"Nós por cá esperamos
que a deriva litoral não
nos atole nem soterre
mais, permanecendo
encalhados a hipotecar
um desenvolvimento
que não acontece ou
que não vislumbramos
tal é a neblina que muitas
das vezes inebria a
visão daqueles que nos
governam!"
- Isabel Maranha Cardoso, via AS BEIRAS
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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2 comentários:
É pena que a Isabel Msranha tenha optado por fazer crónicas politicamente correctas, com temas pouco ou nada polémicos e quase cimo o melhoral - nem bem, nem mal. Será o efeito inibidor do peso politico do marido? Quando apareceu como cronista nas Beiras, estávamos à espera de uma Isabel acutilante sobre os assuntos da pobre Figueira. Lamento dizer isto : -Muita parra e pouca uva. A crise desta terra até afecta as e os escrivas. Honra seja feita ao Mestre Agostinho, que foge da trela como o diabo da cruz. Que nunca lhe doa a mão que segura a pena.
Mestre Agostinho não vai em cantigas o que é para dizer diz-se não importa se ficam ou não com azia.
Os interesses da região estão acima de tudo.
Que nunca lhe doam a ponta dos dedos na hora de teclar.
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