Via jornal Público:
"O Governo vai desactivar, até ao final do ano, a linha ferroviária do Alentejo para transporte de passageiros entre Beja e a Funcheira, e o serviço, também de passageiros, da linha do Oeste, entre as Caldas da Rainha e a Figueira da Foz. A linha do Vouga fica totalmente desactivada.
O transporte de mercadorias vai, contudo, manter-se no Oeste e no Alentejo, prevê o Plano Estratégico de Transportes (PET), onde é também definida a desactivação do ramal de Cáceres e do troço Figueira da Foz – Pampilhosa e das linhas do Tua, Tâmega, Corgo e Figueira da Foz (as últimas quatro tinham sido “provisoriamente encerradas” pelo governo anterior com a promessa de reabertura após reabilitação).
O transporte de passageiros entre Beja e a Funcheira, entre Caldas da Rainha e a Figueira da Foz, e na linha do Vouga, passará a ser assegurado com concessões rodoviárias para os mesmos percursos até aqui realizados pelos serviços da CP.
O encerramento da linha do Vouga (que serve Oliveira de Azeméis, São João da Madeira e Águeda
nas suas ligações a Espinho e Aveiro) acontece depois de, nos últimos três anos, a Refer ter investido 3,7 milhões de euros para automatizar 50 passagens de nível.
Na linha do Oeste, é encerrado precisamente o troço onde a CP era mais competitiva em relação à Rede de Expressos. O comboio é mais rápido e mais barato do que o autocarro na ligação a Coimbra, mas a CP só tinha um comboio por dia para aquele destino."
Isto, é mais um balde de água fria para a Figueira. Ainda há pouco tempo, em 25 de Agosto passado, se previa que a Linha do Oeste não deveria fechar. Segundo AS BEIRAS o presidente da Câmara da Figueira, tinha obtido essa resposta da CP.
Recorde-se que, em finais de Junho, foi noticiado o encerramento do troço entre Louriçal e Torres Vedras, proposta que terá sido apresentada pelo Governo português à Troika, como proposta final, inserida num pacote que contemplava o encerramento de 800 quilómetros de ferrovia.
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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3 comentários:
Como tudo o resto... Infelizmente é o resultado dos nossos Políticos,
todos eles... são iguais! O ordenado deles está seguro, os outros que se lixe
Não concordo nada com a desactivação das ferrovias e penso que só a sua reabilitação aproximaria as nossas gentes e resolveria muito melhor o problema dos trasportes e já agora também não posso concordar com o desabafo de NUTRINOW quando refere que os políticos são todos iguais porque na verdade nã0 são todos iguais tal como as outras pessoas também não são todas iguais !
Cá está um exemplo de crime longamente premeditado. Começou, há uns anos, por desmembrar a Linha do Oeste em diversos troços de horários pouco compatíveis entre si, de modo a desincentivar a utilização por não servir os interesses dos possíveis clientes. Agora, fecha-se por não ter clientes. Mais tarde veremos a quem interessa o negócio...
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