sexta-feira, 28 de fevereiro de 2025

Figueira da Foz acusa CCDRC de sacudir responsabilidades no processo da empresa BioAdvance

 Via Diário as Beiras

"O presidente da Câmara da Figueira da Foz acusou hoje a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC) de sacudir a “água do capote” no processo de licenciamento de uma unidade de biocombustíveis.

Na reunião da Assembleia Municipal (AM) de hoje, Pedro Santana Lopes disse que aquele organismo do Estado considerava, inicialmente, “o projeto muito bom e ambientalmente desejável”, mas que agora alega ter sido enganado quando se detetou que não tem as licenças exigidas.

“Deram agora pelos erros, mas é extraordinário que já tenham sido pagos milhões de euros e digam que foram enganados. Então como é que queriam que a Câmara não fosse [enganada]”, sublinhou o autarca aos jornalistas, à margem da reunião.

O assunto foi hoje o mais debatido na AM, depois de nos últimos dias ter sido divulgado que a empresa BioAdvance está a laborar sem as respetivas licenças, o que motivou um auto de notícia da CCDRC para a Inspeção-Geral da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território (IGAMAOT).

A CCDRC confirmou na quarta-feira a suspensão do estatuto de projeto de Potencial Interesse Nacional (PIN) daquela unidade biocombustíveis por falta de Título Digital de Instalação, “que habilitaria a execução do projeto do estabelecimento industrial do tipo 1”.

“Não possuindo aquele título, não poderia ter executado o projeto e, consequentemente, não pode exercer qualquer atividade no local”, adiantou num esclarecimento à agência Lusa.

No mesmo dia, a Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) também invocou a falta de licenças da unidade de para suspender o estatuto de projeto PIN.

Em resposta enviada à Lusa, aquele organismo referiu que a empresa se encontra em laboração sem “a obtenção de todas as licenças necessárias, nomeadamente o Título de Exploração e a Licença Ambiental”.

Nos esclarecimentos prestados, a AICEP sublinhou que o regime PIN não dá acesso a apoios financeiros, nem a qualquer preferência na sua concessão.

Dados consultados pela agência Lusa mostram que a empresa já recebeu cerca de quatro milhões de euros de fundos comunitários.

Na AM de hoje, o presidente da Junta de Freguesia de Vila Verde exigiu o desmantelamento daquela unidade de biocombustíveis e a reposição das condições ambientais.

“A continuidade desta fábrica é insustentável e a sua remoção é a única solução que verdadeiramente salvaguarda o interesse público”, considerou Vítor Alemão.

O autarca salientou que a população exige respostas e medidas concretas “para corrigir os danos já causados e os impactos futuros”, salientando que, se nada for feito, a AM estará a “pactuar com a degradação da qualidade de vida da população”.

Apesar do presidente da Câmara afirmar que a instalação da fábrica é da responsabilidade do porto da Figueira da Foz – com pareceres positivos de várias entidades, como a CCDRC, Agência Portuguesa do Ambiente (APA), Turismo de Portugal e Instituto da Conservação da Natureza e Florestas – Vítor Alemão considerou que o projeto devia ter merecido “maior cuidado e envolvimento ativo da autarquia”.

“Não temos poder para licenciar e, infelizmente, não podemos mandar encerrar”, disse Santana Lopes, referindo que o parecer da Câmara “foi condicionado em termos de utilização às outras licenças exigidas, com base nos pareceres que chegaram da administração central e até de negociações com o Governo para apoio ao desassoreamento [do rio] para a instalação da fábrica”.

A BioAdvance, sediada no concelho de Pombal (distrito de Leiria), onde possui uma unidade mais pequena, instalou-se no porto da Figueira da Foz depois de uma candidatura aprovada ao Sistema de Incentivos à Inovação Empresarial – Verde e do projeto ter sido reconhecido com o estatuto de PIN.

A empresa investiu cerca de 27 milhões de euros na unidade e pretende produzir anualmente 20 mil toneladas de biodiesel a partir de óleos alimentares usados, bem como quatro mil toneladas de glicerina."

Ponte Eurovelo: concurso público está suspenso

"Tribunal suspende concurso da construção de nova ponte na Figueira da Foz".

"O Tribunal Administrativo e Fiscal de Coimbra suspendeu o concurso público da construção da ponte Eurovelo sobre o rio Mondego na Figueira da Foz, distrito de Coimbra, devido à queixa de um concorrente.
O presidente da Câmara, Pedro Santana Lopes, revelou, na reunião da Assembleia Municipal, na tarde de hoje, que a decisão foi recebida a seguir ao almoço.
“É muito frustrante. Íamos assinar o contrato na quarta-feira para submeter para o Tribunal de Contas e vivemos nisto”, lamentou o autarca.
Após cinco concursos públicos, a proposta de adjudicação da empreitada tinha sido aprovada na reunião de Câmara de 07 de fevereiro, por unanimidade, pelo valor de 7,6 milhões de euros (com IVA), a que devem acrescer posteriormente mais 2,5 milhões de euros para a construção dos acessos à nova ponte.
Após a consignação, a construção da ponte tem um prazo de execução de 18 meses.
A infraestrutura, que esteve para não avançar por falta de condições financeiras do município, vai ser totalmente suportada pelo Fundo Ambiental, após a Comissão Europeia ter chumbado o financiamento no âmbito da reprogramação do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
A ponte vai ser construída a leste da Figueira da Foz, entre as freguesias de Vila Verde, na margem direita, e Alqueidão, na margem esquerda do rio Mondego.
A nova travessia integra-se na rota europeia da Costa Atlântica Eurovelo 1 e prevê uma faixa de rodagem para automóveis e uma via ciclável e pedonal."

«Concessão de jogo termina este ano. Montenegro omite clientes e escusas por conflito de interesses. Gabinete remete para o debate da moção de censura "os esclarecimentos devidos sobre questões profissionais e patrimoniais»

E se aparecem escutas telefónicas?..


Esta manhã fomos alertados para a notícia dos 4.500 euros pagos pela Solverde a um primeiro-ministro em exercício, o que corresponde, porém, apenas a um terço do que esse primeiro-ministro recebe de outras empresas e da mesma forma. 
Citando o Expresso, «Montenegro trabalhou para a Solverde entre 2018 e 2022. A concessão de jogo termina este ano. O Gabinete remete para o debate da moção de censura "os esclarecimentos devidos sobre questões profissionais e patrimoniais"
A relação entre o grupo Solverde e Luís Montenegro é antiga e ainda não terminou. Dias depois de ter sido mencionado no Parlamento como uma eventual cliente da empresa familiar de Luís Montenegro, aquele grupo de casinos e hotéis sediado em Espinho revelou ao Expresso que paga à Spinumviva uma avença mensal de €4500 desde julho de 2021 a troco de um conjunto de “serviços especializados de compliance e definição de procedimentos no domínio da proteção de dados pessoais”
A ligação ganha relevo porque Montenegro trabalhou para a Solverde entre 2018 e 2022, tendo sido o representante do grupo nas negociações com o Estado que resultaram numa prorrogação do contrato de concessão dos casinos de Espinho e do Algarve. Esse contrato termina no final deste ano e, como tal, o Governo terá de decidir o que fazer. O primeiro-ministro garante que pedirá escusas no geral, mas não revela a lista de incompatibilidades. O acordo de consultoria entre o grupo Solverde e a Spinumviva foi angariado seis meses depois de a empresa ter sido registada com a morada de casa e o número de telemóvel pessoal de Montenegro. Durante 10 meses, até maio de 2022, a Solverde continuou a pagar serviços jurídicos no valor de €2500 por mês à sociedade de advogados do chefe do Governo, que Montenegro abandonou quando foi eleito presidente do PSD. Daí para a frente, e até hoje, manteve a avença de €4500 mensais à Spinumviva.

O MISTÉRIO DA EMPRESA FAMILIAR 
Continua sem se saber quais são os restantes clientes da Spinumviva responsáveis pelos outros dois terços da faturação em 2024. O Expresso enviou perguntas para quatro empresas, além da Solverde, cujos nomes têm circulado nos bastidores desde a semana passada, incluindo a Media Livre (dona do “Correio da Manhã”, para a qual o primeiro-ministro já admitiu ter prestado serviços na área de proteção de dados) e duas outras de que Montenegro foi presidente da assembleia-geral no passado: a Rádio Popular e a Ferpinta. Nenhum dos pedidos de esclarecimento teve resposta. A Rádio Popular parece corresponder à descrição feita pelo primeiroministro no Parlamento de “uma empresa de retalho com dois mil funcionários, com lojas físicas e online, com uma base de dados com dois milhões de clientes”, e a Ferpinta quanto ao que disse ser um grupo industrial do ramo do aço, sem querer, contudo, revelar os seus nomes. A lista detalhada de questões remetida a Montenegro pelo Expresso, incluindo sobre os nomes de todos os clientes da Spinumviva e das pessoas que fazem o trabalho de consultoria para a empresa desde que decidiu vender a sua quota à mulher, com quem é casado em comunhão de adquiridos, e os filhos, teve como resposta uma declaração genérica do diretor de comunicação - “O primeiro-ministro prestou perante o Parlamento e o país os esclarecimentos devidos sobre questões profissionais e patrimoniais" - , remetendo para o debate da moção de censura, que decorreu na semana passada, todos os esclarecimentos. Mas logo na altura, partidos como o PS e a IL disseram que ainda havia perguntas que tinham ficado sem resposta.»
Será que a seguir vão aparecer escutas escutas telefônicas?

E o Paço de Maiorca aqui tão perto e esquecido Senhor Secretário de Estado do Turismo, Dr. Pedro Machado....

"Governo compromete-se com recuperação total do Hotel Turismo da Guarda e garante Solução final até março de 2025".

"Recentemente, o Hotel Turismo da Guarda foi o principal assunto de uma reunião de trabalho, seguida de visita àquela antiga unidade hoteleira da Guarda, com o presidente da Câmara Municipal da Guarda, Sérgio Costa, o Secretário de Estado do Turismo, Pedro Machado, o Presidente do Turismo de Portugal, Carlos Abade, o novo Presidente da ENATUR, Paulo Pereira Coelho e o Vereador do Turismo Rui Melo.

Desta sessão de trabalho foi assumido o compromisso do secretário de Estado do Turismo na recuperação total do edifício do antigo Hotel Turismo, e não apenas parcial, como inicialmente ponderado no contrato de 2023. Os dirigentes asseguraram ao presidente da Câmara da Guarda que «o processo está em curso e que a solução final será apresentada até ao final do primeiro trimestre deste ano».

O atraso no desenvolvimento do projeto deveu-se, em grande parte, à formalização tardia do contrato de arrendamento promovido pela ENATUR, que só foi celebrado em outubro de 2023, apesar do Memorando de Entendimento ter sido assinado em janeiro do mesmo ano.

Recordamos que, há um ano, foi enviado um email pela ENATUR com uma pequena memória descritiva, apresentando apenas um conjunto de intenções para a recuperação do Hotel Turismo.

O anúncio representa um avanço real após um longo período de impasse de 15 anos, graças à determinação da Câmara Municipal da Guarda, que nunca deixou esquecer a importância deste projeto para o concelho e para a região.

Ao longo dos últimos anos, o Executivo Municipal liderou uma estratégia política de persistência e diálogo, mantendo o Hotel Turismo como uma prioridade no panorama local e nacional, e apelando repetidamente aos diferentes Governos para quebrar o ciclo de inércia.

Foi transmitido ao Governo e à ENATUR que se não apresentarem soluções concretas até ao prazo estipulado, a Câmara Municipal poderá exigir a devolução do edifício à posse do Município, onde já existem vários potenciais investidores prontos para avançar com projetos viáveis que devolvam o Hotel Turismo à sua função estratégica e ao serviço da comunidade."

Nota de rodapé

"Paço de Maiorca: um «charmoso» «crime financeiro» e «negócio ruinoso», que vem de longe e sem fim à vista...", está esquecido?...

"O presidente da Câmara da Figueira da Foz está a tentar resolver problemas associados à construção do ferry “Haksolok: Timor fechou a torneira e desligou o telefone, comprometendo a conclusão do ferry e a viabilidade da empresa"

Via Diário as Beiras


Mais um "candidato apaixonado" à Câmara da figueira da foz

VÍTOR RODRIGUES QUER MUNICÍPIO DE “PORTAS ABERTAS E NÃO APALAÇADO E FECHADO”.

[CP]: "Falou em estratégia, o que pressupõe prioridades. Quais são as suas? E, já agora, se vencer, isso implica acabar com os projectos iniciados pelo actual presidente?"

[VR]: "O que me preocupa são os problemas de uma população envelhecida, são as realidades distintas a que temos de dar respostas diferenciadas: agricultura e pesca, indústria, serviços e turismo, sustentabilidade, tecnologia e ecologia, uma Figueira da Foz realmente do século XXI. Mas não, quero olhar e gerir para o futuro, e quem não reconhece o passado não está preparado para gerir o futuro. Aguiar de Carvalho, Joaquim de Sousa, Duarte Silva, João Ataíde, Carlos Monteiro, Santana Lopes, todos eles, quero crer, fizeram o que acharam melhor nos respectivos mandatos. O que está feito, está feito, e todos terão feito coisas positivas, há que aproveitar e continuar, agora, não numa dinâmica de ‘hoje tenho uma ideia, faço uma pista, amanhã tenho outra, faço outra coisa qualquer’... Temos de ter projectos consequentes, lógicos, saber o que implicam em termos de gestão financeira no futuro, tratar o erário público com parcimónia, seriedade e, claro, respeitando as prioridades."

BioAdvance

NOTA À COMUNICAÇÃO SOCIAL do Executivo da Comissão Concelhia do PARTIDO COMUNISTA PORTUGUÊS. Para ler clicar na imagem.

Carnaval

 Via Diário as Beiras

Conselho Superior da Ordem dos Solicitadores e Agentes de Execução: o figueirense Manuel Rascão Marques foi eleito vice-presidente

Manuel Rascão Marques foi eleito para o Conselho Superior da Ordem dos Solicitadores e Agentes de Execução. 

Entretanto, o solicitador figueirense foi designado, pelos membros do órgão, para o cargo de vice-presidente. 

As eleições realizaram-se em dezembro de 2024, tendo concorrido quatro listas. E

A tomada de posse dos novos órgãos dirigentes da Ordem dos Solicitadores e Agentes de Execução já aconteceu em Lisboa.

"Sou Europeu" ...

UM TEXTO DE ALFREDO PINHEIRO MARQUES, 27.02.2025. Foto: daqui
"Sou Europeu. E lamento a destruição e o fracasso da Europa.
E lamento que essa destruição e esse fracasso estejam hoje em dia consumados, em 2025, oitenta anos depois do general Patton e do marechal Jukov.
Eu temia esse fracasso e essa destruição, desde o primeiro momento, quando os vi começar a acontecer: em 1991, em 1997, em 1999, em 2004, em 2007, em 2014 e em 2022.
Mas eram inevitáveis. Tudo é inevitável, neste mundo, quando não se sabe História.
Tenho pena dos Ucranianos (quer dos pró-ocidentais, quer dos pró-russos), desde o primeiro momento, em 2014, quando os vi deixarem-se enredar no logro em que os enredaram; e que iria, sempre, significar a sua destruição. E significou. Exactamente tal como durante a II Guerra Mundial.

Os meus contemporâneos, nesta Europa, não leram Alexis de Tocqueville. E não sabem nada de História, nem de Geografia. Nem do século XIX, nem da II Guerra Mundial e do século XX. Os meus contemporâneos, nesta Europa, não leram nada de nada…

Limitam-se a consumir o que lhes é distribuído, quotidianamente, por umas pobres criaturas, bem pagas e contratadas para isso, desempenhando funções de "estadistas" e de "jornalistas" e de "comentadores" (os "historiadores", deste tempo, que vivem desta espuma quotidiana… a saliva de quem, por enquanto, está longe do sangue e da lama).

Os meus contemporâneos não leram nada de nada…! E muito menos no meu pobre país, em Portugal, em que ninguém lê senão o jornal "A Bola"… O país em que ninguém sabe História, nem Geografia (fazem "Comemorações dos Descobrimentos"…); e a Educação foi destruída, e as Escolas servem para semear a Ignorância (não precisavam de mim… compreende-se que me tenham querido dispensar… eu não servia para isso).

Os Portugueses, hoje em dia, nem a sua própria língua sabem falar! Nem escrever.
Nem sequer sabem ler nem escrever…
Para compreender o que está a acontecer, debaixo dos seus olhos. No seu país, e no mundo. E nesta Europa que, agora, fracassou, e está a ser destruída (como vão, depois, conseguir viver sem ela…?).

Quanto a mim, o meu currículo principal, de que me orgulho, é simples. É só assim: eu sei ler e escrever…
E, como sempre (gosto de me sentir igual a mim próprio…), leio o que sempre gostei de ler — sou muito conservador, nas minhas leituras (e não só), e não me dedico a procurar modernices, ditas intelectuais, e inteligências, ditas artificiais… —, leio exactamente o mesmo que já lia há mais de cinquenta anos, quando tinha dezasseis anos de idade: leio Tolstoi, e Leonard Cohen."

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2025

Intervenção do Presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz, Pedro Santana Lopes, sobre a peça emitida ontem pela SIC.

Via Município da Figueira da Foz

Teleférico


Em 2017, os políticos diziam "querer menos carros e mais bicicletas no Cabedelo", mas colocaram a ciclovia a passar pela zona do Alqueidão!..
Mesmo para quem é incrédulo, percebeu-se que a travessia do Mondego, da margem norte para o Cabedelo, continua a ser o que sempre foi em épocas eleitorais: uma anedota (lembram-se do projecto de uma ponte pedonal na Foz do Mondego, apresentado pelo Partido Socialista, numa campanha eleitoral já lá vão uns anitos?..). 
Em 2010, o SOS CABEDELO teve uma ideia interessante: "propôs a inscrição no PDM de uma infraestrutura de ligação para modos suaves de transporte entre o centro da cidade e Cabedelo, com o objetivo da continuidade de percursos na frente de mar e ao longo do rio - com a ligação à Ciclovia do Mondego cuja obra deve arrancar este ano. 
A proposta apresentada pelo Arq. Miguel Figueira em 2010, então elogiada pelo presidente Dr. João Ataíde, foi primeiro substituída pela possibilidade de uma ponte móvel, com custos proibitivos e difícil compatibilidade com a navegação e, depois, por um barco cuja não elegibilidade aos fundos comunitários terá deixado naufragar a ideia.
No âmbito da revisão em curso do PDM importa resgatar o teleférico como solução de ligação ao sul, porque não apresenta entraves quanto à viabilidade, funcionamento ou elegibilidade, deixando esta possibilidade aberta ao futuro da cidade."
O sonho comanda a vida.
Portanto, amanhã, quando acordar, vou continuar os estudos que me hão-de levar ao doutoramento no curso que ando a tirar há dezenas de anos: sonhador especializado.
O único muro intransponível é o que construímos em redor de nós próprios.
Entretano, o barco já cá está desde 2023.
Teleférico: e porque não?

Autarcas de nove concelhos assinam contrato para a prova de 2025, que tem “arranque a sério” na Figueira da Foz

 Diário as Beiras (para ver melhor clicar na imagem)

Os azares dos "vítores" do PS Figueira no Campeão das Províncias

 

Nota de rodapé.
A edição desta semana do Campeão das Províncias está disponível aqui.

«Investigação SIC: fábrica sem licença recebeu quase 4 milhões de fundos comunitários»

«O Estado apoiou com quase quatro milhões de euros de fundos comunitários uma fábrica de transformação de óleo alimentar em biodiesel, e que foi feita sem ter licença. Na Investigação SIC desta quarta-feira, olhamos para um caso que ameaça tornar-se num embaraço. É que, quando a consulta pública do projeto abriu, a fábrica já estava construída e aparentemente a funcionar… sem autorização.»

Para ver a reportagem clicar aqui.
Entretanto, segundo avança o Diário as Beiras, na sua edição de hoje, a «Fábrica na Figueira da Foz vê projeto PIN suspenso por falta de licenças»
«A Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC) confirmou a suspensão do estatuto de projeto de Potencial Interesse Nacional (PIN) da unidade de biocombustíveis da BioAdvance, no terminal do porto da Figueira da foz. Em resposta a esclarecimentos solicitados pela agência Lusa, aquela entidade pública da administração do Estado informou “que o estabelecimento industrial da Bioadvance não é detentor de Título Digital de Instalação, que habilitaria a execução do projeto do estabelecimento industrial do tipo 1”. “Não possuindo aquele título, não poderia ter executado o projeto e, consequentemente, não pode exercer qualquer atividade no local”, indicou a CCDRC, dois dias depois da Câmara da Figueira da Foz (distrito de Coimbra) ter revelado que foi informada pela Comissão Permanente de Apoio ao Investidor (CPAI) “da intenção de suspensão imediata do acompanhamento da candidatura a reconhecimento PIN do “Projeto 299 – BioAdvance”. Aquela entidade, que integra a Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), escreveu que tomou a decisão na sequência de uma ação de fiscalização efetuada à unidade industrial pela CCRDC, a qual concluiu que “a mesma só poderá laborar quando estiver na posse de todas as licenças previstas na lei, situação que não se verifica”
No esclarecimento prestado à agência Lusa, a CCDRC confirmou que foi realizada uma ação de fiscalização no dia 13 de janeiro, tendo sido lavrado auto de notícia que foi encaminhado para a Inspeção-Geral da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território (IGAMAOT), entidade competente para a instrução do processo de contraordenação. “Foi ainda solicitada a fiscalização à Autoridade de Segurança e Atividades Económicas (ASAE), entidade com competências de fiscalização no âmbito do Sistema da Indústria Responsável”, adianta. 
Na segunda-feira, em declarações à agência Lusa, o proprietário da BioAdvance referiu que a empresa recebeu a comunicação da CPAI de suspensão do acompanhamento da candidatura no dia 06 de fevereiro, com 10 dias úteis para se pronunciar, e que respondeu dentro do prazo. “Já enviámos informação de que o processo está submetido a licenciamento junto das entidades responsáveis, o que não tinha acontecido, pelo que o processo não foi suspenso”, disse Paulo Gaspar. 
A empresa BioAdvance, sediada no concelho de Pombal (distrito de Leiria), onde possui uma unidade mais pequena, instalou-se junto ao terminal de granéis líquidos do porto da Figueira da Foz, depois de uma candidatura aprovada ao “Sistema de Incentivos à Inovação Empresarial – Verde” e do projeto ter sido reconhecido com o estatuto de PIN. A sua instalação resultou de um contrato de concessão assinado em agosto de 2022 com a administração do porto, que emitiu em dezembro do mesmo ano o alvará de licença. 
A BioAdvance, que investiu aproximadamente 27 milhões de euros na unidade, pretende produzir anualmente 20 mil toneladas de biodiesel a partir de óleos alimentares usados, bem como quatro mil toneladas de glicerina. 
O processo de licenciamento único ambiental da unidade de combustíveis avançados da empresa portuguesa esteve em consulta pública entre 19 de novembro e 16 de dezembro de 2024. A situação da BioAdvance já motivou, em outubro, uma assembleia municipal extraordinária para a Câmara esclarecer os trâmites do processo, depois de o presidente da Junta de Vila Verde ter afirmado que a unidade estava a laborar sem licença e a provocar poluição ambiental através de cheiros e odor incomodativo. 
A agência Lusa solicitou na terça-feira mais esclarecimentos sobre o projeto junto da AICEP, mas ainda não obteve resposta.»

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2025

Social democrata à moda antiga me confesso

Deixo um texto que li, escrito pelo Ricardo Paes Mamede, com o qual me identifico. Sobretudo, naquela parte em que se afirma "um social-democrata à moda antiga".

«Não falha. Sempre que elogio em público o PCP ou anuncio o meu voto naquele partido, há sempre quem diga que sou um comunista disfarçado.

Para quem o diz, o facto de insistir em afirmar-me como social-democrata tem duas explicações possíveis: ou quero passar a mensagem dos comunistas de forma encapotada, para a tornar mais aceitável (ou seja, sou um dissimulado); ou tenho receio de me afirmar comunista, porque seria menos aceite nos meios sociais em que circulo e penalizado por isso (ou seja, sou um oportunista).

Qualquer uma das explicações, a ser verdade, daria de mim a imagem de alguém que nunca acerta no alvo. É que, como dissimulado, sou muito pouco discreto nas posições que assumo. Como oportunista, não ganho muito: os que são menos de esquerda desconfiam das minhas posições; os que se têm como revolucionários desconfiam sempre das minhas intenções.

Uma outra explicação possível é que sou mesmo social-democrata (numa acepção em desuso, é certo) e que faço questão de o afirmar. Sou crítico do capitalismo, pelos seus efeitos nas desigualdades sociais, na instabilidade económica e na desumanização dos indivíduos. Desconfio do efeito das relações de mercado em muitos domínios das interações humanas. Olho para as relações de trabalho e para as relações entre países como sendo fortemente assimétricas, e vejo essas assimetrias como um problema para a Humanidade.

Acredito na boa vontade de muitos, mas também que isso não chega para combater a exploração e o imperialismo – as injustiças e as desigualdades não poderão ser contidas sem a organização, a mobilização e a luta coletiva dos trabalhadores e dos povos.

Em Portugal, estas ideias, e algum deste vocabulário, são associadas aos partidos revolucionários de esquerda. No entanto, em muitos outros países, até aos anos 70, muitos dirigentes de partidos sociais democratas (por vezes intitulados trabalhistas ou socialistas) não hesitariam em subscrever tudo aquilo. Hoje já é raro, mas não impossível.

O facto de não ser comunista tem pouco a ver com os crimes do estalinismo, com a falta de liberdade nos países do chamado socialismo real ou com as posições do PCP sobre a Coreia do Norte. Conheço comunistas de sobra – dentro e fora do PCP – que também não se reveem em nada disto (na verdade, as posições do PCP sobre estas matérias não correspondem às caricaturas que delas se fazem – ainda que muitas vezes se prestem a isso).

Há outras coisas que me afastam do comunismo. Não vislumbro relações humanas onde a exploração e a opressão estejam ausentes. Se me dedicasse a imaginar um mundo ideal (não é o caso), não vejo razões para a inexistência de propriedade privada dos meios de produção, nem do trabalho assalariado, como princípio. Acredito que é possível construir um mundo mais decente – ainda que longe de qualquer ideal – mesmo não tendo em perspectiva uma transformação revolucionária. Salvo alguns casos peculiares, os comunistas que conheço veriam isto como uma desqualificação para qualquer pessoa que se afirmasse como comunista. E com razão.

A questão é que o social-democrata que sou não encontra no PS (o partido oficial da social-democracia em Portugal), muito menos no PSD (que usurpou o nome da ideologia em causa) um espaço político com que se identifique. Na prática, como tenho dito várias vezes, um social-democrata à moda antiga em Portugal encontra-se mais vezes em sintonia com o PCP e com o BE, do que com o PS ou o PSD.

Sei que este texto não vai evitar que me chamem dissimulado ou oportunista (ou ambos). Não é coisa que me tire o sono. Mas pode ser que não tenha de repetir o discurso tantas vezes.»

Construção da unidade de saúde de São Pedro: propostas serão abertas esta sexta-feira. Este equipamento custará cerca de 900 mil euros.

 Via Diário as Beiras (para ler melhor clicar na imagem)

A Imobiliária é o novo eldorado deste País?

 

terça-feira, 25 de fevereiro de 2025

Os "vítores" do PS...

Bem-vindos à mais louca corrida da Figueira!
2001: Vítor Jorge (esteve quase a ser outro Vítor - o Baptista), perdeu. 
2005: Vítor Sarmento, perdeu.
2025Vítor Rodrigues


Nota de rodapé.
É óbvio que a 7 meses das autárquicas de 2025, ainda com algumas candidaturas por anunciar, existe uma certa margem de risco em colocar esta questão.
Porém, como o perigo é a minha profissão, aqui vai: 
Até agora, o PS, sempre que sabe que vai perder eleições autárquicas na Figueira, tem arranjado um candidato Vítor...
Será que se vai cumprir a maldição?

Carnaval...

Via Diário as Beiras

"O Carnaval de Buarcos já viveu várias fases. Ainda há quem se lembre da partida do desfile na Tamargueira, aonde regressava após desfilar até à Ponte do Galante. Passou, ainda, pela fase de ter estrelas de telenovelas brasileiras como rainhas e reis. Entretanto, o evento deixou de ser promovido por uma comissão organizadora e passou para a alçada da extinta em presa municipal Figueira Grande Turismo. Anos depois de a organização do evento estar a cargo do Município da Figueira da Foz, foi constituída a Associação de Carnaval de Buarcos / Figueira da Foz, integrando dirigentes das escolas de samba do concelho, modelo que se mantém."

A Figueira da Foz quer afirmar-se como “polo estratégico da energia renovável marítima

Diário as Beiras  (para ler melhor clicar na imagem)


O contrato de concessão foi assinado em agosto de 2022 com a administração do porto, que emitiu em dezembro do mesmo ano o alvará de licença

A BioAdvance, unidade industrial de biocombustível instalada na Fontela, deverá ser alvo da “suspensão imediata do acompanhamento da candidatura a reconhecimento de Potencial de Interesse Nacional” pela Comissão Permanente de Apoio ao Investidor, informou ontem o município figueirense nas suas redes sociais.

Em declarações à agência Lusa, o proprietário da BioAdvance, Paulo Gaspar, disse que a empresa efetuou diligências para que o processo não fosse suspenso. “Está tudo tratado e já enviámos informação para o AICEP, pelo que o acompanhamento da candidatura já não vai ser suspenso”, sustentou. Segundo o empresário, a empresa recebeu a comunicação da CPAI de suspensão do acompanhamento da candidatura no dia 06 de fevereiro, com 10 dias úteis para se pronunciar, e respondeu dentro do prazo.
A situação da BioAdvance já motivou, em outubro, uma assembleia municipal extraordinária para a Câmara esclarecer os trâmites do processo, depois de o presidente da Junta de Vila Verde ter afirmado que unidade estava a laborar sem licença e a provocar poluição ambiental através de cheiros e odor incomodativo.
Nessa sessão, a vice-presidente da Câmara, Anabela Tabaçó, disse que a empresa não possuía licença de utilização para funcionar e que efetuava apenas testes aos equipamentos, enquanto decorria o processo de obtenção da licença industrial.
A autarca explicou que o município licenciou as obras de construção, mas que a licença de utilização só pode ser emitida quando estiver concluído o processo de licenciamento industrial na CCDRC, iniciado em 2023.
A agência Lusa ainda solicitou esclarecimentos junto daquela entidade, mas não foi possível obter uma reação.

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2025

Gouveia e Melo, o candidato populista e anti-partidos, apresenta-se

Via Público (para ler melhor clicar na imagem)

«Gouveia e Melo, o candidato populista e anti-partidos, apresenta-se
Não se via um ataque tão violento aos candidatos presidenciais adversários desde a campanha eleitoral de 1986 quando a esquerda considerava que se Freitas do Amaral fosse eleito “vinha aí o fascismo”.»

Mais um Messias?...

É oficial: «Vítor Rodrigues é o Candidato socialista à Câmara Municipal da Figueira.
Depois da decisão unânime do Secretariado do Partido Socialista da Figueira da Foz, a Comissão Política Concelhia do PS confirmou, por larga maioria - 34 votos a favor e só 3 contra; 1 branco, 1 nulo e 4 abstenções - o nome de Vítor Rodrigues como Candidato do Partido Socialista à Presidência da Câmara Municipal da Figueira da Foz.
Vítor Rodrigues, 60 anos, residente na Freguesia de Buarcos e São Julião, é licenciado em Gestão, Pós Graduado em Gestão e Direção de Segurança, Mestre em Desenvolvimento Local, além de diversa formação militar. 
Teve uma carreira coroada de êxitos ao serviço da Guarda Nacional Republicana, que o levou a atingir a patente de Coronel. 
O seu desejo é SERVIR a Causa Pública e a Figueira da Foz, a Cidade da sua vida, onde vive e onde trabalhou tantos anos.»
Tal como Gouveia e Melo, "Vítor Rodrigues identifica-se com o Socialismo Democrático, a Social-democracia e a defesa de todos os Homens e Mulheres que trabalham arduamente para todos os dias melhorarem a sua vida e dos seus." 
Pergunto.
Sendo socialista é a favor da expropriação da Banca e da construção de habitação pública?
Sendo social-democrata é a favor de uma Banca pública forte que dê crédito aos pequenos empresários e jovens para comprar casa?
Ou é a favor da especulação imobiliária que alimenta os acionistas bancários?
É que das três não pode ser, são incompatíveis, se de verdade falamos. Por isso, das duas, uma: ou o militar Vítor Rodrigues é ignorante politicamente, ou sabe exatamente o que disse e mentiu, antes mesmo de estar em campo a campanha eleitoral para as próximas Eleições Autárquicas.
Conforme se pode ler na Nota de Imprensa do PS/Figueira, "os Figueirenses merecem mais do que promessas vazias e resultados que nunca se concretizam."

O coronel Vítor Rodrigues tem toda a legitimidade de ser candidato. Não queira, porém, é ser o candidato de todos: os partidos e as candidaturas representam interesses, não existe ninguém acima deles.
Este truque em ciência política chama-se bonapartismo, e foi amplamente estudado desde 1851, em França. Todos nós representamos uma parte da sociedade (partido, política, ideologia), ninguém representa, em sociedades profundamente desiguais e divididas, toda a gente.
Para quem tem memória sabe que já tivemos disso na União Nacional – o Partido de Salazar que dizia que estava acima dos Partidos, por isso era União + Nacional -, ou antes com Sidónio ou antes com João Franco.
Já cá andamos há muito tempo e já virámos muitos frangos. Tal como Raquel Varela "sabemos bem o que está ao virar da esquina." 
O Coronel, tal como o Almirante, não é Deus nem Messias.

Figueira Champions / Casino Figueira, visita da ministra da Cultura e barco avariado....

 Via Diário as Beiras

Prevê-se que tenha início em abril

 Via Diário as Beiras

Na Figueira o PS quer um militar na presidência

Ontem à tarde a escolha já era era do conhecimento dos mais atentos e informados. Mais tarde foi noticiado pelo Notícias de Coimbra: um militar, o coronel Vítor Rodrigues foi indigitado, este domingo, para candidato do PS à Câmara da Figueira da Foz.

Foto: daqui

Segundo o NDC,"a escolha a cargo da Comissão Concelhia do PS/Figueira, presidida por Raquel Ferreira (deputada à Assembleia da República), terá constituído relativa surpresa para o coordenador da bancada socialista na Assembleia Municipal figueirense e líder partidário de âmbito distrital, João Portugal. Apesar da ampla maioria escrutinada, houve três votos desfavoráveis à indigitação e quatro abstenções. Raquel Ferreira disse ter tido o respaldo do Secretariado da Comissão Política Concelhia (CPC) figueirense do Partido Socialista. José Iglésias foi interpelado por camaradas acerca da escolha de Vítor Rodrigues por se tratar de um dirigente partidário tido como “alter ego” da líder concelhia do PS figueirense."  

O PS/Figueira, cujos autarcas têm evidenciado assinalável divisão, está perante um desafio eleitoral exigente, porquanto Santana Lopes, que triunfou em 2021 com maioria relativa, aspira à reeleição apoiado pelos social-democratas. Há três anos e meio, o PSD conquistou apenas um assento no executivo camarário figueirense, e o PS quatro, tal como o movimento independente, sendo que vários vereadores socialistas pediram a suspensão dos respectivos mandatos."

sábado, 22 de fevereiro de 2025

Democracia e boa educação

Via Público

"O Chega não é bem-educado. Nem quer ser. A sua aparente má-criação é uma escolha e um instinto. Ser grosseiro e garoto, por vezes racista e intolerante, outras vezes presunçoso e sempre machista, faz parte do estilo retórico e dos atributos dos deputados do Chega. Uns são-no naturalmente, outros vão-se forjando à medida em que desempenham as suas funções. Os deputados do Chega são, uns, polidos e bem-educados; outros são simplesmente ordinários. Mas todos, ou quase, utilizam o modo áspero porque é essa a escolha do partido. Enquanto não fazem totalmente parte do sistema, têm de se comportar como “troublemakers” (agitadores ou desordeiros).

Há deputados e governantes mal-educados, incultos e grosseiros? Há. Sempre houve. Umas vezes mais visíveis, outras mais recatados. Há deputados e governantes mentirosos, caluniadores, capazes de faltar às leis, com cadáveres no armário e com currículo de uso dos meios do Estado em benefício próprio ou dos seus amigos? Há. Sempre houve. Umas vezes em quantidades abundantes, outras mais moderadas. Para os primeiros casos, as soluções são conhecidas: o exemplo, a opinião pública e uma imprensa livre. Para os segundos, as soluções são também conhecidas: as leis e os tribunais. Em todos os casos, a opinião pública ajuda"

E não foi ouvido ao balcão duma taberna...

 "Governo parece uma agência da Remax"

«Ministras da Justiça e do Trabalho também têm participações no setor imobiliário»

Executivo camarário entrega à ULS projeto de serviço de saúde inexistente na Figueira da Foz

 Via Diário as Beiras


Ferry timorense continua "encalhado" apesar das "diligências realizadas por Santana Lopes"


Ontem na reunião de  Câmara da Figueira da Foz, o presidente Santana Lopes disse que está a tentar resolver os problemas associados à construção do ferry “Haksolok”, encomendado por Timor-Leste aos estaleiros navais Atlanticeagle, detidos em 95% pelo Estado timorense. 
“Tenho desenvolvido muitas diligências [junto do Governo de Timor e de ministros portugueses] em relação ao barco de Timor que está nos estaleiros, para resolvermos isto de uma vez”, revelou Santana Lopes. 
A construção da embarcação parou em 2018 e foi retomada em 2024. 
Entretanto, a mudança política em Timor afetou a transferência de verbas para os estaleiros, comprometendo a conclusão do ferry.

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2025

Santana Lopes quer trânsito reaberto na ponte da Figueira da Foz

«O presidente da Câmara da Figueira da Foz, Santana Lopes, defendeu hoje a reabertura do trânsito na Ponte Edgar Cardoso, que tem estado condicionado devido a obras, até ao dia 21 de março.
As obras iniciadas no final de 2022, com um prazo de execução de 21 meses, num investimento de 16,8 milhões de euros, deverão estar concluídas antes do verão, mas o autarca quer ver o trânsito reaberto, sobretudo à noite, mesmo continuando em obras.
Depois da Infraestruturas de Portugal, responsável pela empreitada, não ter cumprido o prazo de reabrir a ponte em fevereiro devido a “várias situações”, o autarca reclama agora a reabertura até ao dia 21 de março. “A obra que acabe, agora têm é de reabrir o trânsito, sem colocar em causa a segurança, que é o valor primeiro”, enfatizou Santana Lopes, salientando que “já é tempo” de reabrir a circulação rodoviária no período noturno.
Devido às obras de requalificação e reforço, a Ponte Edgar Cardoso, sobre o rio Mondego, tem estado encerrada no período noturno, com exceção para os veículos de emergência e nas noites de sexta-feira para sábado e sábado para domingo, e condicionada durante o dia.
A Ponte da Figueira da Foz, como também é conhecida, projetada pelo professor Edgar Cardoso, foi a primeira ponte rodoviária com o tabuleiro ‘atirantado’ realizada em Portugal, tendo sido aberta ao tráfego em 1982.
A parte mais importante da obra será a substituição dos tirantes, mas a intervenção inclui também o reforço das vigas do tabuleiro e do sistema de fixação do tabuleiro, reabilitação dos aparelhos de apoio, decapagem e pintura geral do tabuleiro metálico e trabalhos complementares de pavimentação, iluminação, drenagem, juntas de dilatação, reparação e proteção de superfícies de betão.»

Nadadores-salvadores precisam-se

 Via Diário as Beiras

Universidade de Coimbra demorou 7 séculos a chegar à Figueira, mas em poucos anos quer atingir a meta dos 600 alunos

 Via Diário as Beiras


Bom Sucesso e Paião vão ter novos projetos para unidades de saúde

 A agenda da reunião de câmara que se realiza esta tarde inclui a proposta para aprovação dos respetivos projetos de execução e abertura dos concursos públicos para as empreitadas da construção das novas unidades saúde do Bom Sucesso e do Paião. As obras são lançadas pelo Município da Figueira da Foz, com fundos do Plano de Recuperação e Resiliência. A ordem de trabalhos inclui, também, a abertura do período de discussão pública para a Área Industrial e Empresarial da Ferrugenta.

Link para assistir à reunião de Câmara ON-Line.

Com Diário as Beiras

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2025

Da série, esta nossa barra, ai esta nossa barra!.. (continuação...)

Barra da Figueira da Foz 19h de ontem.Video via Figueira from the sky

Esta nossa barra, ai esta nossa barra!.. Tudo foi dito, tudo se cumpriu: depois da construção do acrescento dos malfadados 400 metros do molhe norte, a erosão costeira a sul  da foz do mondego tem avançado, a barra da Figueira, por causa do assoreamento e da mudança do trajecto para os barcos nas entradas e saídas, tornou-se na mais perigosa do nosso País para os pescadores, a Praia da Claridade transformou-se na Praia da Calamidade, a Figueira, mais rapidamente do que esperava, perdeu.

Na Figueira, há mais de 100 anos que os engenheiros se dedicam a fazer estudos para a construção de uma barra... Vou recuar até ao já longínquo ano de 1996. Manuel Luís Pata,  no extinto  Correio da Figueira, a propósito da obra, entretanto  concretizada, do prolongamento do molhe norte da barra da nossa cidade para sul, publicava então isto.

“Prolongar em que sentido? Decerto que a ideia seria prolonga-lo em direcção ao sul, para fazer de quebra-mar.
Se fora da barra fosse fundo, que o mar não enrolasse, tudo estaria correcto, mas como o mar rebenta muito fora, nem pensar nisso!..
E porquê?... Porque, com  os molhes tal como estão (como estavam em 1996...), os barcos para entrarem na barra  vêm com o mar pela popa, ao passo que, com o prolongamento do molhe em direcção ao sul, teriam forçosamente que se atravessar ao mar, o que seria um risco muito grande...
Pergunto-me! Quantos vivem do mar, sem o conhecer?”

A Cultura e a Natureza estão, talvez, estranha e paradoxalmente ligadas de uma forma muito íntima, de maneira muito simbólica: quem sabe se, um dia, na luxuosa pobreza extrema, e na merecida desgraça última, quando se enfrentar as vagas assassinas de um tsunami que venha a devastar uma área de ocupação humana ao nível do mar — mas… será possível que haja alguém que, em pleno século XXI, esteja a querer legitimar ("ecologicamente"…!!!), e a, assim, adensar e avolumar (!) uma ocupação humana (dita "turística", e "cultural"… e, até, "ambiental"…! [e, na verdade, pré-imobiliária…?!]) ao nível do mar…?! —, irá ser lembrada, e recordada, com saudade, a geometria fina e a silhueta esguia, cortante, dos antigos "Barcos-da-Arte" ("Barcos-do-Mar"), em "meia-lua"… Que, nesse dia, já não existirão… nem existirá ninguém que os saiba construir...! (embora, provavelmente, vá continuar a existir gente funcionária e política, paga com dinheiro público, que estará pronta para tentar continuar a viver à custa dessas tais matérias, "culturais", e "ambientais", dos barcos antigos, e das praias ecológicas…).