sexta-feira, 31 de outubro de 2014
Acabou de cair mais um tabu...
"Apostador português já reclamou os 190 milhões"...
Agora, é só esperar mais um pouco e aguardar que Rui Machete se descaia e revele a identidade...
Agora, é só esperar mais um pouco e aguardar que Rui Machete se descaia e revele a identidade...
O caminho...
A grave crise económica, a terrível crise social e a crise
política indesmentível deve ser tudo invenção dos jornalistas...
política indesmentível deve ser tudo invenção dos jornalistas...
EXPOSIÇÃO “RECORDAR CARLOS PAREDES” NO CASINO FIGUEIRA EM NOVEMBRO
»» Concerto com Luísa Amaro rende homenagem ao guitarrista
Actualmente na sede da Sociedade Portuguesa de Autores, a exposição «Recordar Carlos Paredes» estará, a partir de 11 de Novembro, no Casino Figueira, fruto da parceria que, na noite passada, levou ao mesmo espaço o escritor Mário de Carvalho.
Na 9.ª edição do Casino das Letras, a literatura dá lugar à evocação da cultura musical, com esta mostra que, em Lisboa, já está a dar a conhecer ao mundo livros, vinis, fotografias e até a guitarra que acompanhou o virtuoso ao longo da sua carreira.
A maioria dos objectos pertence ao espólio que o guitarrista, falecido a 23 de Julho de 2004, deixou em testamento à Sociedade Portuguesa de Autores.
Agora, na Figueira da Foz, uma década volvida sobre a sua morte, Carlos Paredes, «o homem dos mil dedos», volta a dar o mote para celebrar a guitarra portuguesa, pelas mãos femininas de Luísa Amaro, a primeira mulher a gravar em guitarra portuguesa, autora da «Canção para Carlos Paredes» e companheira do músico nos últimos 20 anos da vida deste.
Via Foz do Mondego Rádio
Em tempo.
Em Lisboa, no Porto e na Figueira, tive a felicidade de ter visto actuar ao vivo diversas vezes Carlos Paredes. Para quem não teve esse privilégio, recordo um mérito nada pequeno: ter feito, quanto a mim, a mais bela banda sonora de sempre, em Portugal, para um filme - a música de Carlos Paredes, nos “Verdes Anos” (1963) de Paulo Rocha.
Actualmente na sede da Sociedade Portuguesa de Autores, a exposição «Recordar Carlos Paredes» estará, a partir de 11 de Novembro, no Casino Figueira, fruto da parceria que, na noite passada, levou ao mesmo espaço o escritor Mário de Carvalho.
Na 9.ª edição do Casino das Letras, a literatura dá lugar à evocação da cultura musical, com esta mostra que, em Lisboa, já está a dar a conhecer ao mundo livros, vinis, fotografias e até a guitarra que acompanhou o virtuoso ao longo da sua carreira.
A maioria dos objectos pertence ao espólio que o guitarrista, falecido a 23 de Julho de 2004, deixou em testamento à Sociedade Portuguesa de Autores.
Agora, na Figueira da Foz, uma década volvida sobre a sua morte, Carlos Paredes, «o homem dos mil dedos», volta a dar o mote para celebrar a guitarra portuguesa, pelas mãos femininas de Luísa Amaro, a primeira mulher a gravar em guitarra portuguesa, autora da «Canção para Carlos Paredes» e companheira do músico nos últimos 20 anos da vida deste.
Via Foz do Mondego Rádio
Em tempo.
Em Lisboa, no Porto e na Figueira, tive a felicidade de ter visto actuar ao vivo diversas vezes Carlos Paredes. Para quem não teve esse privilégio, recordo um mérito nada pequeno: ter feito, quanto a mim, a mais bela banda sonora de sempre, em Portugal, para um filme - a música de Carlos Paredes, nos “Verdes Anos” (1963) de Paulo Rocha.
Recordo
Carlos Paredes como uma das pessoas mais simples que conheci,
pertencente a um conjunto muito restrito de indivíduos com um conjunto
de características que os tornam especiais.
Não gostam de dar entrevistas, não aparecem em festas
sociais, detestam o medíocre e mais importante ainda, são pessoas lúcidas.
Escondem-se,
muitas vezes, por trás da porta do facilitismo e fogem do altruísmo
demagógico. Dão-se com muito pouca gente, porque afinal este país
desagrada-os. Viveriam muito bem num outro país inventado.
Se
existissem mais pessoas assim, talvez conseguíssemos sonhar em Portugal...
Algo nunca visto...
Aniversário da UGT, 29 outubro 2014
Primeiro-Ministro, Pedro Passos Coelho, com o Secretário-Geral da UGT, Carlos Silva, no encerramento da conferência comemorativa dos 36 anos da UGT, Lisboa, 29 outubro 2014 (Foto: Walter Branco, sacada daqui).
"Nunca tinha visto uma central sindical celebrar um aniversário tendo como convidados de honra governantes e um PM que achincalha os trabalhadores, mas nunca é tarde para aprender a conviver com estas modernices. Bem aventurado sejas, Carlos Silva, por já teres esquecido que Passos Coelho elegeu como uma das suas prioridades de governo “vergar os sindicatos”. És um herói, pá! Bem mereces que o Cavaco te condecore e o Passos mande erigir uma estátua em S. Bento".
"Nunca tinha visto uma central sindical celebrar um aniversário tendo como convidados de honra governantes e um PM que achincalha os trabalhadores, mas nunca é tarde para aprender a conviver com estas modernices. Bem aventurado sejas, Carlos Silva, por já teres esquecido que Passos Coelho elegeu como uma das suas prioridades de governo “vergar os sindicatos”. És um herói, pá! Bem mereces que o Cavaco te condecore e o Passos mande erigir uma estátua em S. Bento".
quinta-feira, 30 de outubro de 2014
PEDRO CRUZ: “Nunca vou esquecer a primeira foto que vi publicada num jornal”...
Pedro Agostinho Cruz, como sabem os leitores deste Outra Margem, é um velho conhecido meu, apesar de ter nascido em 1987 na Cova-Gala, freguesia de São Pedro, onde ainda hoje reside.
Licenciado em Ciências da Comunicação pela Universidade da Beira Interior, tem imagens publicadas em vários órgãos de comunicação social locais, regionais e nacionais. Colabora regularmente com as mais diversas publicações.
Licenciado em Ciências da Comunicação pela Universidade da Beira Interior, tem imagens publicadas em vários órgãos de comunicação social locais, regionais e nacionais. Colabora regularmente com as mais diversas publicações.
Hoje, tive oportunidade de ler uma entrevista que deu ao Figueira na Hora.
O Jorge Lemos - que para além de um ser humano de excepção e um Amigo do Pedro, é um competente jornalista - sacou uma bela e interessante conversa informal ao Pedro - e logo ao Pedro, que gosta mais de ouvir do que falar!.. - que passou para prosa e publicou no seu espaço na internet.
A entrevista pode ser lida na íntegra aqui.
Relevo, com a devida vénia, dois pormenores: a abertura e o final.
"Quando e de que forma nasceu este gosto, esta paixão pela fotografia", pergunta para início da conversa o Jorge Lemos...
Eis a resposta do Pedro, que me deixou ao mesmo tempo feliz e preocupado:
Eis a resposta do Pedro, que me deixou ao mesmo tempo feliz e preocupado:
"Essa é a pergunta que faço a mim próprio todos os dias… Não consigo responder concretamente a essa questão.
Mas, comecei a ver a fotografia com outros olhos quando fui convidado pelo meu tio António Agostinho a colaborar com o blog dele, o «Outra Margem». Quando dei por mim estava a colaborar com jornais locais e regionais. Foi um processo que surgiu naturalmente."
Mas, comecei a ver a fotografia com outros olhos quando fui convidado pelo meu tio António Agostinho a colaborar com o blog dele, o «Outra Margem». Quando dei por mim estava a colaborar com jornais locais e regionais. Foi um processo que surgiu naturalmente."
E a terminar, pergunta o Jorge: "tens ideia de qual poderia vir a ser a “tal” foto da tua vida? Aquela que gostarias de estar no sítio e tempo certos?"
Respondeu no fim desta conversa informal (que o Jorge Lemos transpôs para o Figueira na Hora) o Pedro Agostinho Cruz, acima de tudo um fotojornalista.
"Amanhã falamos disso…"
quarta-feira, 29 de outubro de 2014
Desculpem lá, mas se isto não é um país de merda, alguém por favor me explique o que é um país de merda...
O IPO do Porto está a adiar cirurgias por falta de camas.
O cancro, como não se compadece com os cortes orçamentais, continuará a fazer a sua marcha e morrerão pessoas que eventualmente poderiam ter sido salvas.
Em declarações à RTP, Laranja Pontes, presidente do conselho de administração do IPO do Porto, admite que as longas esperas se devem a restrições orçamentais: "não abro mais camas porque não tenho condições para isso".
Para minorar o problema das listas de espera para cirurgias, já foram retiradas camas aos cuidados paliativos...
O cancro, como não se compadece com os cortes orçamentais, continuará a fazer a sua marcha e morrerão pessoas que eventualmente poderiam ter sido salvas.
Em declarações à RTP, Laranja Pontes, presidente do conselho de administração do IPO do Porto, admite que as longas esperas se devem a restrições orçamentais: "não abro mais camas porque não tenho condições para isso".
Para minorar o problema das listas de espera para cirurgias, já foram retiradas camas aos cuidados paliativos...
Os "nossos" ricos...
Algumas
das maiores fortunas de Portugal, foram conseguidas através do negócio de mercearia, que gera alguns milhares de empregos, mas não
cria riqueza.
Embora possam ter outros negócios, a maior parte da fortuna veio do negócio de mercearia, que esmaga margens dos industriais, dos agricultores, dos pescadores, etc., que para eles trabalham.
Acham que, assim, vamos a algum lado?..
Embora possam ter outros negócios, a maior parte da fortuna veio do negócio de mercearia, que esmaga margens dos industriais, dos agricultores, dos pescadores, etc., que para eles trabalham.
Acham que, assim, vamos a algum lado?..
BYpass: 15 milhões para instalação? E quanto custa fazer a transferência das areias de norte para sul? Há viabilidade financeira e é eficaz? Então porque não avança?
Citando o SOS Cabedelo, "trata-se de um sistema composto por um pipeline sob o Mondego que transporta a areia com água por bombagem, do lado norte do Porto Comercial para as praias a sul. O Bypass proposto para a reposição da deriva litoral poderá também extrair a areia que se deposita no rio junto ao molhe norte, diminuindo os custos da dragagem da barra. O valor da sua construção, estimado em 15,0M€, poderá não se reflectir no custo efectivo considerando o proveito que pode advir da comercialização de parte da areia actualmente retida na praia da Figueira da Foz."
Ao contrário do que muita gente possa pensar, a solução do bypass para resolver os problemas da erosão da orla costeira a sul da foz do estuário do Mondego, não é uma ideia nova nem original.
Ao contrário do que muita gente possa pensar, a solução do bypass para resolver os problemas da erosão da orla costeira a sul da foz do estuário do Mondego, não é uma ideia nova nem original.
Já
lá vão cerca de 40 anos, a meio da década de setenta do século
passado, quando a erosão costeira assolou fortemente as praias da
Cova-Gala em virtude da implantação dos molhes na barra da
Figueira, realizou-se no Clube Mocidade Covense uma sessão com a
população sobre o problema e, uma das soluções apresentadas, já nessa época, foi precisamente o tal bypass.
A ideia (e a promessa da altura) ficou no ar, até hoje.
A ideia (e a promessa da altura) ficou no ar, até hoje.
Na
altura, valeu às populações a intervenção dos militares do MFA e
resolveu-se pontualmente o problema.
Passaram
os anos, os erros cometidos na barra da Figueira continuaram - apesar
de todos os avisos, concretizou-se o aumento dos 400 metros do molhe norte...
Do bypass é que nada.
Do bypass é que nada.
Há
uns anos, o SOS Cabedelo recuperou a ideia.
Dada
a gravidade do problema em questão está na hora de colocar as
cartas em cima da mesa: quanto custaria o funcionamento do projecto do SOS Cabedelo?
Há viabilidade financeira ou não para a concretização do projecto?
Se é viável financeiramente e se é eficaz, porque não se faz?
O problema é grave, principalmente para quem vive na margem sul.Há viabilidade financeira ou não para a concretização do projecto?
Se é viável financeiramente e se é eficaz, porque não se faz?
Portanto: deixem-se de demagogias, megalomanias e oportunismos - a intervenção actualmente em curso nos molhes é um exemplo disso - e tomem medidas viáveis e a sério.
COMEMORAÇÃO DO DIA DO PORTO DA FIGUEIRA DA FOZ
O Porto da Figueira da Foz vai estar em festa, a partir de 30 de outubro.
O programa inclui música e actividades destinadas aos mais jovens.
A 30 de Outubro, alunos do 1.º Ciclo dos Agrupamentos de Escolas da Figueira da Foz visitam o porto, aproveitando para subir ao navio “WEC Brughel” e à Corveta da Armada “Jacinto Cândido”.
Os jovens aproveitarão para tirar fotografias, tomas destinadas ao concurso “Um dia no Porto da Figueira da Foz.
A 1 de Novembro, Olavo Bilac actua no Centro de Artes e Espectáculos da Figueira da Foz.
A receita do espectáculo reverte para a Associação Figueiraviva, instituição que, de entre várias actividades no campo social, tem em funcionamento a creche "o Cocas" sita em Carritos, Tavarede.
O bilhete custa apenas 5€ e vale bem o momento que se vai viver em clima de solidariedade.
As comemorações encerram a 19 de novembro com a inauguração da exposição do 2.º Concurso de Fotografia do Porto da Figueira da Foz e subsequente entrega de prémios.
Estes eventos decorrem no Mercado Municipal da Figueira da Foz.
terça-feira, 28 de outubro de 2014
Devemos menos ao estrangeiro? Temos mais gente a trabalhar? As pessoas têm rendimentos mais elevados? O Serviço Nacional de Saúde funciona melhor? A justiça funciona com menos atrasos? O ano lectivo começa como deve ser, no dia marcado com as aulas e com professores? O sistema financeiro é seguro e os bancos não estão à beira da falência? A sociedade portuguesa é mais justa? A diferença entre muito ricos e muito pobres é menor? Os responsáveis pela falência do BPN, do BPP e do Grupo Espírito Santo foram devidamente investigados, assim como os autores das ruinosas parcerias público-privadas? A maioria das empresas em sectores estratégicos não foram vendidas por tuta-e-meia? A distribuição de rendimentos entre capital e trabalho é mais justa? Os impostos não subiram desmesuradamente? As reformas das pessoas que trabalharam a vida toda não foram cortadas? Somos hoje um país mais democrático e independente?
Em países mais atrasados que o nosso, os responsáveis por delapidar a economia são responsabilizados; aqui dão-se-lhes doutoramentos honoris causa...
Porque isto é "a República dos impunes", é necessário ler o resto deste texto de Nuno Ramos de Almeida.
Cheira-me que, na Figueira, vai nascer uma nova agenda cultural!..
Em tempo.
Não sei se aconteceu com vocês, mas eu, depois de ler a crónica acima, fiquei com vontade de me empanturrar de cultura.
Mas, escolhida a dedo.
Isto, não me acontecia, com tamanha intensidade, desde o início de 1954.
Não sei se aconteceu com vocês, mas eu, depois de ler a crónica acima, fiquei com vontade de me empanturrar de cultura.
Mas, escolhida a dedo.
Isto, não me acontecia, com tamanha intensidade, desde o início de 1954.
“Temos de abrir caminho à água pluvial para que corra para o rio"...
Para quem quer conhecer melhor os problemas de drenagem e escoamento de águas da cidade e perceber porque é que há periodicamente cheias, especialmente «as inundações na baixa da Figueira da Foz que ocorrem devido à situação geográfica da cidade, na foz do rio Mondego», recomendo a leitura deste artigo.
segunda-feira, 27 de outubro de 2014
O poder e os princípios...
Nunca
apoiei expressamente um grande partido.
Ainda
recentemente, nas intercalares na Aldeia, apoiei a CDU.
O
pragmatismo é particularmente cruel para quem apoia os pequenos
partidos.
A
frustração recorrente das vitórias morais, da insuficiência
generalizada, muitas vezes só é ultrapassada graças aos ideais - e
os ideais são as primeiras vítimas da "arte do possível".
Neste
momento, estou a ouvir Paulo Portas na televisão a continuar a abrir
uma porta para a coligação com o PSD de Passos Coelho.
Mais
uma vez, a discussão que está em cima da mesa resume-se a isto: é
preferível ter ministros a ter valores...
As
coligações, como dá para ver ao ouvir Paulo Portas, são sempre
soluções marcadas pela mediocridade do cinismo.
Pode-se
invocar circunstâncias extraordinárias, mas é da fraqueza relativa
das partes envolvidas que elas nascem.
Neste
caso, a continuar, esta coligação nascerá da debilidade do
candidato do PSD e do medo de desaparecimento de cena do CDS nas
próximas eleições.
Nada
de particularmente motivador, portanto.
Contudo,
mesmo
os pequenos partidos existem para conquistar o poder - o poder
possível é certo, mas o poder mesmo assim.
Num
pequeno partido o realismo das limitações permite o exercício do
único idealismo aceitável: o idealismo temperado.
Espero,
por isso, que o PCP continue a honrar os seus compromissos e nunca passe um cheque em branco para ter ministérios.
De mentiras e propaganda estou farto.
De mentiras e propaganda estou farto.
Tudo está bem quando acaba bem...
Dez anos depois de ter chegado à presidência da União Europeia, Durão Barroso diz adeus a Bruxelas com uma pensão vitalícia no valor de cerca de 132 mil euros por ano. O ainda presidente da Comissão Europeia (cargo que deixa a 1 de novembro) regressa assim a Portugal com 11 mil euros por mês da reforma europeia, diz o jornal britânico ‘Daily Mail’.
O dirigente português, de 58 anos, que vai abandonar a liderança da Comissão Europeia a 1 de novembro, vai receber ainda um subsídio de "transição" e "reintegração" que não pode ultrapassar os três anos. Segundo as regras comunitárias, a compensação varia entre 40% a 65% do salário anual do presidente da Comissão Europeia, no caso de Durão Barroso, de cerca de 306 mil euros. Feitas as contas, o subsídio de "transição" vai variar entre 122 mil euros e 200 mil euros por cada ano. No mínimo, Durão Barroso recebe um subsídio no valor de 367 mil euros no total dos três anos. Esta verba é diminuída ou eliminada em função do cargo que venha a desempenhar no futuro. Mas as compensações de Bruxelas não se ficam por aqui. Além da pensão vitalícia e do subsídio, Durão Barroso recebe ainda um salário extra, de 25 mil euros, mais despesas de deslocação.
O ex-primeiro-ministro já disse que o futuro "a Deus pertence. Provavelmente, vou continuar a intervir na vida pública e seguir as questões europeias e internacionais", disse Durão Barroso em entrevista. O ex-presidente da Comissão Europeia deixou, no entanto, uma garantia: "De fora e seguramente está a hipótese de um regresso à vida política activa". Ainda não se sabe qual será o caminho do político português, mas o próprio admite que "não está mal de convites".
Via Correio da Manhã
O dirigente português, de 58 anos, que vai abandonar a liderança da Comissão Europeia a 1 de novembro, vai receber ainda um subsídio de "transição" e "reintegração" que não pode ultrapassar os três anos. Segundo as regras comunitárias, a compensação varia entre 40% a 65% do salário anual do presidente da Comissão Europeia, no caso de Durão Barroso, de cerca de 306 mil euros. Feitas as contas, o subsídio de "transição" vai variar entre 122 mil euros e 200 mil euros por cada ano. No mínimo, Durão Barroso recebe um subsídio no valor de 367 mil euros no total dos três anos. Esta verba é diminuída ou eliminada em função do cargo que venha a desempenhar no futuro. Mas as compensações de Bruxelas não se ficam por aqui. Além da pensão vitalícia e do subsídio, Durão Barroso recebe ainda um salário extra, de 25 mil euros, mais despesas de deslocação.
O ex-primeiro-ministro já disse que o futuro "a Deus pertence. Provavelmente, vou continuar a intervir na vida pública e seguir as questões europeias e internacionais", disse Durão Barroso em entrevista. O ex-presidente da Comissão Europeia deixou, no entanto, uma garantia: "De fora e seguramente está a hipótese de um regresso à vida política activa". Ainda não se sabe qual será o caminho do político português, mas o próprio admite que "não está mal de convites".
Via Correio da Manhã
domingo, 26 de outubro de 2014
Também no futebol, saiam os homens e entrem as máquinas...
Porque hoje é domingo, vou falar de futebol e recordar o que se passou na passada 3ª. feira.
Vou recordar a derrota do Sporting perante o Schalke 04...
O Sporting marcou 2 golos em inferioridade numérica e bateu-se sempre com categoria.
Foi lastimável e lamentável, portanto, perder um jogo daquela maneira.
Numa sociedade de valores e de verdade, seria normal existirem garantias electrónicas - ou mesmo pós desafio (jurídicas, eventualmente...), que pudessem repor a verdade do jogo.
Foi uma tremenda injustiça que a melhor equipa tenha saído com uma derrota imerecida!
Quanto a mim é a hora: saiam os homens e entrem as máquinas!
É preciso denunciar a corrupção.
«Foi a máfia russa no seu melhor».
Mesmo que os resultados sejam inexpressivos, há que tentar acabar com a impunidade...
Contudo, apesar de tudo, os sportinguistas sabem reconhecer o mérito...
Vou recordar a derrota do Sporting perante o Schalke 04...
O Sporting marcou 2 golos em inferioridade numérica e bateu-se sempre com categoria.
Foi lastimável e lamentável, portanto, perder um jogo daquela maneira.
Numa sociedade de valores e de verdade, seria normal existirem garantias electrónicas - ou mesmo pós desafio (jurídicas, eventualmente...), que pudessem repor a verdade do jogo.
Foi uma tremenda injustiça que a melhor equipa tenha saído com uma derrota imerecida!
Quanto a mim é a hora: saiam os homens e entrem as máquinas!
É preciso denunciar a corrupção.
«Foi a máfia russa no seu melhor».
Mesmo que os resultados sejam inexpressivos, há que tentar acabar com a impunidade...
Contudo, apesar de tudo, os sportinguistas sabem reconhecer o mérito...
O sonho lindo...
"A união ouropeia", constituiu uma agradável surpresa ao abrir o computador nesta magnífica manhã domingueira de verão de S. Martinho um pouco antecipado.
Espero que cliquem aqui, para ler a postagem de Fernando Campos na integra.
Entretanto fica um cheirinho, para abrir o apetite.
"É cada vez mais evidente que a “união europeia” foi um sonho lindo que acabou. Isto parece bastante óbvio, excepto talvez para alguma classe política e empresarial portuguesa (as do arco-do-poder); curiosamente as mesmas que em 1961 também “não se aperceberam” do fim inexorável da era colonial. Na realidade, para a classe dirigente nacional, a união europeia nunca passou de uma nova “árvore das patacas” que substituiria a colonial." Depois de ler, pensei em: chorar (mas, não há nada mais triste que chorar com razão...); rir (mas, não conheço nada mais alegre que rir ao ponto de chorar...); na morte (... mas, todos sabemos, que o mais apropriado para um cadáver é um caixão...).
Entretanto, aconteceu-me uma urgência e, por motivos mais que óbvios, tenho que abreviar (nada é mais urgente que a vontade que, neste momento, me está assolar - ir passear...).
Bom domingo e não esqueçam...
"O sonho lindo do oásis de paz, cooperação e livre circulação revelou-se um pesadelo: um novo triunfo dos porcos cuja narrativa da inevitabilidade repete ad nauseam (para consolo das almas cínicas ou resignadas) que haverá sempre uns mais iguais que outros e mainada."
"É cada vez mais evidente que a “união europeia” foi um sonho lindo que acabou. Isto parece bastante óbvio, excepto talvez para alguma classe política e empresarial portuguesa (as do arco-do-poder); curiosamente as mesmas que em 1961 também “não se aperceberam” do fim inexorável da era colonial. Na realidade, para a classe dirigente nacional, a união europeia nunca passou de uma nova “árvore das patacas” que substituiria a colonial." Depois de ler, pensei em: chorar (mas, não há nada mais triste que chorar com razão...); rir (mas, não conheço nada mais alegre que rir ao ponto de chorar...); na morte (... mas, todos sabemos, que o mais apropriado para um cadáver é um caixão...).
Entretanto, aconteceu-me uma urgência e, por motivos mais que óbvios, tenho que abreviar (nada é mais urgente que a vontade que, neste momento, me está assolar - ir passear...).
Bom domingo e não esqueçam...
"O sonho lindo do oásis de paz, cooperação e livre circulação revelou-se um pesadelo: um novo triunfo dos porcos cuja narrativa da inevitabilidade repete ad nauseam (para consolo das almas cínicas ou resignadas) que haverá sempre uns mais iguais que outros e mainada."
sábado, 25 de outubro de 2014
Um tema cheio de actualidade
Em tempo.
Esta crónica, oportuna e actual, do eng. João Vaz, hoje publicada no jornal AS BEIRAS, fez-me lembrar o que se passa, desde que tenho memória, na Avenida 12 de Julho, na Gala, um belo exemplo da falta de respeito pelos limites de velocidade, como podem comprovar neste post que publicámos em 17 de novembro de 2008.
O senhor presidente da Câmara, dr. João Ataíde, na campanha para as autárquicas de 2013, foi alertado para o problema por um morador, na sessão que então se realizou no Clube Mocidade Covense.
Prometeu fazer alguma coisa.
Já passou mais de um ano. Entretanto, já mudámos de presidente de junta, e nada aconteceu: a velocidade e as ultrapassagem continuam a ser uma constante na Avenida 12 de Julho, o que coloca, sobretudo, em risco peões e ciclistas.
Os semáforos, que em consequência de uma tempestade, estiveram inactivos vários meses, estão reparados, mas, como pode ser facilmente comprovado, se muitos cumprem e respeitam, muitos continuam a não ligar...
O actual presidente da junta, saído das intercalares de 19 do corrente, também morador na Avenida 12 de julho conhece muito bem a gravidade deste problema.
Esta crónica, oportuna e actual, do eng. João Vaz, hoje publicada no jornal AS BEIRAS, fez-me lembrar o que se passa, desde que tenho memória, na Avenida 12 de Julho, na Gala, um belo exemplo da falta de respeito pelos limites de velocidade, como podem comprovar neste post que publicámos em 17 de novembro de 2008.
O senhor presidente da Câmara, dr. João Ataíde, na campanha para as autárquicas de 2013, foi alertado para o problema por um morador, na sessão que então se realizou no Clube Mocidade Covense.
Prometeu fazer alguma coisa.
Já passou mais de um ano. Entretanto, já mudámos de presidente de junta, e nada aconteceu: a velocidade e as ultrapassagem continuam a ser uma constante na Avenida 12 de Julho, o que coloca, sobretudo, em risco peões e ciclistas.
Os semáforos, que em consequência de uma tempestade, estiveram inactivos vários meses, estão reparados, mas, como pode ser facilmente comprovado, se muitos cumprem e respeitam, muitos continuam a não ligar...
O actual presidente da junta, saído das intercalares de 19 do corrente, também morador na Avenida 12 de julho conhece muito bem a gravidade deste problema.
Miradouro do cabo Mondego
Um espaço deslumbrante ganho pela Figueira recentemente e onde se provou que para fazer obra não é preciso muito dinheiro...
Ver fotos aqui.
sexta-feira, 24 de outubro de 2014
Silêncios
“ Manuel
Valls, primeiro-ministro de Hollande, gostaria de remover a palavra «socialista» do nome do partido. Valls assume-se como um «pragmático», ou seja, como alguém que quer arrumar a casa com
os espíritos mais «moderados». O PS francês,
compreensivelmente, entrou em apoplexia. E o português?
Ainda
não há reacções. Aliás, não haver reacção parece ser a nova
filosofia da era costista.
Depois das chuvas que devoraram Lisboa, o edil foi lesto a declarar «não haver solução» para o caos. E no Parlamento, em plena discussão sobre a dívida pública, foi a vez de Vieira da Silva afirmar que «não há respostas simples» para lidar com a dita, motivo pelo qual não ofereceu nenhuma.
Se a coisa continua neste tom, o PS português ainda acaba por adoptar novo nome. «Partido Silencioso» seria uma hipótese: é mais fiel ao novo espírito do clube e não implica mudança de sigla.”
Depois das chuvas que devoraram Lisboa, o edil foi lesto a declarar «não haver solução» para o caos. E no Parlamento, em plena discussão sobre a dívida pública, foi a vez de Vieira da Silva afirmar que «não há respostas simples» para lidar com a dita, motivo pelo qual não ofereceu nenhuma.
Se a coisa continua neste tom, o PS português ainda acaba por adoptar novo nome. «Partido Silencioso» seria uma hipótese: é mais fiel ao novo espírito do clube e não implica mudança de sigla.”
Será
que todo este silêncio não é para permitir a pausa adequada a
reanalisar e a elaborar a síntese, não sendo, apenas, uma
simples ausência de sentido?..
Vamos
ser optimistas e pensar que estão apenas a preparar a palavra que há-de ser dita...
Já vamos nos dedos!..
Bruno Dias, deputado do PCP: "Privatizar a TAP não é vender um anel, é cortar um dedo"...
A Aldeia também é assim...
A Aldeia dos blogues não é, como se diz por aí, um retrato fiel do mundo fora internet.
É pior, muito pior.
É um mundo onde há nicknames, identidades inventadas, máscaras, maledicência, perigo, impunidade, anonimato e covardia, muita covardia. Onde pessoas habitualmente controladas pelos travões sociais, podem esquecê-los e agir como se fossem donas do mundo.
É uma amostra, não da vida real com os seus travões sociais, mas do que se passa na parte mais profunda da consciência individual.
A coberto do anonimato, alguma gente, é capaz de actos e afirmações que nunca faria pessoalmente, seja por covardia, seja por medo de represálias... Ao longo da minha já longa vida, nunca fui de carneiradas, não era agora que ia passar a ser...
É pior, muito pior.
É um mundo onde há nicknames, identidades inventadas, máscaras, maledicência, perigo, impunidade, anonimato e covardia, muita covardia. Onde pessoas habitualmente controladas pelos travões sociais, podem esquecê-los e agir como se fossem donas do mundo.
É uma amostra, não da vida real com os seus travões sociais, mas do que se passa na parte mais profunda da consciência individual.
A coberto do anonimato, alguma gente, é capaz de actos e afirmações que nunca faria pessoalmente, seja por covardia, seja por medo de represálias... Ao longo da minha já longa vida, nunca fui de carneiradas, não era agora que ia passar a ser...
A erosão na orla costeira figueirense
A crónica de Rui Curado da Silva, ontem publicada no jornal AS Beiras, deu origem a uma resposta nada superficial do deputado do PCP Miguel Tiago...
Pelo interesse do tema em debate - a erosão na orla costeira figueirense - publicamos a crónica do investigador Rui Curado da Silva e a resposta do deputado do PCP Miguel Tiago.
"Rui Curado Silva, investigador, investigou o Jornal Expresso e atribui-me palavras que eu não usei, tomando por boas as distorções que o referido jornal faz de um debate no meu mural de facebook. Não sei ao certo, por desconhecer, que investiga Rui Curado Silva, nem costumo invocar ignorância sobre os temas para fazer debates políticos. Penso mesmo que a acusação de desconhecimento feita de cátedra não revela outra coisa senão soberba e incapacidade de fazer os debates de forma frontal.
Apesar de ser geólogo e ter dedicado parte importante da minha vida a estudar o planeta - atmosfera, geosfera, biosfera - não utilizarei o diploma para explicar ao Investigador Rui Silva que o debate científico em torno dos factores antropogénicos que influem sobre o clima é aceso e intenso e que o que critico com severidade - tal como o meu partido - não é o conceito ou a velocidade com que se verificam alterações climáticas, mas as falsas soluções de mercantilização da atmosfera que o capitalismo nos tem imposto a pretexto da salvação do planeta.
Sobre os dados da subida do mar, julgo que o debate é interessante mas absolutamente irrelevante para o caso em questão, caso sobre o qual Rui Silva pretende atribuir-me "lágrimas de crocodilo" (palavras do próprio). O ritmo da subida do nível do mar é variável ao longo da história do planeta, tal como são os níveis do mar e tem relações com inúmeros factores, mas para o caso da visita que realizei em representação do Grupo Parlamentar do PCP à Figueira da Foz e às praias da Freguesia de São Pedro, tal medida (nível do mar) e tais factoes, são assuntos independentes do fenómeno que o PCP ali foi abordar. Não sei se o Investigador terá sequer investigado quais os factores e causas que estão a provocar o recuo da linha costeira nas praias a sul da Foz do Mondego antes de as atribuir às alterações climáticas. Em causa, no caso concreto, o recuo deve-se especificamente a uma intervenção antrópica, nomeadamente a construção do molhe norte na foz do Mondego.
O Investigador terá, porventura, assimilado de forma cristalizada as premissas do aquecimento global, mas isso não pode implicar que tente esconder as verdadeiras causas do que ali se passa, porque o assunto é sério demais para ser simplificado. A construção do molhe norte implica um crescimento anómalo da largura do areal a um ritmo de 20 a 40 m por ano, impedindo a deriva sedimentar para sul, não permitindo assim a deposição de sedimentos para alimentação dos areais das praias a sul da Foz. Ora, esta causa - talvez não tão romântica quanto a das alterações climáticas e da subida do nível do mar - é a evidente causa do que ali se passa e sobre ela, não só não deixei de referir (ao contrário do que afirma Rui Silva) como não deixou o PCP de intervir na Assembleia da República apresentando uma pergunta ao Governo sobre que medidas tomará o executivo para corrigir o desequilíbrio provocado na deriva sedimentar costeira na região centro do país.
É verdade que o PCP não entende que o mercado de licenças de emissões de gases com efeito estufa venha resolver os problemas ambientais. Essa posição do PCP é suportada pela realidade que demonstra que, apesar do mercado de licenças, as emissões têm tido tendência crescente. E é verdade que o PCP tem uma perspectiva não primitivista sobre o desenvolvimento económico e social, não defendendo que o processo produtivo seja incompatível com a Natureza e, ao contrário de algumas tendências, não defende que devamos regredir para as formas de existência quase primitivas, afirmando a necessidade de desenvolvimento das tecnologias produtivas e da posse colectiva dos meios produção como forma de integrar economia e ecologia. Colocando a produção ao serviço dos povos e não ao serviço dos lucros accionistas, a natureza é necessariamente salvaguardada, porque enquanto que os accionistas vivem da sua destruição, os povos vivem da sua preservação e exploração sustentada.
Nunca saberei se Rui Silva é daquelas pessoas que muitas vezes usam o facto de PCP e Verdes terem posições semelhantes em muitas matérias, para acusar os Verdes de serem um satélite do PCP. Se é, entrou em contradição com o que diz neste "artigo" de opinião. Se não é, revela afinal uma concepção de coligação no mínimo estranha, ao insinuar que o papel do Partido Ecologista "Os verdes" é menorizado por não ter sobre alterações climáticas exactamente o mesmo posicionamento que o PCP. Ora, dois partidos diferentes não são dois partidos iguais e isso enriquece a coligação, orgulha os seus activistas e honra os seus eleitores.
Nunca saberei se Rui Silva quis propositadamente ilibar o Governo das responsabilidades que tem na deposição anómala de sedimentos a norte do molhe e na erosão anómala nas praias a sul. Nunca saberei se Rui Silva é a favor ou contra as soluções que a SOS Cabedelo e a Associação de Body Board da Foz do Mondego apresentam para o caso. Nunca saberei se Rui Silva se deu ao trabalho de estudar deriva sedimentar e dinâmica costeira. Mas já fiquei a saber que o objectivo do "artigo" que escreveu nunca foi salvar a costa, nem explicar as causas do fenómeno sério que ali se verifica e nunca passou do mais básico e primário objectivo: mistificar e iludir o leitor sobre as posições do PCP."
Pelo interesse do tema em debate - a erosão na orla costeira figueirense - publicamos a crónica do investigador Rui Curado da Silva e a resposta do deputado do PCP Miguel Tiago.
"Rui Curado Silva, investigador, investigou o Jornal Expresso e atribui-me palavras que eu não usei, tomando por boas as distorções que o referido jornal faz de um debate no meu mural de facebook. Não sei ao certo, por desconhecer, que investiga Rui Curado Silva, nem costumo invocar ignorância sobre os temas para fazer debates políticos. Penso mesmo que a acusação de desconhecimento feita de cátedra não revela outra coisa senão soberba e incapacidade de fazer os debates de forma frontal.
Apesar de ser geólogo e ter dedicado parte importante da minha vida a estudar o planeta - atmosfera, geosfera, biosfera - não utilizarei o diploma para explicar ao Investigador Rui Silva que o debate científico em torno dos factores antropogénicos que influem sobre o clima é aceso e intenso e que o que critico com severidade - tal como o meu partido - não é o conceito ou a velocidade com que se verificam alterações climáticas, mas as falsas soluções de mercantilização da atmosfera que o capitalismo nos tem imposto a pretexto da salvação do planeta.
Sobre os dados da subida do mar, julgo que o debate é interessante mas absolutamente irrelevante para o caso em questão, caso sobre o qual Rui Silva pretende atribuir-me "lágrimas de crocodilo" (palavras do próprio). O ritmo da subida do nível do mar é variável ao longo da história do planeta, tal como são os níveis do mar e tem relações com inúmeros factores, mas para o caso da visita que realizei em representação do Grupo Parlamentar do PCP à Figueira da Foz e às praias da Freguesia de São Pedro, tal medida (nível do mar) e tais factoes, são assuntos independentes do fenómeno que o PCP ali foi abordar. Não sei se o Investigador terá sequer investigado quais os factores e causas que estão a provocar o recuo da linha costeira nas praias a sul da Foz do Mondego antes de as atribuir às alterações climáticas. Em causa, no caso concreto, o recuo deve-se especificamente a uma intervenção antrópica, nomeadamente a construção do molhe norte na foz do Mondego.
O Investigador terá, porventura, assimilado de forma cristalizada as premissas do aquecimento global, mas isso não pode implicar que tente esconder as verdadeiras causas do que ali se passa, porque o assunto é sério demais para ser simplificado. A construção do molhe norte implica um crescimento anómalo da largura do areal a um ritmo de 20 a 40 m por ano, impedindo a deriva sedimentar para sul, não permitindo assim a deposição de sedimentos para alimentação dos areais das praias a sul da Foz. Ora, esta causa - talvez não tão romântica quanto a das alterações climáticas e da subida do nível do mar - é a evidente causa do que ali se passa e sobre ela, não só não deixei de referir (ao contrário do que afirma Rui Silva) como não deixou o PCP de intervir na Assembleia da República apresentando uma pergunta ao Governo sobre que medidas tomará o executivo para corrigir o desequilíbrio provocado na deriva sedimentar costeira na região centro do país.
É verdade que o PCP não entende que o mercado de licenças de emissões de gases com efeito estufa venha resolver os problemas ambientais. Essa posição do PCP é suportada pela realidade que demonstra que, apesar do mercado de licenças, as emissões têm tido tendência crescente. E é verdade que o PCP tem uma perspectiva não primitivista sobre o desenvolvimento económico e social, não defendendo que o processo produtivo seja incompatível com a Natureza e, ao contrário de algumas tendências, não defende que devamos regredir para as formas de existência quase primitivas, afirmando a necessidade de desenvolvimento das tecnologias produtivas e da posse colectiva dos meios produção como forma de integrar economia e ecologia. Colocando a produção ao serviço dos povos e não ao serviço dos lucros accionistas, a natureza é necessariamente salvaguardada, porque enquanto que os accionistas vivem da sua destruição, os povos vivem da sua preservação e exploração sustentada.
Nunca saberei se Rui Silva é daquelas pessoas que muitas vezes usam o facto de PCP e Verdes terem posições semelhantes em muitas matérias, para acusar os Verdes de serem um satélite do PCP. Se é, entrou em contradição com o que diz neste "artigo" de opinião. Se não é, revela afinal uma concepção de coligação no mínimo estranha, ao insinuar que o papel do Partido Ecologista "Os verdes" é menorizado por não ter sobre alterações climáticas exactamente o mesmo posicionamento que o PCP. Ora, dois partidos diferentes não são dois partidos iguais e isso enriquece a coligação, orgulha os seus activistas e honra os seus eleitores.
Nunca saberei se Rui Silva quis propositadamente ilibar o Governo das responsabilidades que tem na deposição anómala de sedimentos a norte do molhe e na erosão anómala nas praias a sul. Nunca saberei se Rui Silva é a favor ou contra as soluções que a SOS Cabedelo e a Associação de Body Board da Foz do Mondego apresentam para o caso. Nunca saberei se Rui Silva se deu ao trabalho de estudar deriva sedimentar e dinâmica costeira. Mas já fiquei a saber que o objectivo do "artigo" que escreveu nunca foi salvar a costa, nem explicar as causas do fenómeno sério que ali se verifica e nunca passou do mais básico e primário objectivo: mistificar e iludir o leitor sobre as posições do PCP."
Ontem na Figueira: "Jerónimo de Sousa culpa PS por falta de coligações à esquerda"
foto Pedro Agostinho Cruz |
"Porque é que o PS, em vez de se entender com o PCP, sempre, mas sempre se entendeu com a direita? Não foi o PCP que empurrou o PS para a direita, foi o PS que assumiu uma política de direita ao longo destes 38 anos", disse Jerónimo de Sousa, num comício na Figueira da Foz.
Aos que dizem que a esquerda "é incapaz de fazer acordos", o líder comunista respondeu: "O problema são os anos da politica de direita do PS, que hoje permanece e com a qual não querem romper".
Via Revista Visão
Via Revista Visão
quinta-feira, 23 de outubro de 2014
Somos pobres, mas uns mais pobres que outros...
Nos últimos 12 meses, o Banco de Portugal adquiriu 11 BMW, 7 Mercedes, 2 Lexus e 1 Volkswagen Sharan.
(Fonte: Má Despesa Pública)
(Fonte: Má Despesa Pública)
O povo...
Como
disse uma vez o outro - o povo aguenta.
Ai
aguenta aguenta...
O
povo, que paga o que não pode pagar...
O
povo que aguenta.
Ai
aguenta aguenta...
A
tristeza - a sua.
E
a palermice - a sua...
E
a de outros...
A gente que somos...
Como
é natural, as conversas desconcertantes sobre as eleições do
passado domingo na Aldeia continuam...
Os
partidos já emitiram as suas opiniões sobre os resultados, conforme tomaram conhecimento através deste espaço...
Entretanto,
passaram 4 dias e tenho ainda algumas dificuldades em compreender o modo de pensar da
maioria dos poucos covagalenses que se dignaram ir votar nas
intercalares do passado domingo.
Há
muito que deixei de ferver em pouca água. Limito-me, por isso, nos
locais públicos que frequento na Aldeia, a ouvir mais do que
falar.
Toda a gente diz muita coisa, sobretudo dá palpites - que os políticos são péssimos, que são todos o mesmo, que a sua preocupação com o povo português é conversa fiada...
Toda a gente diz muita coisa, sobretudo dá palpites - que os políticos são péssimos, que são todos o mesmo, que a sua preocupação com o povo português é conversa fiada...
Mas,
quando alguém aborda a questão da eventual substituição desta
gente, que se anda a perpetuar no poder há mais de 40 anos, por
outra gente, rapidamente vê a gente que somos.
É fácil colocar quase todos a concordar no seguinte: a falta de qualidade desta gente.
As
dúvidas surgem, porém, logo a seguir: mas, se não forem eles, quem
colocamos lá?..
Os
covagalenses, tal como presumo os portugueses do resto do País,
gostavam de mudar, mas a vontade de mudar depressa se transforma em
receio.
Daí
ao conformismo, é apenas um pequeno passo...
No passado domingo, confrontada com a responsabilidade de escolher uma alternativa, a gente que gosta de dar palpites, preferiu encontrar razões para não mudar nada e manter tudo como dantes...
No passado domingo, confrontada com a responsabilidade de escolher uma alternativa, a gente que gosta de dar palpites, preferiu encontrar razões para não mudar nada e manter tudo como dantes...
É
este o bom e velho espírito de covagalense e português!
Na segunda-feira, na Figueira, fui confrontado por Amigos com os resultados em S. Pedro, no dia anterior.
Argumentei
com o óbvio: lembrei que a porcaria de governo que temos não
surgiu por obra e graça do Espírito Santo (bom, também deve ter
ajudado...), que fomos nós, o povo, quem escolheu esta gente que nos
governa.
Portanto,
a responsabilidade é nossa...
E,
como a Aldeia também é Portugal, ninguém acreditava na
possibilidade de deitar tudo fora e começar de novo – a começar
pelo PS, que, com esta gente, já sabe o que o espera...
Jerónimo de Sousa na Figueira
A Comissão Concelhia da Figueira da Foz do PCP realiza, hoje, dia 23 de outubro, pelas 21 horas e 30 minutos, no Auditório do Sítio das Artes (antiga Universidade Internacional), um comício onde estará presente o Secretário-Geral, Jerónimo de Sousa.
quarta-feira, 22 de outubro de 2014
País de ingénuos!..
Notícia do jornal Público: "Ministério do Emprego não encontra processos da ONG de Passos Coelho"...
Depois de lida a notícia e chegados até aqui é preciso escrever ainda muita coisa?
É ainda preciso dissertar sobre o país pequenino, da pequenina gente, dos grandes negócios, das grandes tramas e da pequena informação?..
Claro, era ( e vai continuar a ser...) preciso falar de famílias, de interesses, de negócios...
Mas, hoje, já tenho a minha dose e não estou para aí virado...
Como vimos no domingo passado na Aldeia, os únicos com poder de demitir esta gente, em dia de eleições, preferem ficar em casa...
Depois de lida a notícia e chegados até aqui é preciso escrever ainda muita coisa?
É ainda preciso dissertar sobre o país pequenino, da pequenina gente, dos grandes negócios, das grandes tramas e da pequena informação?..
Claro, era ( e vai continuar a ser...) preciso falar de famílias, de interesses, de negócios...
Mas, hoje, já tenho a minha dose e não estou para aí virado...
Como vimos no domingo passado na Aldeia, os únicos com poder de demitir esta gente, em dia de eleições, preferem ficar em casa...
Fantasmas...
Depois de ter lido a crónica desta semana do eng. Daniel Santos, no jornal As Beiras, fiquei com a sensação, tendo em atenção a
maneira como a história decorreu, que nunca saberemos se os fantasmas, actualmente, existem mesmo, ou somente na imaginação do eng. Daniel Santos.
A
novela, que esteve em exibição na Figueira, durou 4 anos e deu origem a muitas discussões entre os figueirenses atentos ao que se passa na sua cidade. Houve momentos em que a mística e a fé - ingredientes sempre importantes numa novela - estiveram ao rubro como, todos nos recordamos certamente. Entre eles, releve-se o episódio das freguesias e o peso que esse processo, a meu ver, teve na desistência dos 100% em 2013.
Hoje, perante esta crónica do eng. Daniel Santos, cujo pensamento e percurso de cidadania política me merece todo o respeito e consideração, fiquei algo confuso: não sei se hei-de acreditar naqueles que defendem e acreditam na existência dos fantasmas, ou naqueles que acreditam que a história é uma
série de alucinações...
Se o resultado final pode ser definido por um idiota qualquer, vale a pena ligar ao futebol?
Como ontem foi visto por milhões, o Sporting perdeu na Alemanha, com o Schalke 04, (4-3) por culpa de um "penalty fantasma" no último minuto assinalado pelo árbitro, mas por indicação do "juiz" de baliza.
NOTA DA COMISSÃO CONCELHIA DA FIGUEIRA DA FOZ DO PCP SOBRE AS ELEIÇÕES DA FREGUESIA DE SÃO PEDRO
As eleições intercalares na Freguesia de São Pedro são essencialmente marcadas por:
Uma elevadíssima abstenção. Dos 2793 inscritos nos cadernos eleitorais, mais 221 do que em 2013, apenas votaram 1132 eleitores. Ou seja, mais de 50% da população com direito a voto alheou-se completamente deste acto eleitoral.
Mais do que buzinar festivamente pelo seu resultado, não ficaria mal ao PS algum pudor pois a razão destas eleições derivam do comportamento condenável de um dos seus eleitos, mais propriamente do ex-presidente da junta de Freguesia que utilizou dinheiro público em proveito próprio, não importando as “razões“que a tal levaram.
Quer realçar a Comissão Concelhia da Fig da Foz do PCP que é neste quadro de desilusão geral que a lista da CDU não só aumenta a sua votação de 87 para 142 votos, como elegeu a sua candidata Manuela Ramos.
A população de S. Pedro pode ficar ciente de que a eleição de 1 elemento CDU fará a diferença.
Figª. da Foz, 20 Outubro de 2014
A Comissão Concelhia da Figª da Foz do
PARTIDO COMUNISTA PORTUGUÊS
Uma elevadíssima abstenção. Dos 2793 inscritos nos cadernos eleitorais, mais 221 do que em 2013, apenas votaram 1132 eleitores. Ou seja, mais de 50% da população com direito a voto alheou-se completamente deste acto eleitoral.
Mais do que buzinar festivamente pelo seu resultado, não ficaria mal ao PS algum pudor pois a razão destas eleições derivam do comportamento condenável de um dos seus eleitos, mais propriamente do ex-presidente da junta de Freguesia que utilizou dinheiro público em proveito próprio, não importando as “razões“que a tal levaram.
Quer realçar a Comissão Concelhia da Fig da Foz do PCP que é neste quadro de desilusão geral que a lista da CDU não só aumenta a sua votação de 87 para 142 votos, como elegeu a sua candidata Manuela Ramos.
A população de S. Pedro pode ficar ciente de que a eleição de 1 elemento CDU fará a diferença.
Figª. da Foz, 20 Outubro de 2014
A Comissão Concelhia da Figª da Foz do
PARTIDO COMUNISTA PORTUGUÊS
terça-feira, 21 de outubro de 2014
Duques...
foto sacada daqui |
Reaproximei-me do mar – não me canso de contemplar o mar!..
Voltei
a ler - a conseguir ter tempo para ler...
Sei
que a maioria discorda que "a felicidade que dura faz-se de
pequenos nadas" e considera que “a felicidade faz-se de grandes tudos”.
Quem
viveu muito, sabe que estes duram sempre pouco...
Continuo
na minha: a vida é feita de pequenos nadas e coisas insignificantes,
mas é nos seus interstícios que se encontra a felicidade.
A futura utilização do municipal José Bento Pessoa
Para poder utilizar o sintético a sul do Campo do Cabedelo em provas oficiais da AFC, o Grupo Desportivo Cova-Gala, como a foto mostra, está mais uma vez a fazer obras. |
de
se pronunciar sobre assuntos que ainda não estão resolvidos, sob
pena de prejudicar as negociações.
Recorde-se
que o clube liderado por Aprígio dos Santos usufruiu do complexo
desportivo durante 25 anos. O protocolo terminou este ano e a
autarquia figueirense optou por não renová-lo. Entretanto, a
comissão administrativa navalista entregou,
na passada sexta-feira, as chaves à câmara.
Neste momento,
saliente-se, decorrem conversações sobre a utilização do relvado
principal e do campo de treinos pela Naval, no âmbito do regulamento
de utilização do estádio municipal.”
AS Beiras, 21 de outubro de 2014.
AS Beiras, 21 de outubro de 2014.
Roma não pagou a traidores
Cada um escolhe o colo que quer...
Há
quem escolha subir para o colinho de pessoas que, na sua opinião,
ainda há um ano atrás, tudo fizeram para
impedir o crescimento da Aldeia.
Pelo que agora vejo, devem ter chegado à conclusão que fizeram mal...
Tal
como Roma, a cidade de mortos, não vai pagar a traidores.
Continua a confusão
Na
cidade de mortos, houve quem tivesse confundido uma subtileza, com
um erro de visão!..
E
como se isso não bastasse, na cidade de mortos, a realidade, é que há quem continue a
confundir um erro de visão com uma subtileza...
No dia a seguir ao velório
(Como penso que uma cidade de mortos não tem código postal...)
Como sabemos, pois tal acontece várias vezes, quando um escritor morre, as livrarias disponibilizam um espaço onde reúnem todas as edições possíveis e imaginárias da sua obra.
Muitas delas, subitamente ressuscitadas ao esquecimento, vêm de caves e depósitos e aparecem com capas fora de moda.
Apesar de se sentirem órfãos, os livros tentam não chorar, para não desbotar a voz do seu autor.
Agora, que ele está mais vulnerável, é que ficou tão exposto aos olhos do mundo, com o seu frágil corpo de letras feito!..
O velório, teve como pretexto, honrar a memória do defunto.
Enquanto as personagens se vestiram de luto pelo autor, num velório a céu aberto, as livrarias esperam continuar a vendê-lo mais.
Sabem que os vivos costumam valorizar os mortos...
Como sabemos, pois tal acontece várias vezes, quando um escritor morre, as livrarias disponibilizam um espaço onde reúnem todas as edições possíveis e imaginárias da sua obra.
Muitas delas, subitamente ressuscitadas ao esquecimento, vêm de caves e depósitos e aparecem com capas fora de moda.
Apesar de se sentirem órfãos, os livros tentam não chorar, para não desbotar a voz do seu autor.
Agora, que ele está mais vulnerável, é que ficou tão exposto aos olhos do mundo, com o seu frágil corpo de letras feito!..
O velório, teve como pretexto, honrar a memória do defunto.
Enquanto as personagens se vestiram de luto pelo autor, num velório a céu aberto, as livrarias esperam continuar a vendê-lo mais.
Sabem que os vivos costumam valorizar os mortos...
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