"Numa época em que a incerteza sobre o mundo atravessa todas as dimensões da nossa vida, olhar para os quatro milénios de democracia, bem como para o seu verdadeiro valor, pode ser a chave para perspetivar o futuro. Dos primórdios da democracia - que viu a luz do dia na Mesopotâmia, antes de Atenas - até ao papel que teve no fervor revolucionário em França e na América, esta palavra de dez letras mudou por completo a nossa história. A verdade é que o conceito de democracia desfez o jogo do poder privilegiado porque, com ela, somos impelidos a acreditar em algo radical: juntos, podemos ser iguais e decidir o que queremos fazer da nossa vida, do nosso futuro.
Esta é a história - turbulenta, luminosa, controversa e incontornável - do nascimento, crescimento e disseminação da democracia, escrita por um dos mais importantes pensadores políticos mundiais, John Keane. São mais de quatro mil anos que desembocam num panorama da atualidade, agora que a multiplicidade de regimes democráticos - fertilizada pela América liberal, mas não só - atinge o seu auge, com variantes regionais em todos os pontos do globo.A democracia tem futuro? Ou irão os demagogos e os déspotas ganhar? Estamos prestes a descobrir. A história completa da democracia, dos seus grandes defensores aos seus não menos importantes detratores, das assembleias da antiga Mesopotâmia até aos perigos que assolam a sua vida no século XXI num livro imprescindível."
Na revista Visão desta semana numa entrevista John Keane diz algo interessante: "São só precisos dez anos para as democracias se transformarem em despotismo."
Para evitar tal efeito, os eleitos deveriam ser impedidos de o serem mais vezes de que esse prazo de validade permite.
Quanto às razões para se preferir a democracia a regimes despóticos, estão explicadas na entrevista.
Imagens via blog Porta da Loja
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