António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
quarta-feira, 22 de abril de 2015
Andamos a lembrar pouco Abril cá pela Figueira...
Na obra teatral "Um Violinista no Telhado", Tevye é o leiteiro e judeu que vive na aldeia de Anatevka na Rússia em 1905. Trabalha arduamente, quase de sol a sol, para que nada falte à mulher e às suas cinco filhas. No entanto, no país, começam a soprar ventos pré-revolucionários que, mais tarde ou mais cedo, irão chegar à aldeia e alterar radicalmente as vidas e também os costumes e tradições dos seus habitantes.
“O Violinista no Telhado”, porém, acaba por ser uma situação que nos afecta a todos, apesar de se passar numa comunidade judaica. Fala de famílias e de crenças. Portanto, “O Violinista no Telhado” não é só uma obra que pode ser entendida pela comunidade judaica. É uma peça que tem emocionado muita gente pelo mundo inteiro.
Tevye é um pobre judeu. Pai de cinco filhas, mora numa pequena Aldeia, onde a maioria das pessoas são simples e, tal como ele, vivem acima de tudo condicionados pela tradição.
Todavia, à medida que suas filhas se vão apaixonando, Tevye começa a sentir na pele as mudanças ideológicas que começam a “minar” a nova geração. Como homem de bom coração, deseja em primeiro lugar o bem de suas filhas. Porém, mesmo para ele, tudo tem limites.
No fundo, o que Tevye teria desejado que tivesse mudado, é que as mudanças lhe tivessem proporcionado um pouco de mais bem estar económico.
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5 comentários:
Obrigado pelo post.
Assim é possível perceber melhor aquilo que não posso escrever através do escasso número de carateres que me está atribuído.
Um abraço
Andamos a lembrar pouco ?
Infelizmente alguns já se esqueceram.
APAREÇAM SÁBADO NOS CARAS DIREITAS PELAS 21H 30M POIS VAMOS TODOS RECORDAR ABRIL....
Uns lembram pouco outros já esqueceram outros não sabem o que foi e há aqueles que querem demonstrar estar ao lado do povo mas estão se cagando para os ideais do 25 de abril pavoneiam vaidade escrevem umas merdas e julgam se grandes craneos da literatura.
Anda a malta a fazer revoluções e o 25 de Abril é a um sábado. Isto está tudo mal.
Ouvi dizer que quando o feriado é a um sábado passa para 6ªf…!!!!
Há o Estado herdado de Sócrates, o Estado herdado de Passos e, pior do que tudo: o Estado a que chegámos!
Nenhum deles serve.
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