segunda-feira, 28 de fevereiro de 2022
«A China, sem ter mexido uma palhinha, vai por aí acima»...
O "putinismo" é uma doutrina de extrema-direita que aspira a reconstituir o território da antiga União Soviética, mas com valores capitalistas (na pior acepção do termo “capitalismo”). O aparelho de Estado está nas mãos da antiga polícia política, o KGB, distribuindo benesses económicas aos grandes empresários que se portam bem, atirando algumas migalhas ao vulgo, anestesiando o proletariado com a recuperada religião (cristã ortodoxa) e alimentando a ideia de que o país tem um lugar predestinado na cena mundial.
O facto de Putin invadir a Ucrânia não tem nada de surpreendente: ele próprio tem vindo a declarar publicamente, há anos, que vai desfazer “a maior tragédia do Século XX”, entenda-se, o desmantelamento da URSS.
O que é interessante, para começar, são os resultados imediatos desta invasão anunciada.
Ao nível político, por um lado, ressuscitou a NATO; por outro, atestou a impotência da UE.
Os Estados Unidos, que já não são grandes, continuam na curva descendente.
A Europa, que nem se consegue definir, terá de ocupar-se com a sobrevivência.
A China, sem ter mexido uma palhinha, vai por aí acima.
É melhor tomarmos consciência de que, mesmo sem termos os russos a invadir-nos as praias, vamos ter uma vida bem mais difícil.
É a vingança do chinês..."
Da série, na Figueira é sempre carnaval...
Via Diário as Beiras
Santana continua a conseguir deixar o PSD com os nervos em franja...
Ontem, com tantos problemas para resolver, OUTRA MARGEM deu conta que tínhamos mais uma polémica via Salvador Malheiro: “Figueira da Foz esteve mal”!..
Nota de rodapé.Para quem gosta de aprofundar os problemas para além da espuma dos dias
"Muitos politólogos, essa casta que parece ter recebido o privilégio único de interpretar uma ciência oculta como é a política, asseguram que a crise ucraniana e, numa perspectiva mais ampla, o frente-a-frente entre a NATO e a Rússia é fruto de uma luta ideológica.
Ignorância, incompetência, má-fé, de tudo um pouco? Problemas de quem estuda por cartilha única e nada mais existe debaixo do sol.
Uma luta ideológica? Quais são as ideologias que se confrontam quando de um lado estão forças do capitalismo neoliberal e, do outro, forças do capitalismo neoliberal ainda que convivendo com um sistema de arreigadas tonalidades nacionalistas – reforçadas pelo acosso propagandístico e militar estrangeiro?
Trata-se de um confronto entre forças anticomunistas dos dois lados da barricada, como os mais recentes discursos de Vladimir Putin bem demonstram. O Ocidente vê-se ao espelho quando olha para a Rússia de Putin, mas a arrogância e o ego elitista fazem com que não se reconheça.
O que move estas forças não são ideologias mas interesses, a necessidade de aceder a um bolo planetário que uma parte, a colonial, exige na íntegra; e a que a outra pretende igualmente chegar, traduzindo afinal o confronto entre unipolaridade e multipolaridade – a que a China se junta."
Para ler o texto de José Goulão na íntegra, clicar aqui.
domingo, 27 de fevereiro de 2022
A guerra explicada numa frase
Conflito na Ucrânia |
A sua autoria é atribuída a um piloto da 2ª Guerra Mundial, Erich Hartmann, às da aviação alemã durante a 2ª guerra mundial, apontado como o mais eficiente piloto de guerra.
Contudo, pode também vir da antiguidade clássica. Na verdade, hoje, isso pouco importa. Importa sim, a verdade que a frase carrega:
"A Guerra é um lugar onde jovens, que não se conhecem e não se odeiam, se matam por decisões de velhos que se conhecem e se odeiam, mas não se matam."
Major General Raul Cunha sobre o conflito na Ucrânia
"O Major General Cunha incidiu a sua carreira nas Forças Especiais, tendo sido também Professor do Instituto de Altos Estudos Militares. Em 1991/93, prestou serviço na “European Community Monitoring Mission in Yugoslavia” (ECMM-YU), onde foi Chefe das Operações do Centro Regional de Zagreb. Em 1995 serviu no estrangeiro na área das Forças Europeias, no QG do Eurocorpo em Estrasburgo e depois na EUROFOR em Florença. Em Portugal foi Chefe da Repartição de Reequipmento no Estado-Maior do Exército. Em 2000, foi para o QG da KFOR como Chefe da Divisão de Instrução. Em seguida comandou o Regimento de Infantaria 15, sendo depois colocado no “NATO Joint Analysis and Lessons Learned Center” em Monsanto – Lisboa, como Chefe de Estado-Maior. Já como Major General foi, desde 2005 até 2009, o Chefe dos Oficiais de Ligação Militares da UNMIK e Conselheiro Militar do Representante Especial do Secretário-Geral das Nações Unidas no Kosovo."
A primeira vítima quando começa uma guerra é a verdade. Esta entrevista do Major General Raul Cunha, que tive a oportunidade de ver em directo, merece ser ouvida e analisada com atenção e serenidade.
P. António Vieira (1668)
Please stop the War |
sábado, 26 de fevereiro de 2022
sexta-feira, 25 de fevereiro de 2022
PENACOVA: escassez de lampreia nos rios faz cancelar festival gastronómico
Estamos mesmo com o pé na cova...
Via Diário de Coimbra
Recordando António Aleixo
Um dos poetas populares portugueses de maior relevo, afirmou-se pela sua ironia e pela crítica social sempre presente nos seus versos.
quinta-feira, 24 de fevereiro de 2022
Concelhia do PS: Raquel Ferreira vai ser candidata. Carlos Monteiro deverá ser candidato...
Guerra na Ucrânia...
Imagem sacada daqui |
Apenas uma ideia: vouchers para ajudar a malta pouco endinheirada a comer como os outros...
quarta-feira, 23 de fevereiro de 2022
Santana: cerca de 6 meses depois do regresso...
- tarefa difícil?
- tarefa possível?
- tarefa maior?
- depois de tudo, em 2022, a Figueira ainda está cá e tem hipóteses?
"O resto é a vida, cair e levantar. É essa a mensagem, há que ter esperança e ter força e se Deus proteger" e acreditar que todos, mesmo aqueles em dificuldade, "podem reerguer-se".
Luís Coelho é o novo presidente do GIS
Substitui Rosa Batista, que esteve à frente do Grupo Instrucção e Sport (GIS) durante quase 20 anos...
Via Diário as Beiras
terça-feira, 22 de fevereiro de 2022
Da série, Museu do Mar (continuação)...
Em Fevereiro de 2022, temos em cena novos episódios desta mesma série: "a Figueira devia ter um Museu do mar?"
Há aqui qualquer coisa fora de tempo: em 2022 questiona-se se a "a Figueira deve ter um Museu do mar?"
Então porque é que, em 2020, dois anos antes, se queria saber o local onde deveria ser instalado, se ainda há dúvidas se a Figueira deve ter um Museu do mar!..
O que não poupávamos em papel de jornal se a Figueira tivesse mar!..
segunda-feira, 21 de fevereiro de 2022
Como não apetece falar de carnaval...
... recorda-se o último bacalhoeiro da Figueira da Foz.
Navio "JOSÉ CAÇÃO", o último bacalhoeiro da Figueira da Foz, numa foto tirada a 14 de Maio de 2002 |
Construído na Holanda, em 1949-50, com o nome "SOTO MAIOR", passou a chamar-se JOSÉ CAÇÃO em 1974.
Com o declínio das pescas portuguesas, após adesão à União Europeia, houve uma tentativa de transformar este navio em museu, mas sem o apoio da Câmara da Figueira presidida então por Santana Lopes, acabou na sucata por volta de 2002-2003.Recordo, abaixo, uma crónica de Manuel Luís Pata, publicada no jornal O Figueirense, em 2.11.207.
domingo, 20 de fevereiro de 2022
Uma peça jornalística importantíssima, com um título infeliz...
O título, porém, não é feliz. “O drama dos sem-abrigo nas ruas do Porto está a chocar os turistas”.
A chocar os turistas? Penso que nos choca a todos. A começar, naturalmente, pelos responsáveis pela gestão da cidade e os poderes públicos.
sábado, 19 de fevereiro de 2022
Liberalismo
sexta-feira, 18 de fevereiro de 2022
A vantagem de ter passado a viver num concelho liberto de "patrões" autárquicos socialistas, prepotentes e arrogantes...
Via Diário as Beiras
O teor da resposta, conforme se pode ler clicando aqui, é claro.
O gabinete do ministro da Saúde na resposta que deu aos deputados do PSD eleitos por Coimbra sobre a reorganização das unidades de cuidados primários de saúde do concelho da Figueira da Foz, explícita "que foi decidido instalar nas Alhadas a sede da Unidade de Saúde Familiar e extensões em Santana e Bom Sucesso, no norte do concelho."
foto sacada daqui |
A cor partidária, nem sempre retira o colorido a quem encara a vida e a politica com sentido de responsabilidade democrática e cultura humanística.
É assim que se promove uma maior aproximação entre eleitos e eleitores e entre estes e as instituições, porque o órgão autárquico a que continua a presidir, a Assembleia Municipal da Figueira da Foz, terá de ser sempre a casa da Democracia do Concelho da Figueira da Foz.
Senhor Presidente: como covagalente que continua preocupado - como continuamos todos... - com um problema fundamental para o nosso futuro, que passará sempre pela qualidade e acessibilidade aos cuidados de saúde primários, fica o meu agradecimento por ter percebido e compreendido a importância do assunto que há quse 6 anos levei ao órgão autárquico que preside.
Posso ser muita coisa, mas acéfalo - não.
Obrigado senhor Presidente José Duarte Pereira.
2021 já passou. Importante é planear o próximo tempo da Figueira...
A crónica de António Agostinho publicada na Revista Óbvia em Janeiro de 2022
Quando termina um ano ano e começa outro, é normal fazer o balanço do que passou e planear, tanto quanto possível, o que desejava concretizar nos próximos meses.
A começar uma breve nota pessoal. 2021 foi um ano inesquecível para mim: fui avô.
Visto em termos colectivos, aliás, à semelhança de 2020, foi um enorme desafio. Tivemos covid-19, quarentenas, novas vagas, estirpes, restrições e as crises.
A climática a gritar-nos aos ouvidos e a sobressaltar os corações dos que vivem a sul do estuário do Mondego devido à erosão costeira . A política, que já se adivinhava a nível nacional, a bater-nos à porta com gentis lembretes, tais como a subida dos impostos, dos preços dos serviços e dos bens e produtos essenciais. A humanitária que asfixia povos do mundo inteiro e que todos camuflam para fingir que não existe…
A nível local, tivemos mudança política na presidência da câmara municipal da Figueira da Foz. Na assembleia municipal e nas freguesias, tirando Buarcos e São Julião e Paião, houve evolução na continuidade.
Enquanto cidadão atento, tenho tido ao longo dos anos a incrível e grata oportunidade de conhecer inúmeros pormenores das mais diversas realidades que têm condicionado o desenvolvimento e o progresso planeado e sustentado do concelho da Figueira da Foz. Por culpa, também de quem vota, temos tido a nível local políticos oportunistas, demagogos, populistas, arrogantes e, regra geral, incompetentes.
Com uma experiência de vida já longa, chego à conclusão de que nos contentamos com muito pouco. Não me interpretem mal, porém: não é que estejamos mal servidos com o território com que a natureza nos brindou. Pelo contrário. Este paraíso à beira mar plantado merecia é muito mais de quem o tem governado. É uma cidade com tanto potencial que só falta alguém para o potenciar e desenvolver.
Santana Lopes e a sua equipa, apesar da herança do passado recente, tem tentado ser fiel às propostas com que se apresentou a sufrágio. Até ao momento, continua a seguir o guião por si próprio anunciado no acto da tomada de posse. O regresso do ensino superior à Figueira é a prioridade. O património - em particular o Mosteiro de Seiça e o Paço de Maiorca - “realidades muito complicadas” -, a “resposta social, com os centros de saúde e o sistema de transporte das pessoas que vivem mais longe do centro do concelho”, são áreas em que o autarca prometeu no dia da tomada de posse “trabalhar mais depressa”. Nesse dia 17 de Outubro p.p. Pedro Santana Lopes assumiu também como prioridades o mar, a erosão costeira e as respostas sociais. Sem esquecer, contudo, "as obras herdadas e em curso". Vivemos tempos duros e difíceis. Espero a chegada do “devido tempo, para conhecer os resultados da prometida auditoria às contas da câmara”.
Para 2022, mesmo tendo em conta a instabilidade política em que vivemos, coloco nos meus desejos que este novo executivo presididio por Santana Lopes se esmere e consiga fazer muito mais e melhor do que o seu antecessor - felizmente "breve".
Mais e melhor pelos velhos. Mais e melhor pelos jovens. Mais pelos transportes públicos, pelo comércio local, pela integração e diversidade cultural, pelo turismo, pela pesca, pelo ambiente, pela empregabilidade e combate ao desemprego. Mais e melhor pelos animais. Mais e melhor pelo bem estar dos que aqui querem continuar a morar, teimando em viver na Figueira, apesar de quem tem governado a cidade e o concelho não ter criado as condições para cá permanecermos.
Mais do que eu, mero cidadão atento, espero que os nossos políticos tenham mais contacto com a realidade e tenham atenção às necessidades reais dos que aqui vivem. Para o que resta de 2022, desejo que se faça política a sério, isenta e com competência. Sem beneficiar clientelas.
O paraíso à beira mar plantado que é a Figueira merece mais e melhor. E nós, cidadãos, também. Mas também temos de fazer mais por isso.
2021 gerou mudança política na Figueira. Santana ocupou o cargo de Carlos Monteiro, que esteve no poder 12 anos seguidos.
Em Setembro passado os figueirense mostraram um cartão vermelho ao candidato do PS.
Definitivo?..