António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
4 comentários:
Ouviste a totalidade?
Ouvi sim senhor. E até posso deixar-te aqui um resumo, aliás publicado na minha página do facebook.
Pedro Santana Lopes fez um balanço dos dois anos de mandato, destacando pontos cruciais da sua governação da Figueira nesse período de tempo.
O presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz, começou por sublinhar "a relevância do campus da Universidade de Coimbra na Figueira da Foz, reafirmando o compromisso de elevar o nível de desenvolvimento da cidade e considerando que a universidade desempenha um papel fundamental nesse objectivo."
Outro assunto a merecer destaque "foi o investimento na atração de novas empresas, com especial atenção para a expansão das zonas industriais."
Santana Lopes referiu os investimentos significativos na "ampliação da zona industrial na Gala", quer com "o início das obras na nova zona industrial do Pincho".
A ponte a construir entre o Alqueidão e Vila também não foi esquecida. O presidente Santana Lopes informou "que o processo está em fase de proposta de adjudicação e que os fundos estão garantidos", prevendo-se que a obra tenha o seu início para breve.
O problema do estacionamento também foi focado. Está em equação a necessidade de "expansão para a zona do parque das gaivotas" e há a intenção de "construir um estacionamento subterrâneo em frente ao mercado".
As piscinas constituem outro tema importante: além das 2 de água salgada aquecida, foi realçada a importância da Piscina Praia e a necessidade da sua recuperação. No próximo verão deverá estar em pleno funcionamento.
O Aeródromo foi apontado como algo "estratégico para o desenvolvimento económico da região."
As freguesias não foram esquecidas: o presidente mencionou diversos projectos em andamento em freguesias do concelho, "desde a recuperação de áreas degradadas até a implementação de novas infra-estruturas."
Outro assunto abordado pelo autarca foi a "reformulação da entrada da cidade".
Por fim, Santana Lopes focou a sua comunicação no compromisso com a habitação a custos controlados, destacando as obras em andamento e os projectos futuros.
Passados dois dias, a oposição ao executivo evidenciando incapacidade, descoordenação e crise de eficácia política, pelo menos que eu saiba, mantém-se em silêncio, como se a comunicação de Santana Lopes não tivesse existido.
Perante a ineficácia de uma desorganizada oposição, os estrategas políticos que pululam as páginas dos fóruns cá do burgo, que não passam de um conjunto de pessoas, que se contam pelos dedos de uma só mão, habituados a agir isoladamente e sem a noção do que é o interesse colectivo, sobre o que foi dito de concreto por Santana Lopes, estranhamente, dadas as suas doutas tiradas filosóficas sobre tudo e mais um par de botas, também não vieram a terreiro pronunciar-se.
Porque terá sido?
Tenho uma desconfiança: andam por aqui só para tentar cumprir a sua agenda pessoal e mediática, estando-se nas tintas para os problemas reais dos figueirenses, da Figueira e do nosso concelho.
Para os que acusam Santana de ter vindo para a Figueira para ter um poleiro, aconselho-os a olhar para a realidade: em vez de um poleiro foi prendado com variadíssimos "pelouros" camarários: daqueles que exigem muito trabalho, muita seriedade, contenção, responsabilidade, conhecimento, concentração e firmeza nos objectivos.
Santana sabe o que está a fazer...
Eu ouvi e também fiz resumo. Sabes o que eu não ouvi? Buarcos. Como bem sabes, as oposições que queres referir e estrategas políticos, não são fauna que eu aprecie ou tome em consideração. Apraz-me registar que a Figueira e algumas freguesias são "tratadas".
O que me fere é o facto de Buarcos ter necessidades e potencial, sendo olimpicamente ignorado. Isso e o silêncio/inexistência de junta para os respectivos fregueses.
Tu defendes a tua dama na outra margem, eu defendo a minha dama na margem a norte.
Comprovadamente, os eleitos só defendem algumas margens.
Vida às "damas" nas margens.
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