António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
quarta-feira, 18 de abril de 2018
No País da Máfia do Pinhal
Esta reportagem causa dor.
Ver a frieza calculista do incêndio planeado, o negócio da madeira de boa qualidade vendida a um terço do preço normal, a inacção do Estado que este trabalho jornalístico traz a público, angustia. Tudo isto são sinais de impunidade, talvez por vivermos num País em que a possibilidade de os crimes resultarem em condenações não ser chão que dá uvas.
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