António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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4 comentários:
Porquê escolher sempre os mesmos que aos poucos têm vindo a destruir o nosso país, quando existem alternativas que nos permitam encarar o futuro com algum optimismo?!!
Em 1988, Salgueiro Maia não obteve do então primeiro-ministro Aníbal Cavaco Silva, a pensão que requereu devido à sua participação no 25 de Abril.
Em 1992, o mesmo Aníbal Cavaco Silva concede pensões, "tendo em consideração os altos e assinalados serviços prestados à Pátria" e os "serviços excepcionais e relevantes prestados ao país", a dois inspectores da PIDE/DGS. Um deles, a acrescentar aos "altos serviços prestados à Pátria" prestados por aquela polícia política, tinha o seu envolvimento nos disparos sobre a multidão junto à sede da PIDE, na Rua António Maria Cardoso.
Ver indivíduos como Cavaco Silva nas comemorações do 25 de Abril só nos pode causar uma revolta profunda.
Mas a triste figura foi eleita pelo povo e é isso que assusta mais !!!
O último discurso de Cavaco Silva num 25 de Abril teve apenas um dado positivo: foi o último.
Alivio, não há mais anibal no 25 de abril!
Que vá escrever as memórias e não se esqueça das suas façanhas enquanto informador da PIDE.
M.Marques
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