quinta-feira, 17 de abril de 2025

UM SECO A SECAR O CHEGA...

"Ambiente intimidatório" leva a desfiliações de dirigentes no Chega de Coimbra.

Bill Maher jantou com Donald Trump. Foi uma péssima ideia

"Jantar na Casa Branca deve ser óptimo. Mas descobrir que Trump pode ser muito simpático em privado só atrapalha quem tem continuamente de denunciar o idiota que ele é em público."

         Para ler melhor clicar na imagem.

Pegar em Trump como inspiração para ganhar votos é como acreditar que o operário do “cinturão da ferrugem” do Midwest dos EUA e o produtor de alhos de Samora Correia reagem aos mesmos estímulos

"Ventura tirou a máscara e viu-se Donald Trump".

Pedro Nuno Santos já publicou informação sobre casas de Lisboa e Montemor-o-Novo

Site de campanha do PS

A documentação prometida pelo líder do PS, Pedro Nuno Santos, sobre a compra das suas duas casas foi publicada hoje no ‘site’ da campanha – que pode consultar aqui -, estando disponíveis escrituras, contratos, cadernetas prediais ou notificações sobre IMI.

18,3 milhões para Hub Costa Atlântica da Região de Coimbra

 Via Diário as Beiras (para ler melhor clicar na imagem)


Da série, "os portugueses estão pior, mas o país está melhor"...

Cortes no apoio à renda e atrasos no Porta 65 levam famílias a situações de “desespero”, alerta a Deco. Sem alternativas para fazer face aos encargos com a casa, muitas estão a reduzir no supermercado.


quarta-feira, 16 de abril de 2025

Coisas que custam a perceber

... não sou, de todo, anti comunista.
No entanto, há posições do PCP que, pelo menos a mim, custam a entender.
O PCP, certamente, que terá as suas legítimas razões. O PCP, que julgo conhecer, tem sempre as suas legítimas razões.
E justiça seja feita: pugna sempre por uma sociedade melhor e mais justa.
Por isso mesmo, numa cidade e num concelho com tantos problemas, a não ser talvez por uma concessão eleitoralista a sectores e partidos de causas, que podem interferir no seu potencial, manifesto a minha admiração com tal prioridade.

Passo a citar algo que li na página da CDU Figueira da Foz.

"Damos nota à população de ter sido feita, no início deste mês de Abril, uma intervenção para corte de canas e vegetação junto aos separadores laterais da Av. Álvaro Cunhal, em Buarcos.
Desta intervenção, e com especial incidência na rotunda Serra da Boa Viagem, resultou o desbaste rude e - diríamos - criminoso de vários pinheiros que se encontram nas imediações.
A Cdu Figueira DA Foz considera que devem ser tomadas medidas para minorar o impacto deste mau serviço ao ambiente e, bem assim, ser feita uma chamada de atenção à empresa a quem foi adjudicado este serviço - que não espelha competência nem cuidado.
Isto mesmo transmitimos por escrito ao Senhor Presidente da Câmara Câmara Municipal da Figueira da Foz e à Senhora Presidente da Junta de Freguesia de Buarcos e São Julião."
Não me peçam para discordar em silêncio.
Por isso, não sou militante, porque a expressão pública de divergências permanece tabu para os militantes comunistas.
Fica este desconfortável lamento, para memória futura.
Por uma simples razão: não sou anti comunista.

PS Figueira (continuação...)


Anabela Tabaçó
: "Porque este comunicado hoje? Depois de uma reunião com a Crigado? Porque será? Este PS da Figueira é mesmo um caso de estudo."

Ps Figueira

 



Nota de imprensa. 

Para ler clicar aqui.

Fiolhais nas 5ªs. de Leitura (esta excepcionalmente à quarta-feira)

O investigador Carlos Fiolhais é o convidado da sessão de hoje do ciclo 5as. de Leitura, pelas 21H30, na biblioteca municipal da Figueira da Foz. A tertúlia foi antecipada um dia devido ao período pascal.

O estrondoso, ruidoso e estrepitoso Miguel Relvas defende que PSD deve aliar-se ao Chega para formar maioria

O antigo ministro do Governo de Passos Coelho diz que, caso a AD fique em segundo lugar, "tem de assumir as responsabilidades".

Foto: Nuno Ferreira Santos. Miguel Relvas foi braço direito de Passos Coelho no PSD e ministro do seu Governo.  

Miguel Relvas defende que o PSD deve aliar-se ao Chega caso haja uma maioria de direita nas eleições legislativas de 18 de maio.

Em entrevista ao jornal Público, o antigo ministro de Pedro Passos Coelho diz que o país só avançou para eleições porque Montenegro "se sentia fraco" e "quis reforçar-se com estas eleições".

Sobre cenários pós-eleitorais, Relvas diz que, caso a AD fique em segundo lugar, "tem de assumir as responsabilidades".

Luís Montenegro já disse que não governa se não for o partido mais votado, mas Relvas acha que, apesar do "não é não", o líder do PSD deve adaptar-se às circunstâncias e formar um governo com o apoio do Chega.

terça-feira, 15 de abril de 2025

Sindicato anuncia queixa à ACT contra Câmara da Figueira da Foz, por “enorme abuso de poder”

Via OBSERVADOR

«Segundo o STAL, cerca de 15 trabalhadores estão a ser maltratados pelo município da Figueira da Foz, que muda os locais de trabalho "a seu bel-prazer", configurando um "enorme abuso de poder"


«O Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local (STAL) anunciou que vai apresentar queixa à Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT) contra a Câmara da Figueira da Foz por violação das leis de trabalho.

A decisão foi transmitida à agência Lusa pela coordenadora regional de Coimbra, Luísa Silva, após um plenário dos trabalhadores do setor da limpeza e higiene realizado na manhã de ontem à porta dos Paços do Concelho daquele município do distrito de Coimbra.

“Vamos apresentar queixa à ACT pelo desrespeito com que a autarquia elabora as escalas e as faixas para os trabalhadores da higiene da Câmara, não respeitando os prazos”, explicou a dirigente sindical, salientando que os trabalhadores são informados na véspera dos locais onde vão prestar trabalho, “quando a lei geral diz que são sete dias”.

Confrontando pela agência Lusa com esta situação, o vereador Manuel Domingues, responsável pelos recursos humanos da autarquia, rejeitou as críticas e disse que as escalas eram feitas com a devida antecedência.

“Às vezes, podem acontecer algumas alterações por causa de algum evento, mas, por norma, as escalas são feitas com antecedência”, referiu o autarca, salientando que as rotações dos funcionários por vários locais acontecem essencialmente dentro da cidade.

Segundo a coordenadora do STAL de Coimbra, cerca de 15 trabalhadores estão a ser maltratados pelo município da Figueira da Foz, que muda os locais de trabalho “a seu bel-prazer”, configurando um “enorme abuso de poder”.

“A alocação dos funcionários aos espaços é feita de forma aleatória, conforme vontades e simpatias, sendo muitas vezes alterados os locais de trabalho de um dia para o outro, não se respeitando prazos nem a conciliação do trabalho com a vida familiar”, acusou a estrutura sindical.

Estes trabalhadores, além de manterem a limpeza no edifício da Câmara Municipal, prestam também serviço no Centro de Artes e Espetáculos (CAE), no Museu, nas Piscinas, nos vários balneários públicos das praias e jardins, e ainda nos campos desportivos.

A coordenadora do STAL, Luísa Silva, lamentou que tenha sido pedida uma reunião à Câmara Municipal há mais de uma semana e não tenha obtido resposta.

“A autarquia nem respondeu nem esclareceu, continuando tudo na mesma e a situação tem de ser resolvida”, frisou.

Segundo o vereador Manuel Domingues, o município da Figueira da Foz dá todas as condições de trabalho aos seus funcionários e que a reunião com o STAL deverá ainda realizar-se esta semana.»

As obras vão ter início em breve

 Via DIÁRIO AS BEIRAS (para ler melhor clicar na imagem)

Deixem o Luís gozar com quem trabalha (ou já trabalhou...)


Lembram-se do Luís (Montenegro), líder da bancada parlamentar que segurou o governo da Troika, defender o "roubo" dos feriados, o aumento da carga horária, e o fim das tolerâncias de ponto no Carnaval e na Páscoa, principalmente para os funcionários públicos?

Lembram-se do Luís (Montenegro), que ainda achou mal a sua reposição pelo governo da 'Geringonça'?

Pois é esse mesmo Luís (Montenegro), em Abril de 2025, primeiro-ministro em véspera de eleições, que dá tolerância de ponto aos trabalhadores do Estado na tarde de Quinta-feira Santa por causa da prática habitual de deslocação de muitas famílias para fora dos seus locais de residência

Deixem o Luís gozar com os portugueses. Especialmente, com os que trabalham. Ou já já trabalharam.

O DIÁRIO AS BEIRAS apurou que a presidente da Concelhia “rosa” da Figueira da Foz recusou o sexto lugar e preferiu ficar fora da corrida das legislativas de 18 de maio

 Via DIÁRIO AS BEIRAS

 

Militante do Chega pede a tribunais que rejeitem listas de candidatos

Via Correio da Manhã


«
Com esta reclamação, Fernando Sá Nóbrega quer que listas do Chega sejam impugnadas. E diz que "os únicos elementos válidos para organizar novas eleições" são os órgãos nacionais de 2019.

De acordo com a informação a que a agência Lusa teve acesso, foi apresentada reclamação quanto aos círculos eleitorais em 20 círculos eleitorais: Lisboa, Porto, Leiria, Beja, Viseu, Vila Real, Viana do Castelo, Setúbal, Santarém, Portalegre, Guarda, Madeira, Açores, Coimbra, Castelo Branco, Évora, Bragança, Faro, Braga e Aveiro.»

segunda-feira, 14 de abril de 2025

Portugal não é a Alemanha

Via Público (para ler melhor clicar na imagem)

O "poder de atração de Ventura"


Citando João Gonçalves: "E ninguém veio à porta aplicar-lhe uma vassourada seguida de um balde de água por cima disto? Que mediocridade. Que vergonha alheia."

O Dr. Santana Lopes, justamente indignado, escreveu: "João Gonçalves tem toda a razão. Isto não pode descer mais fundo. Tem de haver limites. Nem o Bloco de Esquerda alguma vez fez algo assim. À porta da casa de Família seja de quem for? Como é possível? Eu lembro que difamar os órgãos de soberania é crime. Quem defende?
E o que é extraordinário é que alguém se diga Católico e faça isto."

O problema é que o Ventura tem um "poder de atração" do catano... 

30 obras gráficas de Vieira da Silva em exposição em Seiça

Via Diário as Beiras

domingo, 13 de abril de 2025

Carlos Matos Gomes, "um português exemplar"

Carlos Matos Gomes, coronel que fez parte do movimento dos Capitães de Abril que liderou a revolução do 25 de Abril de 1974, faleceu aos 78 anos. A informação foi partilhada pela família de Matos Gomes no perfil do coronel no Facebook.
"Partiu sereno e com músicas de Abril."

Sonhos ILEBERAIS

Farturinha (para alguns - poucos): as casas de sonho que uma minoria, muito minoritária dos portugueses,  pode comprar …

Via Imobiliário. Suplemento Trimestral nº. 21/Abril de 2025


quinta-feira, 10 de abril de 2025

Trump e a revolução


"Ainda Trump era um jovem especulador imobiliário e já acreditava que fechar a economia americana e substituir os impostos sobre rendimentos por tarifas aduaneiras era uma boa ideia. 
Num país já com um grande problema de desigualdade, Trump ainda o quer mais desigual. As tarifas aduaneiras são um imposto indireto, o Elon Musk ou o empregado do McDonald’s pagam exatamente o mesmo. 
Como já foi anunciado, os impostos sobre os mais ricos (que já eram baixíssimos) e as empresas são para diminuir. Ou seja, Trump quer uma oligarquia ainda mais poderosa paga com os impostos dos mais pobres, uma transferência ainda maior do que tem acontecido dos mais pobres para os mais ricos. 
Conseguiu convencer-se mais de metade da população de que os imigrantes são um problema terrível (a percentagem de imigrantes nos Estados Unidos é a mesma que era há cem anos), que o wokismo era a fonte de todo o mal, que ressuscitando indústrias mortas se criavam empregos, e um nunca acabar de mentiras e meias-verdades. Criou-se a ilusão de que todas as frustrações seriam aplacadas com medidas simples. 
Agora os americanos vão perceber que foram enganados: os preços vão subir e vão ver um crescimento de impostos como não têm desde 1968. Está o assunto resolvido, dir-se-ia. Os americanos removerão com o seu voto o Presidente. 
É aqui que entra a outra parte do plano. Para implementar planos económicos como este não se pode ter instituições a funcionar, nem respeitar decisões de tribunais, nem permitir que advogados processem o Estado, nem liberdade de imprensa, nem universidades a produzir pensamento. 
Nada pode funcionar sem a palavra do chefe do poder executivo, nada pode ser dito contra ele, nada pode pôr em causa a sua infalibilidade. Ou seja, exatamente o que se está a passar. A vontade é a de que quando chegar a oportunidade de votar – dando de barato que isso poderá fazer-se sem que as regras tenham sido mudadas – nada exista que depois possa implementar a vontade popular. Pior, que fique claro para o povo que a única coisa que separa a mínima ordem da anarquia é o Trump, ou, melhor dito, o ditador. 
Nada há mais destrutivo (e criativo) do que a vontade do Homem e não há regime mais frágil do que a democracia."

E se André Ventura não for tão esperto quanto pensávamos?

João Miguel Tavares

Para ler melhor clicar na imagem.

Lá vem a Ponte!..

(Claro que o facto de termos eleições no horizonte deverá ser apenas e só mera coincidência...)

"Hoje, em Conselho de Ministros, ficou garantido o financiamento, através do Fundo Ambiental e num total de 7,2 milhões de euros, da construção da ponte Eurovelo sobre o rio Mondego, ligando as margens entre as freguesias de Vila Verde e Alqueidão."

O aflito das massas

Miguel Esteves Cardoso: "Trump é um trafulhas e a bazófia dele nasce da aflição financeira em que tantas vezes se meteu ao longo de uma vida de negociatas duvidosas."



Abençoada Páscoa

No essencial, em 2025, a Figueira continua com dois grandes problemas: não tem futebol capaz de levar 10 mil pessoas a um estádio, como aconteceu ontem com o Tirsense Benfica, nem actividade política partidária que mereça a atenção dos órgãos de informação local e ocupe o povo.
A nível local, não existem notícias sobre transferências de jogadores da bola, despedimentos de treinadores ou eleições de dirigentes desportivos, capazes de captar o interesse dos media locais e do "povão".
O futebol, na Figueira, tirando meia dúzia de malfadados anos, foi sempre um fenómeno discreto e pouco mediático.
Reflectindo, ainda que ligeiramente, sobre esta realidade local, damos facilmente conta que o futebol na Figueira, ao contrário do que acontece em inúmeras cidades do nosso País, nunca ocupou o espaço mediático local, nem mereceu a atenção do povo. Portanto, seria, digamos assim normal, que face ao deserto vivido no mediatismo futebolístico, a política fosse algo importante no dia a dia dos figueirenses, merecedora da sua atenção por ser algo debatido no interior dos partidos políticos.
Porém, pelo que conheço, assim não acontece. A discussão política séria, entre pessoas sérias que discutem projectos e que os tentam pôr em prática, não é uma prática usual na política figueirense. No fundo, aquilo que deveria ser uma prática normal numa sociedade democrática, com credibilidade suficiente para despertar a atenção dos cidadãos, pois o que o que está em causa é o seu futuro em sociedade, não acontece. 
A Figueira do futuro, depende de muita coisa. Fundamentalmente do sucesso turismo. Como se pode ler na notícia publicada hoje no Diário as Beiras, abençoada Páscoa.

Pena o futebol, na Figueira, não conseguir mobilizar o povo e por isso não ter  também futuro ao mais alto nível. Por cá, o futebol teria, pelo menos, uma  vantagem sobre a política como fenómeno de entretenimento: é apenas um desporto. E, na Figueira, no tempo áureo, tinha bons artistas. 

Polícia Municipal: estamos na "estaca zero"

Diário as Beiras: "O Município da Figueira da Foz tem de reiniciar o processo de criação da Polícia Municipal, aprovado em 2002. Como o corpo policial não foi criado, por decisão política, e, entretanto, a legislação foi alterada, a autarquia terá de começar do zero."

O corpo de Polícia Municipal na nossa cidade está aprovado desde 28 de Janeiro de 2002, em mandato autárquico do PSD. Passaram mais de 23 anos e não aconteceu nada.
No mínimo, ninguém acreditava que sem um debate "onde se demonstre a sua necessidade e nos seja apresentado em detalhe o custo benefício", o processo da "materialização" de um corpo de Polícia Municipal não se iria concretizar no curto prazo. Para mais em ano de eleições autárquicas.
Ontem, na reunião de câmara ficamos mais esclarecidos: "O processo tem de partir do zero".
Como ainda existem figueirenses, interessados na discussão dos assuntos importantes que dizem respeito ao seu concelho, este era um caso que não devia ser lançado do modo como foi na praça pública pelo Município da Figueira da Foz.

Entretanto, sobre o assunto, ontem, o Secretariado da Comissão Política do Partido Socialista da Figueira da Foz emitiu um comunicado, que pode ser lido clicando aqui.

terça-feira, 8 de abril de 2025

Em defesa da honra do primeiro-ministro José Sócrates

 José Miguel Tavares: "eu que tão dedicadamente tenho escrito sobre José Sócrates ao longo da minha vida profissional sinto-me hoje no dever de defender a sua reputação e repor a verdade histórica. O que Montenegro disse é falso. Sócrates não só nunca prometeu tudo a toda a gente, como ganhou fama a enfrentar corporações de que toda a gente tinha medo. O seu a seu dono."

PARA LER MELHOR CLICAR NA IMAGEM

Mitos dos liberais até dizer chega

João Rodrigues

«Os liberais até dizer chega parecem-se com alguns dos bilionários que apoiaram Trump sobretudo por causa da sua agenda interna de intensificação da neoliberalização, de resto em curso. Nunca levaram a sério a questão do protecionismo trumpista. Perante a política comercial protecionista, que pode colocar em causa um elemento importante do neoliberalismo externo, descobrem-se subitamente críticos de Trump. Aproveitam para retomar todo um conjunto de mitos sobre a relação entre “comércio livre”, prosperidade e paz, convocando os seus santos padroeiros. 

Citam Milton Friedman, que apoiou a ditadura de Pinochet, Margaret Thatcher, que também o fez, para lá de se ter lançado numa guerra por causa das Falkland, Ronald Reagan, imperialista consumado e que aumentou brutalmente as despesas militares e Fréderic Bastiat, que escreveu umas vulgaridades liberais num tempo de imperialismo colonial, essencial para a expansão do “comércio livre” no longo século XIX.  

Os liberais até dizer chega, em coerência, estão agora na linha da frente da defesa da corrida armamentista na UE, não o esqueçamos. Vale tudo para destruir uma das melhores garantias de paz e de prosperidade partilhada: os Estados sociais robustos. 

De resto, ofuscam outros quatro padrões muito relevantes da história da economia política internacional. 

Em primeiro lugar, os países, do Reino Unido aos EUA, só se tornam defensores do comércio dito livre quando se sentem com capacidades produtivas suficientes, desenvolvidas graças ao protecionismo. O protecionismo foi aí um dos instrumentos para o desenvolvimento de longo prazo. 

Em segundo lugar, a concorrência de todos contra todos, associada ao “comércio livre”, aumenta os desequilíbrios comerciais, a inimizade e o ressentimento, estando associado a conflitos e guerras desde a sua origem até ao seu fim. 

Em terceiro lugar, o protecionismo dos anos 1930 foi uma reação defensiva à Grande Depressão. Esta última foi causada, isso sim, pelo liberalismo económico, dos mercados financeiros sem trela ao padrão-ouro, passando pela austeridade. A superação da Depressão exigiu superar as instituições internacionais do liberalismo económico, que de resto se tinham em larga medida autodestruído. 

Em quarto lugar, o mercado livre é uma pura invenção ideológica. Sendo a economia inevitavelmente um sistema regulatório, que exige sempre a mobilização dos poderes públicos, a questão principal é que grupos vêem as suas liberdades aumentadas e que grupos vêem as suas liberdades diminuídas pelas mudanças nas regras do jogo, ou seja, estamos sempre a redistribuir liberdades, sendo que não há uma métrica única, nem as liberdades são do mesmo tipo.

Não sei, ninguém pode saber, qual a configuração e efeito finais das tarifas de Trump. Sabe-se que parecem contraditórias com a sua agenda interna. Talvez sejam sobretudo um instrumento grosseiro para obter concessões comerciais, como sublinhou Vicente Ferreira ontem. A UE aposta tudo nisso. A China não, até porque sabe que é o alvo principal dos EUA e que isto não começou agora, nem vai acabar aqui.

Realmente, se fosse para reindustrializar, Trump teria de reforçar as capacidades de planeamento do Estado norte-americano, em modo de New Deal, o contrário do que está a fazer, como também assinalou James Galbraith há umas semanas.»

Montenegro já mostrou que gosta de jogar


«Era a peça que faltava. 
Luís Montenegro declarou ontem que não tenciona fazer nenhuma aliança com o Chega, que rejeita qualquer ideia de Bloco Central e mais: que só governará se a AD for a mais votada. 
Por que é que isto é importante? Ajuda a clarificar as condições em que a AD poderá governar e isso é muito útil. Por um lado, o “não é não” a André Ventura, empunhado durante a campanha das legislativas em 2024, volta a estar em cima da mesa. Montenegro não quer que subsista qualquer dúvida a esse respeito e está convencido de que esse separar de águas joga a favor da AD. Na estratégia de dramatização ensaiada pelo PSD, não podia ser, aliás, de outro modo e a providência cautelar que Montenegro apresentou contra os recentes cartazes do Chega faz também parte desse abismo.»

José Iglésias

«José Iglésias (Figueira da Foz) acaba de renunciar à função de membro do Secretariado da Federação do PS/Coimbra, soube NDC de fontes partidárias.

À saída de cena não deverá ser alheio o afastamento de Raquel Ferreira, líder concelhia do PS figueirense, do elenco de candidatos socialistas a deputados à Assembleia da República pelo círculo de Coimbra.»

A questão da "materialização" da Polícia Municipal: corpo de Polícia Municipal foi aprovado em 28 de Janeiro de 2002, em mandato autárquico do PSD

Em Maio de 2024, o Presidente da autarquia figueirense anunciou que ponderava a criação da Polícia Municipal, não só, mas também por se encontrar muito insatisfeito com a actuação da força policial da zona urbana.
“Os Municípios têm uma responsabilidade acrescida, se a polícia só aparece para os gratificados, nós temos que olhar por nós, pois o que faz a atratividade de um concelho também é a segurança”, disse Pedro Santana Lopes na altura.
Como nasceu, parecia que o assunto tinha morrido. 
Ontem, porém, na sua página do facebook, o vereador Manuel António Domingues, trouxe a questão à colação.
Sobre este assunto, que não é novo, partilho da opinião do antigo vereador socialista João Vaz, que em 14 de Dezembro de 2020 escrevia sobre o assunto. 
Passo a citar.
"Será precipitado, errado e inconsequente criar uma força de Polícia Municipal na Figueira da Foz. Esta é uma decisão que carece de amplo debate onde se demonstre a sua necessidade e nos seja apresentado em detalhe o custo benefício. Estamos praticamente em ano de eleições, logo as decisões tomadas não devem comprometer o próximo executivo com uma decisão de elevado impacto na despesa corrente a médio e longo prazo. O trabalho prévio não parece estar elaborado, desde a análise à ligação com as forças de segurança (PSP, GNR) até ao perfil de atuação. Questiona-se ainda a sustentabilidade económica. Uma polícia municipal minimalista de 20 agentes custará mais de um milhão de euros por ano. Há algum estudo económico e técnico? Há muitos exemplos de ineficácia da Polícia Municipal, tanto em grandes concelhos (Lisboa) como nos pequenos. Predomina a ideia que esta Polícia serve apenas para “passar recibos” e não consegue atuar no fundamental, a segurança. Por esta razão, a ineficácia, o PSD Madeira chumbou recentemente a criação da Polícia Municipal no Funchal, uma cidade de 110 mil habitantes residentes e muitos milhares de turistas. Já na Figueira parte do PSD (2 vereadores) acha, e sublinho o “achismo”, que é essencial uma Polícia Municipal, e o presidente da Câmara acolhe bem esta ideia."

Recorde-se. Na reunião de Câmara realizada em 4 de Março de 2019, foi "chumbada" a criação de um corpo de polícia municipal, uma proposta dos vereadores Carlos Tenreiro e Miguel Babo, com os votos contra do PS e do vereador do PSD, Ricardo Silva.
Mas como na Figueira parece que é sempre Carnaval, em Março de 2019, o blogue OUTRA MARGEM (e não só), já tinha alertado.
Confirmar aqui.
Portanto, foi em mandatos autárquicos do PSD que nasceu a ideia: primeiro com Santana Lopes, depois com o Presidente Duarte Silva

Portanto, esta é uma decisão que não pode ser assim lançada para o ar: "carece de amplo debate onde se demonstre a sua necessidade e nos seja apresentado em detalhe o custo benefício."
Recordando o que escreveu Silvina Queiroz em 16 de Dezembro de 2020: «problemas que constitucionalmente são atribuídos ao Estado, ao Governo central, não devem jamais passar para a tutela exclusiva dos municípios. Municipalizar a segurança?! As competências das polícias municipais são mais reduzidas do que as da PSP, como não poderiam deixar de sê-lo. Esbarram e ainda bem, nas competências daquela força de segurança, essa sim responsável pela segurança dos cidadãos nos diferentes contextos, muitas vezes também com a GNR, fora da área urbana. Por que se pretende então a polícia municipal? Para aplicar multas de estacionamento, na nossa cidade em grande parte “a cargo” dos funcionários da empresa de estacionamento, “passada” ao preço da chuva a uma entidade privada. Como é sobejamente conhecido, imagino. Quando as coisas se complicam, lá são chamadas as forças de segurança com autoridade e formação capacitante para a assumpção da tarefa. Como é óbvio que tem de ser. 

Nas grandes cidades, admito que o corpo de polícia municipal possa dar uma mãozinha à PSP, dada a extensão territorial. Aqui precisamos do reforço do destacamento da PSP e não arranjar forma e pretexto para a tutela poder acabar com a força que é o garante da tranquilidade e da ordem pública. A antiga proposta de PM previa a afectação de 30 efectivos. E mais 30 sapadores? Sim, esses fazem falta

"... por falta de candidatos aos corpos sociais"

Via Diário as Beiras (para ler melhor clicar na imagem)

" A sessão está marcada para as 15H00, no Hotel Wellington. A dissolução e liquidação desta associação patronal do setor da restauração é o único ponto da ordem de trabalhos."

A inquietação do momento....


segunda-feira, 7 de abril de 2025

«Vamos ter uma surpresa na noite das eleições?»

 Jornal Público

(para ler melhor clicar na imagem)

"O verão vai aquecer"?..

O tabu político do momento, na Figueira, para as autárquicas 2025, segundo o arguto e perspicaz analista Rui Duque, assenta em Vitor Caridade, pois "um cidadão, tão só, que faz um ataque desta natureza portentosa a um gestor público deve ser consequente. Creio que por detrás desta publicação está mesmo um Candidato Autárquico não assumido!"
Imagem via Rui Duque
A Figueira é terra de tabus
É preciso, porém, entender a situação em toda a sua abrangência e verdadeira dimensão pessoal, colectiva e política. 
Em ano de autárquicas, é absolutamente normal esta dança das palavras e a falta de clarificação relativamente a um assunto tão importante. 
Ainda bem, contudo, que existe este importante fórum.
O mundo já está como está e não será porque um afoito de direita fale do que não sabe (mas, aparentemente, gostava de saber e tenta adivinhar), que o visado não tem direito ao tabu.
Por benevolência deixem-no gozar em paz "os ares da Serra de Sicó e os ares mais marítimos da Serra da Boa Viagem." Para não falar, "de uma boa caldeirada ou de um cabrito à moda de Condeixa" regado com um bom copo de tinto.
Santana, desta vez é que não esteve para tabus e foi o primeiro a decidir-se: não quis muita coisa - preferiu a Figueira!
A seu tempo o visado esclarecerá o tabu.
É preciso ter calma e não queimar etapas.
Estamos em tempo de legislativas...

"... Naval vai criar um museu com os trofeus e outros elementos da história navalista agora devolvidos"

 Via Diário as Beiras

«...espólio da Naval 1.º de Maio foi transferido para o museu municipal porque o presidente da câmara da altura, Carlos Monteiro, entendeu que pertencia à Naval 1.º de Maio. Fundado em 1893, perante uma grave crise financeira, o clube dissolveu a equipa de futebol em 2017, sendo declarado insolvente dois anos depois. Por seu lado, a Naval 1893 foi criada em 2017, para dar continuidade ao futebol navalista.»

«O vereador do Desporto, Manuel Domingues, em declarações ao DIÁRIO AS BEIRAS, sustentou que “não há dúvida de que a Naval 1893 é a continuidade da Naval 1.º de Maio, que teve de renascer com outro nome”. E acrescentou que, “para os figueirenses, continua a ser a Naval”

domingo, 6 de abril de 2025

As circuntâncias exteriores podem condicionar

Do alto da Serra da Boa Viagem, olhando para sul, tudo avistamos, num dia claro e limpo, para além da Leirosa... 
Contudo, quando estamos no Cabedelo, olhando para norte, o horizonte é curto e podemos sentir-nos, limitados, frágeis e pequenos... 
Porém, somos a mesma pessoa: apenas a perspectiva é que mudou. 
Nada mais.  
Mas não nos iludamos. 
Nem com a nossa pequenez. 
Nem, porventura, com a nossa importância. 
Ambas, são adjectivas ao substantivo que somos. 
As circunstâncias exteriores é que nos podem condicionar.

E se for o fim de uma era?

Daniel Oliveira

«Além da Solverde, as relações entre Montenegro, Câmara de Espinho e empresas com que a autarquia e ele próprio foram fazendo negócios continuarão a aparecer, a conta-gotas, na imprensa. Talvez a casa de Montenegro, tema que a comunicação social tinha fechado com a simples exibição de um dossier, seja o link mais fácil. Como a ética republicana não começa e acaba na lei, não preciso de saber se cometeu ilegalidades. Disso trata a justiça. Com Sócrates, bastou-me que dissesse que era sustentado por um amigo com interesses no Estado para saber que não podia ter ocupado o cargo que ocupou. Com Montenegro, basta-me saber que recebia uma avença de casinos enquanto era primeiro-ministro e tropeçar nas sucessivas meias-verdades, omissões e coincidências entre os seus negócios privados, relações partidárias e funções técnicas para confirmar, a cada notícia que sai, que elegemos um videirinho.

Não fomos para eleições porque o Orçamento do Estado tenha sido chumbado, uma moção de censura tenha sido aprovada ou o programa do Governo não pudesse ser aplicado. As condições de governabilidade até eram excessivas para uma coligação com 29% que não mostrou interesse em construir entendimentos parlamentares com quem quer que fosse. Também é cedo para fazer um balanço. Um ano de anúncios diz-nos pouco, apesar de ser óbvio que o que corre bem já corria bem e o que corre mal piorou mais um pouco. Vamos a votos porque Montenegro apresentou uma moção de confiança que sabia chumbada, recorrendo ao sufrágio popular para atestar a sua própria honestidade. Mesmo que não deva ser essa a estratégia de Pedro Nuno Santos, porque nenhum candidato a primeiro-ministro se credibiliza a falar dos pecadilhos do opositor, é impossível que esta campanha não seja sobre a razão pela qual vamos a votos: as condições éticas para Montenegro ocupar o cargo que ocupa.

Ainda só começámos a puxar o fio à meada e já se percebeu que Montenegro será um poço de casos nos próximos anos. Não há vitória eleitoral que apague a sua biografia que, por responsabilidade da comunicação social e graças a uma impressionante e eficaz gestão de silêncios, ficou por escrutinar desde que chegou a líder do PSD. E não foi por falta de sinais, com uma carreira feita de ajustes diretos com autarquias do PSD. Apesar de ser interessante assinalar a diferença de comportamento da PGR perante a investigação que envolvia Costa e a que envolve Montenegro, as eleições não sufragam o cumprimento da lei. Só tribunais o podem fazer. Sufragam, a pedido do próprio e já com bastos indícios, a avaliação ética que os eleitores fazem do primeiro-ministro. Isso implica uma campanha feia? Claro que sim. Foi escolha de quem achou, muito provavelmente com razão, que o mau momento reputacional seria compensado pelo bom momento económico e orçamental.

Acontece que a questão não é meramente ética. Com um ano de balanço e programas praticamente iguais, imagino que restarão dois temas nesta campanha: os casos de Montenegro e a governabilidade. E parece haver a tentação de separar os dois. Só que eles estão ligados. Primeiro, porque se a revelação de factos comprometedores sobre Montenegro resultar num reforço eleitoral do PSD, o “à vontade” que sentimos neste ano passará para um perigoso “à vontadinha” e a atração para o abismo será rapidíssima. Depois, porque nada disto acabará a 18 de maio. As histórias continuarão lá todas. Assim como as ligações ainda não exploradas e as investigações que agora se fazem a correr, para corresponder ao apelo de plebiscito à ética de Montenegro. E a Comissão Parlamentar de Inquérito até pode vir a ter um âmbito ainda mais alargado. Montenegro será um primeiro-ministro vulnerável. Uma vulnerabilidade ditada por muitas suspeitas e algumas certezas.

Como escrevi na semana passada, a extrema-direita não cresce pela revolta ética. Os eleitores do Chega não são, como vemos pelos seus deputados, os mais exigentes entre nós. A extrema-direita cresce com a degenerescência da democracia. Ela não representa a indignação. Representa o cinismo e a acomodação. A reeleição de um primeiro-ministro tão vulnerável, e até o seu reforço como prémio de uma estratégia que viu a sua própria fragilidade ética como uma oportunidade eleitoral, corresponderão à degradação do poder político. Estas eleições podem parecer um intervalo entre ciclos curtos ou o início de um ciclo longo. Mas, tendo em conta as forças antidemocráticas prontas a abocanhar um poder apodrecido, a reeleição e reforço de um primeiro-ministro com este perfil ético pode corresponder ao derradeiro episódio de uma era.»