Este é o Largo de Santo António, de outros tempos...
Quando tenho tempo, gosto de me deter a olhar o que me agrada e procuro sacar um sorriso, neste caso, obviamente melancólico e algo nostálgico.
Aconteceu isso ao deparar com esta foto no facebook do meu Amigo Luís Pena.
Ver o que é simples, airoso e bonito, é ver uma realidade diferente na Figueira.
O que este local foi! E o que este local é!..
A Figueira nunca foi perfeita, mas era bonita e airosa na sua simpicidade...
Esta frase resume o que esta fotografia me fez sentir, ao olhar com tempo para um lugar simples, que era uma maravilha!..
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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