"... o município de Odemira alugou autocarros com motorista para a "comemoração do centenário das aparições de Fátima", no valor de 11.400,00".
Ainda bem que na Figueira não é assim.
No resto do País, porém, parece que os contratos públicos são feitos por ajuste entre amigalhaços em almoços, alguns ao que parece, de robalos, perdão, ajuste directo entre partes...
O que na lei devia ser uma excepção, é uma prática reiterada..
Talvez, quem sabe, por ser muito mais humana, amiga, amena, pacífica.
No fundo, evita o confronto e acaba por evitar aborrecimentos, questões maçadoras como a transparência, a ética e assim sucessivamente...
Tudo coisas chatas e aborrecidas ...
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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