Corria o ano de 2004.
Portugal organizou o campeonato europeu de futebol.
Foi assim como uma espécie de bebedeira colectiva!.. A bola ia mudar o país. A economia nunca mais parava. Aquilo era bom para o turismo. Os estádios ficavam para outras coisas…
Aquilo deve ter sido mesmo bom, pois nem foi preciso fazer as contas finais!..
Entretanto, a despesa continua... Por exemplo, a manutenção dos "monos" em Aveiro, Leiria e no Algarve é uma dor de cabeça...
Mas, de certeza que valeu a pena.
Não sei bem porquê, lembrei-me disto a propósito da anunciada taxa municipal que aí vem para a Protecção Civil.
Claro que vai ser feito um estudo… Mas, segundo li, “dificilmente a solução será outra”.
Pergunta de algibeira: para que serve o estudo se já se sabe qual será a solução final?..
Para fazer contas?..
Tal como no Europeu de 2004, se a taxa é mesmo boa, para quê fazer contas?
De certeza que vale a pena…
Há apenas um pormenor, mas como para quem manda deverá ser irrelevante, nem deverá ser tido em conta quando a decisão final for tomada: estarão os figueirense em condições de pagar mais uma taxa?..
É que ao que sei, ou a taxa para justificar a sua cobrança é elevada ou então não vale a pena o esforço!..
P.S.-
Se o critério para justificar a criação de mais esta taxa é a "sustentabilidade financeira da actividade", "justifica-se" que venham por aí outras taxas municipais. Por exemplo, para continuar a manter a Empresa Municipal que certamente irá sair da fusão das existentes, pois certamente esta continuará a ser um fardo pesado para o orçamento municipal...
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
1 comentário:
O IMI não é para essas coisas?
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