"De repente, a nossa democracia ficou dividida em duas.
Para um lado, a democracia cujas regras vêm definidas na Lei fundamental.
Para o outro, uma democracia cujas regras alegadamente estão numa coisa chamada tradição."
Em tempo.
Ficam a saber que esta é a postagem número 14681 do blogue Outra Margem.
Os especialistas que se pronunciem se chega para começar também, aqui, a armar-se à tradição.
(Tradição, para que saibam, é uma palavra com origem no termo em latim traditio, que significa "entregar"...)
Espero que não, pois isso seria uma chatice para mim, pois não tenho vontade de fazer nadinha...
"A tradição não pode ser o que nunca foi. Experimentem ler a Constituição da República Portuguesa. A tradição que conta é a que lá vem, a soberania popular que, venham de lá essas tretas sobre o que não pode ser por causa dos mercados, não é só em Portugal que anda a quebrar tradições."
Eu gosto muito de bacalhau, sobretudo de bacalhau à brás, que embora sendo um prato típico da nossa gastronomia, não é uma maneira tradicional de se comer bacalhau...
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
1 comentário:
Até parece que não houve dia 4 de Outubro...
Como já li algures (Daniel Oliveira? Pacheco Pereira?) haverá eleições até que o resultado seja o pretendido pelo sr Cavaco.
Na imprensa escrita, TV e rádio assistimos ao "processo de apagamento em curso"!
Enviar um comentário