O mundo que temos é este em que vivemos. Portanto: «não importa para onde tentamos fugir, as injustiças existem em todo o lado, o melhor é encarar essa realidade de frente e tentar mudar alguma coisa.» Por pouco que seja, sempre há-de contribuir para aliviar...
"António Costa Silva é o homem escolhido pelo primeiro-ministro, António Costa, para desenhar um programa de recuperação económica". O Expresso avança que a primeira reunião de Costa Silva foi com Matos Fernandes, ministro do Ambiente, para garantir que a sua posição (gestor de uma petrolífera) e currículo não seriam incompatíveis com a agenda de combate às alterações climáticas.
O mesmo jornal acrescenta ainda que daqui a uma ou duas semanas Costa Silva vai falar em nome do Governo com os partidos da oposição, mas também com os parceiros sociais, para partilhar e recolher ideias. Recorde-se uma entrevista dada ao jornal Público em 14 de Fevereiro de 2018.
"Decidimos não investir mais em Portugal, não vale a pena", António Costa Silva. Nesta entrevista de 2018 ao Público, António Costa Silva, Presidente da Partex e actual homem escolhido por António Costa para montar o plano de retoma da economia, elogiou o Governo do PSD, especialmente o ministro da economia Álvaro Santos Pereira, dizendo que tinha uma estratégia e apostava na reindustrialização do país, o que traria crescimento e emprego, e criticava o Governo de António Costa por governar sem estratégia, para agradar e para eleições. Por isso tinham decidido "não investir mais em Portugal, não vale a pena".
Esta entrevista mostra um homem com ideias claras... Será que António Costa e o actual governo mudaram asssim tanto?..
"Um homem de 39 anos, residente numa aldeia da Serra da Lousã, está a ser julgado, no Tribunal de Coimbra, pela prática de seis crimes, entre os quais o de escravidão de um indivíduo de 61 anos. «O arguido passou a tratar o ofendido com arrogância, desprezo pela sua dignidade de pessoa e com extrema brutalidade, como se este fosse de sua propriedade e não passasse de uma mera coisa ou objecto», lê-se logo numa das primeiras páginas da acusação deduzida pelo Ministério Público a que o Diário de Coimbra teve acesso." Para que se perceba: "plano passava por receber os 180 euros mensais que o ofendido auferia de rendimento social de inserção"! Abençoado jornalismo de referência! A leitura dos jornais pelos dias que correm (basta passear os olhos por uma primeira página) deveria deixar qualquer pessoa revoltada e a exigir medidas. Falo dum flagelo que há muito atrofia Portugal: a falta de celeridade na justiça feita aos poderosos.
"Imaginem esta situação: o Município tem um dos mais notáveis edifícios da região, um palácio rural do final do séc. XVIII, outrora residência dos Viscondes de Maiorca. No seu interior, destacam-se os belos tetos, a cozinha octogonal, diversas salas com painéis temáticos de azulejos do séc. XVIII e uma capela com retábulo do séc. XVI. O palácio integra-se numa vasta propriedade, rodeado de jardins inspirados nos jardins francesas setecentistas. Então, o executivo da altura decide fazer um negócio, ou antes uma Parceria Público Privada (PPP), entre a FGT (empresa municipal) a Quinta das Lágrimas SA, para transformar este edifício num hotel de charme. A ideia de um hotel não parece, à partida, uma má ideia. Aliás, na minha perspetiva, seria a solução ideal para o imóvel. No entanto, a situação torna-se quase caricata quando lemos os termos deste acordo. Desde logo, porque o acionista privado passou a deter a maioria da sociedade ( 50,03%) entretanto formada (a Paço de Maiorca SA), e a posse do imóvel passou para o nome dessa sociedade, e, por sua vez, o mesmo foi penhorado pelo BPI. Acresce ainda que, após as obras, já na fase de exploração da unidade hoteleira, previam-se compensações anuais do Município ao privado, sempre que se verificasse uma diminuição das receitas ou aumento das despesas. Portanto, um sonho para qualquer investidor privado, pois parte para um negócio sem património seu, sem investimento, sem qualquer risco e a deter a maioria da sociedade. Quem não o queria? E depois tudo correu mal, a empreitada foi assinada a 18/9/2009, em pleno período de campanha eleitoral. O partido que estava no poder (PSD) perde, felizmente, as eleições. Mas, o Município já estava obscenamente endividado ( 90 milhões)! Esta obra já adjudicada não poderia ser parada sem indemnizações e não havia dinheiro para tal. Para agravar, a lei mudou e obrigou a que os municípios extinguissem as suas empresas municipais, em que se inclui a FGT. A sociedade Paço de Maiorca SA faliu, o empreiteiro faliu e o privado Quinta das Lágrimas desapareceu de cena… O negócio de sonho metamorfoseou-se numa sentença para o Município pagar de 5,1 milhões! Mais uma rica herança…" ViaDiário as Beiras
A Assembleia Municipal da Figueira da Foz reuniu-se, na passada sexta-feira, em sessão extraordinária no Centro de Artes e Espetáculos (CAE), dado que a sala garantiu o distanciamento social entre os participantes. A próxima reunião, ordinária, está agendada para o próximo dia 26 de junho, realizando-se no mesmo equipamento municipal. Via Diário as Beiras, fica um resumo da sessão.
"A Assembleia Municipal da Figueira da Foz aprovou as medidas aplicadas pela câmara, gerida pelo PS, algumas por unanimidade, para atenuar o impacto económico e social gerado pela pandemia. O PSD, principal partido da oposição, votou a favor, não deixando, contudo, de fazer reparos, exceto no adiantamento dos apoios regulares às instituições particulares de solidariedade social, tendo optado pela abstenção – a deputada Margarida Fontoura votou a favor. No ponto das instituições, a declaração de voto dos social-democratas sustentou que a medida não teve em conta o número de utentes de cada uma delas. O executivo camarário baseou-se no regulamento. Por outro lado, o PSD votou contra a saída da câmara do Conselho Empresarial do Centro (CEC), defendendo que esta não era a melhor altura para a autarquia “caminhar sozinha” na captação de investimentos para o concelho, defendeu Teotónio Cavaco, líder da bancada “laranja”. Do lado da maioria “rosa”, replicaram-se os argumentos avançados quando se ficou a saber que a câmara iria abandonar o seu lugar no conselho geral. “Estamos a libertar-nos de um conjunto de gorduras que não trazem mais-valias. A Figueira da Foz está representada no CEC pela Associação Comercial e Industrial. Desde 2009 que a câmara não foi contactada para coisas nenhuma pelo CEC”, justificou o presidente da autarquia, Carlos Monteiro. Chumbada proposta do PSD O PSD votou ainda contra a construção do Centro Escolar do Bom Sucesso. A votos foi um novo concurso público, na sequência da insolvência da empresa que deveria estar a construir o equipamento. Os social-democratas alegaram, entre outros argumentos, que devia ter sido feito um estudo sociológico sobre a freguesia. A autarquia investe 150 mil euros na obra, que custa um milhão, sendo o restante assegurado por fundos europeus. Os social-democratas viram chumbada a sua proposta de constituição de um grupo de trabalho para a monitorização da crise decorrente da pandémica no concelho, que incluía representantes de vários setores da sociedade local. O PS votou contra, a CDU absteve-se e o BE votou a favor. “Já existe a Comissão Permanente” [na Assembleia Municipal], que também pode convidar [pessoas alheias ao órgão autárquico]”, indicou o líder dos deputados socialistas, João Portugal. A CDU, por seu lado, apresentou sete propostas para minimizar os efeitos da crise económica e social produzida pela pandemia. Por intervenção da maioria socialista, alegando que algumas das medidas já estavam a ser aplicadas pela autarquia e outras poderiam não ter enquadramento legal ou orçamental, a coligação de esquerda acabou por transformar as propostas em recomendações à câmara. Apenas duas foram aprovadas, por unanimidade, e as restantes foram reprovadas. CDU apresentou recomendações Silvina Queiroz, deputada municipal da CDU, não gostou que os socialistas fizessem um reparo sobre a falta de sustentação orçamental das propostas. “Isso compete aos técnicos da câmara”, defendeu a comunista, acrescentando que aquela seria a primeira vez que a CDU seria acusada de não ter feito o trabalho de casa. “Em algumas propostas, vamos por chuva no que está molhado”, argumentou Carlos Monteiro."
Estava previsto estrear nas salas de cinema nacionais a 19 de março, mas, devido à pandemia da COVID-19, a produtora Cinemate foi obrigada a adiar a estreia. Dois meses depois, a RTP anuncia a estreia do filme de Artur Ribeiro em formato série no dia 3 de junho.
A versão em formato filme não tem ainda estreia marcada nas salas de cinema nacionais, mas espera-se que seja até ao final do ano.
Baseado na obra literária “O Lugre”, de Bernardo Santareno,“Terra Nova” foi inteiramente filmado no alto mar da Noruega a bordo do lugre Santa Maria Manuela, em 2018. Esta é uma produção ambiciosa de Ana Costa com coprodução luso-alemã entre a Cinemate (Portugal) e a LightburstPictures (Alemanha), com apoio do ICA e da NOS.
Este filme surgiu de um desafio que Nicolau Breyner lançou em 2015 e conta com grandes nomes da ficção nacional, como Virgílio Castelo, Vítor D’Andrade, João Reis, Pedro Lacerda, Miguel Borges, João Craveiro, João Catarré, Ricardo de Sá, Vítor Norte, Miguel Partidário, Rodrigo Tomás, Paulo Manso, Manuel Sá Pessoa e Miguel Melo.
O filme acompanha a viagem do lugre bacalhoeiro Terra Nova, quando, num mau ano de pesca, o capitão decide arriscar uma travessia nunca antes tentada até à Gronelândia à procura de mais peixe. Enquanto a tripulação enfrenta as tempestades e o frio do Atlântico Norte, o medo e conflito intensifica-se, numa luta aguerrida contra o mar e entre os homens.
O corpo de José Moniz, jovem que desapareceu no mar na passada terça-feira na Prainha, na zona de Alvor (Portimão, Algarve), foi encontrado na manhã de ontem. Recorde-se: o jovem, mesmo sem saber nadar,atirou-se ao mar para tentar salvar um homem de 65 anos que estava em apuros e que acabou por se afogar. O corpo do jovem de 25 anos, angolano mas residente na freguesia de S. Pedro, foi transportado para o Instituto de Medicina Legal e deverá ser trasladado para a Figueira, na próxima segunda-feira, depois da junta de freguesia ter conversado com uma agência funerária, que efectuará «um preço mais acessível», explicou ao Diário de Coimbra António Salgueiro, já que o jovem é oriundo de uma família de parcos recursos.
A Comissão Social de Freguesia, segundo o autarca, «irá comparticipar com a restante verba», não coberta pela Segurança Social.
As quase duas dezenas de praias do município da Figueira da Foz terão uma lotação máxima de 54 mil pessoas na próxima época balnear. De acordo com fonte do gabinete da presidência da autarquia, a praia da Figueira da Foz, o maior areal urbano da Europa – que se estende por cerca de dois quilómetros de comprimento, entre o molhe norte do rio Mondego e a vila piscatória de Buarcos – terá uma lotação ligeiramente superior a 25 mil pessoas. “Será a praia com maior capacidade do país”. Vamos ao concreto: se todas as praias do concelho têm 54 mil pessoas como lotação máxima, e só entre o molhe norte e Buarcos podem estar 25 000 mil, as restantes 29 000 serão distribuídas por todas as outras. Mas, por exemplo, quantas poderão estar na Leirosa, Costa de Lavos, Orbitur, Cova, Hospital, Cabedelo, Murtinheira? Nas praias fora do areal urbano da Figueira como saberemos que a lotação está esgotada?
Aaaah, e comprem livros, muitos, não numa qualquer livraria "independente", "exemplo de resistência", porque ler faz bem à saúde e com esse acto investem em conhecimento, que não ocupa espaço, ao mesmo tempo que dão emprego a um ror de gente e contribuem para o PIB, mas nesta, na Barata, façam excursões, dentro das regras do distanciamento social nos autocarros e comboios, que o senhor Barata agradece. Percebem porque é que Marcelo nunca veio, por exemplo, a uma livraria de Setúbal, daquelas que fecharam ainda antes da pandemia e porque é que o circo é sempre no Natal?"
"As quase duas dezenas de praias do município da Figueira da Foz terão uma lotação máxima de 54 mil pessoas na época balnear. A praia da Figueira da Foz, o maior areal urbano da Europa – que se estende por cerca de dois quilómetros de comprimento, entre o molhe norte do rio Mondego e a vila piscatória de Buarcos – terá uma lotação ligeiramente superior a 25 mil pessoas. “Será a praia com maior capacidade do país”.
Em nota de imprensa divulgada hoje, o município da Figueira da Foz anunciou a contratação de 68 nadadores-salvadores na atual época balnear, para vigiarem as 18 praias e sete piscinas de usufruto público do concelho, “de forma a garantir o nível de segurança necessário”.As praias da zona urbana - Cabedelinho, Cabedelo, Cova, Hospital 1, Hospital 2, Campo de Futebol, Relógio, Buarcos, Tucano, Forte, Tamargueira e do Viso - vão contar com vigilância a partir do dia 20 de junho, sendo que as restantes - Leirosa, Costa de Lavos, Quiaios 1, Quiaios 2, Murtinheira 1 e Murtinheira 2 -, se vão encontrar vigiadas a partir do dia 1 de julho. As praias de Buarcos e Cabedelo terão ainda, já a partir de sábado e até ao final do mês de outubro, “sempre que as condições meteorológicas assim o justifiquem”, um reforço de mais quatro nadadores-salvadores, também contratados pelo município, para assegurar a vigilância aos fins de semana e feriados, naquele período temporal.
"A freguesia de Maiorca é um dos locais que historicamente, se diferencia das outras regiões do concelho. O facto de possuir um palácio e um paço na zona histórica da vila é suficientemente distinto, para não ser possível encontrar semelhante em mais nenhuma zona do concelho. Maiorca possui uma história singular: foi sede de concelho até 1853 e a ligação ao Baixo Mondego é parte integrante da sua identidade coletiva e é neste ponto que eu considero que se deva fazer um pouco mais. Do meu ponto de vista, o Paço de Maiorca poderia ser aproveitado para criação de um centro interpretativo do Baixo Mondego. Uma região com uma história milenar e que tem sido palco permanente da luta do ser humano para controlar as forças da natureza. Aliás, uma obra que ainda este ano foi desafiada novamente pelas intempéries. Seria, sem dúvida, interessante ter um espaço de aprendizagem no nosso concelho para preservar aquilo que foi o quotidiano das populações do Baixo Mondego. A situação a que o Paço de Maiorca chegou é resultado de políticas superficiais, feitas em cima do joelho ( 15 dias antes das eleições autárquicas de 2009 ) e que não tinham em conta os interesses financeiros da autarquia a longo prazo. A PPP desastrosa que foi feita para a reabilitação daquele espaço, vai exatamente de encontro ao estereótipo que a esquerda portuguesa costuma apontar a estas opções: os lucros ficam para os privados e as perdas para o Estado. Situação que seria impossível de suportar a curto prazo para um Município que se tinha contraído recentemente um empréstimo de 30 milhões de euros para fazer face a dívidas superiores a 60 milhões de euros. Infelizmente, este passo maior que a perna levou a que a Câmara fosse condenada a ressarcir os privados com um valor avultado. Considero que o primeiro executivo de João Ataíde tomou a decisão certa, uma vez que seria praticamente impossível fazer face às obrigações financeiras da Câmara, e em paralelo suportar as perdas de uma exploração privada, com a agravante de estarmos a viver uma crise económica e social bastante desafiadora."
«A ideia de que os pobres são “diferentes” reconfortou as elites ao longo da história na sua inação para erradicar a pobreza. As “workhouses” da Inglaterra vitoriana eram instituições assistencialistas e moralizadoras, que alimentavam – mal e pouco – as pessoas pobres e procuravam corrigir os seus supostos maus hábitos.
Durante o fim de semana, Marcelo Rebelo de Sousa visitou a sede do Banco Alimentar contra a Fome e apelou aos donativos de comida, alegando que há 400 mil pessoas com fome, mais cerca de 20 mil do que as habituais 380 mil servidas habitualmente pelas instituições de solidariedade apoiadas pelo Banco Alimentar. Segundo o Presidente, “não é preciso gostar do Banco Alimentar, da líder ou dos voluntários. É preciso pensar nos que estão mal e que vão estar assim mais um mês, dois, três, mais um ano, o tempo que durar a crise”. A mim, parece-me que é preciso pensar que espécie de sociedade é esta que perante pessoas que podem ficar com fome durante mais de um ano se contenta com oferecer uns pacotes de arroz para as campanhas do Banco Alimentar. Este cheirinho feudal dá-me náuseas.» Susana Peralta
Facilitismo, no mínimo, envolveu o licenciamento das aberrações urbanísticas patentes na foto. No fundo, casos paradigmáticos do modo como a Câmara Municipal da Figueira da Foz, ao longo de décadas, não exerceu o seu devido papel de mediador entre o interesse privado e o interesse público. A prova está no resultado visível do edificado num local, que apesar do que lhe fizeram, ainda é bonito: a edilidade foi mais favorável a permitir o alavancamento dos parâmetros de construção - e a correspondente especulação imobiliária -, do que a aplicar de forma equitativa as regras de planeamento que todos deviam cumprir. O resultado está à vista...
"À medida que a pandemia ia alastrando, fui lendo e ouvindo que o Bolsonaro isto, que o Bolsonaro aquilo e que quando o vírus entrasse nas favelas seria a desgraça que está a ser. Concordei com a maioria, enjoei-me com algumas tiradas que mais não eram do que meros exercícios de retórica de profissionais ou amadores do aplauso, surpreendeu-me o deslumbramento de quem dizia umas coisas do alto das suas tamanquinhas, como se aqui não houvesse miséria daquela. Mas há. Em Portugal, embora não lhes chamemos assim, também temos favelas. E agora o Corona entrou em força numa delas. Chama-se Bairro da Jamaica. E não dá para ignorar toda aquela miséria e que ali mora gente que vive naquelas condições deploráveis. Gente que convive com outra gente menos desafortunada no transporte público que eles também usam, gente que limpa os escritórios onde trabalha a gente que os ignora, gente que serve nas casas onde vive gente indiferente à sua miséria porque o mundo, que diabo, é mesmo assim. Era. Mas agora eles trazem o vírus consigo, da favela invisível para o mundo visível dos telejornais. O resto do mundo pode continuar a ignorá-los até descobrir que o problema deles num espirro pode tornar-se também o seu." Filipe Tourais
O vereador Ricardo Silva vai defender na próxima segunda-feira, na reunião de câmara, a proposta de redução do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) para a taxa mínima, ou seja, dos actuais 0,4 por cento para 0,3, para atenuar os efeitos económicos da pandemia junto dos proprietários de imóveis. A maioria socialista vai votar contra.
Nuno Gonçalves "Se fosse aprovada, o município deixaria de encaixar receitas de 3,2 milhões de euros por ano, cerca de sete por cento da receita corrente anual do município. A proposta anunciada pelo PSD revela desconhecimento e irresponsabilidade, porquanto existem funções essenciais que o município presta aos cidadãos que ficariam prejudicados com uma diminuição tão elevada da receita. Funções nas áreas da educação, saúde, Protecção Civil, turismo, cultura e ambiente ficariam severamente prejudicadas”. Ricardo Silva “Não reduzir a taxa, é uma opção política. Com a actual taxa elevada, não conseguem garantir o essencial, que é ter a cidade limpa e os espaços verdes tratados. Se têm falta de dinheiro, que tenham contenção nos gastos com obras mal planeadas e na contratação de pessoa próximos do PS." Carlos Tenreiro e Miguel Babo Os vereadores eleitos pelo PSD(a quem o partido retirou a confança política) vão analisar a proposta durante o fim de semana.
Todos sabemos que a pandemia afectou receitas, actividades e o dia-a-dia de associações da região. Desde festas canceladas à alteração da própria dinâmica, associações e colectividades da região Centro lamentam os efeitos da pandemia, que provocou perdas de receitas e problemas na sua actividade. Na edição do passado dia 25 do Diário as Beiras, o presidente da Associação de Colectividades do Concelho da Figueira da Foz, António Rafael, afirmou que “a situação financeira para algumas está muito grave”. Sobretudo, acrescentou, “para quem tem filarmónicas (nove), que ficaram sem espectáculos e sem fontes de receitas e têm de pagar aos maestros (e professores de música)”. Mas, há excepções: é o caso da Sociedade Boa União Alhadense (SBUA), presidida por Fernando Gonçalves.
Via OBSERVADOR, tomei conhecimento das dificuldades da Sociedade Filarmónica Paionense, que, em março, se viu privada de festejar o seu 162.º aniversário. “Não houve festa, foi tudo cancelado e agora estamos a viver um dia de cada vez, como se costuma dizer”, desabafou Ana Bela Santiago, presidente da instituição localizada na freguesia de Paião. A situação, nomeadamente a da banda filarmónica de 45 elementos, “não está famosa”, dado existirem despesas fixas e as receitas, nesta altura, não entram. “A banda não se consegue sustentar a ela própria. Ainda agora investimos num novo fardamento, porque o outro já era muito antigo, estava já com varias cores de várias gerações de uso e ainda não o conseguimos mostrar. Todas as actividades programadas que iam ajudar a casa, a manutenção e o arranjo de instrumentos e o pagamento ao maestro e professores de música [de uma escola com cerca de 30 alunos] foram canceladas”, observou Ana Bela Santiago. O cancelamento do desfile de marchas populares, previsto para 23 de junho nas festas da cidade, levou, por outro lado, a que as costureiras da Sociedade Filarmónica Paionense, responsáveis pelos fatos, passassem a fazer batas, em regime de voluntariado, para entregar ao hospital distrital da Figueira da Foz. A própria dinâmica associativa também sofreu com os efeitos da pandemia, já que a instituição “estava aberta todos os dias”, acolhendo, para além da banda filarmónica, um grupo sénior da freguesia, uma charanga de rua, grupo de cavaquinhos, orquestra ligeira e atividades de zumba, dança e teatro. Para já, a Sociedade Filarmónica Paionense espera a entrada nos cofres do apoio financeiro aprovado em abril pela Câmara Municipal, que corresponde ao adiantamento de 70% do apoio regular, relativo a eventos, parcerias e actividades realizadas em 2019. “Já enviámos os documentos, mas dinheiro físico ainda não há, estamos à espera”, resumiu Ana Bela Santiago.
Segundo o Diário as Beiras, a Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal (FCMP), que detém a concessão do parque de campismo do Cabedelo, através do seu presidente, João Queiroz, quer chegar a acordo com a câmara, no âmbito da requalificação daquela zona de praia e surf. “Não será por nós que a câmara terá problemas. O assunto há-de ser resolvido de forma pacífica e a contento de todas as partes”, garantiu aquele responsável. Esta não é a primeira vez que João Queiroz faz a mesma afirmação. Entretanto, cerca de dois anos depois do início das conversações, o diferendo ainda não foi resolvido. Recentemente, a câmara informou a FCMP de que iria recorrer à posse administrativa do parque, se não apresentasse uma proposta definitiva, pela qual a autarquia aguarda há cerca de um ano. A federação respondeu ao ofício da autarquia, dando conta de que, até ao final desta semana, apresentaria uma proposta. Se o prazo não for cumprido, garantiu ao DIÁRIO AS BEIRAS o presidente da câmara, Carlos Monteiro, avançará a posse administrativa. “Subscrevo o que o senhor presidente da câmara disse, e esta semana vamos responder”, afiançou João Queiroz. A Federação de Campismo e Montanhismo de Portugalé o único concessionário do Cabedelo com quem a autarquia ainda não chegou a acordo.
"O logro da recuperação do Paço de Maiorca está estreitamente associado ao frenesim do “mostrar obra feita” que caracterizou o mandato de Santana Lopes. Não me entendam mal. A ideia de recuperar o Paço era mais do que pertinente, porém deveria ter sido pensada, planeada e executada com a devida maturidade e responsabilidade. Mas o relógio político de Santana Lopes batia muito mais apressadamente do que o ritmo da razoabilidade e das melhores opções para o interesse do concelho. E tal como se passou com a febre do golf (lembram-se de quantos campos de golf iriam ser construídos no concelho?), dos projetos de animação turística que envolviam futebolistas e fadistas famosos, também o projeto de recuperação do Paço de Maiorca se esfumou quando surgiram as contas para pagar. A história de Maiorca é ancestral, recebeu foral em 1194 e chegou a ser sede de concelho até 1853. O Paço dos Viscondes de Maiorca começou a ser erigido no sec. XVII por João Vaz da Cunha, Senhor do Morgado de Antanhol, numa propriedade adquirida à família Coutinho. Mas o Paço só viria a ser concluído pelo seu descendente Luís Vaz da Cunha de Sá no século seguinte. Entre os inúmeros objetos de interesse do conjunto edificado do Paço de Maiorca está um altar em pedra da capela, cuja realização é atribuída à prestigiada oficina de João de Ruão. Muito provavelmente, este edifício encerra ainda múltiplas e interessantes narrativas de Maiorca e da região, que estão por divulgar e por desvendar. Não tenho qualquer solução particular a propor (museu, edifício de funções públicas ou até turísticas) para o Paço de Maiorca. O que considero fundamental é que, independentemente da solução escolhida, esta seja fortemente balizada pelo parecer de especialistas (história, história da arte, arquitetura, etc). e que tenha um acesso público democrático, transmitindo a todos os visitantes, independentemente da sua condição social, as histórias que se ilustraram por aqueles lugares." ViaDiário as Beiras
"A TVI teve acesso ao contrato de compra e venda do Novo Banco, cuja divulgação pública tem sido uma exigência levantada nos últimos dias na esfera política. A primeira estranheza passa pela identidade do comprador: em vez de Lone Star, o nome que surge no contrato é Nani Holdings. O contrato a que a TVI teve acesso é confidencial e está guardado a sete chaves no banco de Portugal. Um documento extenso, mas que, logo ao início, surpreende: o que podemos ler e que, a 31 de março de 2017, foi celebrado o contrato entre o fundo de resolução e a Nani Holdings. O primeiro manteve 25% do banco e o segundo adquiriu 75%. A Nani Holdings, adquirente, é detida a 100% pelo Lone Star Fund, no Luxemburgo. Este, por sua vez, tem como maior acionista, a Nani Superholding, com sede no paraíso fiscal das Bermudas, e é detida por uma diversidade de fundos geridos pela americana Lone Star, dona indireta do Novo Banco. O mesmo é dizer que será difícil fazer o percurso inverso até à responsabilização. Ou seja, até quem tem de pagar ou devolver seja o que for. Não há grandes comentários a fazer a este excerto da notíciada TVI. Confirma-sesimplesmente a sordidez associada a este processo político de internacionalização da banca nacional, em que pagamos, mas não mandamos, compelido pela integração europeia e, infelizmente, aceite pelo governo.
Entretanto, e isto é mesmo uma nota de rodapé, é óbvio que Centeno não deve ir para governador da sucursal de Frankfurt, mas se calhar pode: afinal de contas, Carlos Costa tinha experiência em transacções com paraísos fiscais da sua passagem pelo BCP." JOÃO RODRIGES
"Segunda-feira, dia 01 de junho, será assinado o auto de consignação da empreitada «EN109, melhoria das condições de segurança entre o km 122,150 e o km 137,700», que prevê a realização de obras até ao montante global de 3 079 710,05 euros. A empreitada, cuja conclusão se prevê em 2021, inclui a requalificação de vários pontos de acesso à via nomeadamente acesso à Zona Industrial com uma nova rotunda; acesso à zona do Orbitur com reformulação do acesso; acesso à Costa de Lavos com nova rotunda; acesso ao sul da Costa de Lavos com reformulação do acesso; acesso à Leirosa, a norte com uma nova rotunda; acesso à Leirosa, a sul com nova rotunda e entrada para a Marinha das Ondas, na zona do Gigante, com nova rotunda. Estão ainda incluídas reformulações de alguns cruzamentos intermédios. O Município da Figueira da Foz congratula todas as entidades envolvidas na concretização desta empreitada - há muito ansiada, e que irá dotar a via de melhores condições de segurança e, com toda a certeza, contribuir para a diminuição da sinistralidade que se tem verificado neste troço da EN109."
Via Diário as Beiras, edição de hoje: "O empreiteiro que realizou a requalificação da frente marítima de Buarcos recorreu ao tribunal para reclamar 159 mil euros à câmara, verba que a autarquia considera que não tem de pagar, por entender que não lhe podem ser imputadas as razões que originaram a ação judicial, daí não ter havido acordo extrajudicial. O construtor invocou o reequilíbrio financeiro da empreitada, sustentando que se prolongou para além do prazo previsto devido a ações do dono da obra. No decurso da empreitada, a autarquia procedeu a várias alterações ao projeto. De resto, é o mesmo o empreiteiro que está a requalificar o Cabedelo, que também já regista atrasos devido às negociações com os concessionários que tiveram de abdicar ou deslocalizar os seus espaços."
"Nem uns são social-democratas, no sentido dado por Sá Carneiro a este estranho conceito luso de social-democracia... Nem os do PS têm o que quer que seja a ver com os valores social-democratas de um Mário Soares socialista, laico e republicano... Ao nível nacional as lideranças dos grandes partidos estão sujeitas ao escrutínio de todos os seus militantes e da comunicação social, sendo mais difícil que personagens que nada tenham que ver com os seus valores cheguem ou se mantenham na sua liderança. Pode suceder que um militante mais trapalhão, como o Pedro Santana Lopes, chegue à liderança, mas a sua queda é uma questão de tempo. Já ao nível distrital e local estes partidos podem ser liderados por gente cujos valores nada têm que ver com os do partido ou por gente que chegada ao poder não resistem às tentações dando razão aos anarquistas quando dizem que o poder corrompe. Há um imenso submundo regional e local, que muitas vezes se escapa ao escrutínio do jornalismo, dos órgãos inspetivos e mesmo da justiça, fazendo nascer aquilo que ainda ontem alguém da terra designou por polvo."
A grande afluência de banhistas à Praia do Cabedelo, ontem, mostrou o problema do estacionamento que existe naquela zona. A estrada de acesso à praia, entre o campo de futebol do Grupo Desprtivo Cova-Gala e o Cabedelo, ficou algo condicionada, tornando-se, por vezes, impossível circular nos dois sentidos, uma vez que uma das faixas de rodagem - a que fica do lado mar, junto à duna - já foi usada como estacionamento.
"Como idear soluções face ao contexto que envolve o emblemático edifício, correndo a Câmara Municipal o risco de dispender 5,1 Milhões € para possuir o que é seu? O edifício foi comprado em 1999. Aplaudi com entusiasmo a aquisição do belíssimo Paço, que tanto diz às gentes de Maiorca. Diz-se que de boas intenções está o inferno cheio! São boas intenções que degeneram ou vis mascaradas de benévolas, para iludir quem é preciso que acredite? Não formulo juízos, mas este processo dá que pensar; é uma tremenda desilusão. A Biblioteca Municipal possui um interessante opúsculo sobre o Paço e a sua história, desde o solar dos Coutinhos no séc. XIV, até este magnífico exemplar. O livrinho abre com uma Mensagem do Presidente de Câmara, responsável pela aquisição do bem, Santana Lopes, que representou o Município no acto da escritura. Cri nas suas palavras: que aquela era uma “Joia da Coroa”, a par com outras aquisições da altura. Cri quando disse ser a compra o modo mais fiável de conservação do edifício e dos jardins, numa perspectiva de usufruto por parte da população, nomeadamente a local. Cri quando visitei o espaço e confirmei a sua importância e a beleza do recheio, minimalista mas de grande valor patrimonial. Deliciei-me com os azulejos, patentes em várias salas. Mas “num golpe de asa” o Paço deixa de ter o destino anunciado e é “convertido” na ideia de um hotel de charme a ser entregue a privados. A Câmara não terá acautelado os seus interesses, por certo. O falecido Presidente Dr. Ataíde parou as obras que haviam já alterado o edifício e de processo em processo, estamos perante a hipótese real de ser paga uma indemnização milionária. Profundamente revoltante. Que fazer com o imóvel? Gostaria que ali viesse a instalar-se um polo museológico das artes rurais. O espaço é vasto, abrigaria a instalação de uma Pousada de Juventude, nos moldes em que funcionam, com preços sociais que permitem aos jovens conhecer o País a módico custo. O espólio: pode não regressar mas tem de ser conservado e dado a conhecer. Pertence-nos." ViaDiário as Beiras
Os políticos encheram o concelho de lugares deprimentes. Assim de repente, recordo-me da baixa da Figueira (em obras que nunca acabam), Buarcos (depois das últimas obras), o Bento Pessoa (em obras que nunca mais acabam), a chamada praça do Forte (que não tem manutenção depois das obras, e está a ficar descaratizada, feia e suja), o Paço de Maiorca (cujas trapalhadas nos vão custar os olhos da cara), o Edifício o Trabalho (uma telenovela cujo fim ninguém consegue prever) e muitos mais. Entre eles, a outrora Praia da Claridade (hoje, praia da calamidade). A Figueira, há muito que deixou de ser a Rainha das praias de Portugal dos postais antigos, que quer continuar a vender.
Na foto, o saudoso "Luis Elvira", uma lancha a motor, onde os figueirenses que embarcavam frente ao Largo do Carvão, na antiga doca, onde havia as"escadinhas ancoradouro", se encavalitavam para atravessar o rio...
E temos o Cabedelo... Cada vez mais percebo melhor a nostalgia, sentimento hoje considerado piegas, em cima do qual fica bem escarnecer. Posso comprovar a tese, sou “desse tempo”. Mas, consigo fazer a viagem recordando as histórias do tempo do António dos Santos - o Tróia, um lobo do mar, talvez um dos maiores de toda a orla marítima portuguesa. Faz sentido, que quem viveu o Cabedelo que o Tróia habitou, não goste do que lhe está a acontecer. O Cabedelo foi sempre um reduto com pessoas - não apenas indivíduos, cidadãos, empresários, donos de bares, escolas de surf, donos de parques de campismo ou de hotéis, contribuintes, clientes, proprietários de carros futuramente bloqueados. Há outros recantos no concelho da Figueira que têm pessoas. Porém, raros são aqueles recantos, como é o caso do Cabedelo, em que essas pessoas, quase todas vindas do outro lado da cidade, consegue ali ter uma vivência e uma vida que, em conjunto, faz sentido. E que, por ser diferente e orgânica naquele lugar especial que é o Cabedelo (na sua normalidade quotidiana), emociona e dá paz e harmonia à alma de quem, vindo do lado norte da cidade, a consegue contemplar da outra margem. Fala-se muito na requalificação do espaço e menos noutros pormenores felizes e representativos do espírito da zona: os espaços naturais de convívio que lá existem. Não têm a sofisticação – sobretudo e ainda bem - artificiosa dos recriados espaços que, dizem, estar a requalificar, mas são os autênticos do espírito do verdadeiro Cabedelo, que proporcionam, a quem o visita, sentir que está num lugar diferente e especial. Estão a matar o Cabedelo, aquele local que ainda consegue oferecer essa antiga ilusão que ninguém consegue ver, mas alguns conseguem sentir, que se chama intimidade - talvez, a mais importante de todas as utopias.
Na sequência das reuniões havidas e dos diversas apelos efetuados pelo Presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz, Dr. João Ataíde, junto da Administração da Infraestruturas de Portugal, entidade gestora da EN 109, com vista à concretização das obras de reabilitação daquela importante via, foi esta segunda feira, dia 18 de abril de 2016, anunciado, em reunião de Câmara, o arranque das intervenções prioritárias nesta estrada.
A obra, a cargo do Centro Operacional Centro Norte da IP, no âmbito do Contrato de Conservação Corrente e Contrato de Marcação Rodoviária, decorrerá em três fases:
1.ª - Trabalhos localizados de fresagem e reposição do pavimento entre os kms 120,5 (rotunda da Gala) e 125,640 (cruzamento da Costa de Lavos) 2.ª - Trabalhos pontuais de fresagem e reposição do pavimento entre os kms 125,700 (cruzamento da Costa de Lavos) e 136,100 (limite do Distrito) 3.ª - Execução da sinalização horizontal entre os kms 118 e 136 (limites do Distrito)
Em 2017 serão concluídos os trabalhos de reabilitação, com intervenções nas rotundas e finalização dos pavimentos."