Em tempo.
Cito João Gobern Sotto-Mayor.
PS1 – Consigo manter tranquila a consciência: nunca votei, em circunstância alguma, na figura.
PS2 – Chega a hora de Marcelo Rebelo de Sousa, que – até pelo contraste - entra em estado de graça. Não quero ser desmancha-prazeres mas não resisto a deixar uma recordação: foi o Presidente que hoje inicia funções um dos que (na Nova Esperança do PSD, lado a lado com Durão Barroso, Santana Lopes e outros) ajudou a inventar o Presidente cessante, lá para os lados da Figueira da Foz. Mas, à semelhança do que diz Marco António a respeito de Brutus no notável Júlio César, filme de Mankiewicz, “argumento” de Shakespeare, “Marcelo é um homem de bem”.
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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1 comentário:
O HOMEM DA REGISCONTA e a pequenez do mundo no meu quintal.
Como diria o saudoso António Silva, adeus e quando lá chegares manda saudades, que é coisa que cá não deixas.
E Marcelo Rebelo de Sousa ao tomar posse cita Torga: ” Não somos um povo morto nem sequer esgotado…”. Não está mal…!
E eu acrescento mais umas palavras do Torga: “Somos, socialmente, uma colectividade pacífica de revoltados.»
E é sempre tempo de repetirmos pedaços muito acertados.
A luta continua!
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