quinta-feira, 31 de dezembro de 2020

O objectivo é mesmo esse: eleitoralmente, para já o anúncio desta obra até poderá ter o seu efeito nas freguesias visadas...

Via Diário as Beiras

"Tendo em conta a possibilidade de cofinanciamento europeu de projetos que envolvem soluções amigas do ambiente, que se enquadram no programa Green Deal da UE, será que esta solução mista de atravessamento do rio (ciclovia e circulação automóvel) não poderá comprometer esses mesmos veículos de financiamento, especialmente os da chamada “bazooka” muito ligados a questões ambientais?
Houve discussão ou trabalho técnico maturado que tenha em conta a construção de acessos para o trânsito automóvel no campo, em terrenos potencialmente inundáveis e que precisam de drenagem constante?
Foram feitos cálculos para estes custos adicionais para além dos custos da própria ponte? 
Quantos milhões se irão adicionar aos estimados 3 milhões de euros? 
Eleitoralmente, esta obra até poderá ter o seu efeito nas freguesias visadas, mas não escaparemos às potenciais consequências negativas resultantes de opções técnicas insuficientemente fundamentadas."

Santanistas sempre ao lado de Santana: o que seria a vida deles sem Santana?

Recuemos a 22 de Agosto de 2018:

Confirmando-se o que se previa, alguns dos notáveis santanistas da Figueira da Foz estão a trocar o PSD pelo novo partido Aliança. Pereira da Costa, antigo secretário de Estado no Governo de Santana Lopes, deputado à Assembleia da República, deputado municipal e vereador na Figueira da Foz, foi o primeiro a desfiliar-se. 
Pereira da Costa adiantou ao DIÁRIO AS BEIRAS que trocou o PSD pelo Aliança de Santana Lopes por estar “um bocado desiludido com o PSD”, partido a que teve “orgulho de pertencer durante 20 anos”. Por outro lado, acrescentou: “Saí porque me revejo em absoluto nas linhas programáticas do dr. Pedro Santana Lopes”. Além da “profunda amizade” que os une. “Neste momento, estamos a tratar de recolher assinaturas para que o partido [Aliança] possa vir a existir. Na Figueira da Foz, irá ser uma tarefa fácil, seguramente”, concluiu. 
Rosário Águas, que foi secretária de Estado de Santana Lopes, deputada e vereadora, também já saiu do PSD. 
Por sua vez, Miguel Almeida – foi deputado, vereador, chefe de gabinete do antigo primeiro-ministro Santana Lopes e presidente da Concelhia do PSD - deverá formalizar em breve a saída. “Tenho uma decisão tomada, mas preciso de conversar com um grupo de pessoas com quem fiz uma caminhada de mais de 30 anos no PSD”, adiantou Miguel Almeida.
“Quando me filiei no PSD, em 2001, fi-lo com convicção e consciência fortes nos seus princípios e valores, com base na realidade e experiência vividas com o dr. Pedro Santa Lopes, no exercício de um cargo público. Com a atual gestão política do PSD, sinto-me afastada dos princípios, valores e postura do partido. Por isso, a melhor opção é juntar-me ao dr. Pedro Santana Lopes, pelo que conheço da sua capacidade de realizar projetos políticos com valor fundado em valores”, declarou, por seu lado, Rosário Águas. 
“Todos aqueles que têm uma visão instrumental do PSD, admito que possam sair. Até ao momento, a única pessoa que me informou foi Pereira da Costa, que veio do CDS para o PSD a reboque de Santa Lopes, e, agora, vai novamente a reboque dele. [A sua saída] foi o melhor que podia ter acontecido ao PSD. Apesar de ter ocupado vários cargos políticos, não conheço nada que tenha feito, ou defendido, pela Figueira da Foz”, reagiu Ricardo Silva, presidente da Concelhia do PSD. 
Pereira da Costa, na altura, optou por não comentar as afirmações do dirigente social-democrata.

Na edição de hoje, do Diário as Beiras, vem a seguinte local:

Mantemos o que pensávamos  em Agosto de 2018, para sermos francos, espontâneos, tolerantes e compreensivos, consideramos que há políticos que continuam a ser o que sempre foram - calculistas, objectivos e coerentes... O que seria a vida deles sem o Santana?..

Pensamento que nos vai acompanhar em 2021 e que nos vai continuar a trazer algumas incompreensões...

Bom 2021: que venha com saúde e vacina para todos...

Só num concelho que há muito perdeu o comboio do progresso planeado e do desenvolvimento sustentado, como o da Figueira, é que as burgessas elites dominantes, para se perpetuarem no poder, recorrendo a doses maciças de propaganda, conseguiam fazer crer ao povo que, em 2020, que hoje chega ao fim, a competência foi a sua imagem de marca.
Nada mais demagógico, enganador e falso. 
Basta olhar em redor. Na cidade e no resto do concelho da Figueira da Foz.
Que nunca vos falte a esperança em dias melhores para a Figueira e para as pessoas. 
Vamos acordar em 2021? 

PS: que família tão unida em Lavos...

 Via Diário as Beiras

Que os sonhos não acabem em 2021...

quarta-feira, 30 de dezembro de 2020

terça-feira, 29 de dezembro de 2020

«A titularidade do imóvel da extinta Guarda Fiscal na Praia de Quiaios foi disputada pelo Estado e pela Junta de Quiaios. Entretanto, a resposta ao parecer jurídico solicitado pela autarquia quiaense confirmou que se trata de uma propriedade do Estado, tendo, pois, desistido de reivindicá-la»...


Via Diário as Beiras 

... «sem ter sido elaborado qualquer estudo, uma ponte, apresentada há cerca de dois anos como ciclável/pedonal (a permitir a passagem de uma ambulância em caso de necessidade) a ligar Alqueidão e Vila Verde, transformou-se em ciclável/automóvel, de apenas uma via alternada, a ligar Alqueidão e Lares, mas com semáforos “inteligentes” – ou seja, de um investimento de cerca 750 mil euros, passou-se para 3.4 milhões…»


Imagem via Diário as Beiras

Erosão a sul do estuário do Mondego: Leirosa


"A situação já não é nova, mas teima em perdurar no tempo sem que uma solução capaz de contrariar o avanço do mar seja colocada em prática. Este Inverno, a zona Sul do concelho da Figueira da Foz volta a ser fustigada, com a erosão costeira a provocar dores de cabeça à população, nomeadamente na zona da Leirosa. «É um problema com décadas, mas que, nos últimos tempos, se tem agravado», revelou Manuel Cintrão, residente em Marinha das Ondas, que, em declarações ao Diário de Coimbra, garantiu que «o mar, nestes últimos dias, tem comido toda a duna primária na Leirosa e já vai na segunda duna»."

Entretanto, as obras do Cabedelo continuam de vento em popa: ao centrar-se a atenção sobre o acessório, perde-se a oportunidade de resolver o essencial...  

Uma foto que transmite futuro


Daqui

segunda-feira, 28 de dezembro de 2020

Erosão costeira a sul do estuário de Mondego: olhem para o espaço entre o segundo e terceiro molhes

Nos últimos 14 anos, muito foi escrito no OUTRA MARGEM sobre a erosão costeira a sul do estuário do Mondego.
A maior preocupação tem sido o quinto molhe, que está uma desgraça, como quase todos sabemos.
Hoje, porém, deixo aqui mais um alerta, em jeito de preocupação.
Estou a referir-me ao espaço da orla costeira entre o segundo e o terceiro molhes, isto é, entre a Praia do Hospital e a Praia da Cova.
No terceiro molhe, como vídeo feito esta tarde no local mostra, os enrocamentos do molhe sofreram danos e o mar está a fazer estragos preocupantes na duna. Logo atrás da duna, estão as casas...
As obras do Cabedelo continuam de vento em popa: ao centrar-se a atenção sobre o acessório, perde-se a oportunidade de resolver o essencial...  
   

2021 na Figueira não vai ser fácil...

Na Figueira, houve sempre os chamados «bobos da corte»
São os olhos e os ouvidos do poder. Peões de brega, geralmente anões ou indivíduos com aleijões de vária ordem, que chibam o que acontece no reino, para ocupar as mentes mais perversas. 
Nos dias de hoje, assim continua a acontecer. 
Continuamos a estar na presença de pessoas com aleijões, normalmente de índole ética e moral, que dizem aquilo que passa pelas mentes mais perversas. 
Porém, não o fazem com sentido de humor, demonstrativo de uma inteligência que, manifestamente, não têm, mas com uma desmesurada petulância e  arrogância. 
Nos tempos que correm, até os aleijões produzem bobos de má qualidade.
Sinceramente: não tenho pachorra para isto. 

Comunicado de ontem:

O Partido Socialista lamenta a situação agora gerada pelo PSD e pela CDU, decorrente da apresentação da renúncia ao mandato dos seus membros na Assembleia de Freguesia de Quiaios, o que motivará eleições antecipadas, que decorrerão no primeiro trimestre de 2021.
“Assinala-se a falta de sentido de responsabilidade e a falta de capacidade de assumir os mandatos, quando na oposição, levando a que, no decurso de um mesmo ano civil, em 2021, ocorram duas eleições para a Junta de Freguesia de Quiaios e a que as eleições intercalares aconteçam num período de pandemia, em condições menos propícias a campanhas e à realização de actos eleitorais.
Igualmente grave é deixarem a freguesia em gestão corrente, no momento em que se vive uma pandemia e há uma diversidade enorme de decisões que devem ser tomadas diariamente em prol da Freguesia de Quiaios, do associativismo e dos quiaienses.
Face a esta lamentável e evitável situação, o Partido Socialista demarca-se dessa irresponsabilidade. Fica a dúvida de saber se os membros que integram as listas do PSD e da CDU e que não quiseram manter-se em funções num período crítico da freguesia, do concelho, do país e da Europa, terão a ousadia de se recandidatar, na vã esperança de poderem vir a alcançar um resultado diferente.
Neste contexto, o Partido Socialista irá constituir uma lista com homens e mulheres da Freguesia e concorrer às eleições intercalares, renovando assim o compromisso para com a defesa dos interesses da Freguesia de Quiaios e dos seus cidadãos”.

Recordo o dia 7 de Dezembro de 2019, via Diário de Coimbra e Diário as Beiras:

"Ponte de milhões, é um erro e má gestão do território"

Via Diário as Beiras

História de Lavos perpetuada em livros


 Imagem via Diário as Beiras

Partido bravo: já podem mudar-lhe o nome para “Chega-lhe”

Para quem gosta de emoções fortes,  política com "efeitos especiais".
"Uma reunião do Chega em Santarém, em que o tema eram as eleições autárquicas, terminou de forma insólita, com os militantes envolvidos em pancadaria...
A agressora, que teve que ser agarrada para não continuar a agredir, foi assistida por ter ficado com lesões nas mãos, após os murros que desferiu..."

Nota, sacada daqui:
«O humor pode não conseguir sozinho salvar o mundo e garantir o nosso futuro, mas é um fantástico “farnel para ajudar” a fazer a viagem até lá».

PS Figueira meteu-se num beco sem saída em Quiaios!..

O PS Figueira em Quiaios continua a querer meter a Freguesia no beco sem saída em que, por culpa própria, se colocou a si próprio.
Não teve visão estratégica. Não conseguiu antecipar cenários.
E sem um pingo de vergonha na cara, nem um cheiro de autocrítica, ainda não saiu daqui! 

"O Secretariado da Concelhia da Figueira da Foz do Partido Socialista considera «irresponsável» a renúncia aos mandatos dos membros da Assembleia de Freguesia de Quiaios do PSD e CDU, situação que vai originar a realização de eleições antecipadas, que deverão decorrer no primeiro trimestre de 2021."

A política, tal como a vida, é significado. É valores. É desejo. É ética.
Para um político, viver é estar continuamente motivado. 
O significado da vida não é simplesmente existir, sobreviver, mais sim crescer, alcançar e conquistar. 
A vida política na Figueira devia ser mais que este eterno cansaço e esta esperteza rasteirinha do PS local.
O PS, ao referir-se a este caso de Quiaios, esconde metade do que pensa na metade que é visível. Não é claro, não é sincero, não é frontal. 
O argumento que exbe, esconde uma agenda própria. 
É por isso que, quando confrontado com a questão, tem dificuldades e opta por  se esquivar do essencial.
 
Recorde-setodos sabemos o que se passou em Quiaios. 
A presidente de Quiaios, Fernanda Lorigo, foi destituída pelo Tribunal. 
Nem sequer está em causa se as acusações e suspeitas são ou não são verdadeiras, estão ou não provadas, nem esquecer a presunção da inocência. 
O Tribunal julgou e aplicou a pena. Ponto final.
O que interessa, neste momento, é que o Tribunal condenou comportamentos eticamente inaceitáveis. Neste caso houve condenação. Logo, a meu ver, o PS foi atingido, pois tem responsabilidades. Os partidos políticos individual e colectivamente têm responsabilidade naquilo que de ilegal fazem alguns dos seus altos dirigentes, em particular nos crimes que envolvem o exercício do poder, ou a influência adquirida pelo poder.
Em Quiaios, assistimos ao funcionamento da justiça, embora lento. Foram os tribunais, no fundo o sistema de justiça, que apeou o executivo PS do poder. 
O PS Figueira, a seguir, transformou um caso de Justiça num caso de política. 
Neste momento, a freguesia de Quiaios ficou sem o presidente da junta em funções, após a renúncia ao mandato dos eleitos da oposição (PSD e CDU) na Assembleia de Freguesia. 
Existe uma comissão administrativa provisória, até o Governo indicar uma comissão que fará a gestão corrente da autarquia até à realização de eleições intercalares. 
A demissão colectiva dos eleitos do PSD e CDU aconteceu na sequência da perda de mandato, imposta em setembro pelo tribunal, da presidente e do secretário da junta. 
Um problema que apenas teve a ver com a Justiça, prolongou-se no tempo e transformou-se num problema político, dada a insistência do PS em tentar formar novo executivo. 
PSD e CDU, em maioria na Assembleia de Freguesia, fizeram o que tinham que fazer

domingo, 27 de dezembro de 2020

COVID-19: A ESCOLHA DA MENSAGEM (E DO MENSAGEIRO) TAMBÉM É O SÍMBOLO DO QUE QUEREMOS

António Sarmento, diretor do serviço de Infecciologia do S. João, no Porto. Foto: Paulo Pimenta/Público. 

«27 de dezembro é um marco para muitos países europeus, que começaram este domingo os Planos Nacionais de Vacinação contra a Covid-19. Veja o Português
 aqui.
É apenas mais um passo, importantíssimo, para a recuperação das nossas vidas. Com muitos pontos de interrogação que ainda existem, é certo, mas não deixa de ser o 'passo'.

Portugal arrancou hoje também. Como já se esperava numa ação mediática programada. A diferença entre a mensagem dos diferentes países e dos seus governos é notória. Ainda que possa ser legítima, há alguns que fazem a diferença na mensagem que querem passar, em primeiro lugar, à opinião pública e aos seus cidadãos.

Escolho Portugal e Espanha, por serem países vizinhos, com uma longa tradição histórica de relacionamento entre si. Em Espanha, a imagem que quiseram passar no simbolismo do arranque da campanha foi a da importância dos seus idosos, dos que vivem em lares, dos mais frágeis. 
Araceli Hidalgo, a primeira espanhola, de 96 anos, a receber a vacina, no Lar Los Olmos, Guadalajara.
 Foto: Pepe Zamora (Pool).

Assim, Araceli Rosario Hidalgo, de 96 anos, residente no lar Los Olmos, em Guadalajara, foi a primeira pessoa a ser vacinada, seguida, obviamente de uma enfermeira da mesma instituição. Mas a mensagem foi clara e inequívoca. Em Portugal, não houve uma só escolha na primeira linha da vacinação no campo da Terceira Idade, ficamos, claro está, legitimamente, pelos profissionais de saúde, com António Sarmento, diretor do serviço de Infecciologia do S. João, no Porto, a ser o primeiro português a ser vacinado. A segunda imagem que me dão do meu país é, pois, do Curry Cabral, com mais um médico a levar a vacina. 

Pergunto eu: não teria sido também justo englobar neste dia simbólico um idoso, tendo em conta que os lares e instituições similares estão englobados na primeira fase da vacinação? Talvez não, mas o simbolismo do momento também diz muito daquilo que somos. 

Que ninguém - mesmo ninguém - fique para trás. E que o meu país seja tão exímio em vacinar a população toda que queira tomar a vacina, como foi no arranque deste momento tão importante para a sociedade portuguesa. Assim o espero.»

Bom domingo: cuidem-se

No país de suas excelências os senhores doutores, do respeitinho e do reino da partidocracia e das televisões elitistas...

Tino de Rans, por opção da SIC, TVI e RTP, não participará nos debates frente-a-frente que ocorrerão nos dias 2 a 9 de Janeiro.

Para mim há um ponto claro: a candidatura de Vitorino Silva, perante a Lei, a Constituição e a Democracia, deveria ser tratada em igualdade de circunstâcias.

Esta exclusão revela um elitismo perigoso e escandaloso. 

O facto da televisão pública pactuar e ser cúmplice desta situação torna-a ainda mais vergonhosa.

O único debate, até agora, entre o candidato presidencial Vitorino Silva e o actual chefe de Estado e recandidato, Marcelo Rebelo de Sousa, vai acontecer a 20 de janeiro, no Porto Canal.

Não sou ingénuo. Nem nasci ontem.
Em 2013, não assisti a nenhum debate presidencial. Cheguei a estar tentado a não perder o debate do século (...de Marcelo com Tino de Rans), mas desisti...
Portanto, não me vou admirar que, na maioria dos debates, as audiências fiquem muito aquém das homilias dominicais de Marcelo Rebelo de Sousa, antes de ser presidente, que sempre apoiou a realização do maior numero de debates possível, porque ele sabia que o excesso desmotiva muita gente, o que só o beneficia...

Assim, as suas contradições e mentiras passam praticamente despercebidas... 

Mas, essa é a outra parte da história... Como dizia José Afonso: “Sou meu próprio Comité Central”.

A candidatura de Tino de Rans, à partida tem de estar em igualdade com todas as outras. 

Tino, não pode er discrminado por ter estado "três meses no Big Brother. O candidato Marcelo está há cinco anos".

Quem deveria votar com tino é o eleitorado...

Via Diário as Beiras

sábado, 26 de dezembro de 2020

O melhor do Natal de 2020: "já passou"...


Esta manhã no Cabedelo o frio estava proporcional à época.
A vida em paz neste local, parece-me coisa cada vez menos ao alcance dos mortais, razão pela qual gostaria de saber rezar para lhe poder oferecer orações.
Não só no Natal, mas para sempre.
O Cabedelo está praticamente morto. Que descanse em paz.

Nem no Natal aprendemos nada com a pandemia

Ainda me lembro: o
 Natal da minha infância era o "Menino Jesus".
Na altura, já lá vão muitos anos, havia muitas dificuldades, mas o Natal era vivido com autenticidade emotiva e espiritual.
Agora, é mais em modo "Pai Natal", onde quem passou a ditar leis foi a superficialidade egoísta e consumista.
O Natal não deveria ser isto: uma correria louca e sem sentido.

E se estudassem ao menos um bocadinho senhores autarcas figueirenses?..

Recordo algo que escrevi no passado dia 21 do corrente, no facebook: 

Hoje, o Diário as Beiras, publica a seguinte local.
Como a incompetência dos vereadores figueirenses não tem limites, sublinho algo que pode ser lido no Diário as Beiras de hoje: "a Polícia Municipal da Figueira da Foz foi aprovada, em 2000, pela câmara e pela Assembleia Municipal, e, em 2002, pelo Governo, embora nunca tivesse sido constituída. Tanto os proponentes como o líder do executivo camarário alegaram a este jornal desconhecer o dossiê, por já ter 20 anos e não o terem acompanhado."
Não é para puxar dos galões, mas o OUTRA MARGEM já tinha publicado isso em 5 de Março de 2019...
Estudassem...
Assim, não há condições... Ao trabalho, senhores, ao trabalho...

quinta-feira, 24 de dezembro de 2020

Uma ficção em jeito de um bem bonito e escorreitamente escrito conto de Natal...


Era uma vez, já lá vão mais de 20 anos, um doente mental que teve uma visão.
Contudo, não conseguiu transformar em sonho. Muito menos em realidade. 
Mais tarde, porém, foi seguido por outros que, progressivamente, se tornaram também doentes mentais, pensando que chegariam a ricos, cosmopolitas, ou famosos das revistas cor de rosa. 
No principio, já lá vão mais de meia dúzia de anos, tudo parecia serem boas intenções. 
Depois, pouco a pouco, veio ao de cima a natureza humana - uma doença que é o que é: a inveja, a ganância, a mesquinhez... 
O livre-arbítrio entrou em roda livre. Entraram em delírio. A cupidez tomou conta deles e transbordaram os sonhos. 
Hoje, o Cabedelo é um local refém de uma psicose colectiva de uma dúzia de lunáticos incompetentes, que podem estar doentes mas, ainda assim, deviam ser suspensos duma ponte (uma nova especialidade destes lunáticos...) presos por arame farpado nos tomates... 
Nem o Natal já é o que era: alguém acredita que é com beneméritos destes que o  povinho da Figueira tem salvação possível, ou, sequer, um 2021 melhor?
Bom Natal para todos...

Mais do mesmo: falam, falam, falam, falam, falam...

... mas, a sul do Quinto Molhe, nada de novo: estamos a poucos dias de 2021, ano de eleições autárquicas, sempre aquele tempo de esperança acrescida... Já foi assim em 2017... 
"...se o inverno é «rigoroso», a área é «novo pólo de uma grande preocupação".
Passam os anos, "vai-se a ver e nada".
Via Diário as Beiras
...«o estudo para a transposição de três milhões de metros cúbicos de areia de norte para sul da barra da Figueira da Foz, da responsabilidade da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), avança lentamente, ao contrário da erosão costeira, que conquista terra para o mar a um ritmo preocupante.»

quarta-feira, 23 de dezembro de 2020

Rio garante não haver compromissos com ninguém para candidaturas às autárquicas...


"
Não tenho compromisso com rigorosamente ninguém, até porque eu próprio defini que, até ao dia 1 de janeiro, é zero [não há candidatos]. Outra coisa é eu tomar café com alguém e perguntar o que é que esse alguém acha para o seu concelho. Isso pode acontecer, mas é uma coisa completamente informal, não tem a ver com uma estratégia completamente montada". 
Rui Rio comentava uma notícia do Observador, divulgada na terça-feira, de que teria falado com o social-democrata Paulo Rangel sobre a hipótese de o eurodeputado avançar com uma candidatura à Câmara do Porto.

Mensagem de Natal de sua excelência o presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz

 Daqui

Adoro o espírito de Natal...

Imagem via Diário as Beiras

Amanhã é a véspera de Natal. 
O "nosso" presidente e o seu executivo, no fundo toda a Câmara, mesmo à beira do Natal, essa magnânima quadra de boa vontade entre os homens e, ao mesmo tempo de paz e alegria, não regateia esforços para passar a sua imagem... 
Abençoados os políticos, que não deixam ninguém para trás, nomeadamente os jornais e jornalistas: mesmo em tempo de Natal, é sempre importante o contributo para a venda de papel...

O projecto da ponte com uma única faixa de rodagem (vai ter o "trânsito regulado por um sistema inteligente de semáforos"), que há-de (um dia) ligar Lares ao Alqueidão e vice-versa...

Imagem Diário as Beiras

A vida não anda má para todos: ainda há elite...

«Os 16 caçadores que mataram 540 animais na Quinta da Torre Bela terão pagado entre sete a oito mil euros para poderem participar no evento.»

terça-feira, 22 de dezembro de 2020

Inadmissível (estilo musculado; melhor, «cajadado»?)...

«Na reunião quinzenal, o empresário invadiu o edifício Pirâmide, onde decorrem as sessões da autarquia e interrompeu a sessão com um cajado em punho, que utilizou para agredir o presidente mas também um vereador e ainda um funcionário. A reunião estava a ser transmitida online pela autarquia mas foi imediatamente interrompida, sendo apenas audíveis os gritos que decorreram dessa agressão.»

É dizer ao ministro que a erosão é na "Cova da Gala" que ele sabe...

Vídeo sacado daqui. Imagem via Diário de Coimbra.



Não brinquem com a saúde dos figueirenses: cuidem e valorizem os meios que já existem...

O ano está quase a terminar.
Ontem, tal como faço sempre que posso, acompanhei parte da reunião camarária.
Isto, não é só andar por aqui a escrever por escrever. Há que procurar estar o mais documentado possível sobre a realidade figueirense. Isso, como é óbvio, exige força de vontade, capacidade de sacrífíco, perseverança, pundonor, paciência, muita paciência, entre outras coisas.
Ao estar a assistir, ontem, à última sessão camarária de 2020, um ano já de si difícil e traumatizante para largos milhares de portugueses, dei comigo a pensar se a gestão da Figueira, no que respeita à gestão da coisa pública diz respeito, "está a correr bem"...
Fiquei desiludido. Aquilo que estava a assistir em directo não tinha correspondência com a realidade. 
Por exemplo, aquilo que para muitos pode ser visto como uma boa notícia, a mim gera-me desconfiança: não estará aqui a machada final nos centros de saúde das aldeias do nosso concelho?
Mais meios? Preferia que cuidassem e valorizassem os que ainda existem...

200 mil euros para apoios sociais a empresas e empresários em nome individual

 Via Diário as Beiras

Mais 600 mil para o Cabedelo

Via Diário as Beiras

«A câmara municipal obteve mais 600 mil euros de apoios europeus para as obras de requalificação do Cabedelo. Este novo cofinanciamento foi conseguido na sequência do acordo obtido entre a autarquia e o concessionário do parque de campismo. Tem como destino a requalificação dos terrenos ocupados pelo equipamento, cuja área de exploração foi reduzida para menos de metade. 
A futura concessão terá espaço para bangalôs e cerca de 20 caravanas, estas com permanência limitada.»

Caiam na real...

Como não ando por aqui para enganar ninguém, claririfico, desde já, que não gosto deste executivo camarário: pressinto-o desconchavado e com um elevado défice de competência. 
Li ontem no jornal DIÁRIO AS BEIRAS, que o presidente da Câmara da Figueira da Foz quer construir na cidade um campo de futebol para estágios de seleções e clubes. 
Carlos Monteiro disse isso na Assembleia Municipal que se realizou na passada sexta-feira. O autarca fez o anúncio quando foi questionado pelo deputado da CDU, Nelson Fernandes, sobre a necessidade de haver um campo de jogos com relvado natural, já que o único que existia, o do estádio municipal, está a ser substituído por relva sintética. 
Registe-se, que já existe um centro de estágios no concelho: o Rosa Náutica, na Praia de Quiaios, que tem recebido clubes e seleções de diversas modalidades, nacionais e estrangeiros.

Em declarações ao DIÁRIO AS BEIRAS, Carlos Monteiro afirmou que o campo de futebol para estágios vai ao encontro da reivindicação de hoteleiros da cidade. 
Porém, pelo menos para mim, tudo isto, em 2020, soa a estranho e roça um amadorismo atroz.
Os centros de estágios desportivo são considerados uma das heranças do Euro 2004, que se  realizou em Portugal.
Registe-se que os centros de estágio desportivo têm, ao longo dos anos, contribuído positivamente para evolução de modalidades e desportistas nacionais. 
Ao mesmo tempo têm dinamizado as regiões onde estão inseridos.

A renovação das infra-estruturas desportivas, das vias de comunicação e até de algumas unidades hoteleiras, são consideradas boas heranças deixadas após a realização do Euro 2004, em Portugal.
Um bom exemplo desta estratégia é  Melgaço. A vila mais a norte de Portugal percebeu que uma das formas de combater a sua localização periférica poderia passar  pela construção de um moderno equipamento desportivo, preparado para responder às necessidades de várias modalidades.
Foram investidos 15 milhões de euros. 

Mais próximo de Lisboa, existe o Centro de Estágios de Rio Maior (que conheço bem, pois vivi em Rio Maior, por razões profissionais, alguns anos), que continua a atrair para uma área anteriormente pouco valorizada, milhares de desportistas. O Centro de Estágios e Formação Desportiva de Rio Maior, preparado para acolher as mais variadas modalidades, tem ainda capacidade para hospedar mais de 100 pessoas nas suas instalações, em condições em tudo semelhantes a um hotel.
Foram investidos largos milhões de euros. Na altura em que vivi em Rio Maior, parte da população questionava os milhões gastos nesta opção política de desenvolvimento, pois isso criou dificuldades ao desenvolvimento doutros sectores da vida do concelho.

Outro dos exemplos frequentes neste tipo de instalações desportivas surge na simbiose entre o conforto das unidades hoteleiras e a proximidade de centros de estágios. Ofir, em Esposende, e Quiaios, na Figueira da Foz, conseguiram conjugar o investimento privado em unidades hoteleiras de qualidade, com centros de estágios privados, ou municipais, que permitem taxas de ocupação frequentes durante o ano.
Na Beira Alta, cidades como Guarda, Seia, Gouveia, ou Celorico, já deram  passos neste rumo, conseguindo, nos últimos anos, oferecer condições para que algumas das principais equipas de futebol nacionais procurem na região tranquilidade e bons equipamentos, mas, sobretudo, preços competitivos. Luso e Óbidos são outros exemplos.
No Algarve,  diversas unidades hoteleiras e o bom clima,  proporcionam boas condições de trabalho para as equipas que procuram a região, durante todo o ano, nomeadamente as cujos campeonatos param no Inverno devido às condições de tempo adversas.

É neste contexto que Carlos Monteiro quer competir no exigente mercado dos estágios de clubes e seleções de futebol, com  "uma placa de relva natural, umas balizas, uma coisa simples" para encher os hotéis da Figueira da Foz?

segunda-feira, 21 de dezembro de 2020

OS MEUS AMIGOS

«Dos meus amigos quero calor. Quero saber que sejam bons. Quero saber que queiram saber. Cada um de nós é uma pequena embarcação. Uns à deriva, outros não. Partilhamos o rio. Uns estão de lancha. Outros com o barco furado e a meter água. Vão-se afogar. Rememos até eles e convidemo-los para o nosso barco. Já fui salvo algumas vezes. Sinto já ter salvado. Ser amigo é isto. Salvar, dar amparo, dar chão tão seguro que apeteça dançar em cima dele. Mesmo que na flutuação perigosa de um rio. Mesmo que sob um nevoeiro de pensamentos abstrusos. Dêem-me esse chão. Agarrem-me pelo braço. Dou-vos esse chão, agarro-vos pelo braço. Hoje aqui, amanhã acolá. Hoje em choro, amanhã em deleite. Hoje a deitar água, amanhã a reparar a embarcação furada de outro. É isto que são os meus amigos. Mais bonitos do que a junção de todas as letras que a República das Letras escreveu sobre amizade – porque real.»

O verdadeiro artista...

Via Diário as Beiras
«“Aquilo que pretendemos é uma placa de relva natural, umas balizas, uma coisa simples, para podermos ter algumas seleções a treinar e ficar nos hotéis”. No entanto, garantiu Carlos Monteiro, “isso será a longo prazo, porque a prioridade é recuperar os equipamentos desportivos existentes”...  
Por esta ordem de prioridades, acrescentou o edil, será construída uma piscina coberta na cidade, um pavilhão polidesportivo e, depois, “havendo condições para isso”, o campo com relvado natural.»

Ouvido na rua: "esta malta que gere a Câmara tem a mania de planear mal as obras..."

Obras no Mercado Municipal Engenheiro Silva 
Comerciantes em declarações ao DIÁRIO AS BEIRAS: 
"Isto está a prejudicar-nos. O negócio estava mau por causa da pandemia e as obras arrasaram o negócio, numa quadra do ano em que esperávamos vender mais qualquer coisinha."

domingo, 20 de dezembro de 2020

Uma comemoração diferente para assinalar os 138 anos de vida dos Bombeiros Voluntários da Figueira da Foz

A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Figueira da Foz assinalou ontem o seu 138.º aniversário.

O evento foi lembrado de forma simbólica: houve uma romagem aos cemitérios e o desfile silencioso de viaturas pela cidade, com paragem em frente a Câmara Municipal, onde a sirene de um carro tocou, «numa homenagem a todas as vítimas da Covid-19, a todos os que estão na primeira linha, desde os médicos aos enfermeiros, funcionários dos lares, até aos bombeiros, Cruz Vermelha, INEM, Protecção Civil», no fundo, «os que se confrontam com a doença e que a ela têm que dar resposta».
Foi uma comemoração de aniversário diferente.
Não Sessão Solene comemorativa e a entrega das Distinções Honoríficas. Foi apenas entregue simbolicamente por todos os que justamente as iam e vão receber, ao Presidente da Assembleia Geral.

Na foto, o Coronel Carlos Gonçalves, Presidente da Assembleia Geral dos Bombeiros Voluntários da Figueira da Foz.

Em Quiaios onde ficou, por parte do PS Figueira, o respeito pela ética republicana?

Já todos sabemos o que se passou em Quiaios. 
Assistimos ao funcionamento da justiça, embora lento. Foram os tribunais, no fundo o sistema de justiça, que apeou Fernanda Lorigo do poder. 
O PS Figueira, a seguir, transformou um caso de Justiça num caso de política. 
Neste momento, a freguesia de Quiaios ficou sem o presidente da junta em funções, após a renúncia ao mandato dos eleitos da oposição (PSD e CDU) na Assembleia de Freguesia. 
Existe uma comissão administrativa provisória, até o Governo indicar uma comissão que fará a gestão corrente da autarquia até à realização de eleições intercalares. 
A demissão colectiva dos eleitos do PSD e CDU aconteceu na sequência da perda de mandato, imposta em setembro pelo tribunal, da presidente e do secretário da junta. 

Um problema que apenas teve a ver com a Justiça, transformou-se num problema político, dada a insistência do PS em tentar formar novo executivo. 
PSD e CDU, em maioria na Assembleia de Freguesia, fizeram o que tinham que fazer. 
Na Assembleia Municipal realizada no passado dia 18, Quiaios não esteve representada por não existir presidente de junta. Porém, Quiaios não deixou de ser falada na Assembleia Municipal. 
Primeiro, o presidente da câmara participou à assembleia a ausência, quando o correto teria sido o presidente da assembleia a fazê-lo... 
Depois, o deputado Nelson Fernandes, da CDU, criticou as declarações do ex-presidente de junta feitas ao DIÁRIO AS BEIRAS, nas quais defendeu que à oposição restava viabilizar um executivo de compromisso ou renunciar por não ter nada para oferecer à freguesia. 
João Portugal, saiu em defesa do autarca quiaense. Instalou-se alguma polémica, que se estendeu e envolveu, lamentavelmente, o presidente da assembleia municipal. 

Não foi bonito e perdeu-se tempo. No meio disto tudo, dei comigo a pensar onde ficou, neste caso de Quiaios, a tal ética republicana, tão cara ao PS, pois foi um conceito introduzido no debate político nacional por dirigentes do partido no poder no país e na Figueira. 
Recordo que o político que se comportou com grande elevação e dignidade neste capítulo, dando um exemplo de ética que ainda é recordado, foi António Vitorino. Quando era ministro da Defesa do Governo de António Gutierres, um jornal acusou-o de ter fugido ao cumprimento das suas obrigações fiscais. Perante as notícias António Vitorino apresentou a sua demissão, porque sobre um ministro do Governo não podiam recair suspeitas tão graves, isso apesar de a então Direção-Geral dos Impostos ter esclarecido que António Vitorino tinha cumprido com as suas obrigações. 
Aliás, se bem me lembro, apenas teria sido cometido um erro processual que o prejudicou. 

É assim que os democratas se deveriam comportar. 
António Vitorino deu o exemplo, a partir daí passou a ser uma referência ética para toda a classe política, desde o Presidente da Republica ao presidente da junta de freguesia da aldeia mais recôndita, incluindo Quiaios. 
Por isso, não entendemos porque razão o PS Figueira não retirou as devidas ilações éticas e morais e assumiu as consequências políticas em Quiaiois. 
Querem que vos recorde o que se passou em 2014 na freguesia de S. Pedro, onde ainda sem julgamento e sentença dos Tribunais, bastou uma notícia de jornal,  para acontecer a demissão do presidente eleito pelo PS, e a seguir a de todos os elementos eleitos pela lista do PS para a assembleia de freguesia?
Afinal como é: a ética republicana para o PS Figueira é uma coisa que se usa avulso? 
Com o arrastamento do caso de Quiaios, o PS tentou impedir o que não poderia deixar de ser feito por imperativos éticos do seu partido e que vai acontecer, para bem da ética e do respeito que os políticos têm de merecer: o funcionamento da democracia.
São atitudes políticas, como a tomada pela concelhia do PS no caso de Quiaios, que contribuem para a profunda descredibilização da república e da democracia em Portugal. Deixem de "atirar areia" para os olhos dos figueirenses.

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