domingo, 31 de janeiro de 2021
Já em 2007 era assim...
2007. Foto de Pedro Agostinho Cruz. |
Vamos continuar a esperar sentados na praia?
Morreu António Cordeiro, o actor das "personagens que se pareciam muito com ele, idiossincráticas, autoirónicas e empáticas"...
Da série, a pandemia tem as costas largas...
COMO NA FIGUEIRA TEM DE SER SEMPRE CARNAVAL, "FINDAGRIM NÃO PODE TERMINAR"...
Em 2018: receitas ascenderam a cerca de 122 mil euros.
Despesa situou-se nos 170,5 mil euros. Défice chegou perto dos 48,3 mil euros.
Em 2019: desta vez foi a chuva a afectar as contas.
Notícia publicada na edição de 25 de Novembro de 2019, no Diário as Beiras:
"O município vai acrescentar cinco mil euros aos 40 mil de apoio financeiro já transferidos para a Feira Industrial, Comercial e Agrícola de Maiorca (FINDAGRIM), 10 mil daqueles suplementares, para ajudar a minimizar os prejuízos. Contas feitas, os apoios adicionais somavam 15 mil euros. A autarquia atribui uma verba de 30 mil euros à organização...
Entretanto, o executivo maiorquense estuda formas de manter o evento sem arruinar as finanças da junta e evitar sobrecarregar as despesas da câmara com a feira. Uma das soluções poderá passar por realizar a FINDAGRIM de dois em dois anos, em vez de ser anual."
Coragem: a pandemia há-de passar...
Da série, obras por acabar por causa da dívida herdada em 2009: Palácio Cassiano Branco...
Com humor* é que a gente se entende
Falta-nos o espírito.
Ter espírito, como presumo que o entendia Camilo, é ter mundo, referências e, em simultâneo, um certo distanciamento de si próprio e do seu tempo que muitas vezes convoca o desconforto ou a incomodidade.
O espírito abomina o óbvio, mas aproveita-se do acaso e deleita-se com o invulgar, o imprevisto, até com o incongruente. Para isto é necessário uma certa sofisticação que lhe vem do cepticismo.»
Os nervos que andam por aí por causa da "pop star" Santana?..
O dr. Santana Lopes nunca foi verdadeiramente um político: é mais, digamos assim, uma "pop star".
sábado, 30 de janeiro de 2021
Faz algum sentido, o actual presidente da câmara municipal, que faz parte do executivo desde 2009, continuar a desculpar a sua incapacidade com a dívida de antes de 2009?
Quase 12 anos depois, o que mudou?
Continuamos nisto: anos e anos de mais do mesmo. Na campanha de 2009, João Ataíde usou sonhos caros, sem saber realmente quanto custavam...
Houve contestação dos contribuintes?
Contudo, o problema de fundo continua. Em primeiro lugar, a arrecadação de receita fiscal depende primariamente do nível de crescimento da economia. Quanto maior for o crescimento real da economia, maior será o nível de receita apurada. Portanto, não é desprezível o papel de quem gere a autarquia no crescimento da economia local.
Alguém consegue identificar algum projecto levado a cabo pelo investimento público municipal em projectos cujas taxas de rentabilidade internas e de multiplicação de emprego e rendimento não sejam reduzidas, nulas ou pior?
Por exemplo, no Cabedelo o projecto em curso acabou com cerca de 30 postos de trabalho...
Eu, se fosse a V. Exas., nem perdia mais tempo a ler este blogue cuja memória só serve para recordar coisas da treta...
Basta de realidade. Venham é mais sonhos!
Continuação daqui, daqui, daqui, daqui, daqui e daqui...
Da série, 2021 ano de eleições autárquicas...
As colectividades da freguesia de S. Pedro
Ricardo Santos, vice-presidente da ACCFF, escreve na edição de hoje do Diário as Beiras sobre duas das colectividades da freguesia de S. Pedro.
A resenha histórica deixou algumas coisas por contar. O que é normal. Não referiu, por exemplo, o papel que o Teatro teve no passado no Desportivo Clube Marítimo da Gala. Não focou, também, o desporto: o Marítimo da Gala teve participação nos campeonatos da antiga FNAT, agora INATEL, em modalidades como futebol, ping-pong e voleibol.
Por focar, ficou também a UNIFICACAÇÃO, UM PROCESO QUE JÁ VEM DE 1989, que na altura poderia ter feito sentido, mas que nunca foi viabilizado nem permitido pelo poder político local.
Em 2016, novamente por questões políticas, a problemática da unificação (e não fusão) das Colectividades da Cova e Gala, voltou a ser um tema a ganhar actualidade.
Recordo o que escrevi em 16 de junho de 2006, quase há 17 anos: "Em 2006, mais de dez anos decorridos sobre a paragem do processo de unificação, a realidade é esta: não há uma estratégia de fundo, definida, concertada e devidamente fundamentada para o desenvolvimento do associativismo em S. Pedro. E a realidade recreativa e cultural, no âmbito do nosso concelho, para não irmos mais longe, é a conhecida de todos nós. Na ausência duma ideia de fundo, o poder político fez aquilo que é normal: tomou medidas avulsas e pontuais, onde foram gastos largos milhares de euros, como aconteceu no ano passado, curiosamente ano de eleições autárquicas, no Desportivo Clube Marítimo da Gala e no Clube Mocidade Covense. As carências recreativas e culturais, entretanto, subsistem. A nível desportivo, as coisas têm funcionado bem melhor, embora também aqui existam lacunas fundamentais que, por esta ou aquela razão, têm sido adiadas. É o caso do piso do Campo do Cabedelo. Meus senhores, sei que há quem não goste que se fale do problema, mas colocar desportistas – crianças ou adultos – a praticar desporto numa pedreira daquelas é, no mínimo, uma violência. É neste panorama de dificuldades gerais, que a problemática da unificação das nossas Colectividades, volta a ser um tema a ganhar actualidade. O futuro, que todos ansiamos pujante e vigoroso do associativismo na Cova-Gala, passa, inevitavelmente, pelas opções de fundo que terão, mais tarde ou mais cedo, de ser feitas. E que têm vindo a ser adiadas. Até quando?"
Infelizmente - e para mal dos pecadores dos moradores da freguesia de S. Pedro -, o que escrevi em 2006, continua actual: até a pedreira que é o piso do campo de futebol do Grupo Desportivo Cova-Gala...
Depois de uma noite de vento e chuva...
sexta-feira, 29 de janeiro de 2021
Quando a cabeça não tem juízo o corpo é que paga: o Cabedelinho já começa a ter problemas por causa da obra do Cabedelo...
Quem vive a sul do estuário do Mondego, já tinha problemas com a erosão costeira que chegavam e sobravam.
Ontem de tarde, fui dar um pequeno passeio pelo local que a foto mostra, por necesidade de movimento, por ser uma zona segura, arejada e, neste momento, estar deserta. Nem pescadores lúdicos encontrei por lá.
Deparei-me com o que a foto mostra: numa zona onde não existiam problemas de erosão, há dois meses uma obra da câmara municipal da Figueira da Foz, retirou do Cabedelinho largos milhares de metros públicos de areia, para fazer uma montanha um pouco a norte do Campo de futebol do Grupo Desportivo Cova-Gala. Recomendo que olhem para o lado direito da foto acima. A água está a escavar o enrocamento do molhe interior. Não vou falar do que se está a passar há longos anos a sul do Quinto Molhe, por desnecessário, pois a situação aí é por demais conhecida e ando a fazê-lo há mais de 16 anos neste blogue.
Como se pode ver na foto, numa Aldeia com tantos problemas de erosão, por causa de uma obra aberrante, neste momento, de forma perfeitamente dispensável, o Cabedelinho começa a ter por problemas por causa da obra do Cabedelo.
Sinceramente, não sei que mais o PS terá que fazer para perder as próximas autárquicas na Figueira da Foz. Todavia... É bem verdade que cada concelho tem os autarcas que merece.
A importância da liberdade
Não sei a origem das "Fake News", de agora, como também nunca consegui saber onde nasciam os "boatos" do tempo do PREC.
No tempo do PREC, a rua era um espaço decisivo e interessante, ocupado pelos chamados “activistas”, que mostravam a cara. Na época, o sectarismo político dominava. À esquerda, ao centro e à direita.
Contudo, uma coisa é quem anda por aqui como no tempo do PREC - a dar a cara. Outra coisa, são os perfis falsos e os anónimos.
Não partilho, porém, a visão diabolizante das redes sociais e dos fenómenos daí emergentes. Isso, seria ir na linha da tentação censória do discurso dominante, das elites instaladas, que continuam a controlar os conteúdos dos media tradicionais: jornais, rádios e televisões.
"Fake News" sempre existiram e sempre existirão. As fronteiras da propaganda com o exagero ou a mentira, sempre foram ténues e difusas – a propaganda é uma arma de guerra, que sempre foi utilizada na disputa política.
Cada um de nós, sem filtros externos, pode ser um agente criador ou disseminador de aldrabices ou, pior ainda, de meias-verdades. Mas, isso, quer se goste quer não, corresponde a liberdade.
À liberdade de, por exemplo, dando a cara e de forma responsável, através dum blogue como OUTRA MARGEM confrontar os poderes instituídos (onde se inclui o jornalismo) com interpretações alternativas aos factos em discussão.
Estou nas redes sociais, em 2021, como estive activo no PREC: mostrando a cara e abominando o boato, o anonimato e os perfis falsos.
Contudo, a última coisa que devemos recear é a liberdade.
Só com a liberdade, o equilíbrio encontrará o seu caminho para separar o trigo do joio.
Dias difíceis
quinta-feira, 28 de janeiro de 2021
Estado de emergência prolongado até 14 de fevereiro...
O humor é uma arma difícil de manejar... (cito Fernando Campos: "não tem perdão nem inocência. Das duas, uma: ou é eficaz e consequente - e aqui recorre a todas as munições da inteligência - da subtileza à obscenidade, passando pela desmesura -, ou é amável e inofensivo...)
A ironia – "que, como muitos de nós sabemos, é um artifício da inteligência inacessível a uma imensa casta de imbecis - pode trazer algumas chatices".
Sei do que falo: dá-me um gozo tremendo, "quotidianamente, ter a satisfação de amesquinhar lautamente a mediocridade de alguns bonzos e revelar publicamente o ridículo dos pequenos mandaretes locais e das suas paroquiais freguesias ou clientelas..."
Como um dia, já lá vão quase 11 anos, o Fernando Campos observou, o OUTRA MARGEM, "para o Agostinho, trata-se de um testemunho de cidadania. Um veículo de intervenção cívica consciente, activa e assertiva, persistente, teimosa e irredutível na defesa das suas causas: a sua aldeia, tão desprezada; a sua praia, tão flagelada; o seu Cabedelo, tão abandonado; o hospital; a cidadania para todos.
E contudo, Agostinho não o faz por abnegação ou com aquele espírito de sacrifício tão apreciado pelos idiotas – não, Agostinho não corre o risco de ser condecorado plo presidente com a medalha-de-prata-de-qualquer-coisa - fá-lo por simples prazer e deleite - apenas pelo supremo, e afinal prosaico, gozo de exercer a liberdade e de o exprimir em português."
A sério. Estou preocupado. A Figueira, tal como há 11 anos, continua a ter medíocres, bonzos e mandaretes, e esta gente abomina a ironia. Ora isso, pode acrescentar mais tragédia, à tragédia que já é para os comerciantes da Rua dos Combatentes, a forma trágica como os processos das obras estão a ser conduzidos pelos "quens" de direito figueirenses...
Isso preocupa-me, pois por saber de experiência feito, conheço bem a desgraçada desgraça que é a classe política no poder local.
"Festeja - se hoje o Segundo Aniversário das obras da Rua dos Combatentes."
Como escrevi ontem: A realidade é indesmentível e fala por si:
...a Figueira precisa de uma alternativa autárquica...
A realidade do que está acontecer nesses locais, desmente a ficção de quaisquer manobras de diversão ou desculpas.
Isto, tem mesmo de mudar...
O enorme desafio que está colocado à esquerda: criar um projecto moblizador que capte o voto dos desiludidos...
Depois dos Açores, tornou-se visível que no futuro teremos uma recomposição partidária.
Uma análise ligeira dos resultados eleitorais, mostra que o crescimento do Chega provém essencialmente do eleitorado da direita tradicional, da abstenção e, provavelmente, também de jovens que votaram pela primeira vez.
As transferências de voto provenientes do PS e dos partidos da esquerda serão marginais e muito localizadas.
Neste momento, as sondagens mostram que o PS continua a ter muito apoio junto da população.
Portanto, a meu ver, dificilmente a curto prazo a direita terá acesso ao governo.
O Chega trouxe um problema ao BE e ao PCP: digamos assim, vai obrigá-los a apoiar o PS até ao fim da legislatura, mesmo que não gostem do resultado das negociações.
Se, e quando, o PS gerar desencanto e frustração numa parte significativa do seu eleitorado - e isso pode acontecer, por exemplo, em resultado da gestão da crise actual e das políticas que nos forem exigidas pela UE como condição para o uso do Fundo de Recuperação, então poderá ocorrer uma transferência de voto do PS para o PSD.
Nesse dia, teremos aquilo que André Ventura anunciou na noite das presidenciais: governo do PSD + Chega.
As eleições presidenciais mostraram que uma parte significativa da direita virou as costas ao PSD e ao CDS, procurando alternativas mais liberais ou mais radicais e musculadas.
A receita já é antiga: "menos Estado na economia e menos impostos", uns. Outros, "querem isso, mas com mais molho, isto é com porrada e menos liberdades (é uma questão de grau e às vezes de tempo, como se viu no Chile...).
Este, é um momento delicado e perigoso: há gente que se sente abandonada com as políticas neoliberais implementadas pelo PSD e PS ao longo dos anos. Não vê outra alternativa que não seja o Chega - que é isto tudo que tivemos nos últimos mais de 30 anos, numa versão pior: mais molho, isto é com porrada e menos liberdades.
As esquerdas em Portugal e na Europa têm um enorme desafio pela frente: serem alternativa ao caminho que fizemos até aqui, para ultrapassar os obstáculos que impedem o nosso desenvolvimento.
Precisa-se um projecto mobilizador de esquerda, que capte uma parte importante do voto dos desiludidos com a sociedade que esta democracia criou.
Isso, exige diálogo unitário e trabalho militante de base.
Mas onde pára aquela militância que quem viveu os anos a seguir ao 25 de Abril de 1974, protagonizou em partidos como o MDP/CDE, o PCP e o PS?
Na Gala, logo a seguir ao 25 de Abril, o MDP/CDE, partido de que fui miltante, alfabetizou dezenas de pessoas idosas. E como foi importante para esses idosos, muitos com família no estrageiro, terem aprendido a ler para lerem as cartas que o filhos lhes mandavam dos países onde estavam emigrados sem terem de expôr a sua vida pessoal!..
Quem leu até aqui, pode pensar que isto são «estórias» do tempo em que os animais falavam. Infelizmente, porém, decorridos quase 47 anos, a iliteracia continua roer a nossa Liberdade, a diminuir-nos como Povo e a afectar profundamente a nossa Democracia e a nossa rentabilidade.Autárquicas 2021: PSD e CDS excluem Chega de coligações, mas...
LUSA/MANUEL DE ALMEIDA |
"Rede de oxigénio"...
Telejornal RTP 1, minuto 15:38
José Rodrigues dos Santos:
«- "Os senhores estão a trabalhar com pacientes Covid numa altura em que os médicos do Serviço Nacional de Saúde estão a ser vacinados, e os políticos vão começar a ser vacinados na próxima semana, o Governo diz que os outros, os outros médicos, os do privado só serão mais tarde. O que é que o senhor pensa disso?".
Rui Maio, director clínico do Hospital da Luz:
- "Nós já somos vacinados, nós já recebemos vacinas, recebemos inicialmente vacinas para todas as pessoas que estão directamente envolvidas no tratamento dos doentes Covid e portanto podemos dizer que neste momento todos os profissionais de saúde que estão envolvidos directamente no tratamento dos doentes, quer sejam médicos, enfermeiros, técnicos, auxiliares, já estão vacinados, e conseguimos também alargar para outras especialidades de maior risco e que estão em contacto com estes doentes, nomeadamente pneumologia, gastroenterologia, medicina dentária, otorrino, enfim, especialidades de maior risco já estão vacinados neste hospital".»
quarta-feira, 27 de janeiro de 2021
A realidade é indesmentível e fala por si: a Figueira precisa de uma alternativa autárquica
Com os resultados obtidos no concelho da Figueira por Ventura, no domingo passado, não me admira que ande por aí pessoal do Chega a sonhar com um lugar na vereação, a seguir às próximas eleições autárquicas. Porém, muito dificilmente os resultados eleitorais das presidenciais permitem fundamentar e alimentar ambições para as próximas eleições autárquicas. Para os Chegas e para os outros.
Neste momento, na Figueira as incertezas continuam a ser a realidade.
O PS, como sabemos, não apresentou candidato nas últimas presidenciais.
A candidatura de Ana Gomes não uniu os eleitores do seu partido, nem ao nível nacional, nem ao nível local.
Quanto às autárquicas de Outubro próximo.
Apesar de na Figueira, desde há muitos anos, só dois partidos elegerem vereadores (houve em 2009 o fogacho 100%...), algo poderá mudar.
Aliás, Carlos Monteiro e a equipa de vereadores que herdou, mostram já manifesta e precocemente sinais que andam nervosos e irritadiços. Quem estiver atento aos sinais, nota que andam preocupados.
A perspectiva de uma vitória está a esvair-se à medida que o tempo passa.
E não irá acontecer pelos resultados obtidos nas últimas eleições presidencias pelo PS, pelo PSD, pelo Chega, pelo BE ou pela CDU...
Passará, inevitavelmente, pelo surgir de uma alternativa competente e credível nas próximas eleições autárquicas.
Já que não há culpados, vamos ao que interessa: para quando se prevê a conclusão das obras da Rua dos Combatentes?
Refeições escolares é uma medida social decidida e paga pelo governo...
terça-feira, 26 de janeiro de 2021
Atenção ao sinal
Fonte: PÚBLICO |
«Em casa onde não há pão, todos ralham e ninguém tem razão, vox populi dixit.
COVID-19: casos estão a aumentar
Humildade ("Humilde é a erva dos caminhos... Todos a pisam.") *
O CHEGA, irá apresentar-se nas próximas Autárquicas como uma alternativa válida, sólida e coerente ao executivo Socialista que governa o nosso Concelho desde 2009.
Iremos apresentar um programa autárquico diversificado, pretendendo implementar soluções que permitam melhorar substancialmente a vida dos munícipes e de todos aqueles que, apesar de não residirem, contribuem para o desenvolvimento social e económico do Concelho. O nosso programa irá incidir no vetor da economia e seu desenvolvimento, no vetor social, educacional,segurança, turístico e acima de tudo, na modernização do concelho, em especial das zonas deslocadas do chamado “Centro Urbano”.
O CHEGA acredita que irá superar a votação que obteve nas presidenciais, reforçando assim o seu papel de relevo no plano Politico-Partiidário."Querem ver que, esse grande socialista, que é o "nosso" Presidente da Câmara, vai acordar sobressaltado...
Sempre ouvi dizer que nunca se deve dormir à sombra da bandalheira…
Desculpem, da bananeira.
segunda-feira, 25 de janeiro de 2021
Sou apreciador de uma boa piada...
Aqui, neste cantinho à beira-mar plantado imperava o desemprego, o medo, o racionamento, a miséria e a fome.
Éramos gente cabisbaixa, vencida e resignada, entregue a um destino sem sentido e ferida na sua dignidade.
Valia o altruísmo de alguns a quem doía a visão da fome e da miséria. Estávamos em 1943 em plena Cova num local que alguns, porventura, ainda reconhecerão.
Hoje, que temos de novo "o regresso da sopa dos pobres como modelo social", outros, reconhecerão o mesmo olhar e a mesma resignação em largos milhares de nós.
Hoje, todos sabem que o Programa Alimentar de Emergência cresceu paralelamente à redução das prestações e do âmbito do rendimento social de inserção (RSI), que apoia cada vez menos pessoas apesar do evidente aumento das necessidades.
Todavia, todos os especialistas consideram que um grande alargamento do RSI seria a medida mais justa, mais respeitadora da dignidade das pessoas, mais promotora da sua autonomia e até mais benéfica para a economia nacional.
Porque é que o Governo gosta de distribuir sopa, mas reduz o RSI?
Porque o RSI proporciona uma autonomia que o Governo não quer promover.
O RSI serve para fazer sopa ou para um bilhete de autocarro.
A sopa é só sopa.
Promovendo campanhas de propaganda sem escrúpulos, o Governo e a direita em geral, conseguiram difundir a ideia de que o RSI promovia a preguiça e atrofiava a iniciativa, além de gastar recursos gigantescos. Era e é mentira, mas a campanha ajudou a estabelecer a sopa dos pobres como modelo social alternativo.
Mota Soares prefere dar sopa e anunciar que os pobres podem fazer bicha para a sopa.
É bom para o Governo e lava a alma.
É maravilhoso ter muitos pobres a quem dar sopa, porque quem dá sopa aos pobres pratica a caridade e quem pratica a caridade está na graça de Deus.
É por isso que Mota Soares exulta com a sopa dos pobres.
Por isso, e porque sabe que na bicha da sopa só estarão os filhos dos outros.
Uns anos depois da foto acima, no final dos anos 50 e anos 60, que é onde consigo recuar nas minhas memórias vividas, a Cova e Gala não era pacata, era obediente.
Como são obedientes todos os povos que vivem em ditadura.
E quem não o era – sim, por aqui houve sempre “marginais”... - foi vigiado, perseguido e preso.
Os covagalenses eram trabalhadores. Mas, não só: também foram escravos.
Basta conhecer o que foi a sua vida no mar, como, por exemplo, na "faina maior"...
Os covagalenese, em geral, não conseguiam poupar.
Por uma razão simples.
Vivíamos na miséria. Morríamoos cedo, comíamos mal, não tínhamos direito à saúde nem à educação. Na sua esmagadora maioria éramos analfabetos, doentes e subdesenvolvidos.
Como diziam as senhoritas da elite figueirense da altura - "credo que porcos, feios e maus que eles são"!..
Por isso, quem sabe, porque viveu lá, como era a vida da esmagadora maioria dos covagaleneses, do tempo de Salazar e Caetano, não tem saudades."