"É mentira que sejamos insubstituíveis.
Somos é diferentes — o que é muito diferente. Somos diferentes precisamente para podermos ser substituídos. Os velhos que vêem morrer os amigos não podem ser preguiçosos — têm de os substituir.
Nem que seja para ser fiel à amizade e à memória dos amigos. A saudade não é afectada pela substituição. Persiste sempre. Não somos máquinas. Não são peças o que podemos substituir. Ficamos sempre com a alegria de dizer que aquele era melhor e que este não vale nada.
Comparar é sinal de riqueza e, para comparar, um não chega: é preciso, pelo menos, dois.»
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