Recorde-se: uma professora foi violentamente agredida, na terça-feira, por um grupo de dez mulheres no Centro Escolar de Vila Verde, depois de ter separado um grupo de alunos que se agredia mutuamente.
A vítima teve de ser assistida no Hospital da Figueira da Foz.
O Sindicato dos Professores da Região Centro (SPRC)/FENPROF considera que a reação do Ministério da Educação "tem sido frouxa, tendo em conta a gravidade dos acontecimentos".
Na sequência do episódio ocorrido na passada terça-feira, 11 de outubro, à saída do Centro Escolar de Vila Verde, onde uma professora foi violentamente agredida, Pedro Santana Lopes, Presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz e Olga Brás, Vereadora do Executivo marcaram presença, na manhã de quarta-feira, 13 de outubro, para junto do Coordenador da Escola, Prof. João Vaz e do Presidente da Junta de Freguesia de Vila Verde, Vítor Alemão, reforçarem a total disponibilidade no acompanhamento da situação, assegurando que já houve um contacto com as forças de segurança, estando prevista para a próxima semana uma reunião com o Superintendente da Polícia de Segurança Pública. O município da Figueira da Foz repudiou a agressão de que foi vítima a professora do Centro Escolar de Vila Verde, na terça-feira, e que teve de receber tratamento hospitalar. “É lamentável a agressão”, disse o presidente da Câmara, Pedro Santana Lopes, salientando que a autarquia está atenta à situação e em contacto com as forças de segurança, já que “os pais dos alunos estão preocupados”.
Será que estes casos “que se repetem sem solução aparente ou rápida” acontecem porque “há lacunas na lei e os encarregados de educação conhecem estes vazios, assim como os alunos e essa situação dá certa impunidade aos casos de agressões”?
Estes problemas duram há dezenas de anos. É crescente o número de situações de indisciplina e violência que se verificam no espaço escolar. Tais situações são, em grande parte, resultantes do actual tipo de sociedade desigual e Estado, por vezes violento, que temos. Existindo na sociedade e no Estado, a Escola confronta-se, também, com situações de intolerância, indisciplina e mesmo de violência ou delinquência. O aumento do número de situações que se conhecem é também um dos resultados do agravamento da situação social e económica do país, com os fenómenos de pobreza e exclusão a alastrarem.
Estas situações exigem análise e intervenção das instituições oficiais, mediação de profissionais (psicólogos, sociólogos, assistentes sociais) e o envolvimento dos professores e suas organizações sindicais e das comissões de pais e encarregados de educação.
Mais uma professora foi agredida. Mais uma que ficou com as feridas cravadas no corpo. Talvez marcas de dentes, pisaduras, cabelos arrancados. Porém, as feridas guardadas na alma vão ser as mais difíceis de curar.
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