declarada de alugar os apartamentos para habitação? Que contrato ou acordo haverá com a Caixa? Evidentemente, eu não tenho nada com isso. A família pode ser rica e seguramente Robles não vai andar a roubar para cumprir os seus compromissos. Mas pagar cerca de 300 ou 400 mil euros à Caixa não vai ser fácil sem a venda lucrativa do imóvel. Digo eu.

A dor de consciência ficou, pois, aqui muito mal (porque “o mal já estava feito”, ou seja, já nada apaga a tranquilidade com que Robles se dispunha a ganhar 2 milhões, como tantos investidores imobiliários fazem hoje em dia, para bem da recuperação do casario antigo e contra os “princípios” do Bloco) e cria certamente sarilhos vários. Agora resta-lhe descalçar esta bota, mas terá que ser mais criativo nessa tarefa, porque as explicações dadas ontem foram algo risíveis. Não foi ele, foi a irmã? Não era uma venda directa, era por uma agência? Não foi ele que fixou o preço de venda, foi a agência? Que balelas são estas? A Mariana Mortágua, ontem, na SIC N, foi arrasada, e bem, pelo Adolfo Mesquita Nunes."

Nota de rodapé.
Há 2 dias, aqui neste OUTRA MARGEM, tinha escrito mais ou menos o mesmo, mas por muito menos palavras e por outras palavras.
Bem vistas as coisas, a acompanhante de luxo podia ser psicóloga.

E o especulador imobiliário podia ser um político do PSD...
 

Portanto, continua tudo em Lisboa, como em Abrantes ou na Figueira.
Os lisboetas continuam "a precisar de uma Câmara amiga das pessoas e não dos especuladores".
Continua a "não ser possível repovoar o centro de Lisboa (ou de Abrantes ou da Figueira...) quando a esmagadora maioria das intervenções de reabilitação urbana é para hotéis de luxo ou premeia a especulação imobiliária, o que agrava o valor das rendas".

E, pelos vistos, não "é na vereação que a presença do Bloco pode desequilibrar a relação de forças no executivo a favor dos lisboetas (ou dos abrantinos, ou dos figueirenses...) em vez dos especuladores. Vamos lutar por isso".
Isto, porque não suporto a "hipocrisia e o cinismo", quer seja de direita (...é muita hipocrisia a direita querer acusar a esquerda de ser anti-democrática. Se dependesse da direita, ainda viveríamos num mundo onde a maioria esmagadora da população estaria excluída da política, e os direitos sociais seriam esmola aos pobres na forma de "caridade cristã"...),  da esquerda moderada (... não basta afirmar que se tem as preocupações sociais da esquerda...), da esquerda ortodoxa (... a mesma globalização que assegurou que as economias crescessem juntas, nos bons tempos, assegurou que se afundassem juntas, com uma velocidade sem paralelo, na borrasca, cujo fim não está à vista...) ou da esquerda caviar (...não basta reconhecer  que a decisão da venda do prédio de Ricardo Robles e da irmã por um valor muito superior ao da compra não se encaixa nos princípios defendidos pelo BE e continuar a defender o vereador bloquista de Lisboa...)...

Hoje, pelas 22 horas...

A Orquestra de Jazz da Escola de Artes do CAE sobe ao palco da Preguiça com a conhecida cantora de Jazz portuguesa, Jacinta. A autora de «Convexo», um disco de homenagem a Zeca Afonso, e de «Songs of Freedom», com célebres temas dos anos 60, 70 e 80, partilha as luzes da ribalta, no Espelho de Água, com as mais de duas dezenas de jovens músicos figueirenses.

Via Município da Figueira da Foz

"Exigia-se acção. Ela aí está. Depois não digam que eles não avisaram..."

Memória, apenas memória...

"Quando se sabia publicitar a Figueira da Foz...Nos anos 60"
É impossível dissociar esta imagem da minha meninice.
Esta é já uma imagem de marca da Figueira da década de 60 do século passado.
É impossível não lhe prestarmos a atenção devida.

Esta é uma memória que vai continuar a ser memória. 
Não há qualquer possibilidade de retorno.
Não há nostalgia que nos valha.
Foi um tempo que passou em definitivo para a Figueira.

Bom domingo


sábado, 28 de julho de 2018

Não é um elogio da pobreza, mas da aurea mediocritas...

"Seja qual for a reacção oficial do Bloco de Esquerda queria deixar o convite para o Ricardo Robles filiar-se no PSD. Há muito que o meu partido precisa de alguém que defenda verdadeiramente os interesses dos empreendedores e dos empresários."
Rodrigo Moita de Deus


Nota de rodapé.
Tal como eu disse:
Bem vistas as coisas, a acompanhante de luxo podia ser psicóloga.
E o especulador imobiliário podia ser um político do PSD...

Nobidades do láre... (17)

Nem só de sol e de calor vive um paraíso turístico...

«Apesar do sol e do calor, em junho e julho, terem ido passar férias noutras latitudes da Europa, os turistas não se esqueceram da Figueira da Foz. Segundo avançou ao DIÁRIO AS BEIRAS o vice-presidente da Associação Comercial e Industrial da Figueira da Foz (ACIFF) para a área do turismo, Jorge Simões, naquele período, a procura turística esteve “estabilizada, em comparação com 2017, o que acabou por ser positivo”.

Jorge Simões fez questão de realçar que a Sociedade Figueira Praia (SFP), detentora da licença de jogo do Casino Figueira, está a contribuir para a oferta turística da cidade. “Não só o show [“Rouge”] voltou, de quinta-feira a domingo, que é muito importante para os turistas, assim como abriu o Palácio Soto Maior a visitas”, destacou. E rematou: “Estes dois produtos turísticos estão, claramente, a contribuir para que quem nos visita possa ter mais duas importantes experiências”.» 

Via as beiras

Isto cá pelo município está muito pior do que mostra a propaganda

"Negar as evidências", é uma crónica de  João Vaz, consultor de ambiente, publicada na edição de hoje do jornal AS BEIRAS.
Passo a citar:
"Esperamos das entidades públicas um dever de respeito pela verdade. O mínimo que se pode pedir à Câmara Municipal, quando confrontada com situações de poluição e insalubridade, é que tenha uma postura séria. Ora, após as imagens colhidas, na praia da Figueira, por Pedro Silva, onde se viam copos de plástico e muito lixo do festival RFM Somnii Sunset, o chefe de gabinete do presidente João Ataíde afirma que as imagens são “falsas”. Sendo o Pedro Silva uma pessoa conhecida e respeitada na cidade, ficamos com a ideia que o chefe de gabinete é quem está a “mentir”. E tal atitude é inaceitável, vinda de quem tem a responsabilidade de “filtrar” a informação que chega ao presidente da câmara. Deveria ser demitido. Igualmente criticável é atitude da Câmara Municipal. Negam-se as evidências, mas assumindo-se implicitamente o falhanço do sistema: “Como sabem, as praias da Figueira da Foz são muito ventosas e existe lixo que se encontra enterrado que surge à superfície, constantemente. A intervenção é diária, mas não se consegue fazer tudo de uma só vez”. Isto é, como não fizeram nada para evitar que os copos de plástico sejam descartados (e há alternativas em vigor há décadas no resto da Europa, sistema de tara e devolução com reembolso), então há que limpar, com custos directos e indirectos, que todos pagamos. Os decisores locais não dão sinais de terem compreendido a gravidade do problema dos plásticos nos oceanos, apesar de todas as imagens e notícias que informam sobre o assunto."


Nota de rodapé:
Resumindo: isto, cá pela Figueira, está muito pior do que diz a propaganda.
Desgraçadamente, porém, o medo e a autocensura de costumes impôs a fantasia, transformando a credulidade numa espécie de código obrigatório: não perguntes, não queiras saber, não coloques questões.
Também, neste caso não foi apenas a mensagem que foi julgada, foi também o mensageiro.

É isto a Figueira política em finais de julho de 2018, 44 anos passados depois do 25 de Abril de 1974.
Em 1969 não havia liberdade. Mas em 2018 não há muito mais. Claro que as eleições são sempre importantes.
No antigo regime já se sabia isso (e por isso se promoviam aquelas ficções). Acontece que as eleições, por exemplo de 2017, não foram feitas em plena liberdade.
A seguir ao 25 de Abril de 1974 não passámos a viver em Liberdade. Essa foi a data que em que nos permitiram a Liberdade.
O que é muito diferente.
No tempo que passa, a Figueira mostra a realidade da situação e o fetiche português, o feitiço do salazarismo e do provincianismo, usado à má-fila pelos profissionais da máquina de agitação e propaganda do PS, alimentada e paga com o nosso dinheiro, por quem é dono do poder político, na outrora Rainha das Praias de Portugal - a Praia da Claridade -, agora transformada na praia da calamidade.
 
Se ainda não estão habituados, vão habituando os olhos. 
E não adianta esfregar.

De levantar a alma... Uma coisa única. Extraordinária. Bom sábado


sexta-feira, 27 de julho de 2018

Os melhores são os que conseguem colocar uma lança no campo do "adversário"?..

Foto sacada daqui
"A história é simples, Ricardo Robles, vereador eleito nas listas do B.E. nas últimas autárquicas, adquiriu um prédio degradado em Alfama à Segurança Social, por 347 mil Euros, financiado com crédito no Montepio Geral e Caixa Geral de Depósitos, e valorizado após restauro em 5,7 milhões de Euros, avaliação efectuada por uma imobiliária especializada na venda de imóveis de luxo, a quem o vereador terá solicitado os serviços, quando decidiu colocar o imóvel à venda."

Tal como não consigo entender que uma mulher se dedique a ser acompanhante de luxo, não consigo entender a hipocrisia política e a especulação imobiliária.
Um coisa e outra, constituem um eufemismo asqueroso.

Considero, porém, que ser acompanhante de luxo, ou especulador imobiliário são profissões soberbas.
Fazem o que gostam, ganham milhões e podem escolher os clientes.

Não há nisto eufemismo nem hipocrisia: as coisas são o que são.
Num caso e noutro, um bom serviço tem o retorno merecido.
Só que a acompanhante de luxo não se pode apaixonar pelo cliente.
E o especulador imobiliário não poder ser um político que se tenha afirmado contra a especulação imobiliária nos centros históricos...

 
Bem vistas as coisas, a acompanhante de luxo podia ser psicóloga.
E o especulador imobiliário podia ser um político do PSD...

"Atenção aos cavadores!.."

Foto Jorge Dias
Sou favorável à existência do monumento de homenagem aos Cavadores.
Porém, perante o que a fotografia mostra, não será de questionar a sua implantação naquela Rotunda?..