Não é preciso muito, para algo nos chamar a atenção.
Tem é que haver uma simbiose, uma atracção, uma identificação entre nós e o foco dessa atenção.
Aquilo que nos prende o olhar é o importante...
O acaso existe?
Para mim existe.
Já quanto à coincidência, tenho as minhas dúvidas...
Reparem na harmonia existente entre a falta de tinta para sinalizar a passadeira, que com alguma dificuldade ainda se nota na foto, e o poste.
Para quem conhece o local, o poste, funciona como elemento perfeito de identificação da passadeira com falta de tinta.
Este, é o equilíbrio que poderia ser procurado a nível geral, na cidade e no resto do concelho: registe-se e sublinhe-se, neste caso, a complementaridade desses dois equipamentos - a passadeira sem tinta e um poste - como contributo inestimável para a segurança dos peões figueirenses.
Que tal, dada a falta de manutenção das passadeiras para atravessamento de peões nas ruas e avenidas do nosso concelho, inventar uma lei que torne obrigatório a colocação de postes a identificar as passadeiras?..
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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