"Não deixa de ser curioso constatar que depois de andar a pedir estabilidade política durante quase dois anos, seja o próprio Marcelo a provocar essa instabilidade.
Curioso, mas não surpreendente. Eu mesmo tinha aqui alertado: logo que se veja livre de Passos Coelho, MRS cederá aos seus instintos é tudo fará para desacreditar e derrubar este governo. Houve quem não acreditasse, mas a prova de que desgraçadamente eu tinha razão, aí está.
Não sou adivinho, mas conheço MRS há 50 anos e sei muito bem de que material são feitos os seus afectos".
Com os afectos me enganas.
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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