quarta-feira, 24 de maio de 2017

Não é coragem, é amor...

Bom dia. 
Levantei-me cedo, como sempre. Está um calor do caraças. Estou a trabalhar de gosto, apesar deste calor do caraças.
Lembrei-me do dia de ontem. 
Por vezes, acontecem-me coisas completamente inesperadas.
Um Amigo, ao ouvido, felicitou-me e agradeceu-me por uma coisa que nunca tive - coragem
Fiquei comovido, embaraçado e sem jeito. Apenas disse: é o que nos resta...
Continua a estar um calor do caraças.
A prosa vai ficando arrumada, linha após linha, assim mesmo, como eu gosto.

Escrevo todos os dias. 
Sempre escrevi. 
E todos os dias tive medo. Sempre tive medo. 
Escrevo para ser lido. E tenho tanto medo de ser lido!
Apesar do medo que sempre tive, vou continuar a ultrapassar o medo que é cada tentativa, feita de susto, para sair do silêncio.
Sou um cidadão. Embora com medo, não desperdiço a possibilidade de ser voz.

Citando Daniel Santos, na sua crónica de hoje publicada no jornal AS BEIRAS.
“Se é verdade que sem partidos e sistemas partidários não há democracia, também é importante relembrar que não é só com partidos e sistemas partidários que há democracia”.
"A intriga, a inveja, a luta desleal e perversa, continuam a fazer o seu caminho através de meios cada vez mais sofisticados. Em 2001, 22 por cento dos portugueses tendiam a confiar nos partidos políticos, valor acima da média europeia. Este indicador caiu para 13 por cento em 2016, sendo o quarto mais baixo da mesma zona, apenas superior à Grécia, Espanha e França."

O amor, sempre foi e vai continuar a ser, maior do que o medo. 
E se eu amo a Figueira e a minha Aldeia, todos os dias tenho de conseguir encher-me de coragem. 
Mesmo que seja de empréstimo.
Gosto de falar daquilo que, publicamente, amo.
Na minha vida, o amor sempre foi o mais importante. E vai continuar a ser.

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