terça-feira, 8 de fevereiro de 2022

Diogo Pacheco de Amorim, a presença que o Chega quer como vice-presidente da Assembleia da República

Via SICN

O deputado do Chega Diogo Pacheco de Amorim, a deputada do Bloco de Esquerda Joana Mortágua e a eurodeputada socialista Margarida Marques comentam a escolha do Chega para vice-presidente na Assembleia da República e as posições públicas do partido de André Ventura.

Em comentário às próprias declarações, refere que “dizia que todos eram bem-vindos a Portugal, qualquer que fosse a raça ou a cor”, defendendo que “a dignidade é a mesma” para todos.

“É um facto objetivo que há raças e há cores”, refere, acrescentando que “a partir do século XVI, [Portugal] fomo-nos espalhando pelo mundo e fomos sendo sempre um exemplo de boa convivência entre várias raças e várias cores”.

A deputada do Bloco de Esquerda começa por dizer que “o Bloco de Esquerda está muito certo no voto contra” Pacheco de Amorim como vice-presidente da Assembleia da República.

“Numa das mais altas das instituições de representação da democracia, não se pode estar representado por um partido que vive nos limites, e que muitas vezes ultrapassa o Estado de Direito, os direitos humanos e os princípios basilares da nossa Constituição”, aponta, referindo que há “deputados do Chega que mandaram para a sua terra uma deputada” por ser de outra etnia.

A eurodeputada do PS Margarida Marques aponta ainda que “o que está em causa é ter um vice-presidente de uma instituição democrática de uma força que é antidemocrática”.

“Os vice-presidentes da Assembleia da República não são designados, são eleitos”, diz, acrescentando que “essa declaração [de Pacheco de Amorim] surge na linha daquilo que são os princípios do partido Chega: racista, xenófobo, antifeminista, que assenta em valores que não são valores democráticos, nem são valore maioritários”.

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