sexta-feira, 2 de setembro de 2022

A foz do mais belo rio que nasce em Portugal

Texto António Agostinho. Foto de Pedro Agostinho Cruz
Esta é a foz do mais belo rio que nasce em Portugal. 
Um dos braços do seu estuário, corre pela minha Aldeia. 

O Mondego, no seu estuário, vê navios e navega nele ainda a memória dos bacalhoeiros que demandaram os bancos gélidos dos mares da faina maior. 

Mas hoje ao olhar para a foz do estuário do mais belo rio que nasce em Portugal senti-me náufrago e solitário - mais solitário ainda. 

Toda a gente sabe onde o Mondego nasce e desagua, mas ninguém sabe que não há nascente nem foz no braço do estuário do rio da minha Aldeia. 

Esse braço do estuário do rio da minha Aldeia pertence a pouca gente. 
Mas como pertence a pouca gente, prende muito mais a gente. 
Na foz do rio que tem um braço do estuário que corre pela minha Aldeia hoje não dá para pensar em mais nada . 

Hoje, quem lá foi, esteve só ao pé de si mesmo e sempre a pensar na foz do mais mais belo rio que nasce em Portugal.

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